Bolsonaro anuncia su primera gira por Suramérica y nombra a otro militar en su gabinete
Bolsonaro anunció una gira por la Argentina, Chile y Paraguay tras asumir
Después de varias declaraciones cruzadas de sus principales asesores, el presidente electo de Brasil , el ultraderechista Jair Bolsonaro, afirmó hoy que una vez que asuma el poder, el 1º de enero próximo, en su primer viaje al exterior pretende realizar una breve gira por la Argentina , Chile y Paraguay .
«Estamos estudiando un viaje corto por América del Sur: Paraguay, la Argentina y Chile», apuntó el mandatario electo, que no dio detalles de fechas ni del orden en que serán hechas las visitas. Desde que ganó el ballottage, el 28 de octubre, hubo mucha especulación sobre cuáles serían los primeros destinos internacionales de Bolsonaro.
Desde la campaña del Partido Social Liberal (PSL) se había indicado que el presidente electo honraría en un primer momento las invitaciones recibidas para visitar Chile, Estados Unidos, e Israel, dejando de lado la tradición reciente de los últimos presidentes brasileños de viajar primero a la Argentina, principal socio comercial de Brasil dentro del Mercosur y tercero a nivel mundial, detrás de China y Estados Unidos .
Aunque Chile no forma parte del Mercosur, su presidente, Sebastián Piñera , fue el más explícito de los líderes regionales en respaldar la candidatura de Bolsonaro, y el futuro superministro de Economía, Planificación, Industria y Comercio Exterior brasileño, el neoliberal Paulo Guedes, tiene al país trasandino -donde se desempeñó como profesor universitario durante la dictadura de Augusto Pinochet- como gran modelo económico.
Si bien Bolsonaro no habló de fechas específicas para sus viajes internacionales, tras su asunción al poder, el 20 de enero, deberá someterse a una cirugía para retirarle la bolsa de colostomía que le fue colocada en su intestino luego del a tentado con cuchillo que sufrió durante una manifestación callejera el 6 de septiembre en Juiz de Fora, Minas Gerais.
La gira regional podría ocurrir antes de esa operación o si no, ya en febrero, después de los 10 días de recuperación médica que tendrá. Bolsonaro hizo estas declaraciones luego de recibir la visita en su casa del consejero de Seguridad Nacional de Estados Unidos, John Bolton, que reiteró en persona la invitación que ya le había hecho el presidente Donald Trump para ir a Washington.
Bolsonaro incluso dijo que hay una chance de que el propio Trump -a quien admira y ha copiado varios elementos de su estilo comunicativo- podría ir a Brasilia para el día de su asunción.
«Es una fecha ingrata el 1º de enero, pero existe esa posibilidad», resaltó.
Según Bolsonaro, en su diálogo con Bolton durante el desayuno, trataron de cuestiones económicas, así como de la crisis humanitaria en Venezuela y de su propuesta de trasladar la embajada brasileña en Israel desde Tel Aviv a Jerusalén, iniciativa que ha generado malestar entre los países árabes que apoyan el reclamo palestino sobre la ciudad santa, que los israelíes consideran su capital.
«Terrorismo no entró en la conversación. Pero sí la cuestión de las barreras comerciales, de las tasas aduaneras, y las dificultades de hacer negocios aquí. Le transmití, junto con mi equipo económico, que vamos a facilitar el comercio con Estados Unidos y el mundo, sin perjudicar nuestra economía», contó el presidente electo.
Sobre la situación en Venezuela, resaltó que a la nación caribeña no debería habérsele permitido ingresar al Mercosur (fue luego suspendido) por la ruptura del orden democrático que ha llevado adelante el gobierno de Nicolás Maduro .
«Venezuela hoy en día tiene ese agravante. Es difícil sacarla de esa situación en la que se encuentra. Pero haremos lo posible por las vías legales, obviamente, y pacíficas, porque nosotros sentimos el reflejo de la dictadura que se instaló en Venezuela», señaló, en referencia a los miles de venezolanos que buscaron refugio en Brasil.
En un breve comentario en su cuenta de Twitter, en tanto, Bolton calificó su encuentro con Bolsonaro como «amplio y muy productivo», y resaltó que Estados Unidos espera tener «una relación dinámica» con el próximo gobierno de Brasil.
