Lula en el Foro Social Mundial en Brasil: “Todos somos un poco Marielle”
Todos somos hoy un poco Marielle, dice Lula en Foro Social Mundial
El ex presidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva afirmó hoy que »todos somos um poco Marielle», en alusión a la concejala y activista por los derechos humanos Marielle Franco, asesinada ayer en Río de Janeiro.
Hay que ser muy ignorante y tener demonios dentro del cuerpo para creer que matando a una mujer de 38 años van a aniquilar sus ideas libertarias y de defensa de los negros, los pobres y los excluidos; por el contrario, éstas son hoy más fuertes, subrayó Lula en el acto de defensa de las democracias organizado por el Foro Social Mundial (FSM).
El fundador el Partido de los Trabajadores (PT) confirmó que el lunes próximo iniciará en Río Grande del Sur la cuarta etapa de la caravana con la cual recorre el país y enseguida denunció la reciente invasión de la casa del ex gobernador de Bahía y ex ministro Jacques Wagner, a quien dijo haberle sugerido que ‘no baje la cabeza’.
Yo decidí defender mi honra contra todos aquellos que mienten sobre mi todos los días, acotó Lula e insistió en que su intención era disputar las elecciones de octubre próximo contra un candidato de la red Globo para poder derrotarlo.
No se preocupen por lo que me está pasando a mí, manifestó en referencia a la persecución judicial con fines políticos de que es objeto desde hace más de tres años y alentó a preocuparse por lo que le está sucediendo al pueblo brasileño después del golpe parlamentario-judicial contra la presidenta constitucional Dilma Rousseff.
Deploró también el incremento de la violencia contra la juventud negra y criticó la intervencion militar de la seguridad publica en Río de Janeiro ordenada por el titular del Ejecutivo Michel Temer. En Río no hay que poner el Ejército en las calles, sino hacer funcionar al Estado, dar salud educación, empleos y salarios, recalcó.
Lula dijo saber bien lo que pretenden hacer con él: quieren apresarme para apagar mi voz, pero hablaré con la voz de ustedes; quieren encerrarme para que no pueda andar libremente por el país, pero yo caminaré con ustedes, afirmó antes de reiterar que ‘mi tranquilidad es la traquilidad de la inocencia’.
Entre los invitados al acto en defensa de las democracias estuvo también el ex presidente de Honduras Manuel Zelaya, quien señaló que América Latina vive momentos difíciles y convocó a conocer e identificar quiénes son los enemigos del pueblo.
‘En Brasil hay un ser humano que marchó con el pueblo, vive con el pueblo y es amigo del pueblo: Lula’, expresó Zelaya y recordó que había conocido al ex presidente brasileño defendiendo los intereses latinoamericanos y caribeños junto a otros líderes como Hugo Chávez y Fidel Castro.
El ex mandatario hondureño envió también un mensaje a las organizacions sociales, señalándoles que los derechos del pueblo no se defienden en las cúpulas ni en las reuniones de las élites, sino en las calles, que es donde tenemos garantía de la victoria.
Com homenagens a Marielle Franco e motorista, ato no Fórum Social Mundial reúne centenas de pessoas em Salvador
Centenas de pessoas se reuniram na noite desta quinta-feira (15), para acompanhar o «Ato em defesa da democracia», que integra a programação da 13ª edição do Fórum Social Mundial, em Salvador. O evento, que teve participação do ex-presidente Lula, além de lideranças de partidos políticos e centrais sindicais, ocorreu no estádio de Pituaçu.
Durante o ato, organizado pela CUT, CTB e outros movimentos sociais de esquerda, os discursos de convidados nacionais e internacionais, de países como Honduras, Itália e Irã, se voltaram para a situação política do Brasil.
Também houve homenagens à vereadora Marielle Franco (PSOL) e ao motorista dela, Anderson Gomes, assassinados, na quarta-feira (14), na Zona Norte do Rio de Janeiro, e também pedidos de justiça pelo crime. Durante a manhã desta quinta, participantes do Fórum fizeram outro ato durante a programação do evento para cobrar respostas pelo duplo assasinato no Rio.
Criado em 2001 com a proposta de reunir movimentos sociais de todo o mundo, o Fórum Social Mundial ocorre na capital baiana desde a terça-feira e segue até o sábado (17), em vários espaços da cidade.
O «Ato em defesa da democracia» foi iniciado com uma apresentação do grupo afro Ilê Ayê. Os portões foram abertos uma hora antes do horário previsto para o início do evento, marcado para as 17h. Os discursos no palco, no entanto, só começaram pouco antes das 19h.
«Avançamos muito na democracia no nosso continente e essa é a razão por conta do golpes que sofremos. Não foi pouca coisa o que aconteceu no Brasil, na Argentina e na Bolívia. Aqui, me elegeram mesmo sendo metalúrgico, elegeram Dilma como a primeira mulher presidente. Então a democracia andou, mas é preciso retoma-lá porque está ameaçada», disse Lula.
O ex-presidente já participou de edições anteriores do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em 2002 e 2003, enquanto era presidente. E também em 2011, no Senegal.
Além do ex-presidente, estiveram presentes o governador da Bahia, Rui Costa, as senadoras Gleisi Hoffman e Lidice da Mata, entre outros políticos. Outros convidados que eram esperados não compareceram, como Dilma Rousseff, José Mujica (Uruguai), Cristina Kirchner (Argentina) e Fernando Lugo (Paraguai).
«Quero saudar a todos que vieram a Bahia construir esse fórum, de afirmação dos direitos humanos, de afirmação da democracia, de afirmação do povo brasileiro e dos povos dormindo inteiro. Lutar pela democracia significa acabar com herança escravocrata que persiste no Brasil e no mundo inteiro e também pelos direitos das mulheres e grupos minoritários», disse Rui Costa.
O público que acompanhou o ato começou a chegar ao estádio bem antes do início do evento. As pessoas levaram Cartazes e faixas com frases que pediam a anulação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Diretas Já e a não prisão do ex-presidente Lula, para que ele possa participar das eleições desse ano.
As amigas Jovina Marchi, que é da cidade de Barra do Choça, na Bahia, e Ana Cristina, do Rio de Janeiro, não se viam há oito meses e aproveitaram a realização do fórum para se encontrar novamente.
«Estamos aqui desde o dia 11, acompanhando todos os eventos do fórum. Também aproveitamos pra nos encontrar. Com relação ao evento, As discussões são muito apropriadas, sobre assuntos relevantes como democracia, sobretudo em ano de eleição como esse», destacou Jovina.
Os estudantes de jornalismo Flávia Santos, Ana Valéria, Beatriz Cerqueira e Hugo Alves, além do professor Márcio Santana, saíram de Juazeiro, no norte da Bahia, para também participar do evento.
«A programação do fórum desse ano está muito legal, com temas interessantes, num ano importante como esse. É preciso nós, jovens, estarmos antenados sobre tudo que acontece no nosso país e discutir e colocar em prática os nosso ideiais. A importância do fórum se reside nesses pontos», destacou Flávia.
Outro grupo de amigos saiu da cidade de Mossoró (RN). «A gente sempre acompanha eventos assim, que trazem discussões interessantes. A gente também não conhecia Salvador e, então, resolvemos vir. Vamos ficar até o final do evento. Tenho certeza que vamos voltar com uma bagagem de conhecimento enorme», disse Luciana Lemos, ao lado das amigas com quem viajou pra capital baiana.