Récord de desempleo en Brasil: más de 3 millones buscan trabajo hace más de dos años
Un tercio de brasileños está desocupado o subempleado
Prácticamente uno de cada tres brasileños no tiene trabajo o está subempleado (32%), según datos oficiales del Instituto Brasileño de Geografía y Estadísticas (IBGE).
Lo peor es que la situación tiende a convertirse en estructural, con un récord de 3 millones 162 mil personas que hace más de dos años buscan trabajo y no lo consiguen. Este desempleo estructural creció un 8,1% en términos interanuales, mientras que el número total de desocupados en Brasil es de 12 millones 966 mil trabajadores.
Si a los desocupados se les suman aquellas personas que trabajan de manera esporádica y temporal, el número asciende a 27,6 millones de personas, equivalente al 24,6% de la fuerza laboral.
Pero incluso estos números están puestos en duda y podrían ser todavía mayores, como lo reconoció el propio coordinador del estudio del IBGE, entidad dependiente del gobierno nacional.
El desempleo golpea con más fuerza en la región Nordeste, la de menores ingresos. Estados como Maranhao y Alagoas tienen un 16% de personas sin trabajo, mientras que los dos mayores, San Pablo y Río de Janeiro, tienen cifras de desocupación de 13,2% y 15,4% respectivamente.
Entre quienes sí tienen trabajo, la tendencia es a la precarización laboral, que afecta a 10 millones de brasileños solo en el estado de San Pablao.
3,16 milhões de desempregados buscam trabalho há mais de 2 anos, aponta IBGE
Dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 3,16 milhões de brasileiros procuram emprego há mais de 2 anos. Trata-se do maior número da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Este número corresponde a cerca de 24% do total de desempregados no país, que ficou em 13 milhões no 2º trimestre.
Na comparação com o 1º trimestre do ano, houve um aumento de 238 mil no número de brasileiros que estão desempregados há mais de 2 anos. Desde o início da crise econômica, em 2014, o contingente nessa situação cresceu 162%.
Do total de desempregados no país, a maior parte – 6 milhões – estão procurando trabalho há mais de 1 mês e a menos de 1 ano, 1,8 milhão entre 1 e 2 anos, e 1,9 milhão há menos de 1 mês.
Essa população que procura emprego há mais de 2 anos é equivalente a toda a população do Uruguai ou a toda a população de Brasília.
Proporcionalmente, Amapá é o estado que tem a maior população de desempregados procurando emprego há mais de 2 anos. Lá, 49,3% dos desempregados estão nesta condição. Em SP, são 830 mil desempregados nesta condição, o que corresponde a 24,2% deste contingente
Desalento também é recorde e atinge 4,8 milhões
Apesar da queda no número de desempregados no 2º trimestre, a pesquisa do IBGE mostra que aumentou o número dos que trabalham menos do que gostariam, que saíram da força de trabalho por algum motivo pessoal ou familiar, ou que simplesmente desistiram de procurar alguma ocupação.
O número de desalentados bateu novo recorde e atingiu 4,8 milhões no 2º trimestre, 203 mil pessoas a mais em relação ao 1º trimestre. Já o número de subocupados subiu para 6,5 milhões contra 6,2 milhões nos 3 primeiros meses do ano.
A população desalentada é definida pelo IBGE como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Ao todo, segundo o IBGE, são 27,6 milhões de brasileiros subutilizados, o que representa 24,6% da força de trabalho. O grupo reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
O coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, destacou que o número recorde de desalentados revela que o contingente de desempregados pode ser muito maior. Isso porque desalentado é aquele trabalhador que desistiu de procurar emprego e que isso não significa que ele recusaria uma vaga se lhe fosse oferecida. Já o desempregado é aquele que está em busca de colocação no mercado.
Desde o início da crise econômica, em 2014o número de pessoas procurando emprego há mais de 2 anos aumentou em 162%, segundo o IBGE.
O tempo de espera pela recolocação no mercado de trabalho tem relação direta com o desalento, destaca a coordenador da pesquisa.
