Balotaje en Brasil: Bolsonaro habla con Macri y Haddad busca apoyo de sectores evangélicos

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Macri recibió un llamado del candidato presidencial brasileño Jair Bolsonaro

Mauricio Macri recibió esta mañana el llamado telefónico del candidato presidencial brasileño Jair Bolsonaro . Según informaron desde Presidencia en un comunicado, «mantuvieron una cordial conversación en el marco del actual proceso electoral de Brasil y la relación estratégica entre ambos países».

Desde hace unos días allegados a Bolsonaro, favorito para acceder a la presidencia de Brasil, hicieron llegar a la Casa Rosada la intención que tenía el diputado ultraderechista de charlar con el jefe del Estado.

Según testigos del encuentro, la conversación duró solo unos minutos y en la Casa Rosada se esforzaron en transmitir que fue «institucional» y que el Presidente argentino no buscó interferir en el proceso que se lleva adelante en el país vecino.

«Macri le dijo a Bolsonaro que si resultaba elegido iban a empezar a trabajar juntos. Y el candidato brasileño le manifestó lo importante que era para su país afianzar la relación con la Argentina por la historia en común y porque son socios estratégicos», relataron fuentes oficiales.

El llamado llegó en plena reunión de gabinete ayer por la mañana. Un colaborador del Presidente entró en el salón de los Científicos para avisarle de la novedad. Entonces, el jefe del Estado se levantó rumbo a su despacho, acompañado por el canciller Jorge Faurie.

La semana pasada, en diálogo con LA NACION, Bolsonaro le había enviado un mensaje al Presidente. «Ante todo, un abrazo a Macri, que terminó con la ‘Dilma Kirchner'», dijo en referencia a la exmandataria argentina Cristina Kirchner , a quien comparó con la destituida presidenta brasileña Dilma Rousseff, del Partido de los Trabajadores (PT).

Pese al guiño del brasileño, el gobierno argentino mantuvo distancia y, a diferencia de lo que ocurrió en la elección que llevó a Donald Trump a la Casa Blanca, evitó respaldar a alguno de los candidatos. Incluso, Macri y Bolsonaro no se conocen personalmente.

Brasil se encamina hacia el ballotage. La cita será el domingo 28, día que se definirá el próximo presidente de la República Federativa de Brasil. Según las encuestas más recientes, Bolsonaro lleva una fuerte ventaja.

El sondeo de Ibope mostró que Bolsonaro obtuvo el 59% de respaldo frente al 41% del candidato del lulista, Fernando Haddad. En la primera vuelta, Bolsonaro sorprendió al alcanzar el 46% de los votos, frente al 29% de Haddad.

Tras la arrolladora victoria en la elección, Faurie dijo que «Brasil votó hacia el futuro, no hacia el pasado». Y agregó: «Es obvio que una de las expresiones del voto fue claramente una nueva figura que tomó notoriedad dentro de la vida política brasileña y mantuvo una diferenciación clara con el resto de las fuerzas políticas».

Entre los interrogantes que plantea Bolsonaro, además de su polémica posición respecto de las minorías, desde la Argentina siguen con atención sus palabras sobre el Mercosur. Y si bien ya anticipó que si gana Brasil continuará formando parte del bloque regional, esta relación «no será guiada por cuestiones ideológicas» y acusó al PT de «desfigurar el valor» del Mercosur.

La Nación


Comunicado Casa Rosada: Macri recibió el llamado del candidato presidencial de Brasil Jair Bolsonaro

El Presidente Mauricio Macri recibió el llamado telefónico del candidato presidencial brasileño Jair Bolsonaro.

Mantuvieron una cordial conversación en el marco del actual proceso electoral de Brasil y la relación estratégica entre ambos países.

El domingo 28 de octubre se celebrará la segunda vuelta electoral que definirá el próximo Presidente de la República Federativa de Brasil

Casa Rosada


‘Faremos nossa reforma da Previdência’, diz Bolsonaro

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 16, em entrevista ao SBT, que um possível governo seu encaminharia ao Congresso um novo projeto de reforma da Previdência. Ele voltou a descartar que o texto proposto pelo presidente Michel Temer para alterar regras das aposentadorias tenha condições de ser aprovado pelos parlamentares.

“Vamos fazer a nossa reforma, essa que está aí dificilmente será aprovada. Não podemos adotar remendo novo em calça velha, não podemos penalizar quem já tem direito adquirido, o próprio servidor público já sofreu duas reformas previdenciárias. Podemos mexer alguma coisa sim, temos ideias e propostas nesse sentido, mas ninguém será penalizado”, disse Bolsonaro, sem detalhar que ideias e propostas são essas.

