Brasil: casi todos los candidatos atacan a Haddad en otro debate presidencial
En ascenso en los sondeos, Haddad fue el blanco de las críticas en el debate
Todos contra Fernando Haddad. En constante crecimiento en las encuestas de cara a l as elecciones del próximo 7 de octubre , el candidato presidencial del izquierdista Partido de los Trabajadores (PT) se convirtió anoche, durante el debate televisivo en la cadena SBT, en el blanco de la mayoría de los ataques de sus rivales, que buscan poder disputar con el ultraderechista Jair Bolsonaro , por ahora favorito, un puesto en el eventual ballottage.
Más temprano, una encuesta de Ibope había ratificado que el polémico diputado Bolsonaro, del Partido Social Liberal (PSL), se mantiene al tope de las intenciones de voto, con 27% de las preferencias, aunque su apoyo parece haberse estancado en las últimas dos semanas. En tanto, Haddad, exalcalde de San Pablo, continúa en ascenso y hoy ocupa el segundo lugar, con 21% de respaldo.
Con Bolsonaro aún convaleciente tras el atentado que sufrió a principios de mes y, por lo tanto, ausente del debate de anoche en SBT, los principales dardos apuntaron contra Haddad, a fin de evitar la tan temida polarización derecha-izquierda. Al candidato del PT se le reprochó que será controlado desde la cárcel por el expresidente Luiz Inacio Lula da Silva -a quien reemplazó en la fórmula petista tras la impugnación del exmandatario-, mientras que se responsabilizó al PT de corrupción, de haber generado la peor crisis económica en la historia de Brasil con el gobierno de Dilma Rousseff y de haber permitido la llegada al poder del impopular presidente actual, Michel Temer (Movimiento Democrático Brasileño, MDB), vicepresidente de la destituida exmandataria.
«Ese conflicto entre los dos [Bolsonaro y Haddad] va a llevar a nuestro país al fondo del pozo», advirtió Ciro Gomes, del Partido Democrático Laborista (PDT), ministro de Integración Nacional durante el gobierno de Lula. «El PT representa una cosa muy grave para el país, se transformó en una estructura de poder odiosa que creó a Bolsonaro, esa aberración», resaltó.
La candidata de la Red Sustentabilidad (Red), Marina Silva, exministra de Medio Ambiente de Lula, tampoco ahorró críticas al PT y espetó a Haddad: «El gobierno de Temer fue colocado donde está por el PT, por Dilma Rousseff, que lo escogió como vice», dijo, y señaló que el país necesita urgentemente recuperar la credibilidad «en función de la corrupción de los gobiernos del PT y del MDB».
Por su parte, el exgobernador de San Pablo Geraldo Alckmin, del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), recordó que la administración de Rousseff fue un «desastre» que sumió a Brasil en la recesión y generó 13 millones de desempleados.
En el encuentro, todos los candidatos intentaron hacer referencias al electorado femenino, que representa un 52% del padrón, y que se ha posicionado en contra de Bolsonaro, famoso por sus declaraciones misóginas, homofóbicas, racistas y en defensa de la dictadura militar. Grupos de mujeres convocaron para el próximo sábado manifestaciones en rechazo del diputado ultraderechista.
Ayer, uno de los hijos del candidato del PSL, Carlos Bolsonaro, despertó una nueva ola de críticas a su padre al replicar en su cuenta de Instagram una foto de un hombre que llevaba escrito en el pecho #elenão y estaba maniatado, sangrando y con la cabeza envuelta en una bolsa de plástico, como si estuviese siendo torturado.
Debate entre presidenciáveis é marcado por ataques a Fernando Haddad
Os candidatos a presidente da República participaram, na tarde desta quarta-feira (26), do debate promovido pelo SBT. O encontro foi marcado por ataques a Fernando Haddad (PT). Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) foram os que mais criticaram o petista. Jair Bolsonaro, que sofreu um atentado à faca no dia 6 de setembro, e não participou do debate, sequer foi mencionado no primeiro bloco. O líder nas pesquisas foi lembrado apenas de maneira pontual por seus adversários.
