La defensa de Lula responde al fallo del juez Moro y crecen los actos en apoyo al expresidente
La defensa responde al fallo de Moro: Sin pruebas contra el candidato Lula
Sin pruebas contra Luiz Iná- cio Lula da Silva. Los abogados del ex presidente presentaron ante el tribunal de apelaciones de Porto Alegre (el TRF-4) documentos que ponen de manifiesto la fragilidad del fallo del juez Sergio Moro, responsable de la causa Lava Jato, que lo condenó a nueve años y medio de prisión por corrupción y lavado de dinero.
Según la sentencia publicada en julio por el magistrado de primera instancia la constructora OAS habría sobornado al imputado mediante la cesión de un departamento en el balneario Guarujá, ubicado en el litoral del estado de San Pablo.
Ocurre que no hay ningún documento que demuestre que Lula es el propietario de ese inmueble que hasta diciembre del año pasado continuaba siendo parte de los activos OAS. Vale decir, la coima nunca llegó al presunto destinatario.
Tanto es así que el departamento construido en lo alto del edificio Solaris es uno de los bienes pertenecientes a OAS embargados por una jueza en otro proceso sustanciado en Brasilia. Esa causa brasiliense no guarda ninguna conexión con Lava Jato pero aportó munición nueva a los defensores de Lula.
“Cualquier tribunal independiente llegará a la conclusión de la inocencia” del sentenciado, afirmaron ayer los abogados Cristiano y Valeska Zanin.
“Quien fuera al catastro de propiedades verá que el departamento es de OAS, también demostramos que Lula jamás recibió las llaves, que jamás pasó una noche allí, la sentencia (de Moro) no se basa en la realidad”.
Las fojas presentadas esta semana por Cristiano y Valesca Zanin serán analizadas el próximo miércoles por los camaristas “gaúchos” Joao Pedro Gebran, Victor Laus y Leandro Paulsen durante una sesión que inaugurará el año político porque en ella comenzará a definirse la disputa electoral.
Si Lula, que está al frente de todos los sondeos, fuera condenado en esta segunda instancia podrá quedar fuera de las presidenciales dado que según la Ley de la Ficha Limpia ningún ciudadano puede ser candidato cuando tenga una sentencia firme en su contra.
Los documentos sobre la inexistente vinculación del jefe petista y el departamento frente al mar son prácticamente incontestables y se suman a otros ya presentados durante la primera instancia.
Ese cúmulo de evidencias fue descartado por Sergio Moro, el juez de la ciudad de Curitiba ascendido a pop star de las derechas jurídica y mediática.
El magistrado dio prioridad a la delación del titular de OAS, el empresario Leo Pinheiro, que acusó al procesado con la expectativa de obtener una redección de su pena.
¿Los camaristas de Porto Alegre tomarán en cuenta las pruebas que que no comprometen al reo o se sumarán a la “Lawfare”, la guerra política que se vale de armas judiciales para eliminar a su enemigo?.
Joao Pedro Gebran, instructor del caso en el TRF-4, ha manifestado que vale todo en el combate contra la corrupción, incluso condenar sin evidencias contundentes. Hace dos meses, durante una conferencia brindada en Buenos Aires, puso de manifiesto su rechazo a las corrientes garantistas al decir que se debe dejar de lado la “ingenuidad” en el proceso Lava Jato que trajo un “cambio de paradigma” jurídico. Ahora, prosiguió Gebran, se puede elaborar una sentencia aunque falten “pruebas irrefutables”.
En otras palabras: el imputado pude ser condenado incluso cuando se carezca de evidencias en su contra pero haya la convicción de su índole delictiva.
Todo indica que para este camarista el “no departamento” de Lula es un dato secundario: porque la misión de Lava Jato es condenarlo. Lo que equivale a su proscripción política.
La sentencia del juzgado de Brasilia que embargó el departamento de la firma OAS robusteció a la estrategia que desplegará la defensa de Lula en el TRF-4 de Porto Alegre el miércoles que viene.
