Brasil: Temer nombra como ministro de Minas a un allegado investigado por corrupción

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Temer nombra como ministro de Minas a un allegado investigado por corrupción

El presidente brasileño, Michel Temer, nombró como su nuevo ministro de Minas y Energía a Wellington Moreira Franco, uno de sus principales colaboradores, que actualmente ejerce la secretaría general de la Presidencia y que es investigado por corrupción, informaron hoy fuentes oficiales.

El nombramiento de Moreira Franco forma parte de la reforma al Gabinete que Temer tuvo que poner en marcha a las prisas para sustituir a los cerca de 15 ministros que renunciaron a sus cargos en las últimas semanas para no inhabilitarse para las elecciones presidenciales, regionales y legislativas de octubre próximo.

Moreira Franco, un allegado y antiguo aliado de Temer en el partido Movimiento Democrático Brasileño (MDB), sustituirá en el cargo a Fernando Coelho Filho, que renunció al cargo el viernes para buscar su reelección como diputado federal por el estado de Pernambuco.

El nombramiento permite al aliado, que también ejerce como secretario ejecutivo del Programa de Asociaciones con el Sector Privado e Inversiones, mantener el fuero privilegiado, por lo que sólo puede ser procesado por la Supremo Tribunal Federal (STF), la máxima corte del país y en la que los trámites son más lentos.

Además de haber sido acusado penalmente por la Fiscalía por el crimen de asociación para delinquir junto con otros dirigentes del MDB en un caso por corrupción, Moreira Franco fue citado como beneficiario de corruptelas por ejecutivos de la constructora Odebrecht y del gigante cárnico JBS en sus testimonios a la Justicia.

El nuevo titular de Minas, que fue ministro de Aviación Civil en el Gobierno de la presidenta Dilma Rousseff, es un antiguo líder político que ya ha sido gobernador de Río de Janeiro, alcalde de Niteroi y diputado federal por varios mandatos.

Como nuevo titular del Ministerio de Minas y Energía y coordinador de los programas de privatización y concesión del Gobierno, Moreira Franco tiene como prioridad en los próximos meses la privatización del gigante eléctrico Eletrobras, el mayor grupo energético de América Latina.

Tan sólo el viernes, Temer perdió ocho ministros, que renunciaron para postularse a algún cargo en las elecciones de octubre.

Los dimisionarios fueron los titulares de Hacienda, Henrique Meirelles; Educación, José Mendonça Filho; Minas y Energía, Fernando Bezerra Coelho Filho; Desarrollo Social, Osmar Terra; Deportes, Leonardo Picciani; Medio Ambiente, José Sarney Filho; Planificación, Dyogo Oliveira; y Turismo, Marx Beltrão.

En todos los casos, las renuncias se deben a normas electorales que obligan a todo funcionario público que piense aspirar a un cargo electivo a renunciar seis meses antes de los comicios, que serán el próximo 7 de octubre.

La mayoría de los ministros salientes planean postularse a escaños en la Cámara de Diputados o el Senado y se unen a otros siete antiguos miembros del gabinete de Temer que han dimitido en los últimos meses por las mismas normas.

La semana pasada Temer ya había juramentado a los nuevos ministros de Salud, Gilberto Occhi, y de Transportes, Valter Casimiro Silveira, que sustituyeron a los diputados Ricardo Barros y Mauricio Quintella, respectivamente.

GestiónPe


Temer decide transferir Moreira Franco para Ministério de Minas e Energia

O presidente Michel Temer decidiu neste domingo (8) transferir o ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para o comando do Ministério de Minas e Energia.

Conforme a Folha apurou, a decisão foi tomada com o intuito principal de manter o foro privilegiado de Moreira. A pasta da Secretaria-Geral, criada para abrigar o emedebista, é questionada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

A procuradora alega que há inconstitucionalidade na norma que instituiu o ministério. A pasta foi criada por meio de uma medida provisória (MP). Em junho de 2017, Temer revogou a proposta e editou uma nova MP que recriava o mesmo ministério, o que não seria permitido, de acordo com a sustentação de Dodge.

A transferência para o Ministério de Minas e Energia, que garante o foro privilegiado, foi costurada pelo próprio Moreira.

A saída dele do quarto andar do Palácio do Planalto não significa o fim da Secretaria-Geral da Presidência da República.

À época, o então secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) havia sido citado 34 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que o acusou de ter recebido dinheiro para defender os interesses da empreiteira.

O emedebista, apelidado de «angorá» na delação premiada, nega irregularidades.

Em setembro de 2017, Moreira foi denunciado por organização criminosa pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao lado do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e do próprio Michel Temer.

Depois de uma ampla articulação política, com direito a liberação de cargos e emendas, a Câmara engavetou a denúncia.

A Folha apurou que a Secretaria-Geral não será extinta.

A pasta foi inflada no final da semana passada, quando Temer publicou decreto que transfere a Secretaria Especial da Aquicultura e da —Pesca da Presidência para a Secretaria-Geral.

CONTINUIDADE

Entre as tarefas que vai assumir no Ministério de Minas e Energia, Moreira ficará responsável pela negociação com o Congresso da venda da Eletrobras. O negócio, tratado como prioridade pelo Palácio do Planalto, pode trazer ao menos R$ 12 bilhões para a União.

O ministro se diz preparado para assumir a nova função e afirma que sempre teve uma convivência estreita com a equipe técnica de Minas e Energia.

«As concessões da área foram feitas dentro do PPI, que eu coordenava. Todos os encaminhamentos administrativos, os leilões, as regras, tudo isso foi debatido por nós com a equipe técnica do ministério. Será uma continuidade», afirmou o ministro.

Apesar da notícia de que Moreira assumiria a pasta correr desde a semana passada, auxiliares de Temer disseram que a confirmação demorou a vir porque o presidente apresentou alguma resistência a ter longe de si um de seus principais conselheiros.

A definição do nome de Moreira é uma derrota para o ex-titular da pasta, Fernando Coelho Filho, que pretendia emplacar seu secretário-executivo, Paulo Pedrosa. No entanto, a saída de Coelho Filho do MDB para o DEM, poucos dias depois de ele ter se filiado ao partido do presidente, o enfraqueceu no governo.

Folha

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