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, que foi internado na noite de terça-feira (25), para realização de um procedimento na próstata, recebeu alta e foi ao programa. Além dos supracitados candidatos de PT, Rede e PDT, também estiveram presentes no debate Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Cabo Daciolo (Patriota).
O debate teve três blocos: no primeiro, candidatos perguntaram para candidatos. No segundo, jornalistas fizeram perguntas aos postulantes à Presidência da República. No terceiro bloco, mais uma vez candidatos se enfrentaram. Eles também tiveram tempo reservado para considerações finais.
Primeiro bloco
Guilherme Boulos abriu a rodada de perguntas questionando Geraldo Alckmin sobre onde «está o dinheiro da merenda». O tucano, num primeiro momento, desconversou. «É meu dever aproveitar bem os recursos públicos», disse. O psolista voltou a alfinetar o candidato do PSDB: «Você é o Sérgio Cabral que não está preso», disparou Boulos. Alckmin, enfim, rebateu: «Esse é o nível de um candidato à Presidência da República. Nunca invadi uma propriedade», afirmou. O tucano também destacou que os responsáveis pelo escândalo das merendas, «estelionatários», foram «punidos», e que nada tinha a ver com o governo do Estado de São Paulo.
O segundo embate de destaque no primeiro bloco se deu entre Cabo Daciolo e Ciro Gomes. O candidato do Patriota questionou o presidenciável do PDT sobre sua internação para realização de procedimento na próstata. «O senhor ficou doente, espero que esteja melhor. Só que o senhor correu para o Sírio-Libanês. E o povo? Corre para onde? Chega o período de eleição e todo mundo fala bonito. Por que é que o senhor não foi para um hospital público», perguntou Daciolo.
Ciro, por sua vez, respondeu dizendo não ser demagogo. Justificou a ida para o hospital porque o ‘médico que o acompanha atua lá’. Daciolo, vale destacar, aproveitou o embate para devolver a Ciro frase sobre a Ursal, usada pelo pedetista no primeiro debate entre os presidenciáveis: «A democracia é uma delícia», ironizou o cabo.
Ciro também trocou farpas com Fernando Haddad. O petista fez questão de lembrar, após Ciro ter deixado implícito ser melhor conhecedor do Brasil que o candidato do PT, que o pedetista também foi ministro do ex-presidente Lula.
Alvaro Dias aproveitou dobradinha com Geraldo Alckmin, sobre como combater desemprego e déficit habitacional, para criticar gestões anteriores. «Quando o mundo estava economicamente com o céu de brigadeiro, o Brasil só crescia mais que o Haiti», atacou.
O candidato do Podemos bateu novamente na tecla do desaparelhamento do Estado, «que coloca gente incompetente no governo», para ajudar a gerar empregos. Alvaro Dias também prometeu novamente fazer, caso eleito, a reforma tributária. Além disso, também voltou a falar sobre a desburocratização.
Para o candidato do Podemos, para gerar empregos «é preciso romper com aparelhamento do Estado, que coloca no governo gente incompetente». Prometeu reforma «tributária, desburocratizar, oferecer regulação competente».
Alckmin, em contrapartida, comentou que a forma mais rápida de gerar empregos é por meio da construção civil.
Fernando Haddad e Marina Silva também trocaram «gentilezas». O petista questionou Marina sobre reforma trabalhista e sobre a PEC do Teto de gastos, da administração Temer. A candidata da Rede aproveitou o ensejo para dizer que Temer foi eleito na chapa do PT como vice de Dilma Rousseff.
«Temer traiu Dilma», disse Haddad. O candidato petista ainda acusou Marina de ter apoiado o «golpe». «Me desculpe, mas quem botou o Temer lá foram vocês. Você participou desse apoio ao impeachment para colocar o Temer lá, com as consequências conhecidas», disparou. A candidata da Rede rebateu dizendo que Haddad foi pedir apoio a Renan Calheiros, que também esteve pelo impeachment de Dilma.