De todas formas por ahora la mayoría de los análisis coinciden en que la cámara condenará al dos veces jefe de Estado entre 2003 y 2010.
Paulo Moreira Leite, autor del libro El otro lado de Lava Jato considera que son tan “robustos” los elementos que desmienten la tesis del soborno que “pueden surgir algunas novedades dentro del TRF-4, no podemos descartar esa posibilidad (..) algunos jueces piensan en su biografía y en como quedarán ante la historia si firman una condena sin pruebas”.
El escritor acepta que lo más probable es una condena, pero aún puede haber un voto en minoría “que deje el tablero 2 a 1, lo que dará lugar a una serie más amplia de apelaciones” que prolongarán el proceso permitiendo que Lula mantenga en pie su candidatura. Cuanto más se prolongue el proceso mejor para la campaña del petista.
La batalla del 24 de enero será librada dentro y fuera del palacio de Justicia portalegrense, ya que en sus alrededores se espera la presencia de miles de militantes del PT, de la Central Unica de los Trabajadores y los Trabajadores Rurales Sin Tierra llegados desde varios estados.
Defesa de Lula entrega ao TRF4 penhora que comprova que tríplex é da OAS
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregaram hoje (16) aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decisão da juíza Luciana Correa Tôrres de Oliveira, da 2ª Vara de Execução e Títulos do Distrito Federal. Em 4 de dezembro, ela determinou a penhora do apartamento 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP) – o tríplex do Guarujá – para garantir o pagamento de uma dívida da OAS.
Leia aqui a íntegra da apelação da defesa de Lula.
Na decisão da juíza, a empresa é autorizada a penhorar o apartamento 164-A do Edifício Solaris para quitar uma dívida com um credor.
A determinação da magistrada reforça que o apartamento investigado pela Lava Jato é da OAS. E não de Lula. A Lava Jato sustenta que Lula é o dono oculto do imóvel, que teria sido repassado a ele como pagamento de vantagem indevida.
Lula terá seu recurso à condenação pelo juiz Sérgio Moro julgado no TRF4 na próxima quarta-feria (24) Ele foi condenado a 9 anos e meio de prisão, mais pagamento de multas que somam mais de R$ 13 milhões. O petista já teve bens e aposentadoria bloqueados em valores próximos de R$ 10 milhões.
Os advogados sustentam que a decisão da magistrada seja apreciada no julgamento em segunda instância.
Confira a íntegra da nota da defesa:
Na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva levamos hoje (16/1) aos autos da Ação Penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000, em trâmite perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, decisão proferida em 04/12/2017 pelo Juízo da 2ª Vara de Execução e Títulos do Distrito Federal, nos autos do processo nº 2016.01.1.087371-5 (Execução de Titulo Extrajudicial), em 04.12.2017, determinando a penhora do apartamento 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP) para satisfação de dívida da OAS.
Foram anexadas à petição o termo de penhora e, ainda, matrícula atualizada do Cartório de Registro de Imóveis do Guarujá onde já consta certidão sobre a penhora realizada no citado apartamento tríplex, reforçando que a propriedade do imóvel não apenas pertence à OAS Empreendimentos — e não ao ex-Presidente Lula —, como também que ele responde por dívidas dessa empresa na Justiça.
Esses novos documentos, que devem ser levados em consideração no julgamento do recurso de apelação que será realizado no próximo dia 24, nos termos do artigo 231 do Código de Processo Penal, confirmam: (i) que a OAS sempre foi e continua sendo a proprietária desse apartamento tríplex; (ii) que além de a OAS se comportar como proprietária, envolvendo o apartamento em operações financeiras com fundos da Caixa Econômica Federal, agora o apartamento também está respondendo pelas dívidas da mesma OAS por determinação judicial e, ainda, (iii) que tais fatos são incompatíveis com a sentença proferida em 12/07 pelo juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ao afirmar que a propriedade do imóvel teria sido “atribuída” a Lula.
