Brasil: la presidenta del PT manifiesta preocupación «por la vida de Lula»
PT promete un “frente” en defensa de la democracia y teme por la vida de Lula
La presidenta del Partido de los Trabajadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmó hoy que la formación creará un frente nacional e internacional por “la defensa de la democracia” en Brasil y que teme “incluso por la vida” del expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril.
En la primera comparecencia oficial del partido tras las elecciones del domingo, que consagraron al ultraderechista Jair Bolsonaro como presidente electo de Brasil, Hoffmann destacó en Sao Paulo que “nunca había visto un proceso de elección con tamaña violencia” y que el PT “se prepara para el peor” escenario durante la gestión de Bolsonaro.
“Tememos incluso por la vida del presidente (Lula). Él necesita de un juicio justo y con mayor protección por su vida y su integridad”, expresó la dirigente en una rueda de prensa en la sede del partido, tras la reunión de su ejecutiva nacional en la capital paulista.
Añadió que el Partido de los Trabajadores construirá “un amplio frente de resistencia por la democracia y por los derechos del pueblo” contra el “Gobierno que se presenta”, que se extenderá al ámbito internacional y que pasará por la “defensa de la libertad de Lula”.
Respecto al resultado de las elecciones, Hoffmann aseguró que el PT sale “fortalecido” de los comicios a pesar de la derrota y subrayó que Fernando Haddad, el sustituto de Lula en la carrera presidencial, se presenta como “el gran articulador de esa frente de resistencia”, por lo que su “papel es mayor al del PT”.
“Fernando Haddad emerge como un gran líder. Después de Lula, Haddad es el gran líder del PT”, aseguró la presidenta.
Hoffmann reconoció además que “el resultado de las urnas es un hecho”, aunque criticó que “el proceso que llevó a ese resultado es de vicios y de fraudes”.
“Las ‘fake news’ diseminadas por una verdadera industria de mentiras en el submundo de internet manipularon fuertemente el resultados de las elecciones”, recalcó Hoffmann.
Finalmente, la presidenta resaltó que el PT también actuará de manera “inmediata” contra la “alianza” entre el presidente elegido y el actual mandatario brasileño, Michel Temer, que, según Hoffmann, pretende aprobar la polémica reforma del sistema de jubilaciones “aún este año”.
“Vamos a resistir y enfrentar la reforma de pensiones, pues quita derechos de la mayoría y no fue debatida con la población. No cuenta con apoyo popular, no está en el programa de Gobierno (de Bolsonaro) y no hizo parte de los debates”, resaltó Hoffmann.
Haddad, quien también participó en la reunión de la ejecutiva nacional, perdió las elecciones presidenciales con un 44 % de los votos, once puntos porcentuales menos que Bolsonaro.
GLEISI: “NÓS TEMEMOS PELA VIDA DO PRESIDENTE LULA”
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, concedeu entrevista coletiva no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores na tarde desta terça-feira (30), onde disse temer pela vida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gleisi listou algumas preocupações que requerem resistência imediata, a começar pelo processo de criminalização dos movimentos sociais através da aceleração para aprovar mudanças na Lei Antiterrorista, que já está sendo articulado no senado. «Vão criminalizar os movimentos, vai ser a tônica desse governo», avisou.
A segunda resistência imediata, segundo Gleisi Hoffmann, diz respeito às liberdades individuais. «Nos preocupa muito a integridade física das pessoas pelos posicionamentos que tem o governo que foi eleito em relação a uma série de movimentos. Portanto, o PT vai organizar e a gente espera ampliar depois uma rede democrática de proteção solidária. Você não está só. Ou seja, vamos organizar todos os advogados do partido, todos aqueles que militam na área de Direitos Humanos, também vamos fazer um convite aos Juízes pela Democracia para que a gente possa ter resposta pronta para denunciar casos de violação dos Direitos Humanos, dos Direitos Civis, da liberdade de expressão, de manifestação, a questão da educação, que nos preocupa muito o que estão fazendo em cima das nossas universidades, isso é uma intervenção sem precedentes na nossa história democrática», afirmou.
Por fim, Gleisi registrou a preocupação com o ex-presidente Lula. «Nós queremos fazer uma rede de forte solidariedade internacional à causa democrática, passando principalmente pela liberdade de Lula, a quem nós nos preocupamos muito nesse contexto. O último discurso que tivemos do candidato que foi eleito foi um discurso que não tem a ver com estado democrático de direito, com o devido processo legal, que foi a assertiva dele de deixar Lula apodrecer na cadeia. Nós tememos pela vida do presidente Lula, nós precisamos deixar aí um alerta à sociedade. Lula tem direito a um julgamento justo», reforçou.
A presidente do PT disse também que Fernando Haddad deverá liderar a articulação da frente de oposição ao governo de Fernando Haddad. «O Fernando Haddad, no nosso entender, tem um papel muito importante e relevante nesse processo, que é um papel maior do que o PT. Ele sai depositário da esperança e da luta do povo pela democracia, de diversos setores da sociedade», declarou.
VOLVER