Elecciones en Brasil: en un nuevo debate, candidatos centran sus criticas en Bolsonaro y Haddad

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Contexto de Nodal
Este 7 de octubre se realizarán las primeras elecciones presidenciales tras la destitución de Dilma Rousseff en 2016. En caso de que ningún candidato obtenga más del 50% de los votos, se disputará el balotaje el 28 de octubre. Los que aparecen con más chances son el militar retirado y ultraderechista Jair Bolsonaro (PSL) y Fernando Haddad (PT), quien reemplazó a Lula tras su impugnación. También se elegirán a los 27 gobernadores, a los 513 diputados y a 27 de los 81 senadores.

Criticas a Bolsonaro y Haddad centraron debate en Brasil

Los ataques y críticas hacia principales candidatos a triunfar en las elecciones presidenciales de Brasil, el ultraderechista Jair Bolsonaro y el aspirante por el Partido de los Trabajadores (PT) Fernando Haddad centraron el nuevo debate presidencial en la nación suramericana.

Ataque a Bolsonaro

Las acusaciones contra el militar, al frente de la carrera electoral con un 28 por ciento de intención de voto, se intensificaron sobre todo en el primer bloque del debate, en el que participaron ocho de los trece candidatos a la Presidencia.

La ecologista Marina Silva hizo referencia al autoritarismo de Bolsonaro y habló de corrupción al referirse al candidato del PT. Por su parte el candidato por su parte el candidato del Partido Socialdemócrata de Brasil ( PSDB) Geraldo Alckmin se posicionó «frente a los radicales de izquierda y de derecha»: «Ni el radicalismo de Bolsonaro, ni radicalismo de PT. Ellos no», señaló en su alegación final.

«Los radicalismos puede aumentar el desempleo y dificultar la retomada del crecimiento brasileño», agregó Alckmin.

El aspirante por Partido Democrático Laborista (PDT), Ciro Gomes rechazó las declaraciones de Bolsonaro en las que indicaba que sólo aceptaría el resultado de las elecciones si gana los comicios.

Frente al comentario de Bolsonaro, Marina Silva afirmó que sus palabras representan una «falta de respeto a la democracia», mientras que el abanderado del izquierdista Partido Socialismo y Libertad (PSOL), Guilherme Boulos, elevó el tono y acusó al militar de ser un «candidato a dictador».

Henrique Meirelles aspirante por el partido del Movimiento Democrático Brasileño (MDB), dijo que «ningún país democrático tiene un Bolsonaro como presidente»

Ataques contra Haddad

El candidato del PT y segundo en la intención de voto Fernando Haddad fue atacado por los demás candidatos haciendo referencia a los 13 años que mantuvo el Partido de los Trabajadores el poder en Brasil.

Haddad se defendió de las críticas hacia los gobiernos del PT y su programa electoral y resaltó que «repudia todos los gobiernos autoritarios, de izquierda y de derecha».

Haddad destacó sus logros como ministro de Educación de Lula y defendió el legado social, político y económico del expresidente brasileño. «Lula fue el mayor estadista de la historia» del país, aseguró el candidato del PT.

El último debate presidencial se celebrará el próximo jueves, a tres días de las elecciones, en la televisión Globo y en el que podría contar con la presencia de Jair Bolsonaro.

TeleSur


Oito candidatos a presidente participam de sexto debate na TV; saiba o que eles disseram

Oito candidatos a presidente da República participaram na noite deste domingo (30) de um debate na TV promovido pela Rede Record.

A emissora reuniu Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) – saiba mais abaixo o que eles disseram.

Antes de o debate começar, os mediadores Celso Freitas e Adriana Araújo informaram que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi convidado, mas não compareceria por recomendações médicas. Internado desde o último dia 6, quando levou uma facada durante um ato de campanha, Bolsonaro recebeu alta neste sábado (29).

Antes de o debate começar, os mediadores Celso Freitas e Adriana Araújo informaram que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi convidado, mas não compareceria por recomendações médicas. Internado desde o último dia 6, quando levou uma facada durante um ato de campanha, Bolsonaro recebeu alta neste sábado (29).

O debate deste domingo foi dividido em quatro blocos:

  • 1º, 2º e 3º blocos: Candidatos fizeram perguntas entre si;
  • 4º bloco: Considerações finais.

Respostas

Saiba, abaixo, as respostas dadas pelos candidatos:

Observação: A ordem abaixo segue a ordem de respostas dadas no primeiro bloco do debate.

FERNANDO HADDAD (PT)