Atos de apoio a Lula crescem no Brasil e exterior
A Frente Brasil Popular, com apoio da Frente Povo sem Medo – coletivos que reúnem dezenas de organizações sociais, sindicais e populares – confirmou para a tarde do próximo dia 24 manifestação com objetivo de ocupar a Avenida Paulista. Quando o ato em São Paulo estiver ocorrendo, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, já deverá ter concluído o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa de Lula considera que a absolvição é a única decisão técnica e jurídica possível.
Lula foi acusado e condenado pelo juiz Sérgio Moro, a nove anos e meio de prisão, pela posse de um apartamento tríplex em Guarujá, litoral sul paulista. Mas o imóvel pertence até hoje à construtora OAS, que na versão de Moro quis adular o ex-presidente em troca de benefícios em contratos com a Petrobras. Os acusadores não conseguiram reunir nenhuma comprovação para sustentar essa versão.
A defesa de Lula assegura ter levantado provas documentais de sua inocência, ignoradas pelo juiz de primeira instância. O Manifesto Eleição sem Lula é Fraude, idealizado por intelectuais e artistas, já se aproxima da 190 mil adesões, com apoios inclusive de cinco ex-presidentes da América do Sul – Ricardo Lagos (Chile), Rafael Correa (Equador), Cristina Kirchner (Argentina), Ernesto Samper (Colômbia) e José «Pepe» Mujica (Uruguai).
As principais manifestações em defesa de Lula acontecerão na capital gaúcha, entre os dias 22 e 24. Do total das caravanas confirmadas, cerca de 150 sairão de cidades do interior do Rio Grande do Sul, e outras 75 de diversos estados do país, além dos muitos atos regionais que serão realizados pelos movimentos sociais e partidos.
As mobilizações em torno do julgamento de Lula se intensificaram desde o último sábado (13), quando foi realizado o Dia Nacional de Mobilização, com debates, atividades culturais e manifestações de rua por todo o Brasil.
Além das caravanas, os dias que antecedem o julgamento no TRF4 também são marcados pela abertura diária de Comitês Populares em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser candidato à Presidência da República. Criados como uma articulação entre os movimentos sociais, populares, sindicais, artistas, sociedade civil e partidos do campo democrático e popular, já são cerca de 1.500 comitês inaugurados no país, com mobilização em todos os estados e até mesmo no exterior.
Em Goiás, por exemplo, segundo a presidenta do PT no estado, Kátia Maria, foram criados até agora 254 comitês populares. Somente na cidade de São Paulo já são 180 comitês, e no Ceará, 169.
“Dia 24 está próximo e é fundamental o envolvimento de toda a nossa militância para divulgar a grande injustiça que pode ser cometida caso Lula não seja absolvido. Reúna aqueles que acreditam na democracia e monte um comitê em sua rua, bairro, enfim. Mobilização é a palavra de ordem”, declarou o deputado federal José Guimarães (PT-CE).
A Bahia inovou e inaugurou o “comitê móvel” – um ônibus que viaja pelo estado distribuindo materiais, transportando militantes que dialogam com a população e tiram dúvidas relacionadas à perseguição midiática e jurídica contra o ex-presidente Lula. Já no Rio Grande do Norte a média é de quase três comitês fundados por dia – o primeiro foi lançado no dia 3 de janeiro, no bairro de Igapó, zona norte de Natal.
Segundo o deputado estadual Fernando Mineiro (PT-RN), a iniciativa é uma forma de “sair da zona de conforto da esquerda” e conversar com a população sobre a importância de discutir a perseguição contra o ex-presidente Lula. “Os comitês são uma reação dos setores democráticos à tentativa de fraudar as eleições de 2018 através do impedimento do Lula. Eleição sem Lula, como a maioria da população já sabe, é fraude. Nesse momento, além da militância nas redes sociais, é preciso ir para as ruas”, advertiu.
