Por día, se registran en el país 190 personas desaparecidas y 171 asesinadas

1.074

En Brasil, por día, desaparecen 190 personas y 171 son asesinadas

En 2016 fueron asesinadas en Brasil 61.619 personas (171 por día). Es la mayor tasa de la serie histórica que registra el Anuario Brasileño de Seguridad Pública. Esto representa la muerte violenta de 7 habitantes por cada hora (igual a los que se registran en un día en toda Argentina). Son los resultados de la décima primera edición del estudio realizado por el Foro Brasileño de Seguridad Pública. El informe indica una tasa de 29,9 víctimas por cada 100.000 habitantes. La cifra cuadruplica la tasa argentina que alcanzó este año a 6,1.

En cuanto a los “desaparecidos”, fueron registrados en esas condiciones 71.796 ciudadanos (190 por día), de acuerdo con las notificaciones de amigos o familiares. El informe subraya que “la ausencia de investigación (de los casos) impide saber el número de desapariciones forzadas, que se puede relacionar con el tráfico de personas, la violencia sexual, el tráfico de drogas y la acción de grupos de exterminio”.

La investigación indica que el estado provincial de Bahía ocupa el primer puesto del ranking nacional de homicidios. Río de Janeiro está en segundo lugar y le sigue, en el tercero, San Pablo. La diferencia estriba en la proporción: en Río, la tasa de homicidio supera la nacional, al llegar a 30,6. En San Pablo, en cambio, es relativamente baja si se compara con los territorios más violentos: su tasa es de 12,2.

El total brasileño es de temer: la cantidad supera, en números absolutos, a las muertes violentas producidas en Siria (60.000), donde se traba una feroz guerra. De acuerdo con Renato Sergio de Lima, director del Foro, “esto que ocurre es como si Brasil sufriese un ataque por año con una explosión atómica como la de Nagasaki al final de la Segunda Guerra Mundial”. El experto convocó a “medidas urgentes en las maneras en que hacemos política de seguridad en Brasil. No es posible que aceptemos una convivencia con ese nivel de violencia letal”.

En la conferencia de prensa, ofrecida en la mañana de este lunes, los técnicos del Foro indicaron que hay estados provinciales brasileños con un estándar muy superior al promedio del país. Es el caso de Sergipe, Río Grande del Norte y Alagoas, todos localizados en el Nordeste del país. Los especialistas afirman que esto representa una suerte de “interiorización” de la violencia mortífera. La razón, argumentan, es que al investigar lo que ocurre en las grandes ciudades, en estas últimas se observa una reducción de los asesinatos.

El dato más singular es la tasa de homicidios en Porto Alegre, la capital de Río Grande del Sur, con 64,1 muertes violentas por cada 100.000 personas. Se trata de un estado rico, pero que ha sufrido durante los últimos tres años las consecuencias de un gobierno provincial considerado entre los peores de la historia gaúcha.

La nueva edición del Anuario exhibe por primera vez un largo informe sobre femicidios. El año pasado, según el estudio, fueron asesinadas 4.657 mujeres.

La directora ejecutiva del Foro evaluó que “todavía hay una dificultad de las autoridades en ese relevamiento, ya que es el primer año en que se implementa”. La violencia de género registra, también, una enorme cantidad de casos de estupros: ascienden a casi 50.000. Otros números dan cuenta de un aumento en la cantidad de asesinatos ocurridos por la balas policiales, así como también el número de víctimas entre los agentes de las fuerzas de seguridad.

De las 4.224 personas que cayeron por la acción de las policías, que representa un crecimiento de 25% respecto a 2015, una inmensa mayoría estaba en la franja de 12 a 29 años (o sea, jóvenes y adolescentes). Pero aún, las tres cuartas partes de los asesinados eran de raza negra y de sexo masculino. Para el director ejecutivo del FBSP “este es un problema de gran relevancia, que el Estado brasileño no ha enfrentado hasta ahora de la manera más adecuada.