Por fim, o duelo singular entre Henrique Meirelles e Cabo Daciolo gerou algumas risadas da plateia. Meirelles perguntou a Daciolo o que ele faria para diminuir a pobreza. Em sua resposta, o cabo disse que o emedebista, enquanto presidente do Banco Central, durante o governo Lula, ajudou a aumentar o endividamento do país. «O que acontece é que os senhores banqueiros ficam roubando o Brasil. Você e muitos outros vão aceitar o senhor Jesus», comentou, para o deleite dos presentes.
Henrique Meirelles rebateu falando que Daciolo deveria ‘estudar mais’ se quisesse ser presidente. Depois, disse que ‘nunca foi banqueiro’. «Fui bancário», disse, arrancando mais risadas da plateia.
Fato curioso é que Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, internado após ter sido esfaqueado no último dia 6, não teve seu nome sequer mencionado no primeiro bloco. Passou incólume.
Segundo bloco
No segundo bloco jornalistas fizeram perguntas aos candidatos. Ciro Gomes foi o primeiro a responder, e foi indagado se, caso eleito, teria quadros do PT em sua gestão. «Eu, francamente, se puder governar sem o PT, prefiro. O PT representa uma coisa muito grave», disse. «É uma estrutura de PT odienta, que acabou criando o Jair Bolsonaro, essa aberração», completou o pedetista.
Ciro também foi enfático quanto ao MDB: «No meu governo, o MDB será destruído pelas vias democráticas». No entanto, fez questão de ressalvar que há quadros interessantes no partido, como Roberto Requião.
Fernando Haddad foi perguntado sobre o papel do ex-presidente Lula em seu governo. «O Lula não é o Posto Ipiranga do senhor?»
O petista frisou que é o autor do plano de governo, antes feito para Lula, abraçado agora por ele. Sobre suas visitas ao ex-presidente, Haddad disse que continuará, caso eleito, indo a Curitiba «com muita honra». «Lula está sendo injustiçado. Não vou descansar enquanto ele não for inocentado», destacou.
Geraldo Alckmin foi perguntado sobre a carta escrita por Fernando Henrique Cardoso na última quinta-feira (20), que pedia a união dos nomes de «centro» em torno de sua candidatura. Assim como em seus programas eleitorais, o tucano disse que era «preciso deter a marcha da insensatez», em alusão a Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
Alvaro Dias, com 2% das intenções de voto nas últimas pesquisas, foi perguntado sobre quem apoiaria no segundo turno. «Tenho esperança de que essa eleição seja para escolher o melhor, mas que seja também, sobretudo, um estímulo à honestidade, competência administrativa, experiência», respondeu. O candidato do Podemos também aproveitou para atacar os líderes nas pesquisas, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. «Não é possível que essa nação queira ver o confronto entre a extrema esquerda e a extrema direita, dispensando a experiencia e honestidade.»
Guilherme Boulos foi questionado sobre a descriminalização das drogas e se levaria a liberação delas a plebiscito. «Nós defendemos o plebiscito, antes de tudo, porque o sistema político está podre», disse. «É por isso que o povo tem que ser chamado a decidir», completou. Boulos ainda reiterou que a «guerra contra as drogas é uma insanidade». «O comando do tráfico está muito mais próximo da Praça dos Três Poderes em Brasília do que de qualquer barraco», destacou.
Sobre a possibilidade de apoiar Jair Bolsonaro num eventual segundo turno, Marina Silva destacou que, «sabendo do que revelou a [Operação] Lava Jato, não apoiaria hoje nenhuma dessas candidaturas». Também disse que não apoiaria Aécio Neves em 2014 se já tivesse informações acerca dos escândalos nos quais o tucano se envolveu. A postulante à Presidência da Rede também disse estar confiante em sua presença no segundo turno da eleição.
Indagado sobre qual seria sua condução da reforma da Previdência, Henrique Meirelles desconversou. «Os que ganham menos têm que chegar aos 65 [anos] para aposentar. Existe uma questão de dizer a verdade e isso interessa ao povo para estabelecer justiça e garantir quer todos vão receber aposentadoria. A minha é resolver problemas básicos do Brasil», respondeu, se esquivando.