Apoio internacional
Assim como aconteceu em dezenas de cidades brasileiras, o último dia 13 também marcou a inauguração do Comitê Internacional em Solidariedade a Lula, em Londres, na Inglaterra. O evento contou com a presença de brasileiros dos movimentos Democracy for Brasil UK, PT Londres e Arts for Democracy, além de militantes de outros países, como Bolívia, Peru, Portugal e França. O objetivo do comitê é organizar ações em solidariedade ao ex-presidente Lula, que vem sofrendo perseguição no âmbito do Poder Judiciário.
A proximidade do julgamento em Porto Alegre ainda desencadeou uma série de atos e manifestações de apoio a Lula no exterior. No próximo sábado (20) haverá atos em Zurique, na Suíça, e em Frankfurt, na Alemanha. No domingo (21) ocorrerão manifestações na Cidade do México, Londres, Berlim, Estocolmo, Nova York, Barcelona, Paris e Madri. Outras duas manifestações estão programadas para a véspera do julgamento, nas cidades alemãs de Munique e Colônia. E no dia do julgamento, Lisboa e Paris já têm atos agendados.
No Brasil, uma série de manifestações está igualmente agendada, como a que ocorreu na noite desta terça-feira (16), com artistas e intelectuais, no Rio de Janeiro, no Teatro Oi Casa Grande; na quinta-feira (18), em São Paulo, na Casa de Portugal, também às 19h; além de Porto Alegre e Belo Horizonte, ambas no dia 22; até culminar com o ato do dia 24, dia do julgamento, na Avenida Paulista, a partir das 14h, no Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Movimentos sociais divulgam programação de atos em apoio a Lula em Porto Alegre
A Frente Brasil Popular, composta por movimentos sindicais, sociais, representantes de partidos de esquerda, divulgou na tarde desta quarta-feira (17) a programação de atos em apoio ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, em Porto Alegre. Lula será julgado em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, na próxima semana, na Capital.
A Frente confirmou que a cidade terá acampamento para as caravanas e apoiadores. O local, ainda a ser definido, depende de autorização da Secretaria Estadual de Segurança Pública. A expectativa é de que 50 mil pessoas participem dos atos em Porto Alegre. A maioria vinda do interior do Rio Grande do Sul, mas com confirmação de movimentos de Santa Catarina, Paraná, Argentina e Uruguai.
O grupo também se manifestou a respeito das orientações de segurança. Segundo Claudir Nespolo, presidente da CUT/RS, o movimento terá uma equipe de dois mil seguranças, para manter a organização. Caso sejam identificados mascarados ou infiltrados, eles devem agir para evitar qualquer tipo de tumulto.
“Não nos interessa nenhum tipo de conflito”, afirmou Carlos Pestana, vice-presidente do PT estadual. “Estamos organizando um ato pacífico, ordeiro, em nome do direito do companheiro Lula de ser candidato. Não só o direito da população de votar nele, mas de poder escolher essa agenda”.
O PCdoB, que também integra o movimento, apesar de ter anunciado a pré-candidatura da deputada Manuela D’Ávila para presidência da República, afirma que já está orientando a militância para que não aceite provocações.
“Nossa pauta é a democracia, a exigência de um julgamento justo para Lula, porque [a decisão] pode abrir as portas para o obscurantismo. (…) É obscurantismo, fascismo, ditadura de novo tipo, que se impõe no corte de direitos”, disse Abgail Pereira, vice-presidenta estadual do PCdoB.
Abgail relatou ainda que, em uma reunião entre movimentos e o secretário estadual de segurança, Cezar Schirmer, na manhã desta quarta, o movimento questionou as notícias que vêm sendo veiculadas na imprensa sobre ameaças que estariam sendo feitas a desembargadores do TRF4. A questão foi motivo de encontro do presidente Carlos Thompson Flores com a presidente do STF, Carmen Lucia, e com a procuradora geral da República, Raquel Dodge, na segunda.
