Brasil: la Policía confirma el asesinato de estudiante y activista LGTBI en Río de Janeiro

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Policía confirma asesinato de activista LGTBI en Río de Janeiro

Representantes de la Policía Civil del estado brasileño de Río de Janeiro (sureste) informó este lunes sobre el asesinato del estudiante y activista de la comunidad de lesbianas, gays, bisexuales, transexuales e intersexuales (LGBTI), Matheus Passareli, quien estaba desaparecido desde el pasado 29 de abril.

Passareli, de 21 años de edad, perdió la vida a manos de un grupo criminal tras ingresar a una favela al norte de la ciudad, según determinó la Delegación de Descubrimiento de Paraderos (DDPA) de la Policía.

Las autoridades desconocen las razones del hecho que, según la investigación, sucedió aproximadamente a las 02H30 (hora local) del domingo y creen que el cuerpo fue quemado.

Asimismo, indicaron que la estudiante salió de una fiesta en un barrio en la zona norte de la ciudad y se despidió de sus amigos, vista por última vez alrededor de las 19H30 (hora local), pero no llegó a su casa. Desde entonces, sus familiares se movilizaron para encontrarla.

«La angustia se transformó en el trabajo compartido de encontrar a la persona que más amé y acompañé durante la vida», expresó su hermano Gabriel Passareli en las redes sociales y agregó que las últimas informaciones sobre el hecho «demuestran diferentes caras de la crueldad a la que estamos sometidos».

El joven estudiaba artes audiovisuales de la Universidad del Estado de Rio de Janeiro (UERJ) y se autodefinía como no binario al no sentirse identificado con el sexo masculino ni femenino.

TeleSur


Polícia confirma assassinato de Matheusa em favela no Rio

A estudante de Artes Visuais Matheusa Passareli, de 21 anos, que se definia como não-binária, ou seja, nem homem nem mulher, foi assassinado e seu corpo aparentemente queimado em uma favela do Rio de Janeiro, confirmou a Polícia Civil nesta segunda-feira 7.

Batizada como Matheus Passareli, ela era uma figura conhecida do círculo cultural carioca, fazia pesquisas artísticas sobre o corpo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e adotava uma estética andrógena.

A vítima, que preferia ser chamada de Matheusa, ou Theusa, desapareceu na madrugada de 29 de abril após sair de uma festa no Encantado, na Zona Norte da cidade, depois de dizer aos amigos que não estava passando bem.

Desde então, familiares e amigos se mobilizaram em sua busca e criaram o grupo no Facebook «Cadê Matheus Passareli – Theusa?».

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) confirmou «a morte de Matheus Passareli», informou nesta segunda 7 a Polícia Civil do Rio de Janeiro em uma breve nota.

«A vítima foi morta na madrugada de domingo (29/04) ao sair de uma festa no Morro do 18. As investigações prosseguem com diversas diligências objetivando a identificação da autoria do crime», acrescentou a Polícia.

O irmão de Theusa, o também não-binário Gabriel Passareli, escreveu em uma mensagem no Facebook que a DDPA notificou a família de que o corpo «foi queimado e poucas são as possibilidades de encontrarmos alguma materialidade».

«Sinto tanto que escolho ser leve mesmo diante de tanta crueldade à qual minha irmã e nós (…) fomos expostos», escreveu Gabe Passareli, que disse que família voltou para sua cidade natal, Rio Bonito, no interior do estado, para passar o luto.

O homicídio de Theusa acontece menos de dois meses depois do assassinato da vereadora do PSOL-RJ Marielle Franco.

Seu colega de partido, o deputado federal Jean Wyllys, havia pedido ajuda publicamente para encontrar Matheusa.

O brutal crime contra a jovem causou comoção nas redes sociais e trouxe à tona a realidade pouco conhecida do coletivo não-binário, ou «genderqueer», que tem sua bandeira levantada pela cantora Liniker, que postou imagens de luto por Matheusa.