Bolsonaro anuncia novo ministro de Minas e Energia: almirante Bento Costa Lima Leite
O presidente eleito Jair Bolsonaro escreveu em sua conta no Twitter que o novo ministro de Minas e Energia será o almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior.
«Bom dia! Comunico a indicação do Diretor Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, para o cargo de Ministro de Minas e Energia», escreveu Bolsonaro na manhã desta sexta-feira.
Bento será o sexto militar a ocupar um ministério. Com ele, Bolsonaro já anunciou 19 nomes que ocuparão o primeiro escalão do governo, incluindo o Banco Central, a partir do ano que vem. A pasta de Minas e Energia era uma das últimas que faltavam ser definidas. Ainda não se sabe também quem vai comandar o Ministério do Meio Ambiente.
O futuro ministro de Minas e Energia é um defensor da tecnologia nuclear desenvolvida no Brasil como estratégica para fortalecer a soberania do país. Em entrevista à penúltima edição da revista “Brasil Nuclear”, em outubro de 2017, Bento afirmou que o submarino com propulsão nuclear será importante para “proteger a Amazônia Azul”, termo criado pela Marinha brasileira para se referir o mar territorial brasileiro, por suas riquezas naturais.
Carioca, Bento tem 60 anos e iniciou sua carreira na Marinha em 1973. Ele tem pós-graduação em Ciências Políticas pela Universidade Nacional de Brasília, MBA em gestão internacional pela Coppead/UFRJ e MBA em Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas, além de ter cursado o curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra.
Foi assessor parlamentar para defender os interesses da Marinha no Congresso Nacional e diretor-geral da Secretaria da Junta Interamericana de Defesa em Washington (EUA). Atuou ainda como observador militar das Forças de Paz da ONU em Sarajevo, na Bósnia e em Dubrovnik, na Croácia.
O almirante é membro do Conselho de Administração da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), controlada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear e vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Sediada em Itaguaí (RJ), a Nuclep fabrica máquinas e equipamentos sob encomenda, atuando preferencialmente na área de caldeiraria pesada.
Outros militares
Entre os outros cinco militares já indicados por Bolsonaro para o primeiro escalão estão o general da reserva do Exército Augusto Heleno, que assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o ex-chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva, escolhido para assumir a pasta da Defesa.
O general da reserva, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que tem experiência em situações de violência e conflitos urbanos, vai trabalhar no Palácio do Planalto para comandar a Secretaria de Governo de Bolsonaro. Tarcísio de Freitas, que serviu ao Exército por 16 anos e foi diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no governo de Dilma Rousseff, será o futuro ministro da Infraestrutura. E o astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a chegar ao espaço, que é oficial da reserva da Força Aérea, assumirá a pasta da Ciência e Tecnologia.
Conheça os 19 futuros ministros já anunciados para o governo de Jair Bolsonaro
Passado um mês do segundo turno da eleição, o presidente eleito Jair Bolsonaro já definiu 18 nomes que comandarão as pastas da Esplanada dos Ministérios e Banco Central — que também tem status de ministério — a partir do início do ano que vem. Entre eles, estão cinco militares (quatro do Exército e um da Aeronáutica), dois deles indicados para atuar dentro do próprio Palácio do Planalto (no Gabinete de Segurança Institucional e na Secretaria de Governo). A expectativa, segundo o próprio Bolsonaro, é que 20 seja o número máximo de ministros nomeados por ele, que deve assinar logo no primeiro dia de governo o decreto que formatará a estrutura ministerial da nova gestão.
