Brasil: el candidato de extrema derecha Jair Bolsonaro volvió a terapia intensiva luego de la operación
Jair Bolsonaro fue sometido a una cirugía de emergencia en San Pablo y volvió a terapia intensiva
El candidato a la Presidencia de Brasil Jair Bolsonaro, apuñalado el jueves pasado durante un acto de campaña, fue sometido a una cirugía de emergencia en la noche del miércoles en el hospital Albert Einstein, en San Pablo, y regresó a la unidad de terapia intensiva.
Una «tomografía del abdomen evidenció la presencia de adherencia obstruyendo el intestino delgado. Por lo que fue indicado tratamiento quirúrgico», señaló el Hospital Albert Einstein de Sao Paulo.
El procedimiento quirúrgico concluyó «bien», según informó su hijo, Flavio Bolsonaro, en las redes sociales.
«La cirugía de emergencia acabó bien, gracias a Dios. Mi padre está pagando un precio muy alto por querer rescatar a Brasil, está literalmente dando su sangre», dijo en las redes sociales.
A cirurgia de emergência acabou bem, graças a Deus! Meu pai está pagando um preço muito alto por querer resgatar o Brasil, está literalmente dando seu sangue.
— Flavio Bolsonaro 177 Senador_RJ (@FlavioBolsonaro) 13 de septiembre de 2018
Más temprano, el último parte médico había informado que Bolsonaro había vuelto a la alimentación por vía intravenosa después de sufrir una «distensión abdominal» aunque su estado continuaba «estable, sin fiebre y sin señales de infección».
El candidato derechista permanece hospitalizado desde que el pasado jueves recibiera una puñalada durante un acto de campaña, en la ciudad de Juiz de Fora, en el estado de Minas Gerais (sudeste), que le produjo graves lesiones en los intestinos grueso y delgado.
Bolsonaro, un nostálgico de la dictadura militar que imperó en Brasil entre 1964 y 1985 y con un largo historial de declaraciones machistas, homofóbicas y racistas, no tiene una previsión de alta concreta, lo que le ha obligado a volcar su campaña electoral a través de las redes sociales.
El polémico candidato presidencial encabeza los sondeos de intención de voto de cara a las elecciones del próximo 7 de octubre, que se presentan como las más inciertas de las últimas décadas en el país.
De acuerdo con una encuesta elaborada por el Instituto Ibope y divulgada este martes, Bolsonaro obtiene un 26 % de las simpatías, cuatro puntos más con respecto a la divulgada el pasado 5 de septiembre, un día antes de que fuera apuñalado.
Por detrás de Bolsonaro aparecen cuatro candidatos técnicamente empatados teniendo en cuenta el margen de error, que es de dos puntos: el laborista Ciro Gomes (11 %), la ecologista Marina Silva (9 %), el socialdemócrata Geraldo Alckmin (9 %) y el exministro y exalcalde de Sao Paulo, Fernando Haddad (8 %).
Haddad fue ratificado este martes como candidato presidencial por el Partido de los Trabajadores (PT) tras la renuncia del ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso y condenado por corrupción y quien aparecía como líder en los sondeos con cerca de un 40 % de los apoyos, pero su candidatura fue inhabilitada por la Justicia Electoral.
Bolsonaro é levado ao centro cirúrgico para operação de emergência
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, deu entrada no centro cirúrgico do hospital Albert Einstein na noite desta quarta-feira (13/9), para um procedimento de urgência. A cirurgia, que não estava prevista até o início desta noite, tem como objetivo corrigir aderências entre as alças intestinais do parlamentar, o boletim médico divulgado pela unidade de saúde.
Durante a tarde, Bolsonaro teve náusea e distencção abdminal. O último boletim, divulgado por volta das 19h desta quarta, dava conta do estado de saúde do presidenciável, internado no Albert Einstein desde a última sexta-feira (7/9), um dia após ser esfaqueado durante um ato político em Juiz de Fora (MG). Apesar de seguir estável, o quadro de saúde dele continua grave.