Líder das pesquisas de intenção de voto no segundo turno, o capitão reformado do Exército também prometeu manter o “tripé macroeconômico” baseado em superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação, independência do Banco Central e promover privatizações “com responsabilidade”. “Vamos partir para as privatizações. As 50 estatais feitas pelo último governo do PT essas [serão privatizadas] quase que de imediato”. O presidenciável, por outro lado, descartou privatizar estatais “estratégicas”, sem citar quais são.

Questionado se aumentaria impostos ou elevaria a taxação da população mais rica, Bolsonaro negou. “Não tem aumento de imposto, não tem criação de CPMF, não existe nada disso aí. No Brasil não pode falar em mais ricos, está todo mundo sufocado. Se você aumentar a carga tributária dos mais ricos, o capital vai fugir daqui”, respondeu.

Sobre as indicações de ministros que o próximo presidente poderá fazer ao Supremo Tribunal Federal (STF) – serão ao menos duas –, Bolsonaro declarou que pretende nomear “alguém do perfil do juiz Sergio Moro”. “O trabalho que o Moro fez tem que ser reconhecido por parte de um governo sério”, disse.

O presidenciável também afirmou que pretende montar um governo com 15 ministérios e voltou a citar os nomes do economista Paulo Guedes, do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e do general da reserva Augusto Heleno como seus escolhidos para os ministérios da Fazenda, Casa Civil e Defesa, respectivamente. Segundo o candidato, há outros ministros definidos, mas que “pedem reserva para não sofrerem retaliações no momento”.

Indagado a respeito do espaço que seria dado a militares em sua equipe de governo, Bolsonaro rebateu que “os governos anteriores tinham lá terroristas e pessoas da pior estirpe, em nenhum momento nós questionamos isso aí”.

Bolsonaro também fez na entrevista sua costumeira defesa de mudanças no Código Penal para que policiais e “cidadãos de bem” que matarem criminosos em legítima defesa tenham um “excludente de ilicitude”, isto é, não sejam julgados pelas mortes. “O código penal quem faz somos nós, em Brasília. Se nós dermos essa liberdade, não para o policial matar, mas para não morrer, bem como para o cidadão de bem, a coisa começa a mudar de figura”, afirmou.

Veja


Haddad prepara carta para eleitores evangélicos

Com dificuldades para conseguir ampliar a rede de apoios a Fernando Haddad nas eleições 2018 para além da centro-esquerda, o PT vai tentar expandir sua campanha para setores da sociedade civil. Nos próximos dias Haddad vai se encontrar e receber apoio de pastores evangélicos, juristas, reitores, cientistas e artistas.

Em outra frente, o PT montou uma força-tarefa para buscar votos na periferia de São Paulo em bairros que já votaram no partido mas no primeiro turno escolheram Jair Bolsonaro (PSL).

Nesta quarta-feira, 17, Haddad vai receber em São Paulo um grupo de pastores evangélicos contrários a Bolsonaro. O eleitorado neopentecostal, no qual se encontra parte considerável dos votos que seriam de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato –, é um dos segmentos em que Bolsonaro teve maior votação, cerca de 70% no primeiro turno.

O objetivo, segundo integrantes da coordenação da campanha, é esclarecer para este eleitorado mentiras propagadas por redes sociais na reta final da campanha que tinham como alvo o eleitorado evangélico. Um dos trunfos de Haddad é a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinou a retirada de conteúdo que acusava o petista de distribuir material impróprio, o chamado kit gay, para crianças quando foi ministro da Educação.

No encontro, Haddad vai entregar aos pastores uma carta de na qual se compromete com a «defesa da vida» e «valores da família». Também em São Paulo, Haddad recebe o manifesto assinado por mais de mil juristas, entre eles dois ex-integrantes de governos do PSDB (José Carlos Dias e Belizário dos Santos Jr.), em defesa de sua candidatura e contra Bolsonaro.

«Pensamos diferentemente sobre tantos temas. Temos crenças, valores, ideias sobre tantos assuntos, mas em alguns pontos chegamos no mesmo lugar e isto é inegociável”, diz o texto.

Na sexta-feira, 19, no Rio de Janeiro, o candidato participa de um ato com dezenas de reitores de universidades de todo o Brasil e também recebe apoio de cientistas.