Conheça quem são os indicados até agora:
Onyx Lorenzoni, Casa Civil
Deputado federal por quatro mandatos, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ocupará o cargo de ministro-chefe da Casa Civil no governo de Bolsonaro. Braço direito do presidente eleito, o parlamentar foi o primeiro a ser anunciado como futuro comandante de uma pasta e ainda foi nomeado como ministro extraordinário de transição. Ele comanda os trabalhos da equipe no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. Na Câmara, foi responsável por relatar o projeto de lei de iniciativa popular que ficou conhecido por apresentar dez medidas contra a corrupção. No ano passado, confirmou ter recebido R$ 100 mil da J&F, operadora da JBS, em uma doação de campanha não declarada à Justiça Eleitoral em 2014. Mais recentemente, em 14 de novembro, defendeu-se publicamente de uma nova acusação, publicada pelo jornal «Folha de São Paulo»: a de que teria recebido outra doação via caixa dois, no mesmo valor, na campanha de 2012, quando não disputou a eleição e ocupava a presidência do DEM no Rio Grande do Sul. Em entrevista coletiva à imprensa, Lorenzoni sustentou que «é um combatente contra a corrupção».
Paulo Guedes, Economia
Guru econômico de Bolsonaro — conhecido como o «posto Ipiranga» em assuntos relativos à economia, apelido chancelado pelo próprio presidente eleito — o economista Paulo Guedes será o responsável pelo superministério que vai englobar a Fazenda, o Planejamento e Indústria e o Comércio Exterior. Com carta branca para escolher a própria equipe e os responsáveis por áreas estratégicas do governo, Guedes foi quem indicou os colegas de profissão Roberto Castello Branco, Rubem Novaes e Pedro Guimarães para chefiar, respectivamente, a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Entre as declarações mais recentes, ele disse que pretende acabar com o «toma lá da cá» entre o governo federal e o Congresso e demonstrou que quer criar uma Secretaria de Privatizações, para acelarar a venda de ativos públicos. Antes de passar a contribuir para o futuro governo, o que tem acontecido desde o início da campanha presidencial, o economista era conhecido por ter fundado a universidade Ibmec e o banco BTG.
Marcos Pontes, Ciência e Tecnologia
Confirmado na equipe de Bolsonaro no final de outubro através do Twitter, o astronauta Marcos Pontes foi o primeiro brasileiro a chegar ao espaço. Ele é oficial da reserva da Força Aérea e ficou em órbita durante nove dias, há 12 anos, a bordo da chamada Missão Centenário, em homenagem à comemoração dos 100 anos do primeiro voo de Santos Dumont a bordo do avião 14 bis. Quando regressou à Terra, Pontes passou a se dedicar a ministrar palestras sobre a experiência que adquiriu durante a carreira . Ele apoiou publicamente a campanha de Bolsonaro antes da eleição e chegou a ser cogitado para o cargo quando o presidente eleito ainda era apenas candidato. Entre as intenções para a pasta, o futuro ministro afirmou que pretende liberar que o setor privado faça investimentos em pesquisas de universidades públicas, ideia que segue o modelo aplicado nos Estados Unidos.
Tereza Cristina, Agricultura
Presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), Tereza Cristina (DEM-MS) foi a primeira mulher a ser anunciada para assumir um ministério do governo de Jair Bolsonaro, e a quarta a ser escolhida. Ela tem formação como engenheira agronôma e é deputada federal desde 2015. Antes de atuar na Câmara, foi Secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo do Mato Grosso do Sul por sete anos. A expectativa é que a pasta comandada por ela seja responsável, entre outras áreas, pelas definições acerca de questões como a reforma agrária e a agricultura familiar . Além de confirmar a incorporação desses temas, Tereza declarou após a indicação que vê o comércio exterior como prioridade e que tem pressa para resolver o imbróglio que envolve a exportação de carnes brasileiras para países árabes.
Sergio Moro, Justiça e Segurança Pública
O juiz federal Sergio Moro, principal nome da operação Lava-Jato no Paraná, foi o escolhido para assumir o superministério que englobará as pastas da Justiça e Segurança Pública. O magistrado foi o quinto ministro a ser indicado oficialmente, após um encontro na casa de Bolsonaro no início de novembro. Ele decidiu deixar para trás 22 anos de magistratura para assumir o novo desafio junto ao Executivo e contará com a experiência que adquiriu ao atuar no julgamento dos processos relativos à operação contra a corrupção e lavagem de dinheiro deflagrada em 2014. Na coordenação do grupo técnico de Justiça, Segurança e Combate à Corrupção no gabinete de transição do novo governo, Moro já anunciou que prepara um pacote de medidas de combate ao crime organizado que será enviado ao Legislativo e que criará uma Secretaria de Operações Policiais Integradas com foco em operações contra «quadrilhas violentas».
