Bolsonaro anuncia la eliminación de ministerios y movimientos realizan primeras marchas de resistencia

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Bolsonaro anuncia polémicas fusiones ministeriales en Brasil

El presidente electo de Brasil, Jair Bolsonaro, dio paso el martes a un superministerio de Economía y a la resistida fusión de los de Agricultura y Medio Ambiente, mientras recibió una señal positiva del juez anticorrupción Sergio Moro para integrar su gobierno.

Fiel a sus promesas de campaña, el dirigente ultraderechista anunció el lunes la flexibilización del porte de armas para enfrentar la criminalidad, alegando que el país está “en guerra”.

Dos días después de su victoria, el excapitán Bolsonaro se reunió el martes con sus principales asesores en Rio de Janeiro para diseñar “una vanguardia de combate para la transición”, informó Gustavo Bebianno, quien dejó la jefatura Partido Social Liberal (PSL, de Bolsonaro) para ocuparse exclusivamente de la transición.

En esa reunión se decidió la creación de un superministerio de Economía, bajo el mando del economista ultraliberal Paulo Guedes. También confirmó la fusión de las carteras de Agricultura y Medio Ambiente, con lo que desató la primera protesta de los ecologistas.

Ambas iniciativas figuraban en el programa de Bolsonaro, que el 1º de enero reemplazará al presidente conservador Michel Temer, pero el exmilitar había dado señales de que podría dejarlas de lado ante las resistencias que generaban en su propio campo.

El nuevo ministerio de Economía incluirá las actuales carteras de Hacienda, Planificación e Industria y Comercio Exterior, anunció Guedes.

Bolsonaro recortará de 29 a 15 el número de ministerios, en el marco de un plan de reducción de gastos del Estado. Guedes llega con un programa de reducción de la deuda, que incluye privatizaciones y una reforma de las jubilaciones.

La unión de ministerios del área económica es cuestionada por la industria, temerosa de quedar en manos de financieros, y el mandatario electo dio a entender la semana pasada que había atendido a esos reclamos. Pero finalmente volvió a su decisión inicial.

“La industria reclamó, y será uno de los sectores que más reclamará, porque está con miedo” de perder los beneficios del “proteccionismo” estatal, dijo el consultor Jason Vieira, de Infinity Assets Management.

Guedes también dijo el lunes que apoya la independencia del Banco Central, con lo que dejó abierta la puerta a la ratificación de su actual presidente.

“No podemos estar en cada elección preguntándonos si [el presidente del BC] se va o se queda. Tendremos un Banco Central independiente”, acotó.

Esos anuncios agradaron a los mercados: la Bolsa de Sao Paulo cerró con un alza de 3,69% y el dólar cerró a 3,69 reales, su valor más bajo desde abril.

– Agricultura ‘se traga’ al Medio Ambiente –

El próximo jefe de gabinete de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, anunció que también se fusionarían los ministerios de Agricultura y Medio Ambiente, lo que generó agrias críticas de grupos y personalidades ecologistas, que denuncian el riesgo de que el devorador avance de la agropecuaria ponga en riesgo la Amazonía y otros biomas del país más megadiverso del mundo.

“Agricultura y Medio Ambiente estarán en el mismo ministerio, como (estaba planeado) desde el primer momento”, anunció Lorenzoni a la salida del cónclave de Rio.

En la recta final de la campaña, Bolsonaro dio señales de que podría no ejecutar esa fusión, atendiendo a reclamos de sus propios aliados, temerosos de que esa iniciativa genere trabas a las exportaciones brasileñas.

Algo que recordó Greenpeace en un comunicado.

“Los mercados internacionales y los consumidores quieren garantías de que nuestro producto agrícola no esté manchado con la destrucción forestal. Al extinguir el Ministerio de Medio Ambiente, reduciremos el combate a la deforestación, perdiendo competitividad, lo que puede inclusive afectar la generación de empleos”, subrayó la ONG.

“Estamos inaugurando la era trágica en la cual la protección ambiental es igual a nada. Apenas iniciado, el gobierno de Bolsonaro ya es un retroceso incalculable”, tuiteó por su lado la exministra de Medio Ambiente y excandidata presidencial Marina Silva.

– El juez Moro, posible ministro de Bolsonaro –

Otra bandera de campaña de Bolsonaro, la lucha contra la corrupción, podría verse encarnada por el popular juez anticorrupción Sergio Moro, quien dijo el martes sentirse “honrado” por el interés del mandatario electo en sumarlo a su gobierno.

“En caso de que sea efectuada oportunamente la invitación, será objeto de ponderada discusión y reflexión”, afirmó Moro, responsable de la operación Lava Jato y de la condena al expresidente de izquierda Luiz Inácio Lula da Silva a 12 años de cárcel.

Lava Jato reveló un enorme esquema de sobornos a políticos para obtener contratos en Petrobras e involucró a centenas de empresarios y de dirigentes de prácticamente todos los partidos.

