El PT anunció al exalcalde Fernando Haddad como candidato a vicepresidente de Lula

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Fernando Haddad será compañero de fórmula de Lula en Brasil

El PT unió fuerzas con el Partido Comunista y el Partido Republicano de la Orden Social, para formar un «campo progresista y popular» que le permita volver al Ejecutivo.

El Partido de los Trabajadores (PT) de Brasil anunció la noche de este domingo que el exministro Fernando Haddad será su candidato a vicepresidente en la fórmula liderada por el exmandatario Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril pasado.

Haddad recorrerá el país para presentar el plan de Gobierno junto a Manuela D’Ávila, lideresa del Partido Comunista de Brasil (PccoB); como parte de la alianza que el PT estableció, también, con el Partido Republicano de la Orden Social.

El PT ha recalcado que mantendrá hasta el final la aspiración de Lula, empero si el Tribunal Superior Electoral (TSE) lo impide, Haddad sería el candidato a jefe de Estado y  D’Ávila asumiría su rol como optante a la Vicepresidencia.

«Estoy seguro de que a pesar de todo la vergüenza y persecución que sufre, el presidente Lula solo crece en entusiasmo y determinación, y voluntad de gobernar y rescatar la dignidad de las personas, para que las personas tengan esperanza de nuevo en Brasil«, dijo Haddad citado por Brasil de Fato.

En rueda de prensa la presidenta del PT, la senadora Gleisi Hoffmann, indicó que la meta con esta nueva coalición es crear un «campo progresista y popular para volver a gobernar el país».

Desde la sede de la Policía Federal en la ciudad de Curitiba, donde está aprisionado sin pruebas en su contra desde el 7 de abril pasado, Lula recomendó tanto a Haddad como a D’Ávila; quien era la candidata presidencial del PccoB.

TeleSUR


PT indica Haddad para vice, mas Manuela, do PCdoB, assumirá vaga com definição de situação de Lula

A Executiva Nacional do PT definiu o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para a vaga de vice na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas apontou a até então candidata do PCdoB à Presidência, Manuela D’Ávila, como futura vice a partir do momento em que a situação jurídica de Lula se resolver, com ou sem a impugnação da sua candidatura.

Depois de um negociação que durou o dia inteiro dentro da própria Executiva do PT e com o PCdoB, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, anunciou a indicação de Haddad como vice de Lula neste momento, mas indicou que Manuela ocupará o posto futuramente, na primeira admissão, ainda que velada, de que Lula pode ter sua candidatura impugnada.

Segundo Gleisi, nas reuniões com o PCdoB, entre idas e vindas, os partidos definiram uma «tática eleitoral que assegure a manifestação do presidente Lula como candidato».

«Quero reiterar que vamos com Lula até as últimas consequências, mas discutimos uma estratégia até a regularização da situação eleitoral do presidente, que é que a vocalização da sua campanha seria feita através de um companheiro do PT pela proximidade com o presidente e da identificação com o PT», disse Gleisi em um pronunciamento, já no início da madrugada de segunda-feira.

«Decidimos ambas direções colocar nesse momento como candidato a vice o companheiro Fernando Haddad para fazer a representação do presidente Lula durante esse processo até tão logo se estabilize juridicamente a situação», acrescentou.

A fala de Gleisi foi o mais perto que o PT chegou de admitir publicamente que Lula provavelmente não será candidato já que deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, depois de uma cobrança do PCdoB por uma posição mais clara de que participaria do processo.

Até então, o PT apenas tinha pedido que Manuela desistisse da candidatura para esperar uma definição do registro de Lula, sem garantias de que realmente assumiria a vaga de vice.

«Eu quero dizer formalmente que o presidente Lula pediu que eu convidasse o PCdoB para integrar sua chapa e fazendo um convite formal a Manuela D’Ávila para ser candidata a vice-presidente», disse Gleisi.

A solução encontrada pelos partidos permite colocar Manuela como futura vice seja com a impugnação de Lula, em que Haddad assume a cabeça de chapa e a candidata comunista fica com a vice, seja na pouco provável hipótese do ex-presidente ser autorizado a concorrer. Nessa caso, Haddad sairia de cena e Manuela ficaria com a vice.

