Comenzó el retorno de profesionales del programa Más Médicos en Brasil

Cerimonia de sancao da lei que instituio Programa Mais Medicos, no Palacio do Planalto. FOTO Ed Ferreira / ESTADAO
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Comienza el retorno de médicos cubanos que participaban en el programa Más Médicos

Con la partida este jueves desde La Habana del avión Il96-300 de Cubana de Aviación rumbo a Brasilia inicia el proceso de retorno de los 8 mil 300 médicos, que finalizan su participación en el programa Más Médicos.

Se espera que en horas de la madrugada de este viernes lleguen al territorio nacional el primer grupo de cerca de 250 profesionales de la salud.

Cerca de 170 doctores que se encontraban de vacaciones en Cuba regresan a Brasil en este mismo vuelo para organizar personalmente el fin de su misión.

Antes de partir, la doctora Graciela Vidal agradece al gobierno cubano por la gestión ante esta contingencia inesperada y por la respuesta que se le ha dado a sus preocupaciones. “La noticia nos sorprendió. No nos imaginamos que iba a suceder eso. Pero siempre confiamos en nuestra Revolución y nuestro Partido, siempre prestos a dar solución a los problemas de cualquier colaborador en el mundo”.

El Ministerio de Salud Pública anunció el miércoles de la semana pasada que Cuba daba terminada su participación en el programa creado por el gobierno del Partido de los Trabajadores en el año 2013 debido a las amenazas y provocaciones del presidente electo, Jair Bolsonaro.

Unos 20 mil médicos cubanos han realizado más de 100 millones de consultas durante los últimos cinco años, llevando atención de salud a las zonas más intrincadas del gigante suramericano. Se calcula que unos 30 millones de brasileños perderán su cobertura sanitaria con la salida de los médicos de la mayor de las Antillas.

Cuba Debate


Cubanos reclamam de abandono do Ministério da Saúde

Pressionados por Cuba a voltar, profissionais recrutados para trabalhar no Mais Médicos que gostariam de permanecer no País se queixam de abandono de autoridades do Brasil. Cerca de 1,4 mil deles se casaram com brasileiros e, com isso, têm a opção de ficar com a situação regularizada. Se ficarem, porém, não têm garantia de trabalho.

“A partir de segunda-feira estaremos desempregados, sem saber ao certo o que será de nossas vidas”, afirmou a médica cubana Esther Carina Mena. Na última terça-feira, um grupo de médicos cubanos enviou ao Ministério da Saúde uma carta pedindo informações sobre como proceder e se há garantia de que poderão continuar no programa. “Não recebemos resposta. Estamos por nossa conta e risco”, disse Esther, que trabalha em Içara (SC) desde 2014.

A promessa inicial do governo era a de que o grupo poderia participar de um edital destinado a profissionais formados no exterior, com publicação esperada para a próxima semana. Nesta quinta-feira, 22, no entanto, o ministério disse que o edital foi adiado. A previsão é de que seja publicado só em dezembro, depois de concluída a seleção de brasileiros, que têm prioridade no preenchimento de vagas.

Casada há dois anos com um morador da Içara, Esther disse estar disposta a participar do edital. “Mas não sabemos se haverá vagas disponíveis”, afirma ela, que já trabalhou em Honduras, Guatemala e Venezuela. “Desde formada, nunca fiquei desempregada. Sabe o que vai ser ver toda essa população que atendia e não fazer nada? Não poder atender?”

A vaga ocupada por Esther já foi incluída no novo edital. Na mesma situação estão os demais cubanos que trabalham no programa. “A escolha é: voltar para Cuba e ter emprego garantido ou ficar aqui, com a família que constituímos e não ter ocupação garantida.”

Nesta semana, ministro Gilberto Occhi havia afirmado que cubanos receberiam assistência para ficar no Brasil. “O que isso significa, se nos é tirado o emprego?”, disse um médico cubano ao Estado, sob condição de anonimato. “Já suspeitava que o apoio poderia ser só um discurso. Mas, agora, com o adiamento do edital, começo a ter certeza e a pensar mais seriamente em voltar para Cuba.”

O médico Ramon Burgos, que desde 2014 trabalhava em Sorocaba (SP), não voltará a Cuba porque se casou com uma brasileira e pretende usar essa condição para adquirir a cidadania. “Estou procurando um trabalho para meu custeio e para ajudar minha família, enquanto espero para fazer o Revalida (exame de validação do diploma de médico obtido no exterior).”

Governo

Em nota, o ministério afirmou que a decisão de permanência no País é individual. Logo após o anúncio de Cuba que deixaria o Mais Médicos, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), prometeu asilo político a todos os cubanos.

Estadao


Sem cubanos, mais de 500 cidades em extrema pobreza ficam sem médicos

Cidades em situação de extrema pobreza estão entre as mais afetadas pela saída dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos. O levantamento considera nessa condição locais em que 30% ou mais da população tem renda familiar per capita de até R$ 77 mensais.

Segundo o estudo, feito pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), 577 localidades em extrema pobreza têm apenas cubanos participantes do programa federal e estão desassistidas. Quase todas ficam nas regiões Norte e Nordeste. Ao todo, elas perderão 1.348 profissionais.

«Os dados também mostram que 1.479 municípios somente possuem cubanos no programa, sendo que 80% dessas localidades são de pequeno porte (com menos de 20 mil habitantes) e estão em regiões vulneráveis», aponta a confederação.

UOL


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