À noite, por volta das 23h, a equipe médica do presidenciável divulgou uma nova nota, informando do procedimento não esperado. Três médicos assinam o boletim: Dr. Antônio Luiz Macedo, cirurgião; Dr. Leandro Echenique, clínico e cardiologista; e o Dr. Miguel Cenderoglo, diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.
O procedimento teve duração de aproximadamente uma hora. A assessoria de imprensa do Hospital Albert Einstein informou que a cirurgia foi bem-sucedida. Segundo o hospital, outros detalhes serão divulgados no boletim médico da manhã, às 10 horas desta quinta-feira (13/9).
O presidenciável foi operado pela primeira vez na última quinta-feira (6/9) na Santa Casa de Juiz de Fora (MG), após ter sido atingido por uma facada durante ato de campanha na cidade.
No primeiro boletim médico do dia, divulgado nas primeiras horas da manhã, os médicos informaram que a alimentação via oral liberada ao candidato teria sido suspensa, exatamente por causa de uma distenção abdominal. Segundo os médicos, o inchaço teria sido provocado pelo acúmulo de ar na região. Desde então, ele teria retornado a receber, apenas, alimentação por sonda.
Às véspéras do feriado da Indepedência, Bolsonaro estava nos ombros de um apoiador quando um homem se aproximou e desferiu o golpe. O deputado foi socorrido imediatamente e levado à Santa Casa da Misericórdia.
Nas redes sociais, o filho do candidato, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, pediu orações para que a cirurgia do pai fosse concluída com sucesso. Ele relembrou que o estado de saúde de presidenciável ainda é muito grave.
O candidato vinha apresentando boas melhoras clínicas. Estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi levado para semi-intensiva nessa terça-feira (12/9), o que demonstrou uma evolução no quadro, apesar de ainda ser considerado grave. Agora, porém, após essa nova cirurgia hoje, ele voltou à UTI. Ainda não há previsão de alta. Antes havia uma previsão de dez dias de internação, agora esse prazo será aumentado, mas não se sabe por quanto tempo.
Bolsonaro perdeu 2,5 litros de sangue com a facada, o que fez com que ele chegasse à emergência da Santa Casa já em estado grave, com a pressão arterial muito baixa.
O homem que desferiu o golpe no candidato ao Planalto líder de pesquisas foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos. Ele participava do corpo a corpo promovido pelo político no centro de Juiz de Fora, quando lhe atacou. Ele foi preso em flagrante, indiciado na Lei de Segurança Nacional, que prevê punições a crimes com motivação política. Ele foi transferido ao presídio federal de Campo Grande (MS), dois dias depios de ser preso.
Adelio vivia em Juiz de Fora havia cerca de 15 dias. Na pensão onde morava, foram apreendidos um notebook e dois celulares, além dos dois que ele carregava no momento em que esfaqueou Bolsonaro. Nesta quarta, a Polícia Federal fez apreensões que podem mudar os rumos da investigação contra ele.
Foram encontrados pela PF em um quarto de uma pensão onde Adelio estava hospedado em Juiz de Fora, um cartão de crédito internacional do Banco Itaú e dois cartões da Caixa Econômica Federal, sendo um de conta corrente e de outro de conta-poupança. Foram recolhidos extratos dos dois bancos em nome de Adelio. Também foi apreendido um recibo no valor de R$ 430 em nome dele.
Os desafios de Haddad como substituto de Lula nas eleições
Fernando Haddad tem grandes possibilidades de chegar ao segundo turno nas eleições de outubro, mas para chegar à presidência e governar o Brasil, deverá se distanciar de seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo analistas.
Da prisão onde cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula esticou até onde pode sua luta para concorrer à presidência, deixando pouco tempo para a exposição de Haddad até a votação de 7 de outubro. O segundo turno ocorrerá no dia 28.
As últimas pesquisas – Datafolha e Ibope – colocam Haddad apenas na quinta posição, com 8% e 9% das intenções de voto, contra os quase 40% que Lula ostentava antes de ser excluído da campanha.
Mas Haddad, ex-prefeito de São Paulo, terá agora a máquina petista a seu favor para tentar herdar o maior número possível de eleitores de Lula.