Na semana passada, o partido havia oferecido a posição à candidata comunista, e Haddad assumiria um papel, daí como cabeça de chapa, apenas com a provável impugnação de Lula. No entanto, o ex-presidente vetou a ideia e pretendia empurrar a decisão sobre a coligação até 15 de agosto, data limite de registro das candidaturas.

No entanto, o temor de que essa decisão terminasse por inviabilizar o registro como um todo, já que a interpretação do Tribunal Superior Eleitoral este ano é de que todas as coligações e candidatos precisam constar das atas das convenções a serem apresentadas até esta segunda, mudou a estratégia do partido.

O PT passou então a tentar convencer o PCdoB a aceitar um acordo sem promessa concreta porque, na visão de uma fonte, qualquer coisa além disso seria admitir que Lula não seria candidato. Os comunistas, no entanto, endureceram a conversa e chegaram a anunciar durante a tarde deste domingo um nome para vice de Manuela, o sindicalista Adilson Araújo.

Dentro do próprio PT a discussão foi dura. Parte da Executiva ainda defendia que entregasse a vice diretamente a Manuela para que não se perdesse a coligação. Prevaleceu a posição de Lula que, em uma carta, pedia que Haddad fosse indicado para que a defesa da sua campanha ficasse nas mãos de um petista, mas se insistisse em um acordo com o PCdoB.

As negociações entraram noite adentro e um acordo só foi fechado perto da meia-noite.

Nos últimos minutos, o PT conseguiu atrair para sua aliança, além do PCdoB e o PROS.

«Nós estamos fazendo o desenho da frente que foi possível construir, entendendo a necessidade de um pacto das candidaturas de nosso campo», disse a presidente do PCdoB, deputada Luciana Santos.

«Como disse Gleisi, Fernando Haddad segue como porta-voz de Lula até que sejam resolvidas as pendências legais para, mais tarde, o PCdoB assumir o posto de vice, assim como temos sido parceiros do PT há anos», acrescentou.

A intenção dos partidos é que Haddad e Manuela viagem o país defendendo a candidatura de Lula. Haddad, como vice, pretende representar o ex-presidente em entrevistas de que Lula não pode participar.

Noticias BOL


Sete presidenciáveis e vários vices foram oficializados neste fim de semana

A política brasileira foi movimentada ao longo deste fim de semana pelo encerramento da temporada de convenções partidárias. Nada menos que sete pré-candidatos presidenciais foram confirmados na disputa por suas legendas. Três candidatos definiram seus vices, e várias outras siglas decidiram apoiar candidatos de outros partidos – e o PSB decidiu não apoiar formalmente nenhuma candidatura.

O fim de semana também trouxe o desfecho para a «novela» dos vices de alguns candidatos – o pedetista Ciro Gomes anunciou a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) como sua vice; e Jair Bolsonaro (PSL) oficializou o general Antônio Hamilton Mourão, do PRTB, como seu companheiro de chapa – o PRTB desistiu de lançar o pré-candidato Levy Fidelix em nome do apoio a Bolsonaro.

Depois de fracassar nas negociações com o PT, Manuela D’Ávila (PC do B) anunciou como vice o sindicalista Adilson Araújo, atual presidente da central sindical CTB e também filiado ao PC do B.

No sábado (4), em São Paulo, o PT confirmou o ex-presidente Lula como seu candidato presidencial – mesmo preso em Curitiba, Lula influiu no debate sobre seu companheiro ou companheira de chapa. A Executiva Nacional do partido está reunida desde o começo da tarde deste domingo (5), em São Paulo, e deve definir quem será o vice do ex-presidente. Integrantes da Comissão disseram à BBC News Brasil, sob condição anonimato, que o nome mais provável era o de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.

Em Brasília, Marina Silva foi aclamada no sábado como a candidata da Rede Sustentabilidade, e Geraldo Alckmin tornou-se o candidato oficial do PSDB à Presidência, também no sábado.

