La Cámara de Diputados admite la segunda denuncia contra Temer por corrupción

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Cámara baja de Brasil acepta denuncia contra Michel Temer

La Cámara de Representantes de Brasil recibió este jueves la nueva demanda contra el presidente de facto Michel Temer, presentada por la Procuraduría General de la República (PGR).

Más temprano y ante una posible apertura de juicio, la Corte Suprema de Brasil confirmó la decisión de remitir a la Cámara baja la denuncia por corrupción que implica a Temer.

El análisis del caso comenzó el miércoles en la Corte Suprema y finalizó este jueves con una contundente votación de diez magistrados a favor y uno en contra, para que los diputados avalaran un eventual proceso penal contra el mandatario, tal como lo establece la Constitución del país.

La Fiscalía General acusó a Temer de obstrucción a la justicia y asociación ilícita sobre la base de los testimonios dados por los dueños del grupo empresarial JBS en un acuerdo de cooperación cuya validez legal fue puesta en duda por la justicia.

Tras haber comprobado que los dueños de JBS mintieron en algunas informaciones o no lograron comprobar otras, la Fiscalía anuló los beneficios concedidos a cambio de la colaboración.

Sin embargo, el exfiscal Rodrigo Janot, quien concluyó sus funciones el pasado domingo, aseguró que muchas pruebas obtenidas con esos testimonios no fueron comprometidas y presentó la denuncia contra Temer al indicar que existen «serios indicios» de haber incurrido en prácticas corruptas.

Con la decisión adoptada, las denuncias contra Temer sólo serán analizadas por la Corte Suprema si son avaladas por los diputados con una mayoría calificada de dos tercios, representada por 342 votos de los 513 posibles en el pleno.

Temer fue acusado de ser el jefe de una «organización criminal» integrada por varios de sus ministros y por obstrucción a la justicia. Si los diputados autorizan a la Corte Suprema a examinar el caso y se lleva a juicio, el mandatario será suspendido por hasta 180 días y asumiría el presidente de la Cámara baja, Rodrigo Maia.

Telesur


Segunda denúncia contra Temer chega à Câmara

A segunda denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer chegou à Câmara dos Deputados por volta das 20h30. Cabe aos deputados autorizar ou não a continuidade do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode levar ao afastamento do peemedebista do cargo.

Os autos do processo foram entregues pelo diretor-geral do Supremo, Eduardo Toledo, ao secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Wagner Padilha.

A remessa acontece no mesmo dia em que a Corte rejeitou, por 10 votos a 1, suspender o andamento da denúncia, pedido que havia sido feito pela defesa do presidente Temer. Apenas o ministro Gilmar Mendes se posicionou contra.

Logo após o julgamento, o ministro Edson Fachin publicou um despacho confirmando o encaminhamento da denúncia à presidente do STF, Cármen Lúcia, a quem cabe delegar a ordem de remessa à Câmara.

Tramitação. A nova denúncia contra Temer por organização criminosa e obstrução de Justiça terá, na Câmara, o mesmo rito de tramitação da primeira acusação apresentada por Janot no final de junho deste ano.

O próximo passo agora é ler a denúncia no plenário da Casa. Em seguida, caberá ao primeiro-secretário, Fernando Giacobo (PR-PR), notificar o presidente.

Na Câmara, a primeira análise será na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No colegiado, os advogados de Temer terão até 10 sessões plenárias para apresentar defesa. Passada essa etapa, o relator na comissão deve apresentar seu parecer no prazo de cinco sessões, quando será votado.

Da CCJ, a denúncia segue para o plenário da Câmara. Para que a acusação seja aceita, são necessários votos favoráveis à abertura de investigação de pelo menos 342 deputados, o equivalente a 2/3 dos 513 parlamentares que integram a Casa.

Se a denúncia for aceita pelos deputados, ela volta para o Supremo, que também terá de julgar se aceita ou não a acusação apresentada. Se aceita pela Corte, Temer é afastado do cargo por até 180 dias para ser processado pelo STF. Nesse período, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume o comando do País.

Caso os ministros não concluam a investigação após os 180 dias, Temer volta ao posto, mas permanece sendo investigado. Caso ele seja condenado pela Corte, ele perderá o cargo e eleições indiretas são convocadas para escolher o novo presidente da República.

Estadao

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