“Eu pergunto: ameaçados por quem? Foi registrado um BO? Foi dito, ‘sofremos uma ameaça por telefone?’. Onde está essa ameaça?”, questiona a Abgail. A SSP teria dito que não possui registros de nenhuma suposta ameaça. “Nos preocupa que o TRF4 tenha essa postura, de gerar esse clima de animosidade, assim como o prefeito Nelson Marchezan gerou [ao pedir a Força Nacional e o Exército]”.
A presença do próprio Lula não está confirmada. Pestana disse que a expectativa é de que ele venha, mesmo com o TRF4 rejeitando o pedido da defesa, para que fosse ouvido. De acordo com ele, o ex-presidente irá fazer um esforço para estar em Porto Alegre, mas a confirmação só deve ocorrer na véspera do julgamento.
Para movimentos, decisão define destino da democracia no país
Os movimentos salientaram na coletiva o porquê de vincular o processo de Lula à defesa da democracia. “Não tem nada a ver com a questão eleitoral, temos outra candidatura já definida, da Manuela D’Ávila, a luta vai muito mais além, que é defender a democracia”, defende Silvana Conti, membro da CTB e do PCdoB.
Os movimentos que integram a Frente questionam a rapidez com que o processo foi posto para julgamento no TRF4. Com a sentença definida por Sérgio Moro, em julho do ano passado, o Tribunal passou o processo de Lula e mais sete réus na frente de outros sete recursos, para ser o primeiro julgamento do ano na Corte. Para a Frente, “mais um capítulo do golpe de um projeto neoliberal e conservador”.
“O Poder Judiciário tem agido de maneira arbitrária e seletiva. Justamente, foi no processo democrático que mais se conseguiu conquistar direitos para a sociedade como um todo. Por isso, a UNE, mais uma vez, se posiciona pela defesa da democracia e do estado democrático de direito”, declarou a diretora de comunicação da União Nacional dos Estudantes, Nágila Maria.
A organização teria decidido “abraçar” a pauta em defesa a candidatura do ex-presidente, seguindo a própria história. Nos próximos dias, a sede da entidade será transferida simbolicamente para Porto Alegre.
Confira a programação:
Segunda-feira, 22
– A montagem do acampamento está prevista para o domingo e a segunda-feira. Ainda não se sabe qual o local, a organização não quis divulgar as possibilidades que vem sendo trabalhadas.
-18h: Ato de Juristas e Intelectuais em Defesa da Democracia: No auditório da Fetrafi (Rua Cel. Fernando Machado, 820), juristas e intelectuais debatem o processo e a sentença que condenou Lula, em julho do ano passado. Celso Amorim, Eugênio Aragão, Luiz Gonzaga Belluzo e a ex-ministra da Cultura, Ana Buarque de Hollanda, estão entre os nomes do painel.
Terça-feira, 23
– 9h: Encontro de Mulheres Pela Democracia e com Lula: painel que irá reunir mulheres em debate em torno da conjuntura política e do processo contra Lula. O evento acontece no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa. Entre os nomes na programação: a ex-presidenta Dilma Rousseff, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, a deputada e pré-candidata à presidência pelo PC do B, Manuela D’Ávila.
-14h: Ação Global Anti-Davos: Também no Dante Barone, nomes como os senadores Roberto Requião e Paulo Paim, além do líder do MTST, Guilherme Boulos, estarão participando de um debate sobre as reformas e a agenda neoliberal do governo Michel Temer, numa conjuntura mundial. O linguista e cientista político, Noam Chomsky, é um dos nomes previstos no evento.
-16h: Ato de “esquenta” na Esquina Democrática, com previsão de durar até o início da noite.
-19h30, 20h: Marcha com início na Esquina Democrática, até o local do acampamento em apoio a Lula. O evento marcará ainda o início da vigília dos movimentos.
Quarta-feira, 24
– Sem horário definido, os movimentos começam a concentração para sair em marcha até o local mais próximo do TRF4 onde for permitido que se concentrem.