Além do agora apoio explícito de Lula, o candidato do PT terá ainda o segundo maior tempo na propaganda gratuita em rádio e TV, uma arma ainda poderosa no Brasil, além da grande presença da esquerda nas redes sociais.
“Com tudo isto, é muito difícil que ele não chegue ao segundo turno. É apenas uma questão de tempo até o eleitorado reconhecer Haddad como o candidato do Lula”, avaliou à AFP Lincoln Secco, historiador da Universidade de São Paulo e autor da “História do Partido dos Trabalhadores no Brasil”.
Um dos desafios de Haddad, 55 anos, será arrebatar votos de Ciro Gomes, muito forte no Nordeste, que concentra quase 30% dos votos do país.
Ciro, um ex-ministro de Lula, ocupa a segunda posição nas pesquisas, com entre 11% e 13%, atrás apenas de Jair Bolsonaro (24% a 26%).
– Fantoche de Lula? –
O poder de Lula sobre o PT e seu eleitorado, as frequentes visitas de Haddad a sua cela em Curitiba e o empenho da militância em recordar que “Lula é candidato com o nome de Haddad” tem levado muitos a questionar se o ex-prefeito de São Paulo não será um fantoche do ex-presidente.
“No primeiro turno Haddad será a voz de Lula para manter um eleitorado cativo, mas no segundo a tendência é que ganhe autonomia e mostre seu perfil mais moderado dentro do PT”, disse à AFP Thomaz Favaro, analista político para o Brasil do Control Risk, consultoria de gestão de riscos.
Especialmente se disputar com Bolsonaro, pois terá de convencer os eleitores de centro e de centro direita, muitos radicalmente contrários ao PT.
“Qualquer candidato que for eleito terá uma dificuldade enorme para governar. Haddad teria que encontrar um equilíbrio entre seu espírito mais conciliador e seu partido, que tem um programa mais radicalizado em relação às eleições passadas”.
Mas a história recente da América Latina sugere que a cria pode se voltar contra o seu criador, como ocorreu no Equador entre o presidente Lenín Moreno e seu padrinho político, Rafael Correa, ou na Colômbia entre os ex-presidentes Álvaro Uribe e Juan Manuel Santos.
No Brasil, o melhor exemplo é Michel Temer, vice de Dilma Rousseff e que assumiu a presidência após o impeachment da petista, em 2016.
Mas para Secco “é muito difícil” que algo assim ocorra entre Lula e Haddad.
“Lula constituiu algo como o peronismo na Argentina e tem um carisma muito maior em um partido muito mais forte” em relação aos casos de Colômbia e Equador”, concluiu.
Ciro critica substituição de Lula por Haddad, diz que Brasil não aguenta ‘outra Dilma’ e que PT ‘só pensa em si’
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou nesta quarta-feira (12), em sabatina dos jornais «O Globo» e «Valor Econômico e da revista «Época», a escolha do ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad para candidato a presidente pelo PT.
Haddad foi indicado para o posto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba e que teve a candidatura rejeitada pela Justiça Eleitoral.
Para Ciro Gomes, o Brasil «não aguenta outra Dilma», em referência ao fato de Haddad ter sido apadrinhado por Lula, a exemplo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010, quando ela era ministra da Casa Civil.
A entrevista foi conduzida pelos colunistas de «O Globo» Miriam Leitão, Merval Pereira, Lauro Jardim, Ancelmo Gois e Bernardo Mello Franco e pela diretora de redação da revista “Época”, Daniela Pinheiro.
Questionado sobre a oficialização da candidatura de Haddad à Presidência nesta terça (11), Ciro afirmou que tem «afeição» e «carinho» pelo ex-prefeito. Mas disse que o petista não conhece o interior do Brasil.
Na avaliação do presidenciável do PDT, não há «a menor dúvida» de que, se Haddad vencer, o resultado terá sido motivado pela «procuração» recebida de Lula.
«Não é assim que vamos sair dessa encalacrada [eventual eleição de Haddad]. […] O Brasil não aguenta outra Dilma, uma pessoa que é indicada», declarou Ciro Gomes.