  • Infraestrutura: «Para mim, Daciolo, com a Emenda Constitucional 95, que fixou um teto de gastos por 20 anos, nós não vamos retomar as obras de infraestrutura que se encontram paradas neste momento. São obras importantes por duas razões. Em primeiro lugar, porque elas geram emprego imediatamente. A construção civil, sobretudo, gera muitos empregos. Minha Casa, Minha Vida, obras de infraestrutura, transposição do São Francisco, Transnordestina, ferrovias importantes em Santa Catarina e Bahia. Tudo isso gera emprego. Em segundo lugar, melhora a produtividade da nossa economia, nós vamos exportar mais se fizermos isso. Portanto, nós pretendemos substituir o teto de gastos aprovado pelo governo Temer, com o apoio do PSDB, por uma outra fórmula fiscal que garanta investimentos. Nosso objetivo é ampliar a capacidade de investimentos do estado brasileiro. Para mim, o presidente Lula, respondendo à sua segunda pergunta, foi o maior presidente da história do Brasil. É o maior estadista da história e é uma pessoa com projeção internacional, que recebe semanalmente apoio de lideranças do mundo inteiro, chefes de estado do mundo inteiro, em função da sua situação e da sua prisão injusta.»
  • Alianças políticas: «Concordo com você [Guilherme Boulos] e temos muitos pontos em comum. Nós somos defensores da democracia, da paz, somos defensores dos direitos sociais, civis, dos direitos trabalhistas e isso nos coloca no mesmo campo. O PT decidiu apoiar o governador de Algoas, Renan Filho, que hoje tem expressiva votação e decidiu apoiar o governador do Ceará, Camilo, que é do PT e também está com votação expressiva, assim como os candidatos do PT a governador em estados do Nordeste. O do Piauí não foge à regra, o da Bahia não foge à regra e nesses estados a liderança dos governadores do PT é tamanha que eles receberam apoio expressivo de todos os partidos. No Ceará, por exemplo, que o PT governa, o Ciro e o MDB apoiam a reeleição do governador, isso não desmerece o trabalho deles, pelo contrário. Eles foram tão vitoriosos no empenho em melhorar a vida das pessoas que receberam apoio dos partidos. Tenho coligação com PCdoB, a Manuela D’Ávila é minha candidata a vice, e PROS, são os dois partidos que estão conosco neste momento.»
  • Assembleia Constituinte: «Ciro, na verdade, a nossa Constituição de 88 já tem mais de 100 emendas constitucionais. O presidente Lula era candidato até pouco tempo atrás e ele imaginava uma situação em que nós poderíamos criar as condições para que nós pudéssemos, no futuro, não agora, criar as condições para que nós tivéssemos uma Constituição mais moderna, mais enxuta com princípios, valores bem constituídos, reequilibrasse os poderes da República, refizéssemos o sistema tributário que penaliza gravemente os mais pobres, que colocássemos regras para o sistema bancário extremamente concentrado no Brasil. Muita coisa que você está falando que vai fazer, você não vai conseguir fazer sem reforma constitucional. Além disso, nós temos o sistema de Previdência, sobretudo os regimes próprios precisam ser revistos. Nós temos estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro numa crise profunda. Alguns outros estados estão a caminho de terem suas contas insustentáveis no curto prazo em função de uma série de regras que precisam ser revistas. Isso pode ser feito se o Congresso decidir convocar uma Assembleia exclusiva ou, se o Congresso assim não entender, ele pode se reformar. Mas com a celeridade necessária para que nós possamos repactuar a República no Brasil».
  • Considerações finais: «Eu vejo o futuro do Brasil, os brasileiros e brasileiras com os espíritos desarmados, mas alimentados por trabalho e educação. A imagem que eu vislumbro é das brasileiras e brasileiros com a carteira de trabalho na mão assinada e com um livro na mão. E não com armas. O tempo que nós vivemos do presidente Lula em que as pessoas eram felizes, as pessoas viveram um momento em que o Brasil criou 20 milhões de empregos em apenas 12 anos e nós abrimos as portas das escolas técnicas e das universidades para os jovens brasileiros. Quem está reeducando o Brasil nesta direção é a mulher brasileira que foi às ruas ontem pedir paz, pedir democracia e exigir os seus direitos que são garantidos pela nossa Constituição. Então, votando 13, o Brasil vai voltar a ser feliz de novo. Boa noite e obrigado.»
HENRIQUE MEIRELLES (MDB)
  • Políticas para pessoas com deficiência e idosos: «Antes de mais nada, o Brasil precisa investir, criar emprego e renda. Para isso nós temos que ter capacidade de ter uma boa política econômica e, a partir daí, com emprego, nós vamos também criar direcionamentos especiais para que os deficientes possam ter acesso a esses empregos. E depois não basta apenas entrar na empresa ou entrar no setor público. É importante garantir que o deficiente progrida na carreira, que ele tenha condições de fato de ter uma evolução de acordo com o seu potencial e a sua capacidade de produção, a sua capacidade de fato de realização em prol do país e para si próprio e para a sua família. Além do mais, temos que ter tratamentos específicos para o deficiente. E para isso, mais uma vez, é necessário recursos. E como você mencionou, no momento em que eu estive no Banco Central a economia cresceu e os recursos cresceram. Como presidente da República, de fato o Brasil vai crescer muito e a partir daí teremos recursos para segurança, saúde, educação e, certamente, recursos também para atender ao deficiente e dar um bom tratamento para todos».
  • Combate ao desemprego: «O Brasil vivia a maior recessão da história quando assumi o Ministério da Fazenda. Tiramos o Brasil do fundo do poço e o Brasil voltou a crescer. Criamos no ano passado, em 2017, 2 milhões de empregos. Mas ainda é pouco porque existiam 14 milhões de desempregados. Agora, o Brasil voltou a crescer e cresceria mais este ano se não fossem as propostas radicais, que ameaçam o crescimento e a geração de emprego, de alguns candidatos. E consumidores começam a adiar suas compras, investidores e empresários começam a adiar seus investimentos preocupados com essas propostas. Agora, para criar emprego, para que de fato o Brasil possa crescer, é preciso equilibrar as contas públicas e aumentar a confiança no país. Tenho as condições. A confiança cresceu todas as vezes que entrei no governo. Cuidei da popupança de 20 milhões de famílias e sei como trazer o crescimento para o Brasil».