Já na terça-feira, 23, também no Rio, será a vez de artistas declararem apoio ao petista. Caetano Veloso, que declarou voto em Ciro Gomes no primeiro turno das eleições 2018, estará presente ao lado de outros nomes consagrados. Segundo a produtora Paula Lavigne, uma das organizadoras do ato, também foram procurados artistas jovens com perfil popular como a cantora Anitta, que aderiu ao #elenão, mas a dificuldade para conciliar a data com a agenda de shows pode atrapalhar.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela campanha de Haddad no segundo turno, integrantes da cúpula petista avaliam que aos poucos algumas personalidades e setores da sociedade avessos ao PT estão «despertando» para a necessidade de apoiar Haddad para impedir a vitória de Bolsonaro. Um exemplo disso é o e-mail disparado ontem pelo editor Luiz Schwarz, da Companhia das Letras, recomendando voto em Haddad em tom crítico ao PT.

«Por acreditar na possibilidade de que um PT renovado se apresente numa nova gestão nacional, se comprometendo, por exemplo, com políticas de equilíbrio fiscal, sugiro a todos os colegas editores que prezam a liberdade de expressão que votem em Fernando Haddad, se posicionando contra o discurso difusamente preconceituoso, contra o autoritarismo e a intolerância, símbolos do outro polo que se anuncia como alternativa no segundo turno desta eleição. A candidatura de Bolsonaro é falsamente nova e é irmã de tempos tenebrosos de nossa vida política e cultural», escreveu o editor.

Estadao


Saiba mais sobre as propostas de Bolsonaro e Haddad para o ensino a distância

Os dois candidatos à Presidência da República que disputarão o segundo turno da eleição, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), têm posições distintas para o ensino a distância.

A proposta não é citada no programa de governo de nenhum dos dois candidatos, mas apareceu em entrevistas de ambos durante a campanha. Bolsonaro afirmou ser a favor de permitir a modalidade inclusive no ensino fundamental, que vai do 1º ao 9º ano, com alunos de 6 e 14 anos. Haddad, por sua vez, disse ser contra, e prometeu impedir também ensino médio a distância.

Leia abaixo o que disseram os dois candidatos, e quais são as regras atualmente em vigor no Brasil:

Proposta de Jair Bolsonaro (PSL)

No programa de governo: No documento protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato do PSL menciona o ensino da distância em um parágrafo, sem falar diretamente sobre os alunos do ensino fundamental.

“Educação à distância: deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática. Deve ser considerada como alternativa para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais”, diz o programa de Bolsonaro.

Durante a campanha: Em 28 de agosto, porém, durante entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, Bolsonaro foi questionado sobre uma proposta feita dias antes para expandir a autorização do ensino regular a distância para o ensino fundamental. Segundo o candidato, “o ensino presencial é o melhor possível”, mas ele admite considerar que “algumas matérias” possam ser ensinadas a distância.

“Passa por aí. Agora, por outro lado também, eu não quero desempregar professores em hipótese alguma. Eu considero que o ensino presencial é o melhor possível, mas poderemos, sim, ter algumas matérias a distância dessa forma”, continuou o candidato.

Questionado sobre como funcionaria o acesso às aulas em regiões da zona rural, que também são as que têm menos acesso à comunicação, ele negou que a proposta seja vaga. “Não fica vago. Olha só, uma maratona você começa com um passo”, disse o candidato, afirmando que a ideia inicial é aplicar a política para pequenos grupos de alunos.

“Eu não posso definir quantas crianças são. Se as crianças se comportarem com uma pessoa que possa exercer autoridade, não tem problema a quantidade de crianças. Agora, se for uma quantidade muito grande, justifica você mandar um professor pra lá. Justifica. Isso aí funcionaria em um primeiro momento para pequenas quantidades de crianças”, afirmou Bolsonaro.

A proposta, de acordo com ele, serviria tanto para atender crianças que vivem na zona rural muito distantes da escola e também para pais que preferem tirar a criança da escola e educá-los em casa, uma modalidade chamada de educação domiciliar e que, em setembro, foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Agora, o pessoal quer, muitos querem, estudar em casa. Não é um grupo de garotos que vai ter uma aula a distância. Em casa, o pai muitas vezes, ou a mãe fica em casa, o pai fica em casa, ele queria dessa forma educar a criança em casa. Isso já existe no Brasil em parte, e no meu entender está crescendo, exatamente porque não estão aprendendo nada em sala de aula.”