O candidato do PDT se disse «ofendido» quando, eventualmente, alguém o compara com Dilma Rousseff. Na avaliação dele, o governo da ex-presidente, que acabou com um impeachment em 2016, foi «desastrado».
«Quando me comparam com a Dilma, fico ofendido. Fico ofendido mesmo. A Dilma foi um governo desastrado. Olha aí o que dá ter pessoa que foi indicada», enfatizou.»Esse é o meu medo. Uma pessoa boa como o Haddad chega lá e vai encarar a turma. E aí?», complementou.
PT
Ciro também criticou durante a entrevista a posição do PT no episódio da candidatura de Lula. Ele disse que, na visão dele, «a burocracia do PT só pensa em si».
Segundo o presidenciável, apesar de saberem que o ex-presidente não conseguiria obter registro para disputar a eleição por estar inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, a legenda insistiu em «manipular» os eleitores, mantendo a candidatura até o último momento.
«O PT, muitas vezes, dá demonstrações de que só pensa em si. […] A burocracia do PT só pensa em si», declarou.
Apesar das críticas ao PT, Ciro disse que não atribui a Lula a responsabilidade pelo episódio da candidatura. Para ele, o ex-presidente está com dificuldades de avaliação porque, atualmente, está cercado de «puxa-sacos».
«Agora, o Lula está com problema. O Márcio Thomaz Bastos morreu, o [Luiz] Gushiken morreu. O Palloci está preso. Ele perdeu a dona Marisa. Lula perdeu sua visão genial da realidade porque está isolado na prisão e cercado de puxa-sacos», declarou.
‘Jumento de carga’ e ‘cadelas no cio’
Indagado sobre como será a relação com as Forças Armadas caso seja eleito, Ciro Gomes foi bem direto: «Eu mando e eles obedecem».
Sobre declarações recentes do comandante do Exército, general Eduardo Villas-Bôas, de que «a legitimidade de novo governo pode até ser questionada», Ciro disse que o militar tentou «calar as cadelas no cio que estão abaixo dele se animando com a candidatura de Jair Bolsonaro».
Para o presidenciável, a pior opção para o Brasil é «sem nenhuma dúvida» a eleição de Bolsonaro. Segundo ele, o candidato do PSL «representa a destruição da nação brasileira».
Ciro afirmou que, se Bolsonaro for eleito, deixará a política. «Vou desejar boa sorte a ele, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois vou chorar. Eu saio da política. A minha razão de estar na política é confiar no povo brasileiro», disse.
O pedetista disse que a política defendida por Bolsonaro é o «protofascismo». Ele lembrou que, dentro do hospital onde se recupera de um atentado à faca, o capitão do Exército posou para fotografias simulando com as mãos que estava empunhando armas. «Ele não aprendeu nada».
O candidato do PDT também chamou o vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, de «jumento de carga». Ciro Gomes reclamou da declaração na qual o general afirmou que os militares são «profissionais da violência».
«[Mourão] é um jumento de carga. Acha que tem o poder. Ele disse para a imprensa estrangeira: ‘Nós é que somos os profissionais na violência’. Olha para quem estamos ameaçados de entregar o nosso país», ironizou.
À tarde, a assessoria do general Mourão divulgou a seguinte nota: «A baixaria desse nível não interessa a ninguém. Apenas a pessoas desesperadas, que não representam o pensamento nacional. Ofensas, partindo de Ciro Gomes, não têm relevância pra mim. Trata-se de alguém que, em um debate, não tem argumentos. Quando não há argumentos, a pessoa parte para a ofensa. Não vou me envolver em disputas de retórica de baixo nível, pois não é isso que os eleitores desejam e tampouco a educação que eu recebi».
Para Ciro Gomes, «militares não são profissionais da violência, mas profissionais da defesa. «Duque de Caxias, que é o patrono do Exército brasileiro, deve estar morrendo de vergonha, seu jumento de carga», declarou.
O presidenciável disse ainda que, se assumir a Presidência, não quer ver as Forças Armadas envolvidas com o combate ao narcotráfico.
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