  • Combate à violência e à criminalidade: «Nós temos que tratar o tema da violência na sala de aula. Desde a violência, sim, com LGBT, mas também a violência contra as mulheres, a violência racial, e toda a violência gratuita também. Nós temos que estabelecer a segurança no Brasil. Para isso, nós temos que não só ensinar isso nas salas de aula, mas nós temos também que estabelecer confiança na polícia e, para isso, nós temos que colocar o país para crescer para que as polícias tenham condições de comprar equipamento, comprar armamento, comprar viaturas, e contratar policiais. Existem estados brasileiros que faz 10 anos que não contratam um policial. Então tudo isso vai ser resultado, agora, do nosso trabalho. Os estados vão crescer e vão ter condições de equipar as suas polícias. Além do mais, vamos criar um sistema nacional de informações, que vai coletar essas informações e fornecer para as polícias, e aí esse tipo de coisa vai ser resolvido, porque nós vamos saber onde está havendo a violência de gênero, onde está havendo a violência racial, onde está havendo a violência contra as mulheres. Violência se combate com inteligência.»
  • Considerações finais: «Boa noite a todos, obrigado pela audiência. A programação eleitoral tem sido um ringue. Todos brigando contra todos. Tivemos aqui hoje até um pouco de delírio. Mas a minha briga é outra. Eu quero brigar por emprego, renda e dignidade. Eu já mostrei ao longo da minha vida que o que interessa é resultado. E é isso que, juntamente com o meu candidato a vice-presidente, Germano Rigotto, vamos oferecer para o Brasil. Eu vou usar a confiança que eu conquistei dirigindo uma instituição e trabalhando no mundo inteiro para trazer emprego, crescimento e renda para o Brasil. Isso é o que interessa. Não interessa aos brasileiros simplesmente essa guerra. O que interessa aos brasileiros é paz, crescimento e renda para todos.»
CIRO GOMES (PDT)
  • Combate à intolerância: «Nenhum país do mundo suportará o desdobramento que estamos visualizando, com ameaça sobre a sociedade brasileira. O Brasil, em 2014, teve uma eleição rachada, o outro lado não reconheceu o resultado das eleições e há quatro anos o Brasil não para para discutir a massa de desempregados, a massa de pessoas na informalidade, a massa de brasileiros com nome sujo no SPC, humilhados, sem poder comprar um calçado para o filho. E a violência que se desdobra disso não é brincadeira. Sessenta e três mil homicídios aconteceram no país e não mudamos nada na legislação brasileira para enfrentar essa onda que se vulgarizou. Sessenta mil mulheres são estupradas no nosso país, 220 mil pontos de comércio fecharam no Brasil e a política brasileira chafurdando no ódio, no radicalismo, que atinge seu apogeu agora, justo na hora que temos a ocasião para pedir ao povo brasileiro que, iluminado por Deus, ponha a mão na cabeça, reflita um pouco, par aunirmos o Brasil que produz, trabalha, dialogar com forças diferentes, superar o ódio, e o Bolsonaro interpreta isso, mas o outro lado também aperfeiçoa isso».
  • Educação: «Se me permitir, Haddad, eu quero só opor um reparozinho, que é uma informação, o Eunício Oliveira, lá no Ceará, eu vetei o acordo do meu partido e, portanto, da minha participação na aliança dele. Eu não aceito o apoio dele, porque ele é corrupto. E você foi para lá e acertou-se com ele despudoradamente, não foi porque tem aliança com o PT não. Só para a gente ter clareza, porque não é bem verdade. Educação para mim é um compromisso de vida. O Ceará, como você, que é um expert da área, sabe, tem hoje 82 das 100 melhores escolas fundamentais do Brasil. Restam 18 escolas do ensino fundamental para todo o resto do país. O Ceará, no Ideb do ensino médio, saltou oito posições. Saiu do 12º lugar para o 4º lugar no Brasil. E uma de cada três escolas do Ceará de nível médio já é em tempo integral e a maioria esmagadora com ensino técnico profissionalizante, com estágio remunerado pelo governo nas empresas. E essa é a concepção que eu tenho para o conjunto no Brasil. Sob o ponto de vista do ensino superior, eu estou muito preocupado, porque o Fies apresentou um rombo gigantesco e, hoje, a garotada está inadimplente e, profundamente, angustiada em como pagar isso. Eu quero ter uma proposta, assim como tenho para a questão do SPC, para reestruturar isso. E, de qualquer forma, nós precisamos fazer um aposta mais clara no ensino público e gratuito, porque botar muito dinheiro público para cevar a arapuca de educação privada sem qualidade, infelizmente, é uma das distorções graves e eu não duvido da boa-fé, da intenção, mas é muito grave a distorção hoje.»
  • Fundo eleitoral: «Há 17 milhões de brasileiros desempregados e desalentados. São 32 milhões de brasileiros na informalidade, correndo da repressão todos os dias. Sessenta e três milhões de pessoas humilhadas. Esses números, todos os dias, eu lembro deles. O Brasil não pode mais continuar neste caminho que aí está. A indignação do Daciolo é muito fielmente interpretada como uma indignação que se generalizou na sociedade Brasileira. Entretanto, eu pretendo fazer o Brasil se reconciliar. Eu pretendo ajudar o Brasil a caminhar para além dos personalismos, das adorações a belzebus e a ídolos. O Brasil precisa se debruçar sobre ideias, propostas, concretudes para a vida do nosso povo, saúde, educação em tempo integral, creche em tempo integral para as mulheres irem à luta. É um apanhado rápido de propostas que tenho. E tenho uma agenda que é consertar conta pública. E esse fundo eleitoral é uma vergonha para o Brasil».
  • Considerações finais: «Eu quero me dirigir a você, meu irmão, minha irmã, que não decidiu ainda o seu voto, que admite mudá-lo, a você que está votando contra alguém ou contra um partido. Eu quero me dirigir a você que vota no Bolsonaro porque não quer o PT. Eu quero me dirigir a você que vota no PT porque não quer o Bolsonaro. Eu lhe entendo, eu entendo com o meu coração. Mas deixe que eu diga a cada uma e a cada um de vocês. Se isso continuar acontecendo, a única certeza dessas eleições é que essa crise vai continuar e vai se aprofundar e o nosso país não aguenta. Eu não sou PT, nem anti-PT. Eu peço uma oportunidade. Examine o meu programa, examine a minha vida, e eu peço a oportunidade para reconciliar o Brasil, para unir a nossa pátria ao redor da agenda dos mais pobres que estão passando o pior momento da história moderna do Brasil. Eu sou o candidato menos rejeitado. Eu sou a segunda opção de todos. Eu venço o Haddad e venço o Bolsonaro no segundo turno, mas para isso eu preciso do seu voto já no primeiro turno.»
MARINA SILVA (REDE)
  • Democracia: «O Bolsonaro tem uma atitude autoritária, antidemocrática, desrespeita as mulheres, desrespeita os índios, desrespeita os negros, desrespeita a população brasileira. Mas, com essa frase, ele também desrespeita a Constituição, desrespeita o jogo democrático. Numa democracia, se não temos comprovação de que houve uma fraude, não se pode entrar no jogo se for para você ganhar de qualquer jeito. Para mim, essas palavras do Bolsonaro, além de desrespeito à democracia, só pode ser uma coisa: o Bolsonaro fala muito grosso, mas tem momentos que ele amarela. E amarela mesmo, porque isso são palavras de quem já está com medo da derrota, da derrota do povo brasileiro que será dada a ele pela atitude autoritária. Hoje, Ciro, no Brasil, nós temos que enfrentar dois projetos autoritários, aqueles que têm saudosismo da ditadura e que não respeitam a Constituição e aqueles que fraudaram a eleição em 2014, como foi o caso da candidatura da Dilma e do Temer pelo uso da corrupção. O Brasil não precisa ficar entre a espada da corrupção e nem ficar entre a cruz do autoritarismo do Bolsonaro.»
