Lula da Silva: «El gobierno de Michel Temer es una amenaza creciente a la soberanía nacional»

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Opinião: Para o Brasil voltar a ter futuro – Por Luiz Inácio Lula da Silva

O governo Michel Temer, nascido de um golpe parlamentar, é ameaça crescente à soberania nacional. As forças políticas e econômicas que o sustentam, atreladas a interesses estrangeiros, romperam com a Constituição e a democracia para impor uma agenda que dilapida as riquezas brasileiras, desagrega o Estado e interrompe a integração latino-americana. A descoberta das reservas do pré-sal despertou intensos movimentos geopolíticos, incluindo operações de espionagem e sabotagem, cujo objetivo primordial é disputar o controle dessa imensa fonte de desenvolvimento. Como de hábito em nossa história, parte expressiva de nossas elites se associou a esses interesses espúrios. Colocou-se em funcionamento, então, uma estratégia de desestabilização da ordem constitucional.

Derrotado em quatro eleições presidenciais seguidas, o bloco conservador tinha claro que eram mínimas as chances de seu programa antipatriótico e antipopular ser legitimado pelo voto. Para que a soberania nacional pudesse ser apequenada, antes era preciso apequenar a democracia. Não se tratava somente de derrubar uma presidenta legítima e impor um governo fantoche. Tornava-se indispensável manipular o sistema de justiça para criminalizar o Partido dos Trabalhadores, criando severos obstáculos para sua participação política e até mesmo a interditando, por meio de sentenças injustas e medidas impugnatórias. Para que a nação se ajoelhasse, a democracia tinha que ser marcada para morrer. O que temos hoje é um regime de exceção cada vez mais agressivo.

Minha prisão e a perseguição da qual sou alvo fazem parte desse processo de submissão nacional. Não basta que eu esteja preso por crimes que jamais cometi. Querem também me excluir da disputa eleitoral e calar minha voz, tentando intimidar e silenciar o povo brasileiro enquanto seu patrimônio é espoliado a céu aberto. O governo Temer e seus apoiadores dedicam-se à destruição de conquistas históricas do desenvolvimento de nosso país.

Atacaram o regime de partilha do pré-sal, enfraquecendo a Petrobras e anulando a política de conteúdo nacional que gerava empregos no Brasil, e tratando de conceder a empresas estrangeiras, na bacia das almas, prósperos campos de petróleo e refinarias que constituem nosso passaporte para o futuro. Esse verdadeiro crime de lesa-pátria foi reforçado com a recente aprovação pela Câmara dos Deputados de lei que autoriza a transferência, pela Petrobras a petroleiras privadas, de 70% dos direitos de exploração da estatal em áreas do pré-sal. A venda do controle da Embraer à norte-americana Boeing compõe essa mesma política entreguista, abdicando de uma das áreas mais avançadas de nossa indústria e de um dos pilares de nossa estratégia de defesa, ao renunciar à perspectiva de soberania da produção aeronáutica.

A privatização da Eletrobras é outro grave exemplo da política de destruição nacional. Esquartejada e dilapidada, se levado a cabo o plano do bloco governista liderado pelo PMDB e pelo PSDB, essa histórica empresa será transformada em pasto para a ganância privada, ao mesmo tempo em que o poder público perderá sua mais importante ferramenta de geração e distribuição de energia elétrica. Outros ataques organizados contra o país pelos grupos que tomaram de assalto o governo são a liberação da venda de terras a estrangeiros e o financiamento a multinacionais com créditos de bancos públicos.

Trata-se de desmontar as bases do desenvolvimento nacional, estabelecidas ou resgatadas durante meu governo e o da presidenta Dilma Rousseff. Tudo fazem para reverter as estruturas fundamentais da independência e da soberania, abrindo portas para um neocolonialismo que multiplica a riqueza de poucos daqui e de fora, destinando apenas sofrimento à classe trabalhadora, aos pobres da cidade e do campo, aos homens e mulheres do nosso povo.