Diez preguntas y respuestas sobre el juicio de Lula da Silva en Brasil
El día 24 de enero tendrá lugar el juzgamiento en segunda instancia del ex presidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva, en el marco de la Operación Lava Jato. La legalidad del proceso de Lula es cuestionada por centenas de juristas que consideran que la sentencia del juez Sergio Moro en primera instancia es una decisión política. Para ellos, la sentencia no se basa en pruebas y tiene el objetivo de impedir la candidatura de Lula en las elecciones presidenciales de este año. Los juristas denuncian: las elecciones sin Lula serían un fraude. A continuación las principales críticas en diez respuestas del Frente Brasil de Juristas por la Democracia.
Una serie de movilizaciones en defensa de Lula ocurren en todo el país. El día de la decisión, miles de personas se reunirán en la ciudad de Porto Alegre (en el Sur de Brasil), lugar del juicio.
1. ¿Por qué crímenes Lula está acusado en el caso del apartamento tríplex en el ámbito de la Operación Lava jato?
A lo largo del proceso contra Lula, los miembros del Ministerio Público y el juez intentaron demostrar que el ex -presidente Lula sería el dueño de un apartamento tríplex en Guarujá, municipio del litoral del estado de São Paulo, pero aún no presentaron pruebas. Ninguno de los 73 testigos escuchados en las 23 audiencias realizadas afirmó ningún hecho que relacione la propiedad del inmueble con Lula, solo hay confirmaciones de que Lula visitó el apartamento una vez, pero nunca pasó la noche o el día allá o tuvo las llaves del inmueble.
Pero es necesario comprender que el crimen no tiene que ver con tener o no un apartamento, sino con recibir ese apartamento como ventaja indebida por haber practicado un acto de corrupción pasiva cuando fue funcionario público (cuando fue presidente del país). En términos legales, el crimen de corrupción pasiva presupone que el funcionario público realice o deje de realizar un acto de su competencia y reciba alguna ventaja como contrapartida por ello. El juez tendría que identificar el acto específico del ex presidente Lula a partir del cual podría haber recibido una ventaja – el apartamento tríplex-, pero no consigue identificar cuál fue ese acto y tampoco tiene documentos que comprueben que el apartamento le pertenece.
2. ¿Por qué los especialistas afirman que se trata de un proceso apoyado en la excepción?
La acción penal que se tramitó en la 13a Sala Criminal de la Justicia Federal de Curitiba bajo competencia del juez Sergio Moro resultó en una sentencia que revela un juicio basado en la voluntad condenatoria del juez para fundamentar la decisión; que utiliza el proceso penal de excepción propio de regímenes autoritarios. El juez admite el uso ampliado del derecho para combatir un «mal mayor», la corrupción sistémica, y pasa a no respetar el principio jurídico de inocencia, es decir «el acusado es inocente hasta que se demuestre lo contrario», para imponer al acusado que pruebe que no es culpable.
El juicio llega a invertir la carga de la prueba, violando el principio básico de cualquier proceso justo en cualquier legislación del planeta. Con el argumento de que la corrupción es sistémica y con la asunción del papel de «héroe contra la corrupción» por parte del juez Sergio Moro, el proceso pasa a tener dos acusadores – los miembros del Ministerio Público y el juez – y un acusado sin derecho a la defensa amplia e irrestricta. El proceso se parece a un partido de fútbol sin árbitro, con uno de los equipos en desventaja y el marcador predeterminado.
3. ¿Un juez «héroe» puede ayudar a combatir la corrupción en Brasil?
De ningún modo un juez que se siente héroe podrá resolver solo los problemas de corrupción altamente complejos que existen en el país. El Poder Judicial no debe ser escenario para pretensiones personalistas de cualquier naturaleza y no conviene que un magistrado brille más que la causa del juicio, distanciándose de la serenidad e imparcialidad que necesita en una función de tamaña responsabilidad pública. No convienen premios mediáticos ni la idea de un juez «héroe», algo que compromete la imagen pública del órgano y genera inseguridad judicial.