  • Propostas de Bolsonaro: «A campanha do Bolsonaro, Meirelles, como você mesmo falou, indicou claramente que pode acabar com o 13º salário e recriar a CPMF. Ou seja, tirar dinheiro dos trabalhadores que já ganham tão pouco, num país com 13 milhões de desempregados, quatro milhões que já desistiram de procurar empregos e uma grande quantidade de que tá vivendo do bico, na viração. E, como se não bastasse, ainda é uma campanha que tem desrespeito pelos direitos das mulheres, pelos direitos dos índios, pelas cotas para as pessoas que são negras e que são índias. Eu nunca vi na minha vida um candidato a presidente da República que diz que vai governar para os fortes, que vai governar para os que têm, que via governar para os que podem. Você é presidente da República para defender os direitos dos mais frágeis, daqueles que mais precisam. O Bolsonaro faz questão de dizer isso para a população. É uma pena que ele não esteja aí, eu espero que no próximo debate ele esteja para poder explicar todas essas coisas que ele tem dito em relação a sua posição de governo. Se ele é assim para ganhar, imagina depois que ganha, nós temos que combater projetos autoritários de toda e qualquer natureza.»
  • Políticas para as mulheres: «Alvaro, as mulheres, que estão sendo tão homenageadas, merecem essa homenagem. Até porque elas que têm a possibilidade de, sendo mais reflexivas, mais dadas ao cuidado, de, nesse momento difícil na história do nosso país, poder ajudar para que a gente não tenha que ficar entre a espada do autoritarismo proposto pelo Bolsonaro, nem a cruz da corrupção que a candidatura do PT não reconhece que teve durante o governo do PT e de que agora é preciso explicar pro povo brasileiro essa história de que rouba mas fez. Eu quero que o Brasil seja um país próspero, um país que seja bom para todos viver e para isso nós temos que ter um novo ciclo de prosperidade, por isso, estou propondo que a gente crie dois milhões de empregos em energia renovável, que a gente possa criar empregos utilizando a biomassa para poder gerar energia também, que a gente possa investir no turismo que é o que cria emprego para as mulheres e mais ainda que a gente pegue o dinheiro que foi dado, no bolsa empresário, para os amigos do rei para que as mulheres, os jovens e as pessoas possam investir.»
  • Considerações finais: «Agradeço a Deus por mais um debate. Quero dizer que entrei na campanha e desde o início dizia que entrei para oferecer a outra face. Para a face da mentira, a verdade; para a face do ódio, o amor; para a face da preguiça, o trabalho; e para a face de um país desunido, que está sendo cultivado desde a polarização PT-PSDB, e agora PT-Bolsonaro, a nossa união. Uma casa dividida não tem como subsistir. Nós precisamos estar unidos. E eu estou pronta para fazer isso. Eu tenho dito isso desde 2010, quando dizia todo mundo estranhava, agora é um campeonato de quem vai unir o Brasil. Eu estou aqui para dizer que vou unir o Brasil. E tenho uma excelente equipe: Ricardo Paes de Barros, André Lara Resende, Eduardo Jorge, e vamos governar o Brasil unidos para ter um país justo e bom para todo mundo».
ALVARO DIAS (PODEMOS)
  • ‘Voto útil’: «Marina, realmente nós estamos assistindo à marcha da insensatez nessa campanha eleitoral. E, às vezes, eu me imagino em outro país quando ouço, como hoje, essa crônica da mistificação e da ficção. A mentira continua sendo uma arma poderosa na boca de candidatos que desonraram compromissos que assumiram e que desrespeitaram o povo brasileiro, a rasgar as metas que foram estabelecidas durante a campanha eleitoral. Isso nós vimos aqui há pouco. E certamente é uma espécie de ignorante político aquele que admite se assustar com dois fantasmas. Fantasma da extrema-esquerda, fantasma da extrema-direita. E tentam influenciar a população a escolher ciclano contra beltrano para evitar o fulano. Ou seja, não se vota no melhor. A eleição é para premiar a honestidade, a competência, a experiência administrativa, a dignidade e a honradez. O voto não é para premiar a desonestidade e a incompetência.»
  • Propostas para as Forças Armadas: «Primeiramente, dizer que eu estou impressionado. Imagino que os nossos telespectadores estão da mesma forma. É um espetáculo o que nós estamos assistindo aqui. Ao meu lado esquerdo estão dois ex-ministros, colegas desse tempo de consagração da incompetência administrativa e da corrupção, falando como se tivessem sido ministros da Dinamarca. Porque do Brasil, não. O que eles dizem aqui eu não vi no Brasil. O que eles dizem aqui eu leio como a crônica da mentira, aliás, a mentira tem sido um arma poderosa. Sobre as Forças Armadas, o sonho dos políticos brasileiros seria ter o prestígio que têm hoje os integrantes das Forças Armadas, que têm um respeito extraordinário da população. Há sucateamento, há um abandono total, inclusive na área de inteligência das Forças Armadas, que poderia ser uma contribuição extraordinária para criatividade, inovação e avanços tecnológicos no nosso país. Mas os orçamentos são insuficientes e não atendem às necessidades das Forças Armadas, que se constituem em orgulho desta nação».
  • Reformas: «Se discute muito assuntos periféricos, metas que são apresentadas durante a campanha que muitas vezes são palavras soltas ao vento e que, na verdade, não concretizam porque não há mudança do sistema. Um sistema corrupto e incompetente instalado no país. E eu não canso de repetir: sem a refundação da República e sem uma reforma nesse atual sistema de governança nada acontecerá, O Brasil não alcançará índices de desenvolvimento econômico compatíveis com sua grandeza, não vai gerar emprego, não resolver o problema da saúde, da segurança e da educação. Além dessa grande reforma, temos que promover uma reforma essencial em relação à política tributária. O modelo tributário do Brasil é de quinto mundo. Não é de terceiro mundo, é de quinto mundo! Asfixia a economia, impede o seu crescimento, o desenvolvimento econômico, não gera emprego. Esta reforma tem que tributar mais a renda e menos o consumo. Desta forma, o gás vai ter preço menor, a gasolina vai ter preço menor, todos os produtos consumidos pela população mais pobre terão preço reduzido».
  • Considerações finais: «Durante todo o meu itinerário na minha vida pública eu procurei merecer o respeito do povo do meu estado, o Paraná. Obtive votações recordes, imaginei que pudesse também obter o respeito de todo o Brasil, por isso vim para a campanha imaginando que seria o reencontro do Brasil com a verdade. Nosso desejo é a refundação da República para iniciar um novo tempo de austeridade, responsabilidade pública e sobretudo de ética na administração do país. Porque sem o combate implacável à corrupção não venceremos nossas dificuldades. Hoje me sinto à vontade para pedir seu voto porque podemos mudar o Brasil para melhor».