O jornalista, então, apontou que o emedebista não respondeu ao seu questionamento. «Não respondi porque eu não faço parte do governo», disse o ex-ministro da Fazenda. Sobre a intervenção militar, conduzida pelo governo Temer no Rio de Janeiro, o candidato limitou-se a dizer que «é ele [Temer] que está decidindo se vai ou não encerrar a intervenção». Curiosidade: enquanto Henrique Meirelles respondia à pergunta, Ciro Gomes o imitava, gesticulando tal qual o candidato emedebista.
Cabo Daciolo foi perguntado sobre o sistema de cotas. O cabo disse que ‘é preciso fazer algo pelo próximo’ e defendeu a política de cotas. «Houve um erro do Brasil», afirmou.
Terceiro bloco
O terceiro bloco voltou a colocar os candidatos frente a frente. Fernando Haddad seguiu como alvo preferido dos adversários. «Desde o início da campanha, tenho anunciado que pretendemos isentar do imposto de renda aquele que ganha até R$ 5.000 por mês. Você chegou como representante do preso que está em Curitiba e anuncia a mesma coisa. Pode nos explicar como fará, se antes o PT não fez?», perguntou Alvaro Dias ao petista. Em resposta, Haddad destacou os programas sociais das administrações petistas. Caso eleito, garantiu que ‘trabalhará o lado da receita’. «O pobre paga muito [imposto] e o rico não paga», comentou.
Em sua réplica, Alvaro Dias disparou: «Na olimpíada da mentira e da ficção, o PT ganha medalha de ouro». E foi além: «O PT distribuiu a pobreza», afirmou.
Haddad, por sua vez, destacou que Dias apoiou o governo FHC, ‘campeão de aumento de carga tributária’. «O senhor não tem o menor respeito com a população beneficiária de todos esses programas [sociais]», rebateu o petista. O candidato do Podemos pediu direito de resposta, mas não foi concedido.
Geraldo Alckmin perguntou para Ciro Gomes o que ele faria para melhorar a saúde no país. «A tarefa tem dois caminhos. Revogar a Emenda 95, que proíbe investimentos por 20 anos. E entender como podemos dar eficiência à prevenção e atenção básica. Quero criar um fundo para distribuir R$ 100 mil para cada unidade que atinja metas de prevenção da mortalidade e prevenção de doenças», respondeu o pedetista.
Na réplica, Alckmin destacou que tem como objetivo reduzir imposto dos remédios e «garantir acesso aos medicamentos gratuitos». Ainda fez questão de frisar que quer «investir em saneamento».
Cabo Daciolo perguntou para Marina Silva: «Tivemos há pouco o fundo partidário e o fundo eleitoral. O que você diz sobre isso? E sobre a reforma da Previdência?»
«Defendo o financiamento público, mas não dessa quantidade. Não precisam ser milionários. Temos que mobilizar a sociedade para que ela contribua com as companhas. Nossa postura diante dessa questão é que temos muito claro que o financiamento tem que ser transparente», respondeu Marina, que também frisou que irá «criminalizar o caixa dois».
O melhor momento do terceiro e último bloco do debate, todavia, foi a dobradinha entre Cabo Daciolo e Guilherme Boulos. O psolista perguntou: «Tem candidato, como Bolsonaro, que acha que a mulher tem direito demais, e propõe que famílias que ganhem até dois salários mínimos tenham que pagar imposto de R$ 400. Acha justo?»
«Não acho justo», disparou o candidato do Patriota. «Mulheres vão ser prioridade no meu governo. Vão estar conosco no nosso governo. 50% dos ministérios serão ocupados por mulheres, com mesmo salário. Mulheres no nosso governo serão valorizadas. Estou com minha mãe e minha esposa. Mãe, eu te amo», finalizou. Fernando Haddad e Alvaro Dias deram risadas após a declaração de amor do candidato do Patriota.