4. ¿Al final, qué es lawfare (guerra jurídica)? ¿Por qué se usó lawfare en la sentencia contra Lula da Silva?
Lawfare es un neologismo que deriva de otra expresión en inglés – warfare – que significa guerra, guerra jurídica para alcanzar determinados objetivos. No se puede utilizar el derecho como guerra; al contrario, debe ser un instrumento de paz, de resolución de conflictos, de promoción de la justicia, respetando las garantías judiciales para no condenar personas inocentes. En el caso de la sentencia contra el ex presidente Lula, la guerra viene dada por el uso indebido del derecho para fines de una especie de guerra política, una persecución política, pues el juez no respeta varios de los principios del debido proceso: no respeta el derecho del acusado a la defensa amplia e irrestricta, hace uso de pruebas ilícitas; va a los medios para manchar la imagen del acusado y apoya su decisión en presunciones y convicciones [en alusión a la frase del fiscal de la Operación Lava Jato, Deltan Dallagnol, quien afirmó que contra Lula no había pruebas, sino convicciones] y no en pruebas concretas. El proceso se asemeja a una guerra en la cual el juez deja de ser imparcial y pasa a unirse a los que acusan – fiscales del caso – para promover la persecución del acusado y su condena, aun sin pruebas.
5. ¿Si no hay crímenes o pruebas, cómo debe actuar el Tribunal Regional Federal de la 4ª Región (TRF4)?
El Tribunal Regional Federal de la 4ª Región (TRF4) tendrá que juzgar a Lula dentro de la legalidad, respetando la Constitución y los Códigos Civil y Penal y también tendrá que respetar el juicio anterior, los precedentes judiciales. Por tanto, la única decisión posible en la legalidad es la reforma de la sentencia anterior, que revise los excesos que llevaron a la condena del ex presidente y lo declare inocente. En caso de que la decisión del TRF4 sea la condena, muchos caminos se podrán recorrer para que se restablezca la justicia y para que se garantice el derecho de Lula a ser candidato a la presidencia de la República.
6. ¿La rapidez del TRF4 para establecer el juicio de Lula es irregular? ¿Por qué tanta prisa?
La rapidez del TRF4 para adelantar el juicio del proceso contra Lula nos causa extrañeza por dos razones: por ser un proceso extremadamente largo y porque no se contemplan las hipótesis legales de anticipación del juicio. Es raro que se tramite un proceso tan largo, con 250 mil páginas con esa velocidad, una velocidad récord, con la conclusión del informe tras 36 días y su revisión en apenas seis.
Se postergaron otros procesos para que el juicio de Lula pueda ocurrir el 24 de enero, primera fecha tras el receso de verano. ¿Y por qué tanto apuro, a fin de cuentas? El ministro del Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, mencionó que “en nombre de la seguridad judicial y de la estabilidad del juego democrático es mejor que se defina muy pronto cuales serán las reglas, quién podrá ser candidato”. Esa opinión resulta muy impropia, una vez que el proceso no debería tratar de las elecciones sino de un caso relacionado con la acusación del crimen de corrupción pasiva y lavado de dinero. La declaración del ministro vuelve más evidente lo que está en juego en el escenario electoral y el activismo judicial en una esfera que no le corresponde: la política y el futuro del país.
Este es uno de los problemas de la judicialización de la política cuando no encuentra respaldo en la soberanía popular, última razón de ser del constitucionalismo democrático.
7. ¿Qué pasa si el TRF4 condena a Lula?
Cualquiera que sea el resultado del juicio de 24 enero, Lula seguirá como candidato a la Presidencia de la República. Es importante diferenciar el juicio en segunda instancia y la impugnación de la candidatura. Dependiendo del resultado del juicio, habrá recursos de apelación, peticiones a órganos superiores. Sólo el 15 de agosto -plazo final para que los partidos inscriban oficialmente las candidaturas- inicia el plazo para las impugnaciones, proceso a ser realizado ante el Tribunal Superior Electoral (TSE).