GERALDO ALCKMIN (PSDB)
  • Reforma política: «Sou favorável às reformas. O Brasil não mudar sem reformas. Senão, vamos continuar no marasmo. A primeira é a ref política. Não podemos ter 35 partidos. É evidente que precisa de uma reforma política. Número de ministérios, empresas estatais, redução de cargos, 146 empresas estatais. Um terço delas, criado pelo PT. Como a estatal EPL, do trem-bala, que não existe trem, não tem ferrovia, mas tem a estatal. A TV do Lula que não tem audiência. Um terço das estatais, criado pelo PT, boa parte dá prejuízo. Redução do Senado. Por que ter 3? Diminui assembleias, diminui Câmara Federal».
  • Combate ao endividamento: «Olha, primeiro aumentar o crédito no Brasil. Essa é uma questão central. O Chile, que é um país vizinho, tem o dobro praticamente da oferta de crédito que o Brasil. Trazer mais bancos para o Brasil. A primeira medida que eu vou tomar é acabar com o decreto que para vir um banco estrangeiro para o país precisa ter autorização presidencial. Estados Unidos tem mais de 4 mil bancos. Ter mais bancos, mais disputa. Desregulamentar, desregular. Outras formas de crédito. Cooperativas de créditos, Fintecs. Reduzir a taxa de juros. E a maneira mais rápida de reduzir taxa de juros é boa política fiscal. Não vou aumentar imposto. Estava nos estudos do Ciro criar a CPMF, do ministro da Fazenda dele, daquele que ele tem como seu guru na área econômica. Aí ele viu a repercussão que deu com o Bolsonaro, deu uma recuada. Não vou aumentar a carga tributária. Eu fui um dos autores do Código de Defesa do Consumidor, nós vamos apoiar as pessoas que estão endividadas, procurar reduzir a sua dívida, renegociá-la com bancos públicos e também pressionar os bancos privados. De outro lado, crédito para o pequeno empreendedor, como fiz em São Paulo, com o juro zero para os pequenos empreendedores.»
  • Confiança no país: «Olha, eu entendo que as reformas são necessárias. Simplicar a questão tributária, reforma política, reforma do Estado, trazer investimento para o Brasil voltar a crescer. Mas eu queria fazer aqui uma reflexão política, nós estamos na última semana que antecede a eleição, e chamar a atenção para você de como os radicais são parecidos. O PT votou contra o Plano Real, o Bolsonaro também votou contra o Plano Real. O PT votou contra a quebra do monopólio de telecomunicações, o Bolsonaro também, votou igualzinho o PT, então nós estaríamos ainda naquele telefone antigo. O PT votou contra a quebra do monopólio do petróleo, o Bolsonaro também, votou igualzinho. O PT votou pelo Lula, o PT votou no Lula, o Bolsonaro também declarou no plenário que ele também votou no Lula. É impressionante como o radicalismo, como ele se atrai. Esse não é o caminho. O caminho, e essa semana é uma semana decisiva, é essa semana que vai mudar a eleição. Sempre nas últimas eleições é a última onda aquela que vale. Nós vamos unir o Brasil para recuperar a economia, o emprego e melhorar a vida da população.»
  • Considerações finais: «Olha, agradecer a você que nos acompanhou até esta hora da noite, dizer que esta semana é a semana decisiva, você que vai decidir o futuro do nosso país pelos próximos quatro anos. As grandes viradas ocorrem no final. Nós entendemos que nem o radicalismo do Bolsonaro, nem o radicalismo do PT, eles não. Nós estamos juntos é para unir o Brasil. Tenho certeza de que nós vamos, juntos, unir o Brasil, pacificar o país, para que ele possa retomar o emprego, melhorar muito a segurança pública. As mulheres – e quero falar também em nome da Ana Amélia, nossa candidata a vice-presidente da República – terão papel preponderante nesse novo Brasil, que eu tenho certeza, vai surgir das urnas um Brasil com paz, com prosperidade, com emprego, da fraternidade.»
GUILHERME BOULOS (PSOL)
  • Saúde: «Primeiramente, ele não! Boa noite, Celso. Boa noite, Adriana. Boa noite, todos os candidatos. Boa noite a você que está nos assistindo em casa. Eu quero parabenizar as mulheres brasileiras pelo show de democracia, pelo show de coragem que deram ontem. Nesse sábado, foi início da derrota de Jair Bolsonaro. Em relação à saúde, Alckmin, o primeiro passo é desfazer o estrago que esse desgoverno do Temer fez com o apoio do seu partido, o PSDB, que é revogar a Emenda Constitucional 95, que foi aprovada, a PEC do Teto de Gastos, que prevê o congelamento dos investimentos públicos, inclusive em saúde e em educação pelos próximos 20 anos. Quem vier aqui falar de saúde, falar de educação, e não se comprometer a revogar esse estrago, tá mentindo. Além disso, é preciso enfrentar a privatização da saúde no Brasil. Hoje, os planos de saúde lucram bilhões e, aliás, sempre financiaram campanhas eleitorais. Você acha que um deputado que foi financiado por um plano de saúde vai se preocupar com investimento no SUS? É claro que não. Por isso, é preciso fazer o investimento necessário no SUS, enfrentando os privilégios. Dinheiro tem. Agora, tem que tirar dos privilégios, fazer rico pagar imposto, enfrentar o bolsa banqueiro, baixando juros, e o bolsa empresário com as desonerações fiscais.»
  • Combate à corrupção: «Olha, Álvaro, primeiro, em relação à corrupção, é preciso enfrentar esse sistema político que está podre e falido, começando por acabar com toda forma de financiamento privado de campanha eleitoral, porque a gente sabe que é aí que começa a coisa. Empreiteiro, banqueiro, grande empresário financiam campanhas e, depois, recebem, em troca, favorecimentos do estado. É preciso acabar com isso. Além disso, é preciso dar transparência aos negócios públicos. Esse é um ponto essencial e por isso que nós estamos propondo o modelo da democracia 5.0, que é usar as formas de participação digital para que todo cidadão tenha o poder sobre as contas públicas na sua mão, no seu celular. Hoje, você que está nos assistindo pode pedir uma comida pelo celular e avaliar um serviço. Pode pedir um táxi pelo celular e avaliar o serviço. Mas não pode fiscalizar o poder público e nem avaliar o poder público. Pra isso é preciso também universalizar a internet no país, banda larga para todos. Há condições de fazer, inclusive, existe um fundo, o Fust, destinado para isso, que todo ano devolve bilhões de reais. Dando transparência mais participação popular é possível ter um sistema político que funcione de outro jeito. Agora, não se faz, não resolve o problema da corrupção entregando as empresas públicas, como a gestão da Petrobras atualmente está fazendo.»