Clarín


Alta de mortes não se restringe mais ao Nordeste e se espalha pelo país

A quantidade de mortes violentas no país aumentou em 17 dos 26 estados do país no último ano, segundo dados publicados pelo 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta segunda-feira. O estado que apresentou maior variação foi o Amapá, com aumento de 52% entre 2015 e 2016. O levantamento abrange homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais.

Outros estados que registraram altas taxas de variação foram Rio de Janeiro (24%), Rio Grande do Norte (18%), Pernambuco (14,4%), Bahia (12,8%), Sergipe (11,5%), Pará (10,3%) e Rio Grande do Sul (8,5%). O ranking é seguido por Rondônia (7%), Santa Catarina (4,9%), Piauí (4,3%), Tocantins (3,8%), Alagoas (3,3%), Acre (2,2%), Maranhão (2,0%), Paraná (1,9%), e Mato Grosso do Sul (0,2%).

O diretor presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirmou que o nível alarmante dos índices de criminalidade mostra como, há muitos anos, a violência deixou de ser exclusividade de um estado ou de uma região.

— Até 2015, começo de 2016, falávamos que a violência estava crescendo para o Nordeste. Isso acontece, mas o que os dados mostram é que a violência está disseminada no país todo hoje. Então, quando a gente diz que a população está atemorizada, essa é a mais pura e dolorosa realidade — disse.

MAIOR NÚMERO DE HOMICÍDIOS DA HISTÓRIA

Segundo o relatório, o número de mortes violentas no país cresceu 3,8% em comparação com 2015 e chegou a 61.619 casos — sete por hora.

Desde que as mortes violentas passaram a ser contabilizadas pelo Fórum, quatro anos atrás, o número total apresentou um crescimento de 10,3% até 2016 — em 2013 foram registradas 55.847 mortes. Entre 2013 e 2014 a taxa apresentou uma variação de 6,9%, com 59.730 casos registrados só em 2014, seguida por uma queda em 2015, com 58.870 casos (1,4%).

De acordo com Lima, o Brasil parou no tempo quando o assunto é combate à violência.

— Os números são muito fortes em dizer o tamanho do nosso fosso civilizatório, de como a gente tem que investir. Investir e mudar essa realidade não é fazer mais do mesmo. Nós estamos desde a década de 1940, período do nosso Código Penal, fazendo exatamente a mesma coisa, com pequenos ajustes. A gente precisa ver o que deu certo em outros países, e em como a gente trabalha com a informação para ser mais inteligente do que o crime organizado — observou.

O QUE DIZEM OS ESTADOS

Procurados pelo GLOBO, apenas oito estados deram retorno sobre os índices exibidos no relatório. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Piauí, em nota, afirmou que apesar do aumento dos registros, o estado possui a menor taxa de assassinatos do Nordeste. Em Sergipe e no Pará, as pastas criticaram a metodologia do Fórum de contagem dos dados de crimes violentos e alegaram queda nos números de 2017 – que serão apresentados no relatório do próximo ano. No entanto, o estado do Sergipe admitu que «considera as taxas ainda altas.»

Embora a SSP de Alagoas tenha confirmado que os dados apresentados pelo relatório estão «em concordância» com os registros do estado, o secretário Coronel Lima Júnior declarou que houve uma queda no número de homicídios registrados na região. «É um momento de comemoração, mas de consciência de que há muito o que fazer, até porque o cenário da violência no Brasil mudou e temos atuado muito para seguir reduzindo a violência e mantendo a sociedade alagoana segura», disse por meio de nota.

As secretarias do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina creditaram o crescimento de mortes violentas às disputas entre integrantes de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas. O delegado Aldo Pinheiro D’Avila, também por meio de nota, afirmou que, em SC, «70% das vítimas e autores de homicídios possuem antecedentes criminais.»

Os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, mesmo diante do crescimento em mortes violentas, alegaram aumento nos investimentos em diversos setores da segurança pública este ano.

Sem comentários sobre o relatório, a SSP do Rio de Janeiro divulgou uma nota sobre a implementação de «medidas estruturantes» para monitorar a criminalidade no estado.

O Globo


Estudio realizado por el Foro Brasileño de Seguridad Pública

Más notas sobre el tema