General Augusto Heleno, Gabinete de Segurança Institucional
Inicialmente cotado para o Ministério da Defesa, o general da reserva do Exército Augusto Heleno foi o sexto ministro a ser anunciado por Bolsonaro e assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) . O militar já fazia parte da equipe mais próxima do presidente eleito e, antes mesmo do anúncio, vinha participando de agendas em Brasília ao lado dele. No comando do gabinete, ele trabalhará dentro do próprio Palácio do Planalto. Pouco após a indicação vir a público, Heleno defendeu Bolsonaro no episódio da aprovação no Senado do reajuste para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o general negou que a medida seria uma derrota para Bolsonaro, mesmo com o possível impacto de cerca de R$ 4 bilhões para os cofres públicos, por conta do efeito cascata decorrente do aumento do teto. Apesar da negativa, ele assumiu que o aumento — agora já sancionado pelo presidente Michel Temer — e visto com preocupação pelo novo governo.
General Fernando Azevedo e Silva, Defesa
Ex-chefe do Estado Maior do Exército, o general Fernando Azevedo e Silva foi o escolhido de Bolsonaro para assumir a pasta da Defesa. Sétimo ministro anunciado na equipe de Bolsonaro, o militar teve uma indicação no sentido contrário à expectativa anunciada inicialmente pelo vice-presidente eleito: dias antes do anúncio, o general Hamilton Mourão havia dito que o ministério deveria ficar com alguém da Marinha , para «equilibrar forças» entre as três áreas das Forças Armadas. Como primeira medida antes da posse, Azevedo e Silva anunciou quem serão os novos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica: o general Edson Leal Pujol, o almirante Ilques Barbosa Júnior e o tenente-coronel brigadeiro do ar Antônio Carlos Moretti Bermudez. Ele declarou ainda que está analisando o pedido de prorrogação da permanência do Exército no Rio de Janeiro, feito pelo governador eleito Wilson Witzel, e afirmou que as forças poderão ser utilizadas esporadicamente em questões ligadas à segurança pública.
Ernesto Araújo, Relações Exteriores
Subsecretário de Assuntos Políticos do Itamary, com foco nas relações do Brasil com EUA, Canadá e México, o diplomata Ernesto Araújo foi escolhido para comandar as Relações Exteriores durante o governo Bolsonaro. O presidente eleito aproveitou o anúncio da indicação para classificá-lo como «brilhante intelectual». Araújo foi promovido embaixador há seis meses, mas nunca chefiou uma missão brasileira no exterior. Ainda segundo o presidente eleito, a escolha teve como base a experiência do futuro ministro ao longo de 29 anos dentro do Itamaraty. Simpático ao governo do norte-americano Donald Trump, o novo chanceler é autor de um ensaio chamado «Trump e o Ocidente» em que diz que o líder estadunidense assumiu a missão de resgatar a civilização ocidental, sua fé cristã e suas tradições nacionais forjadas «pela cruz e pela espada». Em um artigo publicado após a nomeação no jornal paranaense «Gazeta do Povo», prometeu que vai combater pautas «abortistas» e «anticristãs» em sua atuação na Organização das Nações Unidas (ONU) , da qual Bolsonaro sinalizou que poderia retirar o país durante a pré-campanha à Presidência.
Wagner Rosário, Controladoria Geral da União
Apontado por colegas por ter um perfil técnico, o atual ministro da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) permanecerá à frente da pasta . Antes de assumir a CGU, Rosário passou 27 anos servindo ao Exército. Até 2009, ele era capitão com formação na Academia Militar das Agulhas Negras. O ministro foi o primeiro o primeiro nome do governo de Michel Temer a ser mantido por Bolsonaro para o futuro governo. O presidente eleito se reuniu com Rosário em Brasília e informou, no comunicado em que divulgou a indicação, que a pasta deve voltar a se chamar apenas CGU (atualmente, o nome utilizado é Ministério da Transparência e da Controladoria Geral da União).