Na parte de baixo das pesquisas de intenção de voto, Alvaro Dias foi ungido candidato presidencial do Podemos (antigo PTN); e o liberal João Amoêdo oficializou-se candidato pelo Novo. No domingo, o partido Patriota (antigo PEN) lançou o deputado federal Cabo Daciolo (RJ) como candidato à presidência.

No domingo, o Partido Pátria Livre oficializou a candidatura de João Goulart Filho à presidência, num evento em São Paulo. O candidato do PPL é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango (1919-1976), cujo mandato foi interrompido pelo golpe militar de abril de 1964.

O tucano Geraldo Alckmin recebeu o apoio formal de mais dois partidos neste sábado: o PR (legenda com 34 deputados federais eleitos em 2014) e o PPS (10 deputados eleitos). O Partido Humanista da Solidariedade (PHS), que elegeu 5 deputados em 2014, oficializou o apoio a Henrique Meirelles (MDB) – e ele próprio participou do evento na sede da sigla, também em Brasília, no sábado.

Abaixo, um resumo dos fatos mais importantes deste fim de semana:

Lula (PT)

A convenção do PT ocorreu neste sábado na Casa de Portugal, um espaço de eventos no bairro da Liberdade, em São Paulo. Sem seu principal líder presente, o partido recorreu a máscaras de Lula distribuídas aos militantes com o rosto de Lula – além de uma profusão de camisetas, botons e bandeiras com a imagem do ex-presidente. Mesmo preso em Curitiba desde o dia 7 de abril deste ano – e virtualmente impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa – Lula foi aclamado como candidato pelos cerca de 600 votantes da convenção.

Marcada de início para às 9h30, a cerimônia do PT atrasou cerca de uma hora e meia: antes da convenção, foi realizada uma reunião da Comissão Executiva Nacional do partido, na qual o principal assunto era a discussão sobre quem será o candidato ou candidata à vice-presidência na chapa de Lula. Como não houve qualquer decisão no sábado, uma nova rodada de reuniões da cúpula petista está em andamento desde as 17h deste domingo.

Há quem defenda que o posto fique com Fernando Haddad, cotado para ser o substituto de Lula na cabeça de chapa, quando sua candidatura for negada pela Justiça Eleitoral.

Outra corrente de opinião prefere a atual presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) como vice de Lula. Ela atuaria como uma espécie de anti-candidata, divulgando o que o PT entende como uma injustiça na eleição deste ano – a exclusão de Lula.

Durante a manhã de sábado, integrantes da Comissão receberam ligações de dirigentes do PC do B, que desejavam que o PT anunciasse Manuela D’Ávila como vice de Lula já na convenção de ontem – mas as negociações fracassaram.

Lula enviou uma carta à convenção, que foi lida pelo ator Sergio Mamberti – o mestre de cerimônias do evento. «Esta é a primeira vez em 38 anos que não participo pessoalmente de um encontro nacional do nosso partido», começa a missiva.

«Já derrubaram uma presidenta eleita; agora querem vetar o direito do povo escolher livremente o próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo», continua Lula, referindo-se ao impeachment de Dilma em 2016. «A decisão de hoje vai nos conduzir a uma luta sem tréguas pela democracia, pelo povo brasileiro e pelo Brasil. E a vitória dependerá do empenho de cada um de nós», diz o texto.

Apesar do clima de unidade em torno da figura de Lula, alguns militantes da juventude do partido puxaram palavras de ordem para questionar decisões recentes da cúpula petista – principalmente o acordo desta semana com o PSB, que resultou na retirada da candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco. Alguns empunhavam cartazes com o nome de Marília, hoje vereadora em Recife.

Marina Silva (Rede)

Ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente (2003-2008) no governo Lula, Marina Silva foi aclamada candidata no evento da Rede Sustentabilidade – partido nascido oficialmente em 2015. Esta será a terceira vez que Marina disputa a presidência da República. Desta vez, Marina terá como companheiro de chapa o médico sanitarista Eduardo Jorge, filiado ao PV.

O evento ocorreu num antigo parque aquático e hotel de Brasília, a poucos quilômetros do Palácio da Alvorada.