Fazem parte dessa aliança antinacional também setores da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Mais cedo ou mais tarde saberemos quais os caminhos que levaram alguns funcionários do estado a participar ativamente da desorganização da indústria petroleira, de infraestrutura e energia nuclear, provocando quebradeira e desemprego em setores tão estratégicos para o país. Sob o pretexto da luta contra a corrupção, dá-se aos ricos um jeito de se safarem com delações premiadas, mantendo suas fortunas, enquanto empresas são estraçalhadas pelo sistema de justiça, liquidando seu capital financeiro tecnológico e humano, abrindo espaço em nossas fronteiras, e além delas, para os conglomerados estrangeiros.

A política externa do golpismo igualmente se dobrou à subserviência. Pôs-se fim à diplomacia que praticávamos, altiva e ativa, tão brilhantemente sintetizada pelo músico e escritor Chico Buarque de Holanda, quando afirmou que o governo petista “não falava fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia”. O Itamaraty, comandado pelos tucanos, passou a funcionar como anexo do Departamento de Estado, a chancelaria norte-americana, abandonando os principais programas e instituições da integração latino-americana, rasgando nossa tradição na defesa do direito dos povos à autodeterminação e ridicularizando o Brasil como ator internacional.

O golpe, na área mundial, só trouxe vergonha e desonra aos brasileiros, submetidos ao vexame de um governo que se comporta como refúgio para ambições de outros países. Esse cenário dramático e perigoso é um dos fatores que me levaram a reapresentar meu nome à Presidência da República. Tenho a obrigação histórica, não importam as condições pessoais nas quais me encontro, de conduzir nosso país ao reencontro com a democracia e a soberania, com o claro compromisso de revogar – por meio de referendo popular – todas as medidas daninhas à nossa independência.

Quero voltar a ser presidente para que o Brasil retome seu protagonismo no cenário mundial e o respeito dos povos de todo o planeta, retornando ao empenho de erguer uma nova ordem internacional que seja democrática e multipolar, alçada sobre o direito à autodeterminação e a paz entre as nações. Combaterei com todas as minhas energias, até o último dos meus dias, nessas eleições que se avizinham e em todas as próximas batalhas, para derrotar os entreguistas que solaparam nossa ordem constitucional e soberana.

(*) Ex-presidente do Brasil.

Correio Braziliense


Lula promete deshacer venta de activos brasileños

El ex presidente Lula da Silva, encarcelado por cargos de aceptar sobornos, dijo en un artículo publicado ayer que si vuelve a ser elegido en octubre buscará un referendo popular para revertir la venta de activos de empresas con presencia estatal como Petrobras y Eletrobras.

Lula también prometió que detendrá un emprendimiento conjunto planeado de 4.750 millones de dólares que entregaría al fabricante estadounidense de aviones Boeing Co una participación controladora en el negocio de aviación comercial de la brasileña Embraer SA. Lula, aún el político más popular de Brasil pese a cumplir una condena por corrupción, será nominado como candidato presidencial el domingo por el Partido de los Trabajadores (PT), pero se prevé que el Supremo Tribunal de Justicia le prohíba postular.

En su artículo de opinión en el diario Correio Braziliense, Lula criticó al presidente Michel Temer por entregar los recursos del país a empresas extranjeras con concesiones que dan acceso a miles de millones de barriles de petróleo. “La venta del control de Embraer a Boeing es parte de esa misma política de entregas, renunciando a uno de los sectores más avanzados de la industria brasileña y uno de los pilares de nuestra estrategia de defensa”, escribió.

La privatización de la Eletrobras, una de las energéticas más grandes de Brasil, es otro ejemplo de la destrucción nacional, dijo Lula.

Última Hora


Mujica, Bachelet y una treintena de legisladores de EE.UU. piden debido proceso para Lula

Casi una treintena de legisladores estadounidenses pidieron ayer que se garantice el debido proceso para el expresidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva y se opusieron a la «intensificación de los ataques contra la democracia y los derechos humanos» en el país.