En resumen: la condena no impide la candidatura de Lula, no impide que inscriba su candidatura o que siga siendo precandidato. Solamente cinco días después de la inscripción, sus adversarios podrán solicitar la impugnación y este proceso podrá o no alcanzar el calendario electoral.
8. ¿Lula da Silva tiene derecho a ser candidato?
El proceso contra Lula tiene relevancia indiscutible no solo porque fue el presidente de la República más popular de la historia del país, sino porque lidera como candidato favorito para las elecciones de 2018. Un juicio eventual que condene al ex presidente Lula en segunda instancia podría permitir un proceso de impugnación de la candidatura basado en la Ley de Ficha Limpia [sancionada por el propio Lula en 2010, y que solo veta la candidatura de personas condenadas por crímenes en segunda instancia], algo que podría apartarlo de las elecciones este año y que desencadenaría una inevitable revuelta popular ante la injusta y desproporcionada acusación en un proceso corrompido por ilegalidades y nulidades. Naturalmente, la posibilidad de impugnación concede un dramatismo incomparable al proceso contra Lula, pero sea cual sea la sentencia, dentro o fuera de la legalidad, de hecho el Partido de los Trabajadores (PT) tiene razón al afirmar que Lula seguirá siendo el candidato del partido, pues además de los recursos de apelación ante el proprio TRF4 y los tribunales superiores, todavía faltaría el proceso previsto en el Tribunal Superior Electoral (TSE) para que se efectúe la impugnación.
En resumen: Lula tiene derecho a ser candidato hasta que ya no se pueda apelar la sentencia condenatoria anunciada y hasta que el TSE impugne su candidatura. Entonces, solo quedará la creciente indignación de la población, que percibe los efectos de la persecución política y el uso de la guerra jurídica que, al intentar impedir la candidatura de Lula, compromete el futuro del país.
Tal vez sea necesario invertir la pregunta para entender lo que está en juego: el pueblo tiene derecho a elegir a Lula como jefe máximo de la nación, pues el pueblo es soberano, algo que se afirma cada día en la percepción de la injusticia procesal conectada a la gran crisis política iniciada con la destitución de la ex presidenta Dilma Rousseff.
9. ¿Cómo continuaría el caso ante el Tribunal Superior Electoral (TSE)?
Luego de transcurridos cinco días de la inscripción de la candidatura, los adversarios podrán solicitar la impugnación con base en la Ley de Ficha Limpia y entonces el TSE deberá realizar un proceso propio – que incluye: notificación para rendir declaraciones, respeto a la defensa amplia, realización de audiencias y análisis de pruebas para entonces decidir si hay razones o no para la impugnación.
Especialistas en cálculos electorales comprenden que aunque haya cohesión en los órganos jurisdiccionales en cuanto al apuro para definir el escenario electoral de 2018, los plazos son cortos entre la decisión (impugnar la candidatura) y la apelación ante el STF y difícilmente se juzgaría el caso antes de octubre. Durante todo ese tiempo, Lula deberá permanecer en campaña electoral. Por otro lado, existe la posibilidad de que el partido sustituya al candidato hasta 20 días antes de las elecciones, es decir, dependiendo del escenario, hasta el 16 de septiembre podría cambiar al candidato, independientemente de si Lula sigue en campaña al lado del nuevo candidato elegido.
10. ¿Hay medidas internacionales para denunciar la injusticia del proceso contra Lula?
Los abogados de la defensa del ex presidente Lula denunciaron al Comité de Derechos Humanos de la ONU los abusos cometidos en el proceso legal, una de las garantías previstas en el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos de la ONU, del cual Brasil forma parte. La decisión deberá salir en marzo de 2018. Independientemente de la decisión, la comunidad internacional se está manifestando sobre los abusos. Un manifiesto con más de 5 mil firmas, incluyendo grandes personalidades internacionales, relaciona la operación contra Lula y toda la Operación Lava Jato con el proyecto de destrucción del país.