Camioneros de Brasil bloquean rutas en 17 Estados de Brasil por aumento de combustibles

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Camioneros bloquean carreteras por alza en los combustibles

Las protestas fueron anunciadas desde el pasado viernes por la ABCAM y por CNTA por el incremento constante del diesel que, según las agremiaciones, ha vuelto «insostenible» la situación para los camioneros.

Varios grupos de camioneros se concentraron hoy en vías de por lo menos 12 estados de Brasil como protesta por las continuas alzas de la estatal Petrobras en los precios de los combustibles, informaron fuentes oficiales.

Según EFE, los más de 120 sindicatos que reúne la Confederación Nacional de los Transportistas Autónomos (CNTA) y la Asociación Brasileña de Camioneros (ABCAM) aprobaron un paro indefinido que oficialmente comenzó este lunes en protesta por el reajuste en el precio del diesel y por la cobranza de peajes cuando los automotores viajan vacíos.

Según la Policía de Carreteras, desde tempranas horas de este lunes camioneros se concentraron en diferentes vías del país, algunas de las cuales se encuentran bloqueadas y en otras los camiones ocupan una o más franjas de las carreteras, con lo que se han producido embotellamientos.

Telam


Caminhoneiros protestam contra reajuste no diesel em 17 estados

Pelo menos 17 estados registram paralisação de caminhoneiros nesta segunda-feira (21) contra a política de reajuste do diesel.

A greve é organizada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros). Já foram registradas manifestações em 17 estados —São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Ceará, Paraíba, Tocantins, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Pará e Bahia.

Os caminhoneiros têm bloqueado rodovias pelo país. A Abcam representa caminhoneiros autônomos, ou seja, a paralisação não envolve veículos fretados.

Na cidade de São Paulo, pontos de manifestação afetaram o trânsito na manhã desta segunda-feira. Os caminhoneiros bloquearam pistas da marginal Pinheiros, na zona sul, e da Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito ficou acima da média. O protesto ganhou força por volta das 7h40, quando quatro caminhões, um em cada faixa, passaram a andar lentamente pela marginal Pinheiros segurando o fluxo de veículos na pista expressa, no sentido Castelo Branco.

A CET afirma que não houve nenhum tumulto além da lentidão na marginal. Por volta das 9h30, apenas um caminhão segurava o tr’nsito em uma faixa da direita na avenida Escola Politécnica, também na zona oeste.

A fila de veículos no local passava de 1,5 km. Os manifestantes não repassaram o percurso do protesto à CET, segundo o órgão.

A CCR NovaDutra conseguiu, na sexta-feira passada (18), liminar proibindo a interdição total da rodovia Dutra sob multa de R$ 300 mil por dia. No Paraná, também foi concedida uma liminar proibindo bloqueios em rodovias sob pena de R$ 100 mil por hora de interdição.

Segundo a concessionária da Dutra, porém, quatro trechos foram interditados esta manhã, em pontos próximos de Guarulhos, Lorena, Pindamonhangaba e Jacareí.

No Rio de Janeiro, foram registrados 11 pontos de manifestações. Manifestantes se reuniram no acostamento das rodovias BR-101, BR-493 e BR-040, sem realizar bloqueios.

«Sou contrário a bloquear estradas, queimar pneu em rodovia, agressão física», diz José da Fonseca Lopes, presidente da Abcam. «Nosso mote principal é tirar esses impostos perversos embutidos no preço do combustível, senão o país vai ficar sem abastecimento, sem alimentação.»

Rodovias
A rodovia Anchieta (SP-150) e a rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248) também tinham pontos de interdição pela manhã, segundo as concessionárias.

No Sul do país, houve protestos nos três estados. No Paraná, uma das pistas da BR-116 foi interditada no km 67, na região metropolitana de Curitiba. Outro ponto de bloqueio foi em Paranaguá, no km 6 da BR-277.

Em Santa Catarina, um grupo de motoristas ateou fogo em pneus sob um viaduto da BR-101 em Imbituba, no litoral sul. O tr’nsito não chegou a ficar paralisado.

No Rio Grande do Sul, os atos começaram ainda de madrugada em Gravataí, Taquara e Três Cachoeiras.

Fernão Dias
A rodovia Fernão Dias foi um dos pontos interditados pelos manifestantes em Minas Gerais.

A pista no sentido São Paulo, no km 513, foi fechada. Ainda tiveram atos em locais do interior, como Barbacena e Ipatinga.

Em Goi’nia, cinco rodovias foram interditadas nas cidades de Itumbiara, Catalão, Luzi’nia, Formosa e Caiapônia.

Interior de São Paulo
No interior de São Paulo, caminhoneiros fizeram protesto das 7h30 às 9h30, na rodovia Zeferino Vaz (SP-332), em frente à Replan, uma das principais refinarias do país, em Paulínia.

Já em Bauru, o ato ocorreu às margens da rodovia Marechal Rondon, com ao menos 30 caminhões estacionados ao lado de cartazes e faixas de protesto contra a alta do diesel.

Pneus foram queimados por manifestantes em Votorantim, às margens da rodovia Raimundo Antonio Soares.

Caminhoneiros bloquearam, no final da manhã, os dois sentidos da rodovia Anhanguera, em Cravinhos, na região de Ribeirão Preto. Pneus foram queimados na pista sentido capital.

Nordeste
No nordeste, foram registrados protestos no Ceará, na Bahia e na Paraíba.

Ao menos quatro cidades baianas tiveram manifestação, entre elas Vitória da Conquista e Jequié, onde dois trechos da BR-116 foram interditados em ambos os sentidos.

Um deles fica no km 814, em Vitória da Conquista e o outro, no km 672, em Jequié. Manifestantes queimaram pneus e o ato gerou congestionamento.

No Ceará, um trecho da BR-020 foi bloqueado por caminhoneiros entre Fortaleza e Maracanaú. Houve congestionamento de cinco quilômetros, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

Já na Paraíba, manifestantes interditaram trecho da BR-104 em Campina Grande.

Reivindicações
Os caminhoneiros reivindicam do governo federal mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras.

Eles querem a redução da carga tributária sobre operações com óleo diesel a zero, referentes às alíquotas da contribuição de PIS/Pasep e Cofins. Pedem também isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

Os caminhoneiros argumentam que os aumentos do preço do diesel nas refinarias e os impostos afetam o transporte de cargas.

A categoria abrange cerca de 600 mil profissionais. Ao todo, há no país 1 milhão de caminhoneiros autônomos.

Reajustes
A Petrobras anunciou que, nesta terça-feira (22), a gasolina subirá 0,9%, para R$ 2,0687 o litro, e o diesel, 0,97%. Em maio, o preço da gasolina subiu 16,07%.

Já o óleo diesel, que acumula alta de 12,3% no mês, deve passar a custar R$ 2,3716 ao litro com este último aumento. A flutuação se deve à alta do dólar, que influencia as cotações internacionais de petróleo.

Com a alta das cotações internacionais do petróleo, os preços da gasolina e do diesel nas refinarias da Petrobras estão atingindo o maior valor desde que os reajustes passaram a ser diários, em julho de 2017.

Folha de S. Paulo


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