Semanario Universidad


Aliados de Bolsonaro confirmam fusão de ministérios no próximo Governo

O Ministério da Economia vai ter Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio», declarou Guedes aos jornalistas, depois de uma reunião com Bolsonaro e sua equipa na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

A possibilidade desta mudança já tinha gerado alguma polémica ao longo da semana porque, embora Bolsonaro tivesse informado que unificaria as três pastas, na semana passada voltou atrás nessa pretensão, afirmando, numa transmissão na rede social Facebook, que para atender pedidos de empresários não iria avançar com a fusão da pasta da Indústria ao novo ministério da Economia.

Já o futuro ministro da Casa Civil do Governo de Bolsonaro, o deputado (membro da câmara baixa parlamentar) Onyx Lorenzoni, reiterou, após sair do mesmo encontro, que haverá também uma fusão da pasta do Meio Ambiente com a da Agricultura.

Lorezoni, que será o coordenador do Governo de transição, confirmou ainda que Bolsonaro deve manter entre 15 e 16 ministérios.

Atualmente o poder executivo brasileiro está dividido em 29 ministérios, além de diversas secretarias.

O futuro ministro da Casa Civil não quis detalhar outras fusões que deverão acontecer, limitando-se a dizer que isso deverá ser divulgado até o final da semana.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita) Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no domingo, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos.

DN


RESISTÊNCIA A BOLSONARO SE INTENSIFICA NAS RUAS

No segundo dia após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência, a resistência ao seu discurso de ódio e contra a democracia se manifestou em várias cidades do País, em atos organizados pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular.

Em São Paulo, dezenas de milhares de pessoas ocuparam a avenida Paulista para protestar contra Jair Bolsonaro. O ato contou com a participação do líder do MTST e ex-candidato do PSOL a presidente, Guilherme Boulos, além de deputados e líderes de movimentos sociais e estudantis.

Em discurso inflamado, Boulos disse que Bolsonaro não será «imperador» e terá que respeitar a Constituição. «Bolsonaro foi eleito presidente. Mas não imperador. Não pode passar por cima dos valores democráticos, da liberdade de manifestação e expressão. Precisa respeitar a oposição e os movimentos sociais, não ameaça-los. Por isso estaremos nas ruas, pelas liberdades democráticas e por nossos direitos. Essa resistência é legítima e não iremos silenciar diante de qualquer ataque. Vamos sem medo!», afirma Guilherme Boulos.

No Rio de Janeiro, manifestantes aminharam e interditaram temporariamente vias movimentadas do Centro como as avenidas Presidente Antônio Carlos e Presidente Vargas. O grupo caminhou até a porta do Palácio Duque de Caxias, onde fica o Gabinete da Intervenção Militar. No local, gritaram palavras contra a Polícia Militar e a intervenção.

Brasil 247


Protesto contra Bolsonaro acaba em confronto no Centro de São Paulo

Movimentos sociais, sindicais e estudantis fizeram protesto na noite desta terça-feira (30), na Avenida Paulista, região central de São Paulo, contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

O ato foi organizado pelas entidades Povo Sem Medo, MTST, UNE, sindicatos entre outros. Os manifestantes se reuniram em frente ao vão livre do Masp e ocuparam faixas da via sentido Consolação.

O grupo seguiu pela rua da Consolação até a Praça Roosevelt. A maior parte dos manifestantes já havia se dispersado por volta de 22h, mas policiais militares permaneceram na praça enquanto pessoas encapuzadas estavam no local.

Por volta das 22h30, bombas foram disparadas pela PM contra um grupo de manifestantes que ainda se concentravam na região central da capital paulista.

Uma barricada foi feita no meio da via, e ao menos uma agência bancária foi depredada durante o confronto próximo ao viaduto Jacareí, na República.

Ato contra Bolsonaro

Divulgado nas redes sociais, o protesto cobrava a manutenção dos valores democráticos, a liberdade de manifestação e expressão por conta das declarações feitas pelo presidente eleito a seus opositores.

«Bolsonaro foi eleito presidente. Mas não imperador. Não pode passar por cima dos valores democráticos, da liberdade de manifestação e expressão. Precisa respeitar a oposição e os movimentos sociais, não ameaçá-los. Por isso estaremos nas ruas, pelas liberdades democráticas e por nossos direitos. Essa resistência é legítima e não iremos silenciar diante de qualquer ataque. Vamos sem medo!», postou no Facebook Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e candidato derrotado à Presidência da república pelo PSOL.

Em entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (29), Bolsonaro foi questionado sobre a declaração: «os marginais vermelhos serão banidos da nossa pátria», feita feitas no dia 21 de outubro, por telefone, a apoiadores que se manifestavam a seu favor em São Paulo.

«Foi um discurso inflamado, com a avenida Paulista cheia, e logicamente eu estava me referindo à cúpula do PT e cúpula também do PSOL», disse Bolsonaro.

O Globo

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