Marina Silva discursou por cerca de uma hora. Comentando a fragilidade de sua aliança para a disputa presidencial, disse ser especialista em passar por «frestas» – citou o fato de só ter sido alfabetizada aos 16 anos de idade, e de ter sobrevivido a doenças como a hepatite. «A postura (pessoal) vai derrotar o mecanismo, as estruturas. O povo brasileiro não vai ser submetido aos ‘centrões’ de esquerda, de direita, de centro. Quem está no centro é o povo brasileiro!», disse, exaltada.

Geraldo Alckmin (PSDB)

Geraldo Alckmin, 65 anos, foi escolhido para ser o candidato do PSDB à presidência da República num evento neste sábado, em Brasília. Alckmin terá como vice a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), cujo partido faz parte da mega-aliança de oito legendas que o apoiam. Além do PP de Ana Amélia, o tucano terá o apoio de DEM, PR, PRB, PSD, PTB, PPS e SD. Antes da convenção do PSDB, Alckmin discursou ontem nos eventos de outros dois partidos de sua coligação: o PR e o PPS.

«Um governo de qualidade requer espírito público, coesão. Requer alianças, para poder fazer o melhor», discursou Alckmin no evento do PSDB. «Nós vamos mudar o Brasil, não com bravatas (…), com gritaria e tumulto – aliás foram exatamente as bravatas e os radicalismos que criaram a criaram a coincidência trágica que o governo petista nos deixou: 13 milhões de desempregados», disse ele, referindo-se ao código eleitoral do PT. Dos 290 votos da convenção, Alckmin teve 288: recebeu também uma abstenção e um voto contrário.

O ex-governador tucano de São Paulo começou a trilhar o caminho até sua candidatura presidencial em novembro passado. Naquele mês, conseguiu que o senador Tasso Jereissati (CE) desistisse de concorrer à presidência do PSDB – em dezembro, Alckmin se tornou o presidente do partido. E em março deste ano, o paulista de Pindamonhangaba não teve concorrente nas prévias do PSDB. Seu rival, o senador Arthur Virgílio (AM), retirou a candidatura antes da disputa.

Esta é a segunda vez que Alckmin concorre à Presidência: em 2006, ele foi derrotado por Lula (PT), no segundo turno. Seus adversários fazem questão de lembrar que ele teve menos votos na segunda rodada da eleição que na primeira.

PSB decide ficar neutro, prejudicando Ciro

O Partido Socialista Brasileiro fez sua convenção no domingo, no Hotel Nacional, em Brasília. O partido decidiu como esperado pelo PT, e optou por permanecer neutro nas eleições presidenciais deste ano -a decisão prejudica a candidatura de Ciro Gomes (PDT), que esperava atrair o PSB para sua coligação.

Cerca de 350 pessoas votaram na convenção, e a maioria escolheu a neutralidade – de 13 dirigentes partidários na mesa do evento, só dois, incluindo o governador Rodrigo Rollemberg (DF) se levantou para defender o apoio a Ciro Gomes. No auditório, militantes dos diretórios de Brasília, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul traziam cartazes defendendo o apoio ao pedetista. No fim, prevaleceu a posição defendida pelos diretórios de Pernambuco e São Paulo.

Alvaro Dias (Podemos)

O Paraná é o berço político do candidato Alvaro Dias, e foi na capital Curitiba que o Podemos realizou sua convenção nacional neste sábado. O evento também oficializou o nome do ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (PSC), como candidato à vice-presidência. Castro chegou a ser pré-candidato à presidência pelo PSC, mas retirou seu nome para apoiar Alckmin na última quarta-feira. Alvaro Dias também terá o apoio de PRP e do PTC, partido do ex-presidente Fernando Collor (hoje senador por Alagoas).

Paulista de Quatá, Alvaro Dias fez carreira política no Paraná e está em seu sétimo partido político – já passou duas vezes pelo PSDB (de 1994 a 2001 e de 2003 a 2016), e pelo antigo MDB (1968-1989). Reeleito senador pela terceira vez consecutiva em 2014, Alvaro Dias voltará à Casa Alta caso seja derrotado na disputa presidencial.