  • Revogação de medidas do governo Temer: «Esse desgoverno do Michel Temer nasceu de um golpe, não tem legitimidade, assim como sua agenda [de Temer] não tem legitimidade. Já tive a oportunidade de dizer em outro debate que aqui existem 50 tons de Temer. Não há um único candidato que represente o Temer. Vários ajudaram a dar o golpe que colocou ele lá e vários ajudaram a aprovar essa agenda. Por isso, é necessário ter como compromisso básico, e espero ouvir isso de você também, de revogar todas as medidas antipopulares tomadas por esse governo do Temer. A Emenda Constitucional 95, que congela investimentos por 20 anos, a entrega do pré-sal a empresas estrangeiras, que lamentavelmente começou a tramitar no governo da Dilma, em 2015, a reforma do ensino médio, que tirou filosofia, sociologia do currículo, e que o Temer aprovou sem qualquer debate com professores e com a comunidade escolar. Não pautar nenhum tipo de reforma da Previdência, que o Temer tentou aprovar, e agora fez uma ameaça que depois das eleições vai querer aprovar. Não deixamos aprovar no ano passado e não vamos deixar aprovar de novo».
  • Considerações finais: «Eu agradeço a Record e a quem está nos assistindo. Eu quero dizer uma coisa a você. O que a vida quer da gente é coragem. Daqui a uma semana, você vai sair de casa para votar. Naquela cabine, vai estar você e sua esperança de mudar o Brasil. Eu sei que muita gente está assustada, está com medo. Tenha certeza: nós vamos estar juntos para derrotar o atraso. Mas a eleição tem dois turnos. Primeiro turno é para votar em quem você acredita. É momento de fortalecer a mudança, quem efetivamente tem uma visão nova para o Brasil. Eleição não é igual corrida de cavalo que você escolhe quem está em primeiro lugar. Deposite seus sonhos na urna. Dia 7 vote contra os privilégios e contra a desigualdade. Vote 50. Dia 7, vote também nos deputados e deputadas do PSOL. Vote com coragem, vote com esperança. Ele não. Vote Boulos 50.»
CABO DACIOLO (PATRIOTA)
  • Moradias populares: «Olha, nação brasileira. Eu quero agradecer a pergunta, Boulos. Dizer a todos concorrentes aqui que eu respeito todos os senhores. Mas eu tenho algo muito importante para falar para a nação brasileira e aqui nesse cenário de debate nós temos um minuto e meio para falar de saúde, de educação, de segurança, de moradia, de transporte, de economia e eu tenho algo aqui para declarar. Primeiro que já estão me boicotando para o próximo debate, estão tentando já tirar o Cabo Daciolo do próximo debate. Então eu tenho o dia de hoje para falar dessa farsa toda que é o cenário político do nosso país. Os senhores são todos amiguinhos, os senhores estão agora jogando vôlei, um taca a bola e o outro corta. O alvo agora é o Bolsonaro. É por aí. Eu também discordo com o Bolsonaro em muitos, em vários temas, mas também eu tenho que falar que os senhores, PT, junto com o PMDB, que Deus colocou do ladinho um do outro ali, os senhores estão há 13 anos no poder, massacrando o povo. Que que o senhor investiu? Em que o partido do senhor investiu em infraestrutura? Desemprego, mais de 14 milhões de desempregados. Quem é o senhor? Qual a postura que o senhor tem para tomar e assumir a cadeira de presidente da República? Eu estou falando isso para o Haddad, tá? Eu estou conversando com o Haddad aqui agora. Quatro anos como prefeito, não fez nada para a prefeitura de São Paulo e quer vir presidente? Presidente de que? O senhor tem que caminhar ainda muito. O Lula é líder, o senhor ainda tem que aprender muito para virar um líder.»
  • Esperança da população: «Glória. Glória. Quero dizer a todos que estão aqui concorrendo à cadeira da Presidência da República que eu amo todos os senhores, a senhora. Tenho respeito muito grande por todos mas não vou permitir que a nação brasileira fique sendo enganada. Não vou permitir isso. Falam de saúde, de educação, de segurança, de transporte, de economia, de infraestrutura, de saneamento. A saúde você resolve rápido. Eu vou responder, tá? Eu vou entrar na pergunta. A saúde você resolve rápido. A educação também é muito rápido. Eu tenho três filhos. Vamos colocar o filho do futuro presidente da República, o Cabo Daciolo, 51. Meus filhos vão estudar em colégios públicos, meus filhos vão para hospital público. Se nós pegarmos todos os parlamentares do país e colocarmos qualquer cadeira política, botar lá o filhinho e também o militar, o militar não. O militar sim. Eu sou militar e político. O militar também, o militar e os senhores políticos lá no hospital público e na educação pública, os filhos, muda tudo rápido. Vai ter investimento. Muda rápido. Aí ninguém vai no Sírio-Libanês, aí ninguém vai pro Albert [Einstein]. Vai todo mundo lá e vai ter saúde de qualidade para todo mundo. Agora, não se retribui o mal com o mal. Essa é a grande realidade. Nós não vamos combater o mal com mal.»
  • Combate ao desemprego: «Primeiro eu quero dizer à nação brasileira e identificar os culpados de estarmos com 14 milhões de desempregados. Representam eles ali, Meirelles e Haddad. PT, PMDB. Afundaram o país e botaram o país nessa lama, nessa lama. Infraestrutura, saneamento básico. Nosso país, em pleno século XXI, 50% do país não tem sequer saneamento básico. Aí você pega a estrutura PT e PMDB, os fracos ali, PT e PMDB, e sabe o que eles fazem? Vão investir fora do país, eles vão dar emprego para trabalhadores de outra nação. Respeitamos todas as nações, mas os brasileiros estão passando fome, necessidade, miséria, desemprego. E os senhores? Sabe onde eu quero chegar? Eu quero chegar que a arma do cristão é a palavra de Deus, é essa aqui, a Bíblia. Bíblia é a arma do cristão. O que ela fala? Não estou falando de religião não, tá? Eu não prego religião. Estou falando de amor. Primeiro mandamento: ‘Amar a Deus acima de tudo e de todos’. E o teu próximo como a ti mesmo. Os senhores têm que aprender a amar ao próximo. Os senhores nunca passaram necessidade, os senhores não sabem o que o povo está sofrendo. E ainda querem vir, têm a cara de pau de vir aqui conosco disputar a cadeira presidencial. Vamos aprender um pouquinho, vamos visualizar o que está acontecendo. Da próxima vez eu vou trazer um óleo de peroba aqui. Para honra e glória do senhor Jesus.»
  • Considerações finais: «Obrigado. Obrigado, Deus. Obrigado, senhor. Glória a Deus! Eu acredito em sinais. Sete dias. Sete dias? Eu acredito em sinais. Eu acredito em avivamento. Eu creio. Estamos diante de uma guerra espiritual contra principados e potestades. Obrigado, Senhor, pelo Senhor ter me dado uma vice maravilhosa, Senhor, para governarmos esta nação. Suelene Balduino, Pai, uma mulher de pulso, representando as mulheres brasileiras. Obrigado, Senhor! E eu sei quais são os nossos adversários. Na autoridade, quero o nome do Senhor Jesus, eu repreendo toda a fúria de satanás contra a nação brasileira. Satanás, pega tudo que é seu e saiam da nação brasileira. E eu falo aqui que haverá paz, amor, sabedoria, discernimento, mansidão, domínio próprio. Mas, acima de tudo, teu santo espírito, Pai, sobre a nação brasileira.»