Luiz Henrique Mandetta, Saúde
O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) foi escolhido para comandar a pasta da Saúde . Amigo de Onyx Lorenzoni, indicado para a Casa Civil, Mandetta é médico ortopedista e colaborou com propostas sobre a área para o programa de Bolsonaro, que disse ter feito a indicação ouvindo a vontade da bancada da Saúde na Câmara, das Santas Casas do Brasil e das mais variadas entidades médicas. Antes de ser confirmado no cargo, o parlamentar disse ao GLOBO que tem ressalvas quanto à condução que o Brasil faz de campanhas contra o HIV. Depois do anúncio, abordou a questão do tratamento de dependentes químicos e disse que pretende mudar a política do governo para o tema e buscar novas alternativas para tentar solucioná-lo. O futuro ministro é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) no Mato Grosso do Sul por supostamente ter favorecido duas empresas num contrato de R$ 9,9 milhões assinado pela Secretaria de Saúde de Campo Grande (MS), no período em que ele comandou a pasta.
André Luiz Mendonça, Advocacia Geral da União
O advogado André Luiz de Almeida Mendonça irá comandar a Advocacia Geral da União (AGU), de onde é consultor jurídico e já foi corregedor-geral. Ele tem doutorado em Direito pela Universidade de Salamanca e foi coordenador das equipes de negociação dos acordos de leniência celebrados pela AGU junto a CGU. De 1997 a 2000 ele foi advogado da Petrobrás Distribuidora S/A. A meta de Mendonça é recuperar R$ 25 bilhões nos próximos dois anos por meio da colaboração de empresas que admitiram irregularidades em contratos com a administração pública.
Gustavo Bebianno, Secretaria-Geral da Presidência
Advogado e braço direito de Bolsonaro na campanha eleitoral, Gustavo Bebianno vai assumir a Secretaria-Geral da Presidência. A Secretaria de Governo, atualmente ocupada por Carlos Marun (MDB), será extinta. A Empresa Brasileira de Comunicação, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) ficarão sob a responsabilidade de Bebianno. Ele foi presidente do Partido Social Liberal (PSL), sigla a qual Bolsonaro é afiliado, durante a eleição.
Ricardo Vélez Rodriguez, Educação
O colombiano naturalizado no Brasil foi escolhido para ministro da Educação. Ele ensina Filosofia e é professor emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército e foi escolhido após outros dois nomes terem sido ventilados nos bastidores: o educador Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, vetado pela bancada evangélica e o procurador regional do Distrito Federal, Guilherme Schelb, sem ligação com a área da educação . Na primeira entrevista que concedeu após a confirmação no cargo, Vélez Rodriguez defendeu que «ninguém vai impedir» Bolsonaro de conhecer previamente as questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que foi criticada pelo presidente eleito por incluir um texto sobre gírias da comunidade LGBTQ+ na prova de Linguagens. O futuro ministro também disse que não concorda com discussões sobre sexualidade e gênero em sala de aula porque «quem define gênero é a natureza».
Carlos Alberto dos Santos Cruz, Secretaria de Governo
General da reserva com experiência em situações de violência e conflitos urbanos, Carlos Alberto dos Santos Cruz vai trabalhar no Palácio do Planalto para comandar a Secretaria de Governo de Bolsonaro. Ele é ex-secretário de Segurança Pública (abril de 2017 a junho deste ano), Santos Cruz tem no currículo o comando das missões de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti (2007 a 2009) e na República Democrática do Congo (2013 a 2015). Inicialmente, Santos Cruz seria indicado para comandar a Segurança Pública, sob a liderança de Sergio Moro no Ministério da Justiça. Mas, conforme ele mesmo afirmou, o pedido do presidente teve prioridade. Para o recém-indicado, as nomeações de generais para postos-chave da gestão federal não significam que há um processo de militarização em curso.