Proposta de Fernando Haddad (PT)

No programa de governo: Em seu programa, Haddad não fala diretamente sobre o ensino a distância no fundamental, mas se diz contra o EAD no ensino médio, que foi viabilizada pela reforma do ensino médio do governo de Michel Temer, em 2016, mas atualmente não tem regras definidas. A proposta é regulamentar a lei atual para detalhar o que é permitido e o que é proibido.

“O futuro presidente vai revogar a reforma do ensino médio implantada pelo governo golpista, que estabeleceu que uma parcela importante da grade curricular seja ofertada na modalidade de ensino à distância. O governo Haddad irá elaborar um novo marco legal em diálogo com a comunidade educacional, organizações estudantis e toda sociedade”, diz o documento.

Durante a campanha: Nesta segunda-feira (15), o candidato do PT criticou, em entrevista coletiva a jornalistas em São Paulo, a proposta de Bolsonaro de estender o ensino a distância para alunos do fundamental.

“Se eleitos, nós vamos colocar, nós vamos deixar mais clara na LDB a proibição de educação a distância para o ensino fundamental, como o Bolsonaro está propondo. A educação a distância para o ensino fundamental criaria um problema sério no país”, afirmou Haddad.

Segundo o candidato, a proposta de ensino a distância para alunos do fundamental vai contra a “perspectiva” de outros países, que caminham para ampliar o número de horas que os alunos passam na escola.

“Criaria um problema muito sério, que é a não convivência das crianças… Toda a perspectiva do mundo é a educação em tempo integral. Ou seja, manter a criança na escola em tempo integral, para que ela possa conviver, se socializar, construir a sua própria personalidade, ter um professor e às vezes dois professores à disposição. E a ideia de usar a educação a distância no ensino fundamental é a destruição da escola pública”, disse Haddad.

O candidato do PT afirmou ainda que a proposta de ampliar o ensino integral também vale para os alunos do ensino médio.

“A nossa proposta vai no sentido de tornar a horas de permanência da criança na escola cada vez maiores. Ou seja, nós saímos de 4 horas para 5 horas, temos que mirar 7 horas. Essa é a perspectiva também no ensino médio, a permanência do jovem 7 horas na escola”, respondeu ele, afirmando que a tecnologia na educação deve ser aplicada na escola, e ressaltando que o ensino a distância de crianças sofre o empecilho da falta de supervisão.

Regras atuais do ensino a distância

O ensino a distância para alunos do fundamental é proibido por lei e, atualmente, não existe discussão sobre a viabilidade ou a validade dessa modalidade para as crianças de 6 a 14 anos. Atualmente, o ensino a distância só é permitido em dois casos:

  • Ensino superior: é permitido apenas para algumas carreiras da graduação e alguns cursos de especialização.
  • Ensino médio: a reforma feita pelo governo Temer abriu uma brecha para que parte das aulas seja oferecida na modalidade a distância. Porém, ainda não há diretrizes estabelecidas.

Em qualquer nível de ensino, a forma de oferta do ensino deve ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Atualmente, a regulamentação do ensino médio está em fase de discussão no CNE, já que esse nível de ensino foi reformulado pela reforma do governo Temer, anunciada em setembro de 2016 e sancionada em setembro de 2017.

Apesar de ser uma medida independente, o ensino médio a distância já está previsto em uma brecha do texto da reforma: «os sistemas de ensino poderão reconhecer, mediante regulamentação própria, conhecimentos, saberes, habilidades e competências. Entre essas formas estão incluídas (…) a educação a distância ou educação presencial mediada por tecnologias».

Na semana passada, o CNE abriu uma consulta pública para receber sugestões da sociedade sobre todos os aspectos da reforma, inclusive o ensino a distância.

A proposta atual feita pelo relator, o conselheiro Rafael Luchesi, é que, para os alunos matriculados nos turnos matutino ou vespertino, a carga horária de aulas a distância só possa chegar a no máximo 20% do total, dando preferência apenas para os conteúdos dos percursos formativos, e não para as disciplinas do núcleo comum do currículo.

Já para os estudantes matriculados no período noturno, a carga horária de aulas a distância poderia chegar a 30%, segundo a proposta.

O CNE recebe comentários das comunidades escolares e da sociedade em geral por e-mail até 23 de outubro. Ao G1, a assessoria de imprensa do CNE afirmou que a ideia, ainda não confirmada, é que a proposta seja votada em novembro. Para entrar em vigor, ela ainda precisa ser homologada pelo Ministério da Educação.

O’Globo


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