El incendio y las elecciones

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Candidatos à Presidência lamentam incêndio no Museu Nacional

Candidatos à Presidência manifestaram-se na noite deste domingo (2.set.2018) sobre o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O fogo destruiu boa parte do acervo histórico de cerca de 20 milhões de peças. O Museu Nacional foi inaugurado por Dom João VI em 1818.

O candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou que o incêndio “agride a identidade nacional” e falou sobre o “compromisso de zelar permanentemente, com consciência e investimento, pela preservação do patrimônio e da memória do país”.

Marina Silva, da Rede, disse que o fogo “equivale a uma lobotomia na memória brasileira”. A candidata falou que era “uma tragédia anunciada” devido ao estado de penúria de universidades federais, incluindo a UFRJ, à qual o museu é ligado.

O postulante ao Planalto pelo MDB, Henrique Meirelles, mencionou a importância histórica do local. “Lá viveu a família imperial e foi sediada a primeira Assembleia Constituinte republicana. A história e a cultura são essenciais para compreender o presente e criar um futuro de progresso para o país”, disse.

Guilherme Boulos (Psol) aproveitou o episódio para criticar a gestão do presidente Michel Temer. “Os cortes criminosos de Temer em recursos da Cultura e em investimentos estão condenando nosso futuro e destruindo nosso passado”.

Já o candidato pelo Partido Novo, João Amôedo, afirmou que o incêndio é “resultado da falta de gestão e do abandono político que vivemos no Rio de Janeiro e em todo o Brasil”.

Fernando Haddad (PT) denunciou o descaso com alguns dos patrimônios históricos brasileiros e disse que a tragédia é lamentável. O candidato Alvaro Dias (Podemos) também lastimou o ocorrido em seu Twitter.

O pedetista Ciro Gomes compartilhou uma iniciativa dos estudantes do curso de museologia da UNIRIO e reforçou o pedido para que a população envie fotos e vídeos a fim de ajudar a atenuar a tragédia que aconteceu com o patrimônio histórico.

Leia o que disseram os candidatos sobre o incêndio no Museu Nacional:

 

Poder 360


‘Já está feito, já pegou fogo, quer que faça o quê?’, diz Bolsonaro sobre incêndio no Museu Nacional

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse nesta terça-feira (4) que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, “já pegou fogo” e que, embora tenha “Messias” no nome – ele se chama Jair Messias Bolsonaro – não tem “como fazer milagre”.

“Já está feito, já pegou fogo, quer que faça o quê? O meu nome é Messias, mas eu não tenho como fazer milagre”, ironizou Bolsonaro, cujo nome completo é Jair Messias Bolsonaro.

Ele deu a declaração ao ser questionado por jornalistas na saída de uma comissão na Câmara dos Deputados, onde é parlamentar, sobre as propostas para a manutenção do patrimônio histórico do país.

No domingo (2), um incêndio de grandes proporções consumiu todo o interior do prédio do Museu Nacional. O acervo contava com mais de 20 milhões de itens.

Nesta terça, Bolsonaro atribuiu o episódio à indicação política para os cargos de comando do museu.

“A administração toda é de gente filiada ao PSOL e ao PCdoB. A indicação política leva a isso. Os partidos se aproveitam, vendem seu voto aqui dentro [da Câmara] como regra para que a administração seja deficitária e lucrativa para eles, individualmente”, afirmou.

A escassez de verbas federais para a manutenção do museu é apontada pela direção da instituição como a razão para o acontecido.

Segundo dados da consultoria de orçamento da Câmara, o Museu Nacional perdeu pelo menos R$ 336,3 mil no ano passado em relação à verba pública que recebia em 2013. Naquele ano, o museu recebeu R$ 979,9 mil do orçamento dos ministérios da Educação e da Cultura; em 2017, esse valor foi de R$ 643,5 mil.

Indagado sobre a falta de verbas para o museu, Bolsonaro desconversou: “Você não tem dinheiro, paciência. Agora, para mim, é dinheiro para quermesse. Homem nu para criança tocar não falta”, afirmou.

Em 2017, a performance de um artista nu no Museu de Arte Moderna (MAM), no Ibirapuera, em São Paulo, provocou polêmica nas redes sociais. Um vídeo que viralizou no Facebook mostrava quando uma criança de aproximadamente 4 anos toca o pé do homem.