Já Guilherme Boulos concordou com a resposta de Daciolo e aproveitou para anunciar o ato de mulheres contra Bolsonaro, no próximo sábado (29).
Considerações finais
Cabo Daciolo
«Desperta você que dorme. O momento é do novo. De transformar a nação. Tivemos mais de 37 milhões de nulos em 2014. Nos dê uma oportunidade. Eu vou ser o próximo presidente em primeiro turno com 51% dos votos, estou profetizando. Deus está no controle. Mulheres brasileiras, amo vocês.»
Guilherme Boulos
«Ninguém muda o Brasil andando com os mesmos de sempre. Luto ao lado de quem luta por moradia e direitos. É preciso ter coragem e lado. Se você também é contra esse nosso sistema, vote 50. Se você defende que mulheres ganhem o mesmo salário que os homens, vote 50. Vote PSOL.»
Ciro Gomes
«Se você é eleitor do Bolsonaro por ser contra o PT, não concordamos. Se você vota no PT para ser contra o Bolsonaro, também. Votar um contra o outro gera o resultado que vimos desde 2014. Tenho ficha limpa, tenho experiência, boas ideias. Me dê uma chance. As pesquisas mostram que ganho do Haddad e do Bolsonaro no 2º turno. Mas, para isso, preciso estar lá. E por isso peço seu voto no número 12.»
Henrique Meirelles
«O que vimos aqui hoje foi um ringue e um show. Todos brigando mas ninguém brigando pelo que interessa, por você. Quero emprego, renda e dignidade para você. Isso se conquista com trabalho. Com presidente com competência e que já mostrou resultado. Sei criar empregos e tenho vida limpa. Sou de confiança. A confiança é a base de tudo. Chame o Meirelles no dia 7.»
Fernando Haddad
«Meu governo será pautado por um princípio de aumentar as oportunidades. Isso se faz aumentando oportunidade de emprego, trabalho e de educação. Com trabalho e educação, sairemos de qualquer crise. Tendo uma dessas coisas, tem caminho. Provamos que é possível. Em 12 anos de estabilidade democrática, geramos 20 milhões de postos de trabalho. Quase triplicamos o número de brasileiros na universidade. Faremos o Brasil feliz de novo.»
Geraldo Alckmin
«O Brasil ficou caro. Olhe o preço do combustível e do gás. O emprego sumiu, não tem investimento. O Brasil não pode errar de novo. Nem o PT nem o candidato da discriminação. Precisamos de uma grande reflexão. Temos tudo para nos recuperarmos. O mundo tem muito recurso, precisamos trazer investimento ao País. Dar oportunidade ao jovem. Peço seu apoio.»
Marina Silva
«Tenho orgulho de representar você, mulher. Você sabe o quanto é difícil uma mulher de origem pobre estar aqui disputando honestamente. Quando tem bagunça na família, não chamam o Meirelles. Chamam a tia, uma avó, uma mulher corajosa para botar ordem na casa e unir todo mundo. É isso que vou fazer. Não tenho ódio de ninguém. Vou governar com os melhores do Brasil.»
Alvaro Dias
«Pedi direito de resposta para dizer que fui do PSDB, mas fui expulso porque apoiei investigação de corrupção. Sempre combati corrupção e estou agora nesta campanha na tentativa de impedir a volta de uma organização criminosa. Ouvi áudios de autoridades para impedir elucidação de crimes, como no caso de Celso Daniel. Vamos impedir a volta da organização criminosa. Agora vou a Itaquera ver Corinthians e Flamengo.»
STF decide barrar 3,4 milhões de eleitores que não fizeram biometria
Por 7 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (26) rejeitar pedido de liminar feito pelo PSB para evitar o cancelamento dos títulos de eleitores que não realizaram o cadastramento por biometria nas localidades que foram escolhidas pela Justiça Eleitoral.
Cerca de 3,4 milhões de eleitores não vão votar em outubro porque não compareceram aos cartórios eleitorais nos municípios em que houve a obrigatoriedade de recadastramento para identificação biométrica e devido a outras restrições.