“A probabilidade de uma pessoa desistir de procurar emprego está muito relacionada ao tempo em que ela está na fila do desemprego”
Outro dado que mostra a deterioração do mercado de trabalho é o número de ocupados com carteira assinada, que recuou para 32,8 milhões no 2º trimestre, o menor já registrado pelo IBGE. No 2º trimestre, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contra 75,8% no 2º trimestre de 2017.
São Paulo e Rio de Janeiro, os dois principais centros econômicos do país, também alcançaram o menor nível de carteira assinada – respectivamente, 9,9 milhões e 2,8 milhões.
Perfil do desemprego
Segundo o IBGE, 67% dos desempregados no país têm entre 18 e 39 anos. Outros 23% têm entre 40 e 59 anos.
“O que mais preocupa é essa parcela da população adulta, que é a que deveria efetivamente estar ocupada, já que a princípio seria a que já concluiu os estudos, se constitui como arrimo de família e que tende a ter mais dificuldade de se recolocar no mercado”, avaliou Azeredo.
Os números do IBGE mostram ainda que o desemprego atinge mais as mulheres. A taxa de desocupação no 2º trimestre foi de 11% entre os homens e de 14,2% entre as mulheres. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,9%) tanto em todas as regiões.
A taxa de desemprego também é maior entre pretos (15%) e pardos (14,4%), enquanto que a daqueles que se declararam brancos ficou em 9,9%, abaixo da média nacional de 12,4%.
Por el ajuste, es récord el desempleo crónico en Brasil
El número de trabajadores que buscan empleo desde hace dos años o más marcó un récord al alcanzar los 3,1 millones de personas en Brasil. En el país la tasa de desempleo ronda el 12,4 %, según un informe divulgado este jueves por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (Ibge) de similar función al INDEC argentino.
Los millones de brasileños buscan empleo desde hace dos años o más, supone el mayor nivel desde que comenzó la recolección de esos datos en 2012 de la serie histórica del Estudio Nacional por Muestra de Domicilios Continuo (PNAD).
También el estudio dio a conocer otro récord: el número brasileños que no tiene empleo o que desistió de buscar un puesto de trabajo llegó a 4,8 millones. «Son 4,8 millones de personas que no fueron consideradas desempleadas, pero que están disponibles para trabajar. Eso significa que el desempleo puede ser mucho mayor de lo que es», afirmó la coordinadora de Trabajo del Ibge, Cimar Azeredo.
Según de la investigación del Ibge, en el segundo trimestre de este 2018 faltó trabajo para 27,6 millones de personas, teniendo en cuenta los desempleados y los brasileños ocupados a los que le gustaría trabajar más horas.
El aumento en los índices de desempleo se han colado en la campaña electoral para las elecciones presidenciales del próximo octubre. Los números aumentaron en los últimos años con las medidas de ajuste aplicadas por el gobierno golpista de Temer, que profundizaron las que había comenzado a aplicar Dilma Rousseff.
Michel Temer y su gobierno golpista ha sido vanguardia a la hora de aplicar la contrarreforma laboral, atacando las condiciones laborales, argumentando que el beneficio de los empresarios redundaría, según el relato golpista, en un crecimiento de las ofertas en el mercado laboral.
Los datos de publicados por el Igbe muestran que el desempleo se mantiene alto y que el discurso de generación de empleo no era más que una mentira. El objetivo de la reforma laboral fue quitar derechos históricos a los trabajadores brasileños para beneficiar a los empresarios abaratando los despidos y precarizando la contratación a la vez que permitir mantener un alto número de desempleados para así reducir el valor del trabajo de todos.
Falta emprego para 27,6 milhões no País, mostra IBGE
Falta trabalho hoje para 27,636 milhões de brasileiros
. O dado corresponde ao divulgado nesta quinta-feira, 16, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, compilada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números são um retrato da situação do emprego no País no segundo trimestre de 2018 (abril, maio e junho). E o que se vê é que a taxa de subutilização da força de trabalho teve um ligeiro recuo no período, de 24,7% referente ao primeiro trimestre de 2018 para 24,6% do segundo trimestre.
