Brasil: asesinan a estudiante universitaria y activista LGTBI en Río de Janeiro

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Contexto Nodal
La Policía Civil de Río de Janeiro concluyó que la estudiante Matheus Passarelli fue asesinada en una de las favelas del norte de la ciudad. Matehusa, cómo la apodaban, se encontraba desaparecida desde el domingo 29 de abril. Tras una semana de investigación la delegación policial de búsqueda de personas determinó que su cuerpo debió haber sido quemado.
Matehusa era estudiante de artes audiovisuales de la Universidad del Estado de Rio de Janeiro (UERJ) y activista del colectivo LGTBI, se autodefinía como no-binario ya que no se identificaba con el sexo masculino ni femenino. Matheusa era la primera persona en su familia en llegar a la universidad, y en una entrevista sobre la crisis de la UERJ dijo: “yo siempre quise estudiar en la universidad pública, desde la infancia”.
Los familiares de Matehusa realizaron una campaña de búsqueda en la favela y en las redes sociales, donde crearon el grupo de Facebook «Cadê Matheus Passareli – Theusa?» (¿Dónde está Matheus Passareli – Theusa?). Pero la búsqueda por la zona de la desaparición tuvo que ser detenida para no “poner más vidas en peligro”.
“Tuvimos que detener la búsqueda y concentrar las energías en las investigaciones de la institución. Según información, mi hermana fue ejecutada al entrar en una de las comunidades del barrio”, expresó su hermano Gabriel Passareli en un dolido mensaje por Facebook. Matheusa fue vista por última vez a la salida de una fiesta en el morro 18 de la zona norte de Río de Janeiro.
El asesinato se da en un contexto de militarización de la ciudad por orden del presidente Temer y a pocos meses de la muerte de la concejala Marielle Franco. Desde los dos meses que lleva la llegada de la fuerza de seguridad, según los datos del observatorio de la intervención, se duplicaron los tiroteos, las balas perdidas y las muertes.

Estudante da Uerj desaparecida foi assassinada em favela da Zona Norte do Rio, conclui polícia

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil do Rio concluiu que a estudante Matheus Passarelli, que estava desaparecida desde 29 de abril, foi assassinada.

De acordo com as investigações, a aluna da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), de 21 anos, que tinha identidade de gênero não-binária, foi morta por integrantes de uma facção criminosa ao entrar no Morro do 18, em Água Santa, na Zona Norte do Rio. O motivo do crime ainda é investigado.

De acordo com informações obtidas pelo G1 e confirmadas a familiares de Matheus, os policiais consideram que há «fortes indícios» de que o corpo do estudante tenha sido queimado.

Neste domingo (6), o irmão dela escreveu um desabafo em uma rede social sobre a morte da estudante de artes visuais. No texto, ele diz que Matheusa, como a chamava, foi «executada».

«A angústia se transformou no trabalho compartilhado de encontrar a pessoa que mais amei e acompanhei durante a vida. Infelizmente as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública que está desenvolvendo o processo de investigação demonstram diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos», escreveu.

A jovem estava desaparecida desde a madrugada de domingo (29), após deixar uma festa de aniversário na Rua Cruz e Souza, no bairro do Encantado, Zona Norte carioca.

A última informação chegada ao Disque Denúncia dizia que Matheusa havia sido vista por volta das 19h30 daquele domingo, em Piedade, também na Zona Norte do Rio. A jovem vestia, na ocasião, bermuda, camiseta e chinelo.

Após cerca de quatro dias após o desaparecimento, o Portal dos Desaparecidos divulgou um cartaz pedindo informações a respeito da localização da estudante.

Os investigadores dizem que a morte de Matheus aconteceu por volta das 2h30 de domingo.

G1


Estudante da Uerj desaparecido foi executado, diz polícia

O estudante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Matheus Passarelli Simões Vieira, de 21 anos, desaparecido desde o dia 29 de abril, foi assassinado numa favela da zona norte do Rio de Janeiro, confirmou a Polícia Civil nesta segunda-feira, 7. O corpo dele teria sido queimado por traficantes de drogas. O rapaz havia saído sozinho de uma festa no bairro do Encantado, na zona norte, e não deu mais notícias.

Segundo Gabriel Passarelli Simões Vieira, irmão de Matheus, o rapaz foi procurado essa semana por amigos, que espalharam cartazes na região do desaparecimento e criaram uma campanha nas redes sociais em busca de informações, com a hashtag “Cadê Matheus Passarelli”. Ele era aluno de Artes Visuais da Uerj e também estudava na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Identificava-se tanto com o gênero masculino quanto com o feminino, e era ora chamado de Matheus, ora de Matheusa. Existe a suspeita de que o crime foi motivado por LGBTfobia.

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros, que investiga o caso, informou que Matheus foi assassinado na própria madrugada do dia 29, ao sair de uma festa no Morro do 18. O autor do crime ainda não foi identificado, tampouco a motivação. O corpo foi localizado. Mas a polícia não informou se estava carbonizado. “Não há outras informações passíveis de divulgação sem que as diligências sejam prejudicadas”, divulgou a polícia.

A família é de Rio Bonito, no interior do Rio. Matheus e Gabriel se mudaram para a capital para estudar. Gabriel cursa Terapia Ocupacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Pró-Reitoria de Políticas Estudantis da UFRJ havia manifestado sua atenção ao caso na semana passada, afirmando, numa nota oficial, que “por sua identidade LGBTQ, população comumente exposta a violências, o desaparecimento de Matheusa, como também é conhecida(o), inspira-nos reforçada preocupação.”

O universitário se identificava tanto com o gênero masculino quanto com o feminino, e era ora chamado de Matheus, ora de Matheusa. Foi levantada a suspeita de que o assassinato tenha sido motivado por homofobia.

O irmão escreveu um texto emocionado no Facebook, publicado no domingo, 6, em que diz que Matheus foi a pessoa que mais amou em sua vida. “Sobre seu corpo, também segundo informações colhidas pela DDPA, foi queimado, e poucas são as possibilidades de encontrarmos alguma materialidade, além das milhares que a Matheusa deixou em vida, e que muito servirão para que possamos ressignificar a realidade brutal que estamos vivendo”, diz o texto, que menciona a produção artística do estudante.

“Infelizmente, as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública que está desenvolvendo o processo de investigação demonstram diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos”, lamentou. “E, ‘se tiver que existir uma dicotomia entre o amor e ódio, eu escolho o amor’, nesse momento, continuo escolhendo o amor, pois sei que como essa frase, minha irmã escreve isso nos corpos de todos que já foram e ainda serão atravessas pela existência da MATHEUSA”.

Estradão


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