En una carta dirigida al embajador brasileño en Washington, Sergio Silva do Amaral, los legisladores se sumaron a las voces del expresidente español José Luis Rodríguez Zapatero y el francés François Hollande condenando el proceso judicial por corrupción por el que Lula ya se encuentra en prisión.

«En abril, el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva fue encarcelado a causa de un proceso judicial altamente cuestionable y politizado en el que los derechos al debido proceso fueron aparentemente violados», aseguran los congresistas.

«Los hechos alrededor del caso del presidente Lula nos dan razones para creer que el principal objetivo de su encarcelamiento es evitar que se presente a las próximas elecciones», agregan en la misiva.

De esta forma, los legisladores de EE.UU. exigieron a las autoridades brasileñas que revisen el caso del expresidente de Brasil y los «méritos» de los cargos presentados contra él, «sobre los que aún no se ha presentado ninguna prueba material».

La carta está rubricada, entre otros, por el exaspirante demócrata a la Presidencia de EEUU y senador Bernie Sanders.

Lula, quien gobernó Brasil entre 2003 y 2010, está preso desde la noche del pasado 7 de abril acusado de haber recibido de la constructora OAS un apartamento de tres pisos a cambio de beneficios durante su gestión.

Desde que está entre rejas, Lula ha estado acompañado por un grupo de seguidores que desde el primer día de su reclusión lo acompaña desde el campamento «Lula Libre» y realiza una vigilia permanente de «resistencia» por su líder.

A pesar de su situación jurídica, Lula continúa como favorito para las elecciones del próximo 7 de octubre en Brasil con un 33 % de la intención de voto, frente a un 17 % de su contrincante más cercano, el ultraderechista Raúl Bolsonaro.

El Espectador


Festival Lula Livre reúne no Rio gerações e estilos musicais em defesa da democracia

Está chegando a hora. Neste sábado (28), a partir das 14h, no Rio de Janeiro, nos Arcos da Lapa, região central da cidade, o Festival Lula Livre reunirá artistas e intelectuais latino-americanos em ato cultural e político em defesa da democracia e contra a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os mais de 40 nomes da música brasileira confirmados, estão Chico Buarque, Gilberto Gil, Jards Macalé, Ana Cañas, Beth Carvalho, Chico César, Noca da Portela, Nelson Sargento, Odair José, e Manno Góes, assim como artistas da nova geração, como Filippe Catto, Tomaz Miranda, Cecilia Todd, Marcelo Jeneci, Lyza Milhomem, Marcos Lucenna, Maria Rivero e MC Carol.

O cantor Odair José, remanescente da chamada cultura brega dos anos 1970 e que acabou se tornando cult, voltou a se encontrar com o grande público nas edições da Virada Cultural paulistana e, em janeiro deste ano, participou pela primeira vez de um ato político em mais de 40 anos de carreira. Para o show no Rio, os organizadores afirmam que pedirão para que cante outro clássico do seu repertório, Eu Vou Tirar Você Desse Lugar.

O evento é organizado por um coletivo de artistas e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, como parte de uma série de atividades que culminarão com o registro da candidatura de Lula à Presidência da República, em 15 de agosto. Diverso, o festival começa à tarde e se estenderá noite adentro, com oficinas, DJs e apresentações teatrais, culminando com um grande ato-show.

A ideia do evento nasceu a partir de um manifesto elaborado por Chico Buarque, Martinho da Vila, Ziraldo, Leonardo Boff e mais de 800 signatários. O documento afirma que “todo o julgamento do presidente Lula foi um erro jurídico sem limites”. Para os signatários, não é possível aceitar que Lula, líder em todas as pesquisas, não participe das eleições. «Inadmissível é mantê-lo preso num flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça.”

Rede Brasil Atual

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