Carta de Lula pide defender la democracia de una «aventura fascista» en Brasil

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Elecciones Brasil: la emotiva carta de Lula desde la cárcel contra la «aventura fascista» de Bolsonaro

El ex presidente de Brasil Luiz Inácio Lula Da Silva dio un mensaje público desde la cárcel de Curitiba en la cual llama a votar por el candidato del PT, Fernando Haddad, en la segunda vuelta de las elecciones presidencial ante el fascista Jair Bolsonaro, que lidera las encuestas.

Allí, el candidato que lideraba las preferencias electorales hasta que el juez Sergio Moro ordenara su detención en abril repasó de forma emotiva a «las 36 millones de personas que sacamos de la miseria, y las 40 millones que subieron a la clase media», «a los 20 millones de empleos creados», «a que abrimos las puertas de las universidades a 4 millones de personas, negros e indigenas». Y deslizó que por esos motivos es que algunos «odian» al Partido de los Trabajadores (PT).

Luego, pidió a las fuerzas democráticas unirse para evitar que el país caiga en una «aventura fascista» como la que propone Bolsonaro, que ya habló de perseguir a la oposición, habló de meter preso a su contrincante como una propuesta electoral y atacó al Tribunal Supremo Federal (TSF), la Corte Suprema de Brasil.

«En este momento», destacó Lula, «está por encima de todo el futuro del país y de nuestro Pueblo. Es hora de votar a Haddad, que representa la supervivencia del pacto democrático».

El Destape Web


Carta de Lula sobre o segundo turno das eleições

“Meus amigos e minhas amigas,

Chegamos ao final das eleições diante da ameaça de um enorme retrocesso para o país, a democracia e nossa gente tão sofrida. É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia.

Por mais de 40 anos percorri este país buscando acender a esperança no coração do nosso povo. Sempre enfrentamos o preconceito, a mentira e até a violência, e, mesmo assim, conseguimos construir uma profunda relação de confiança com os trabalhadores, com as pessoas mais humildes, com os setores mais responsáveis da sociedade brasileira.

Foi pelo caminho do diálogo e pelo despertar da consciência cidadã que chegamos à Presidência da República em 2002 para transformar o país. O povo sabe e a história vai registrar o que fizemos, juntos, para vencer a fome, superar a miséria, gerar empregos, valorizar os salários, criar oportunidades, abrir escolas e universidades para os jovens, defender a soberania nacional e fazer do Brasil um país respeitado em todo o mundo.

Tenho consciência de que fizemos o melhor para o Brasil e para o nosso povo, mas sei que isso contrariou interesses poderosos dentro e fora do país. Por isso tentam destruir nossa imagem, reescrever a história, apagar a memória do povo. Mas não vão conseguir.

Para derrubar o governo da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, juntaram todas as forças da imprensa, com a Rede Globo à frente, e de setores parciais do Judiciário, para associar o PT à corrupção. Foram horas e horas no Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobrás e no país teria sido inventada por nós.

Esconderam da sociedade que a Lava Jato e todas as investigações só foram possíveis porque nossos governos fortaleceram a Controladoria Geral da União, a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Foi por isso, e pelas novas leis que aprovamos no Congresso, que a sujeira deixou de ser varrida para debaixo do tapete, como sempre aconteceu em nosso país.

Apesar da perseguição que fizeram ao PT, o povo continuou confiando em nosso projeto, o que foi comprovado pelas pesquisas eleitorais e pela extraordinária recepção a nossas caravanas pelo Brasil. Todos sabem que fui condenado injustamente, num processo arbitrário e sem provas, porque seria eleito presidente do Brasil no primeiro turno. E resistimos, lançando a candidatura do companheiro Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno pelo voto do povo.

O que assistimos desde então foi escandaloso caixa 2 para impulsionar uma indústria de mentiras e de ódio contra o PT. De onde me encontro, preso injustamente há mais de seis meses, aguardando que os tribunais façam enfim a verdadeira justiça, minha maior preocupação é com o sofrimento do povo, que só vai aumentar se o candidato dos poderosos e dos endinheirados for eleito. Mas fico pensando, todos os dias: por que tanto ódio contra o PT?