A taxa de subutilização de força de trabalho é um indicador que inclui o porcentual de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.
No segundo trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 23,8%.
Desempregados há mais de dois anos
Uma outra informação chama atenção. O País tem 3,162 milhões de pessoas em busca de um emprego há mais de dois anos. O resultado é recorde tanto em volume de pessoas atrás de uma vaga há tanto tempo, quanto em proporção de pessoas em relação à população desempregada. Em relação ao segundo trimestre de 2017, aumentou em 8,1% o contingente de desempregados há mais de dois anos.
Outros 1,857 milhões de trabalhadores procuram emprego há mais de um ano, mas há menos de dois anos.
O grosso dos desempregados, 6,079 milhões, está em busca de uma vaga há pelo menos um mês, mas há menos de um ano.
Na faixa dos que tentam encontrar um trabalho há menos de um mês estão 1,869 milhão de pessoas.
Número recorde de desalentados
O Brasil alcançou o recorde de 4,833 milhões de pessoas em situação de desalento no segundo trimestre de 2018, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012 pelo IBGE.
O resultado significa quase 200 mil desalentados a mais em apenas um trimestre. No primeiro trimestre do ano, o País tinha 4,630 milhões de pessoas nessa situação. No primeiro trimestre de 2012, início da série histórica da pesquisa, essa população totalizava 1,995 milhão.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
A taxa de desalento ficou em 4,4% da força de trabalho ampliada no segundo trimestre de 2018, também a mais elevada da série histórica. Entre as unidades da federação, Alagoas (16,6%) e Maranhão (16,2%) registraram as maiores taxas de desalento. O Rio de Janeiro (1,2%) e Santa Catarina (0,7%) tiveram os menores resultados.
Desemprego entre brancos, negros e pardos
A taxa de desocupação ainda é muito mais elevada entre pretos e pardos do que entre brancos
. No segundo trimestre de 2018, a taxa de desemprego ficou em 9,9% entre os brancos, resultado inferior à taxa de 15,0% registrada entre pretos e de 14,4% entre os pardos. A falta de trabalho média no País foi de 12,4% no período.
No início da série histórica da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012, a taxa de desemprego média estava estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,7%; a dos pardos, 9,1%; e a dos brancos, 6,6%.
O contingente dos desocupados no Brasil no primeiro trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas: os pardos representavam 48,9% dessa população, seguidos pelos brancos (40,2%) e pretos (10,2%).
No segundo trimestre de 2018, o total de desempregados subiu para 12,9 milhões de pessoas: a participação dos pardos cresceu para 52,3%; a dos brancos diminuiu para 35,0%; e a dos pretos aumentou para 11,8%.
Quanto à população fora da força de trabalho no segundo trimestre de 2018, os pardos eram 47,9%, seguidos pelos brancos (42,4%) e pelos pretos (8,5%).
Menos desempregados em SP
A taxa de desocupação no Estado de São Paulo recuou de 14,0% no primeiro trimestre de 2018 para 13,6% no segundo trimestre do ano.
No segundo trimestre de 2017, entretanto, a taxa de desemprego em São Paulo estava mais baixa, aos 13,5%.
No segundo trimestre de 2018, as maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram as do Amapá (21,3), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores taxas de desemprego foram observadas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%).
::: NÚMEROS DA PNAD CONTÍNUA REFERENTE O SEGUNDO TRIMESTRE DE 2018 :::
27,636 milhões de pessoas estavam sem emprego no Brasil.
A taxa composta de subutilização teve ligeiro recuo, saindo de 24,7% nos primeiros três meses para 24,6% no segundo trimestre.
4,833 milhões de brasileiros (4,4%) desistiram de procurar trabalho.
3,1 milhões de desempregados buscam trabalho há mais de dois anos.
15% da população negra não tem trabalho; desemprego entre os pardos chega a 14,4%; branco desocupados somam 9,9%.
Taxa de desemprego no Estado de SP ficou em 13,6% no segundo trimestre.
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