O Brasil é um dos países com maior número de homicídios de homossexuais do mundo, onde apenas em 2016 foram assassinadas 343 pessoas em crimes relacionados à LGBTfobia, segundo cifras da ONG Grupo Gay da Bahia.

Carta Capital


Amigos homenageiam estudante da Uerj morta em comunidade do Rio

Uma cerimônia em homenagem a estudante de Artes Visuais da Uerj, Matheus Passareli, de 21 anos, — executada ao entrar em uma comunidade no bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio — foi marcada para quarta-feira, às 18h, na Capela Ecumênica da universidade, no Campus do Maracanã, na Zona Norte do Rio. Nas redes sociais, amigos e familiares escreveram mensagens de carinho e tributo a Matheusa, como era tratada.

O irmão de Matheusa, Gabriel Passareli escreveu um texto, no domingo, dizendo que a aluna da Uerj havia sido executada ao entrar em uma comunidade no bairro de Piedade, na Zona Norte. A jovem era não-binária — entendia que sua identidade de gênero não é nem de homem nem de mulher, e, sim, de uma pessoa. Em uma postagem no Facebook, Gabriel Passareli disse que, segundo informações recebidas da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o corpo teria sido queimado. O motivo do crime ainda é investigado.

A DDPA confirmou a morte de Matheus Passareli. Segundo a Polícia Civil, Matheusa foi morta na madrugada do domingo ao sair de uma festa no Morro do Dezoito, na Zona Norte.

Os organizadores da homenagem na Uerj pedem que os amigos usem roupas coloridades para o culto: «Não é luto, é luta».

Sinto muito. Há uma semana atrás recebemos a noticia que minha irmã tinha desaparecido ao tentar sair de uma festa no…

Publicado por Passareli Simões Sabine en Domingo, 6 de mayo de 2018

Matheusa sumiu na madrugada de 29 de abril, ao sair do aniversário de uma amiga na Rua Cruz e Souza, no Encantado, na Zona Norte, por volta das 2h30m. De acordo com Gabriel, a estudante se despediu dos amigos dizendo que não se sentia bem.

A UERJ divulgou uma nota em que lamenta «o desfecho do desaparecimento» com a morte da estudante de Artes Visuais. Segundo a instituição, «esta é mais uma manifestação da realidade de violência e desigualdade que se alimenta das distorções socioeconômicas do país e que, em nosso estado, atinge proporções cada vez mais alarmantes».

«Mais uma mente, mais um coração jovem perdido! Mais uma ruptura dolorosa que impõe a reflexão sobre o que a sociedade precisa fazer pelos seus jovens! Já! O amor de Matheus pela universidade pública, como espaço para realização do sonho profissional e de afirmação dos talentos das mais diferentes personalidades e perspectivas, foi declarado e vivido, sempre apaixonadamente, quando circulava pelos corredores da UERJ.

Não podemos aceitar a violência, a degradação das pessoas e de seus direitos. Tratar os jovens com respeito e dignidade, dando a todos a oportunidade de frequentarem as escolas e universidades, de viverem com saúde e segurança a plenitude de seu potencial, é mais do que uma agenda. É uma escolha crítica de qual é o futuro que queremos para nós mesmos».

HOMENAGENS A «THEUSINHA»

Nas redes sociais, amigos e pessoas que acompanhavam o trabalho da estudante prestaram homenagens.

Um internauta escreveu que já havia recebido a informação a alguns dias. Ele escreveu um poema em homenagem a Matheusa.

«Hoje veio a público a notícia da morte da Theusinha, eu sinceramente já havia tido notícias a alguns dias (sic), mas parece que a dor veio de novo, aperto no coração, sensação de impotência e tristeza profunda! Não conhecia muito ela mas tinha um carinho imenso. Trocávamos gostoso online. Gente precisamos trazer pra prática fortalecimento e responsabilidade afetiva! Quando soube da morte dela escrevi um poema», escreveu.

O Globo

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