Otra renuncia en Brasil: Temer pierde el tercer ministro en un mes

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En carrera preparatoria para las elecciones generales de octubre próximo, el gabinete del presidente Michel Temer sufrió ayer la tercera baja en un mes, con la renuncia del ministro de Industria, Comercio Exterior y Servicios, Marcos Pereira, que piensa competir para una banca en la Cámara de Diputados.

Antes de Pereira, del Partido Republicano Brasileño (PRB), en las últimas semanas ya habían dejado sus puestos el secretario de Gobierno, Antonio Imbassahy (Partido de la Social Democracia Brasileña, PSDB), y el ministro de Trabajo, Ronaldo Nogueira (Partido Laborista Brasileño, PTB).

Los tres buscarán lanzar sus candidaturas para el Congreso en octubre. Aunque según la legislación brasileña tendrían tiempo hasta abril para desligarse del gobierno, prefirieron hacerlo lo más temprano posible para despegarse de la imagen impopular de Temer, que goza de apenas un 3% de aprobación en las encuestas.

Estas salidas prenuncian ya una reforma en el gabinete, que el presidente pretende que se mantenga firme hasta el 31 de diciembre, cuando termina su mandato. A los nuevos ministros les ha pedido que asuman ese compromiso.

Imbassahy fue reemplazado por el diputado Carlos Marun, miembro del Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), del propio Temer. Y ayer el Palacio del Planalto anunció que, después de varias idas y venidas, la joven diputada Cristiane Brasil, del PTB, asumirá la cartera de Trabajo. Todavía no fue indicado quién sucederá a Pereira, cuyo cargo es de gran importancia en la relación bilateral con la Argentina.

La salida de Pereira llegó un día después de que el ministro reveló que en 2017 Brasil había logrado su mayor superávit comercial desde 1989, con 67.000 millones de dólares a favor en su balanza comercial.

Un gran peso en el aumento de las exportaciones tuvieron las ventas a China y a la Argentina. El futuro ministro de Industria, Comercio Exterior y Servicios supervisará las tratativas finales del largamente negociado acuerdo de libre comercio entre el Mercosur (Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay) y la Unión Europea, que se esperaba firmar en diciembre de 2017, pero quedó para este año, si es que no hay sorpresas que lo vuelvan a postergar.

La Nación


Governo Temer abre flanco com nova ministra do Traballho

Com a tradicional dose de polêmica que toda decisão do presidente Michel Temer deve ter, o governo bateu o martelo a respeito da nova ministra do Trabalho. A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), uma das poucas mulheres que agora habitam a Esplanada, será a substituta na pasta do deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS), que pediu demissão no último dia 27 para se dedicar à campanha eleitoral de 2018.

A confirmação será publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial. “Para uma mulher política, para quem as dificuldades são maiores, é um cargo de grandes prestígio. Sinto-me empoderada”, disse Cristiane ao jornal O Globo.

Seria uma bola cheia para o governo ter uma mulher com discurso forte dentro da administração, que há um ano e meio foi chamada de “misógina” por falta de representação feminina no alto escalão. Mas as disputas já começaram.

Cristiane é filha de Roberto Jefferson, delator e condenado no esquema do mensalão. Jefferson chegou a chorar ao dizer que a nomeação de sua filha é um “resgate” à imagem da família, mas não é o que pensa todo e qualquer adversário de Temer.

Em outro pequeno desgaste, seu nome foi indicado após veto do ex-presidente José Sarney ao deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA). Sarney usou influência para evitar o fortalecimento de adversários no Maranhão, em especial o governador Flávio Dino (PCdoB).

O PTB é da base do governo e a família Sarney é de oposição pelas pretensões de voltar ao governo com Roseana Sarney em 2018. A posse de Fernandes estava marcada para esta quinta-feira. Cristiane, contudo, só deverá assumir na semana que vem.

Por fim, a nomeação de Cristiane dividiu as atenções com a demissão de Marcos Pereira (PRB) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Justo quando o governo parecia perto de fechar a dança das cadeiras e poderia se concentrar nas negociações da reforma da Previdência, mas um flanco se abre na administração e retomam-se as barganhas.

A própria nomeação de Cristiane pode durar pouco. Aliados dizem que ela pretende disputar a reeleição para deputada federal. Pela lei, ela precisaria se afastar do cargo em abril. Segundo o jornal O Globo, Cristiane fica no cargo até o fim do governo, e não disputará as eleições. As mudanças, assim como as negociações políticas do governo Temer, têm prazo de validade cada vez mais curto.

Exame

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