Repórter

Bolsonaro foi ainda questionado por um repórter sobre o motivo de ter compartilhado nesta terça no Twitter um vídeo que mostra uma criança contando que a professora afirmou, em sala de aula, que meninos podem usar saia e brinco e pintar a unha.

Bolsonaro devolveu a pergunta ao jornalista: “Você pintou a unha quando era criança?”

Diante da resposta negativa do repórter, retrucou: “Você tem cara de ter pintado a unha”.

O jornalista disse que Bolsonaro não poderia falar daquela maneira com ele, ao que o candidato respondeu:

“Eu não posso o quê, rapaz? Você pergunta o que quer e eu respondo o que eu quero”.

Globo


Brasil: el incendio del Museo de Río se mete en la campaña presidencial

Por Eleonora Gosman

“Es un terremoto en nuestras vidas” decía Aline, estudiante de la Universidad Federal de Río de janeiro (UFRJ). Junto a otros miles de jóvenes fue a la cita en Cinelandia, en el corazón céntrico de la capital carioca, para “llorar, gritar y protestar” contra el incendio del Museo Nacional. “La cultura trae ciudadanía; un país sin cultura no existe”, se indignó Yago Graco, estudiante de Historia. Más de 20 millones de piezas se convirtieron, el domingo, en humo y cenizas. Es el caso del señor Jair Bolsonaro, candidato de la ultraderecha, a quien en medio de la tragedia no se le ocurrió nada mejor que decir que pretende dar de baja, si llega al gobierno, a la ley Rouanet. Sancionada en 1991, creó un programa de incentivos a todas las actividades culturales de Brasil.

Bolsonaro, el postulante ultraconservador que parece imponerse en el electorado brasileño de derecha, declaró: “No estoy en contra de la cultura. Pero esa ley tiene que ser revisada”. También se mostró seguro de que si llegara a ocupar el despacho presidencial del Palacio del Planalto “la cultura dejará de ser ministerio y pasará a ser secretaría”. El primer intento de esa “reforma” lo trató de hacer Michel Temer, al principio de su gestión nacida del impeachment contra Dilma Rousseff. Pero fue tan grande el rechazo que generó el anuncio de esa medida, que el jefe de Estado no tuvo más remedio que retroceder.

El candidato Jair Bolsonaro, en el Congreso. EFE

Lo cierto es que, aún con el ministerio cultural conservado, el gobierno federal en manos de Temer gastó apenas 2.000 dólares desde 2016 en la seguridad y protección del museo incinerado. Así lo reveló la ONG Cuentas Abiertas. Este año, inclusive, el Museo Nacional recibió apenas 20 mil dólares. Esta fue, entonces, un desastre anunciado.

Viene ahora el momento de lamentarse y buscar alguna salida que deje impunes a los responsables de la catástrofe. El Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social (BNDES) anunció el lanzamiento de “una línea de patrocinamiento” de 6,2 millones de dólares que serán destinados a la modernización y seguridad de los museos. Así lo anunció este martes el jefe de la entidad, Dyogo Oliveira. Esa idea póstuma nació de una reunión que mantuvo Temer con sus ministros, durante buena parte del lunes, para ver como arreglaba el desaguisado.

Esos recursos, que estarán disponibles en octubre, es decir, en el momento de la elección nacional, irán para las instituciones que albergan acervos históricos. Y podrán ser tanto públicas como privadas.

Entre tanto, la policía federal está abocada a investigar los orígenes del fuego y las razones por las cuales no pudo ser apagado a tiempo. Confirmaron que cuenta, para eso, con las filmaciones de 16 cámaras localizadas en el interior del Museo. Ese material pudo ser rescatado en una central de filmaciones. El análisis y las averiguaciones corren por cuenta del departamento de represión a delitos contra el medio ambiente y el patrimonio histórico.

Para el candidato socialdemócrata Geraldo Alckmin, ex gobernador de San Pablo que, con su 7% de popularidad, compite en la misma franja de electores que Bolsonaro, el gran problema es que “Brasil pasa por una crisis fiscal generalizada. No es sólo el Museo, es todo. No hay dinero para hospitales, para escuelas y rutas, y esto en medio de una crisis fiscal sin precedentes”. Agregó que, con todo, su eventual gobierno “dará prioridad a la cultura. Está implícito en nuestro programa el cuidado de los museos”.

Clarín

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