O Globo


Mulheres lideram atos contra Bolsonaro no Brasil e no mundo

Mais de um milhão de pessoas participaram das mobilizações contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) neste sábado (29). Os atos da campanha #EleNão foram organizados em mais de 260 cidades brasileiras. O cálculo, elaborado pelo Brasil de Fato, tem como base as informações fornecidas pelas organizações dos atos.

As manifestações foram organizadas por centenas de movimentos populares do campo e da cidade e tiveram uma participação expressiva nas principais capitais do país.

A campanha #EleNão ganhou expressão logo que as pesquisas de intenção de voto mostraram o candidato de extrema-direita à frente da disputa eleitoral para a Presidência da República. Mulheres de todo o país iniciaram uma série de mobilizações nas redes sociais contra o fascismo e o discurso de ódio estimulados pelo candidato.

Na medida em que as manifestações cresciam, o líder das intenções de voto também viu crescer sua taxa de rejeição, que chegou a 46%, segundo a última pesquisa divulgada pelo DataFolha nesta sexta-feira (28).

Os cartazes, lambes, pirulitos e faixas, presentes nas centenas de manifestações, expressaram o repúdio ao “coiso», como ficou conhecido o candidato do PSL. E também trouxeram pautas propositivas, como: a defesa da saúde pública e o combate à violência contra as mulheres, ao racismo e à lgbtfobia. Além da defesa dos direitos trabalhistas.

Alexania Rossato, liderança do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), esteve presente no protesto no Rio de Janeiro. Segundo a organização, o ato contou com a participação de 200 mil pessoas.

«Estamos nas ruas no Rio de Janeiro e em todo o Brasil para dizer #EleNão e também para dizer não à privatização dos nossos recursos naturais e das nossas empresas estatais. Nos manifestamos contra todos os retrocessos que tivemos durante estes dois anos com Temer. As propostas de Bolsonaro são exatamente as mesmas do atual governo».

Em São Paulo, o ato #EleNão reuniu cerca de 500 mil pessoas e ocupou todo o Largo da Batata, na zona oeste da capital, além das duas faixas da Avenida Faria Lima.