João Amoêdo (Novo)

João Amoêdo foi lançado candidato por seu Partido Novo num evento em São Paulo, na tarde deste sábado. O evento ocorreu na Câmara de Comércio Americana (Amcham), na zona Sul da cidade. Ex-executivo de instituições financeiras, Amoêdo terá por vice o cientista político Christian Lohbauer, também filiado ao Novo.

Por enquanto sem alianças com outros partidos, o Novo se propõe a apresentar candidaturas ideologicamente identificadas com o liberalismo econômico. Em seu primeiro discurso como candidato, Amoêdo diz que o objetivo de sua sigla é «mudar o sistema (político)» do país. «Quando a gente começou, o que eu queria era ir para o setor público para tentar dar uma ajuda, Mas felizmente eu entendi que o sistema que está lá não foi feito para facilitar a vida do brasileiro. A missão era outra», disse Amoêdo.

Noticias BOL


MST lança Marcha Nacional por Lula Livre em São Paulo

Militantes vão marchar até Brasília para o registro coletivo da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Marcha Nacional Lula Livre é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com apoio das entidades que compõem a Frente Brasil Popular.

A manifestação itinerante foi anunciada nesta sexta-feira (3) em um evento no Armazém do Campo, loja agroecológica do MST no centro de São Paulo (SP).

Os sem-terra vão caminhar 50 quilômetros em cinco dias. Eles saem de três cidades — Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (DF) — no dia 10 de agosto em direção à capital federal. Lá, no dia 15 de agosto, último dia para o registro das candidaturas que vão disputar as eleições presidenciais em 2018, os camponeses se reúnem com outras organizações e partidos de esquerda em um ato em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante o ato de abertura da marcha, o integrante da coordenação nacional do MST Márcio Santos explicou que os militantes vão passar pelas principais rodovias de acesso à Brasília.

«Neste momento, a nossa marcha tem um caráter bastante definido que é pela democracia, contra a prisão arbitrária do ex-presidente Lula e pelo direito de ele ser candidato para disputar as eleições», afirmou o dirigente.

Este tipo de mobilização, dentro do MST, não é novo. O movimento marchou em 1997, 1999 e 2005.

«Já fizemos várias marchas na história do MST contra as privatizações do governo FHC; pela reforma agrária, denunciando o massacre de Eldorado de Carajás; e já fizemos marchas também no governo Lula, reivindicando reforma agrária e mais direitos para os trabalhadores do campo brasileiro», pontuou Santos.

O militante do movimento negro Douglas Belchior, candidato a deputado federal pelo PSOL, demonstrou apoio à marcha e ressaltou a importância dos protestos em torno da liberdade do ex-presidente.

«É um crime a manutenção da prisão do Lula. É um crime de classe. É a burguesia nacional se articulando para impedir Lula de disputar a eleição e botar freio nesse projeto de destruição do estado nacional e dos direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro», disse.

O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que a marcha será mais uma das ações que pretende esclarecer que Lula é, sem alternativas, o candidato do PT à Presidência da República.

«É a vontade do povo brasileiro. Não dá para o povo brasileiro aguentar os retrocessos que vêm sendo implementados com o governo Temer, depois do golpe [de 2016]. São vários retrocessos do ponto de vista das conquistas dos direitos do povo brasileiro ao longo dos últimos 30 e 40 anos, como é exemplo a reforma trabalhista», afirmou o petista.

Tatto também lembrou e se solidarizou com a greve de fome de seis militantes. Eles protestam pela liberdade de Lula desde o dia 31 de julho.

Já a médica sanitarista Telma Neri, do Fórum Paulista de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, pontuou a marcha como importante estratégia de denúncia da sociedade civil e dos movimentos organizados.

«Estamos aqui hoje para lembrar e chamar a todos para a Marcha Lula Livre. A saúde pública está desmontada. Brasil é campeão em uso de agrotóxicos. Somente o retorno de uma política de saúde pública efetiva vai conseguir barrar isso. Para tanto, precisamos estar juntos», disse.

Cada uma das três marchas que vão caminhar em direção à Brasília por cinco dias deve reunir, segundo o MST, cerca de 2 mil pessoas.

Brasil de Fato


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