Tarcísio Freitas, Infraestrutura
Quinto militar a compor o governo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas foi diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no governo de Dilma Rousseff, onde permaneceu de 2011 a 2015. No Exército, ele serviu durante 16 anos e executou obras como recuperações de rodovias, construções de aeródromos e terminais fluviais e de instalações militares. Como civil, foi trabalhar como auditor concursado da Controladoria Geral da União e como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
Osmar Terra, Cidadania
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) foi ministro de Desenvolvimento Social na gestão de Michel Temer . A nova pasta vai concentrar as áreas de política social, esporte e cultura. O nome foi anunciado pela assessoria do gabinete de transição. O futuro ministro deixou o Ministério de Desenvolvimento para disputar um novo mandato de deputado federal e foi reeleito. Antes da indicação, Bolsonaro tinha pedido nomes para a bancada evangélica, que sugeriu outros deputados para a função.
Gustavo Canuto, Desenvolvimento Regional
O novo ministro do Desenvolvimento Regional disse que a pasta vai reunir as áreas de Cidades e Integração Nacional . Gustavo Canuto é o atual secretário-executivo do ministério da Integração e foi chefe de gabinete de Helder Barbalho (MDB), governador eleito do Pará, quando ele respondia pela pasta no governo Michel Temer. De acordo com ele, o Desenvolvimento Regional vai acumular as funções hoje exercidas pelo Ministério das Cidades e pelo Ministério da Integração Nacional, de forma que cada um deles passará a ser uma secretaria-executiva na nova pasta. Canuto, porém disse que ainda não tratou com o presidente eleito Jair Bolsonaro sobre se o Programa Minha Casa Minha Vida ficará sob sua responsabilidade.
Marcelo Antônio, Turismo
Deputado federal mais votado em Minas Gerais nestas eleições, Marcelo Antônio integra a frente religiosa. É o segundo ministro filiado ao PSL, partido do presidente eleito, no governo . O primeiro é o futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Marcelo Álvaro Antônio é presidente do PSL em Minas Gerais e foi o deputado federal mais votado do estado nestas eleições. Quando Bolsonaro levou uma facada em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial, Álvaro Antônio estava ao seu lado e ajudou a socorrê-lo. Entre 2012 e 2014, foi vereador de Belo Horizonte, cidade em que nasceu. Em 2016, concorreu à Prefeitura da cidade pelo PR. É ligado à Igreja Maranata.
Roberto Campos Neto, Banco Central
A experiência profissional de Roberto Campos Neto, indicado para a presidência do Banco Central, foi moldada praticamente toda em mesas de operações de instituições financeiras. O economista de 49 anos iniciou sua carreira ainda nos anos 1990 e atuou em diferentes bancos no Brasil. Atualmente, Campos Neto ocupava o cargo de diretor de tesouraria do Santander Brasil para a região denominada como Américas. Ele está no banco de capital espanhol desde 2005, quando foi contrato como operador. Formado em economia pela Universidade da Califórnia, ele é neto de Roberto Campos, considerado um dos maiores economistas do Brasil e expoente da corrente liberal, que foi ministro do Planejamento durante o governo de Castelo Branco (1964-1967).
*Estagiário, sob a supervisão de Daniel Biasetto.
Assessoria de Bolsonaro confirma presença de Netanyahu na posse
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve comparecer à posse de Jair Bolsonaro, no dia 1º de janeiro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29) pela assessoria do presidente eleito. A presença de Netanyahu, primeiro chefe de Estado a confirmar participação, poderá representar um reforço nas relações do Brasil com Israel.
Bolsonaro já manifestou a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, um pleito israelense. Até o momento, três países já fizeram a mudança: Estados Unidos, Guatemala e Paraguai.
No último dia 27, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, afirmou que a mudança está certa, mas falta definir a data e a logística.
A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos e israelenses, já que ambos os povos reivindicam o local como sendo sagrado. Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel e é lá que ficam as representações diplomáticas internacionais.
Trump
Jair Bolsonaro disse hoje (29) que existe a possibilidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vir à sua posse, o que dependeria de outros compromissos que possam existir no dia 1º de janeiro. “Eu ficaria muito honrado”, acrescentou.
Bolsonaro avaliou positivamente o encontro que tevepela manhã com o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. A reunião durou cerca de uma hora. “Foi mais um passo do Brasil em direção aos Estados Unidos e dos Estados Unidos em direção a nós”, avaliou.
O presidente eleito pretende ir aos Estados Unidos nos primeiros meses de seu governo, o que ainda deverá ser organizado.
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