Na ação, o PSB alegou que são inconstitucionais as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que disciplinaram o cancelamento do título como penalidade ao eleitor que não realizou o cadastro biométrico obrigatório dentro do prazo, porque resultaram no indevido cerceamento do direito de votar.
O advogado do PSB, Daniel Sarmento, afirmou que «entraves burocráticos» não devem restringir a participação nas eleições. «Entraves burocráticos não devem ser suficientes para excluir o eleitor, sobremodo o eleitor pobre, que tem menos acesso a informação», disse, observando que a grande quantidade de eleitores que serão excluídos podem comprometer o resultado do pleito.
As eleições de 2014 foram decididas por 3,5 milhões de votos de vantagem de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves.
O PT e o PCdoB também participaram do processo. Segundo as legendas, o maior número de eleitores que não poderão votar está na região Nordeste. Para os partidos, a maioria dos títulos cancelados é de cidadãos humildes que não tiveram acesso à informação para cumprir a formalidade.
O relator da ação na Corte, ministro Luís Roberto Barroso, alegou em seu voto: “Eu devo dizer que não vejo inconstitucionalidade no modo como a legislação e a normatização do Tribunal Superior Eleitoral disciplina a revisão eleitoral e o cancelamento do título no caso de não comparecimento para sua renovação”. Apesar do argumento “constitucionalista”, admitiu ter levado em conta argumento do TSE, de que “dificuldades técnicas” em inserir os cadastros não atualizados de 3 milhões de pessoas imporiam risco para as eleições a “menos de duas semanas” do pleito.
O ministro Ricardo Lewandowski se opôs a Barroso. «No interior do Amazonas, no interior do Pará, onde não há televisão, internet, de repente ele (o leitor mal informado) perde seu direito de votar porque os tecnocratas do TSE resolveram, talvez em boa hora, recadastrar, aperfeiçoar o cadastro que já existe», disse.
Justiça Eleitoral começa lacração de urnas eletrônicas e derruba 104 candidaturas, em RO
A Justiça Eleitoral deu início aos trabalhos de lacração das urnas eletrônicas em Rondônia. O repasse dos dados do sistema às mídias oficiais que serão inseridas nas urnas segue até a próxima sexta-feira (28) em Porto Velho. No interior do estado, o processo começa no sábado (29) e se estende até 3 de outubro. Mais de cinco mil urnas estarão disponíveis em 4.651 seções eleitorais que serão distribuídas em 651 locais de votação.
Com o período de lacração das urnas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) de Rondônia divulgou os números de candidatos aptos e inaptos para concorrer às eleições. Ao todo, foram verificadas 655 registros de candidaturas. Conforme o TRE-RO, 551 candidatos estão aptos e outros 104 foram julgados inaptos.
Segundo o Tribunal, 34 pedidos de impugnação foram julgados. O número é superior em comparação com as eleições de 2014. No total, 11 candidaturas foram impugnadas.
Cargos
O cargo de deputado estadual registrou 392 de candidaturas, seguido de deputados federais com 101, e senador com 13. Para governador, nove candidaturas foram registradas. Mas a Justiça Eleitoral indeferiu três.
Dentre as candidaturas indeferidas, está a dos candidatos a governador Acir Gurgacz (PDT), Comendador Valclei Queiroz (PMB), e Pedro Nazareno (PSTU).
Segundo o TRE, os candidatos entraram com recurso, mas caso a decisão não seja favorável, mesmo que apareçam nas urnas eletrônicas, terão os votos considerados nulos. Isso interfere diretamente nos resultados apontados pelas pesquisas eleitorais.
Situação semelhante as chapas lideradas por Fátima Cleide (PT), Bosco da Federal (PPS) e Paulo Sérgio (PSTU), que concorrem ao senado, mas tiveram os suplentes com candidatura indeferida. Segundo a Justiça Eleitoral, os candidatos não apresentaram substituto dentro do prazo, que era até o dia 17 de setembro.