Será que nos odeiam porque tiramos 36 milhões de pessoas da miséria e levamos mais de 40 milhões à classe média? Porque tiramos o Brasil do Mapa da Fome? Porque criamos 20 milhões de empregos com carteira assinada, em 12 anos, e elevamos o valor do salário mínimo em 74%? Será que nos odeiam porque fortalecemos o SUS, criamos as UPAS e o SAMU que salvam milhares de vidas todos os dias?

Ou será que nos odeiam porque abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, de negros e indígenas? Porque levamos a universidade para 126 cidades do interior e criamos mais de 400 escolas técnicas para dar oportunidade aos jovens nas cidades onde vivem com suas famílias?

Talvez nos odeiem porque promovemos o maior ciclo de desenvolvimento econômico com inclusão social, porque multiplicamos o PIB por 5, porque multiplicamos o comércio exterior por 4. Talvez nos odeiem porque investimos na exploração do pré-sal e transformamos a Petrobrás numa das maiores petrolíferas do mundo, impulsionando nossa indústria naval e a cadeia produtiva do óleo e gás.

Talvez odeiem o PT porque fizemos uma revolução silenciosa no Nordeste, levando água para quem sofria com a seca, levando luz para quem vivia nas trevas, levando oportunidades, estaleiros, refinarias e indústrias para a região. Ou talvez porque realizamos o sonho da casa própria para 3 milhões de famílias em todo o país, cumprindo uma obrigação que os governos anteriores nunca assumiram.

Será que odeiam o PT porque abrimos as portas do Palácio do Planalto aos pobres, aos negros, às mulheres, ao povo LGBTI, aos sem-teto, aos sem-terra, aos hansenianos, aos quilombolas, a todos e todas que foram discriminados e esquecidos ao longo de séculos? Será que nos odeiam porque promovemos o diálogo e a participação social na definição e implantação de políticas públicas pela primeira vez neste país? Será que odeiam o PT porque jamais interferimos na liberdade de imprensa e de expressão?

Talvez odeiem o PT porque nunca antes o Brasil foi tão respeitado no mundo, com uma política externa que não falava grosso com a Bolívia nem falava fino com os Estados Unidos. Um país que foi reconhecido internacionalmente por ter promovido uma vida melhor para seu povo em absoluta democracia.

Será que odeiam o PT porque criamos os mais fortes instrumentos de combate à corrupção e, dessa forma, deixamos expostos todos que compactuaram com desvios de dinheiro público?

Tenho muito orgulho do legado que deixamos para o país, especialmente do compromisso com a democracia. Nosso partido nasceu na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país, que tanto sacrifício, tanto sangue e tantas vidas nos custou.

Neste momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o estado democrático de direito.

Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história.

Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações”.

Luiz Inácio Lula da Silva

Lula


Amenazados periodistas que revelaron campaña a favor de Bolsonaro

Tres periodistas brasileños del diario Folha de Sao Paulo están hoy bajo amenaza tras revelar el financiamiento ilegal de una campaña por WhatsApp para favorecer al candidato presidencial de ultraderecha, Jair Bolsonaro.

Desde la publicación de un reportaje la semana pasada, el diario Folha de Sao Paulo recibió cientos de memes y mensajes contra su autora, Patricia Campos, así como contra Walter Nunes y Joana Cunha, quienes colaboraron con el trabajo periodístico.

El director ejecutivo del instituto Datafolha, Mauricio Paulino, también fue objeto de intimidación por medio de messenger y en su residencia.

Según el sitio digital Brasil 247, la dirección de Folha de Sao Paulo pidió al Tribunal Superior Electoral (TSE) que la policía federal abra una investigación sobre el caso.

El 18 de octubre el influyente periódico reveló que varias empresas afines a Bolsonaro estaban comprando paquetes de disparos masivos de mensajes para desacreditar a su rival, el candidato del Partido de los Trabajadores, Fernando Haddad.

Esta práctica es ilegal y viola lo establecido por el TSE por tratarse de una financiación de campaña no declarada, advirtió en aquella ocasión el periódico.

Folha de Sao Paulo denunció que los contratos alcanzaron hasta los 3,2 millones de dólares y entre las empresas compradoras estaba la Havan.

El próximo domingo Bolsonaro y Haddad se enfrentarán en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales, donde el candidato de la ultraderecha se perfila como favorito, de acuerdo con las escuestas.

Prensa Latina


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