As manifestantes entoam a palavra de ordem #EleNão e pediram respeito aos direitos das mulheres, dos negros e dos LGBTIs. Inúmeros cartazes criticaram o projeto neoliberal de Bolsonaro e as medidas postas em prática pelo presidente Michel Temer (MDB), como a reforma trabalhista e a EC 95, que ficou conhecida como a PEC do Teto dos Gastos.

A estudante Tainá saiu do ABC Paulista, região metropolitana de São Paulo, para participar da marcha na capital. «Ele [Bolsonaro] representa um modelo de sociedade que nós não toleramos mais. Estamos aqui negando a candidatura dele”, afirmou. Ela disse ainda que o ato é uma forma de gritar contra o extermínio das minorias e das mulheres.

A menção ao retrocesso que o candidato do PSL representa foi uma constante nos atos realizados pelo Brasil e pelo mundo. Nayara Martins, da Secretaria Nacional de Juventude da União Nacional por Moradia Popular, participou do ato #EleNão em Belo Horizonte (MG), que reuniu cerca de 100 mil pessoas.

«Eu digo ‘Ele Não’ por todas as mulheres que são mães solteiras, que são pobres e que precisam de moradia. É preciso que a gente se una, porque somos a maior parte deste país», disse a militante.

Durante a campanha de Bolsonaro, o General Mourão, vice-presidente na chapa do candidato de extrema-direita, afirmou que famílias compostas por mãe e avó são «fábricas de desajustados».

Elisa Maria, da Marcha Mundial das Mulheres, participou do ato em Recife, onde 250 mil pessoas saíram às ruas. Ela avaliou que «Bolsonaro é a continuidade de Temer, mas nos moldes de uma ditadura agressiva. Queremos uma economia voltada para os mais pobres e não para os mais ricos», concluiu a feminista.

Marielle Vive

A vereadora do PSOL e ativista de direitos humanos Marielle Franco, morta há 6 meses e meio, foi lembrada em muitos dos atos realizados pelo país.

A época do assassinato, Bolsonaro foi o único presidenciável que não se pronunciou a respeito do crime. Carla Ambrósio, do coletivo Mulheres Negras contra o Bolsonaro, afirmou que Marielle representa o dia a dia de resistência das mulheres brasileiras, principalmente das negras e periféricas.

“Ela, como vereadora, lutou para que todo o povo periférico, principalmente da Maré, tivesse condições dignas de moradia, tivesse condições dignas para viver, e não só para sobreviver. Quando assassinaram Marielle, eles acharam que iriam nos calar e nos diminuir. Ao contrário, nós ganhamos mais força», afirmou.

Resistência sem ódio

Apesar da gravidade da conjuntura, o clima dos atos foi de animação. Várias cidades contaram com blocos de carnaval, batucadas e shows. Em Salvador (BA), as 50 mil pessoas que participaram do ato assistiram ao show de Daniela Mercury, que afirmou: “a gente não pode aceitar uma pessoa que traga ódio e violência para o Brasil».

No Rio de Janeiro, participaram mais de 90 blocos de carnaval. «Isso mostra a potência de uma geração que não vai aceitar o conservadorismo reinando em nosso país», disse MaíraMarinho, liderança do Levante Popular da Juventude e integrante da organização do ato.

O ato em Recife (PE) saiu da Praça do Derby, rebatizada de Praça da Democracia pelos movimentos populares desde o golpe de 2016. Ao longo de todo o caminho, os manifestantes entoaram palavras de ordem e paródias contra Jair Bolsonaro. Vários blocos e troças carnavalescas também se juntaram à mobilização.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) participou do ato em Brasília, que reuniu mais de 30 mil pessoas. «O parlamento só não basta. Ele é apenas um espaço para fazer valer e deixar subir às tribunas a força da população. Todas as vitórias que tivemos foram conquistadas nas ruas, por meio da parceria entre a institucionalidade e o movimento concreto», afirmou a deputada.

Mulheres do movimento «Mães pela diversidade» também saíram às ruas em Brasília. É o caso da funcionária pública Ana Valéria Monção. Mesmo recém-operada, ela participou do protesto. «O avanço do fascismo é algo aterrorizante e inaceitável. Não quero esse mundo para eles [filhos]», afirmou.

Um ato mundial

Dezenas de atos da campanha #EleNão foram realizados em vários países da América, África, Europa e Oceania. Na Europa os atos ocorreram na Alemanha (Berlim), na Holanda (Amsterdã e Haia), na Irlanda (Dublin), na Suécia (Malmö), na Itália (Milão), na França (Paris e Lyon), na Espanha (Santiago de Compostela e Barcelona), em Portugal (Cidade do Porto, Coimbra e Lisboa), na Noruega (Oslo) e na Dinamarca (Aahrus).

Na América, os atos foram realizados na Argentina (Buenos Aires e Rosário), nos Estados Unidos (Atlanta, Boston e Nova Iorque), no Canadá (Quebeque) e na República Dominicana. O continente africano foi representado Pela África do Sul (Cidade do Cabo) e a Oceania pela Austrália (Melbourne e Sydney).

Brasil de Fato


‘Façam por Haddad como se fosse por mim’, diz Lula em carta à militância

Em uma nova carta publicada no Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste domingo um apelo à militância do PT para que se mobilize na reta final do primeiro turno da eleição em prol do seu representante, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. “Peço a vocês que lutem muito pela eleição do Haddad. Saiam de casa todos os dias para fazer campanha e pedir votos para ele. Façam por ele como se fosse por mim”, disse Lula, que está preso desde abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba.

As constantes cartas enviadas pelo ex-presidente cumprem a estratégia petista de mante-lo no protagonismo, mesmo ele estando preso e impedido de participar da disputa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa – Lula foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

Haddad também gravou um vídeo à militância a quem pede “um gás” para chegar ao segundo turno em primeiro colocado. “Isso pode nos dar a vitória”, diz ele.

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