Brasil: Temer denuncia «conspiración» luego de que Diputados admita segunda denuncia por corrupción

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Temer diz que derrubará segunda denúncia e que a verdade triunfará

Depois de desistir de fazer um pronunciamento para rebater a segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer gravou um vídeo, disponibilizado nesta sexta-feira nas redes sociais, em que diz que há uma «marcha da insensatez» contra ele e que tem certeza de que conseguirá arquivar na Câmara a acusação de fazer parte de uma organização criminosa e obstruir a Justiça. Sem citar nomes, Temer critica os executivos da JBS e diz que «há ainda muitos fatos estranhos que esperam por ser explicados nesta estranha delação induzida».

«A verdade prevaleceu ante o primeiro ataque a meu governo e a mim. A verdade, mais uma vez, triunfará», disse. «Tenho convicção absoluta de que a Câmara dos Deputados encerrará esses últimos episódios de uma triste página de nossa história, em que mentiras e inverdades induziram a mídia e as redes sociais nestes últimos dias. A incoerência e a falsidade foram armas do cotidiano para o extermínio de reputações», completou.

Temer diz ainda que lançaram contra ele «ilações, provas forjadas, denúncias ineptas» e que elas foram produzidas «em conluios com malfeitores» e que vai continuar governando o País até janeiro de 2019. «Diante dos ataques que se renovam, quero expressar minha indignação e manifestar minha profunda revolta com a leviandade dos que deveriam agir com sobriedade. Tenho orgulho de estar presidente da República pelo que pude fazer até agora. Em resumo, retirei o País da recessão mais grave de toda sua história em pouco mais de ano e quatro meses de governo. Farei muito mais até janeiro de 2019», afirma.

Segundo o presidente, o princípio básico da inocência foi subvertido: «agora todos são culpados até que provem o contrário». «E nem provas concretas bastam para repor a verdade. A marca indelével da desonra ficará em muitos inocentes que foram atingidos. Luto e lutarei contra qualquer pecha que tentem me colocar neste sentido», rebateu.

Temer disse que a verdade é valor essencial nas democracias e que só regimes de exceção aceitaram acusações sem provas, movidos por preconceito, ódio, rancor ou interesses escusos.

«A verdade é valor essencial nas democracias. É sobre ela que se fundam as relações sociais e a força das nossas instituições. Fora do compromisso com a realidade, nosso destino é incerto e podemos ser conduzidos a trágicos desastres. A história está repleta de exemplos. Só regimes de exceção aceitaram acusações sem provas, movidos por preconceito, ódio, rancor ou interesses escusos. Lamento dizer que, hoje, o Brasil pode estar trilhando este caminho», destacou.

Segundo o presidente, a única vacina «contra essa marcha da insensatez é a verdade». «E a verdade é a única arma que tenho para me defender desde o início deste processo de denúncias e que busca desestabilizar meu governo e paralisar o avanço do Brasil.»

Temer diz ainda que tudo que ele afirmou desde o início dos processos da denúncia e dos ataques que vem sofrendo se confirmou, mas que ainda é preciso esclarecer alguns pontos apresentados pelos delatores. «Apontei as reais intenções dos delatores; denunciei a manipulação de mercado que lhes deu ganho de milhões; critiquei o perdão amplo que obtiveram. Cobrei, ainda, o inexplicável envolvimento de integrantes do gabinete do ex-procurador-geral da República, que depois, certamente, foram ganhar dinheiro das empresas dos delatores; relatei que a delação e a gravação começaram muito antes dos relatos oficiais. Há ainda muitos fatos estranhos que esperam por ser explicados nesta estranha delação induzida», disse.

Conspiração e honra

O presidente diz ainda que a revelação de áudios novos depois do acordo de delação ter sido fechado mostra que havia uma tentativa de conspiração contra ele. «Graças aos áudios que tentaram esconder, mas que vieram a público acidentalmente, sabe-se que, contra mim, armou-se conspiração de múltiplos propósitos. Conspiraram para deixar impunes os maiores criminosos confessos do Brasil, finalmente presos, porque sempre apontamos seus inúmeros delitos», disse.

Segundo o presidente, queriam parar o País, mas ele tem a «convicção de que os parlamentares submeterão essa última denúncia aos critérios técnicos e legais, e à verdade dos fatos». «Uma análise crítica e desapaixonada provará os abusos dos que conspiraram contra a Presidência da República e o Brasil», disse.

O presidente, que amanhã completa 77 anos, também falou que quer limpar o seu nome e deixar uma biografia de herança para a sua família. «Me orgulho de uma longa vida de muito trabalho, estudo e dedicação ao longo da qual fui advogado, professor, procurador do Estado, presidente da Câmara e, agora, presidente da República. Quero continuar a honrar meu nome, herança limpa que recebi de meus pais e que deixarei limpo para meus filhos, filhas, netos e netas», diz.

EM

Despois de conspirar contra Dilma, Temer denuncia conspiração

Depois de trair a presidente Dilma Rousseff e se tornar o mais impopular ocupante da cadeira presidencial da história do Brasil, com apenas 3% de aprovação, após ser denunciado por corrupção, obstrução judicial e comando de quadrilha, Michel Temer gravou um vídeo que revela seu desespero; Temer comparou o Brasil de hoje a um «regime de exceção» e disse que «conspiraram» contra ele; «Conspiraram para deixar impunes os maiores criminosos confessos do Brasil, finalmente presos», afirmou; Temer disse ter convicção de que a Câmara dos Deputados, que terá que julgar se autoriza ou não o prosseguimento desta segunda denúncia, o absolverá e encerrará os «últimos episódios de uma triste página da história»; no dia da votação do golpe, a assessoria de Michel Temer divulgou foto em que ele aparece feliz com o resultado de sua conspiração.

Um dia depois de chegar à Câmara a denúncia de que lidera uma organização criminosa e obstruiu a Justiça, Michel Temer foi às redes sociais tentar se defender.

Em vídeo divulgado em sua página no Twitter, Temer ataca o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e compara o Brasil de hoje a um «regime de exceção». «Só regimes de exceção aceitaram acusações sem provas, movidos por preconceito, ódio, rancor ou interesses escusos. Lamento dizer que, hoje, o Brasil pode estar trilhando este caminho», diz Temer.

Temer criticou os supostos «abusos» cometidos contra ele e afirmou ter convicção de que a Câmara dos Deputados, que terá que julgar se autoriza ou não o prosseguimento desta segunda denúncia, o absolverá e encerrará os «últimos episódios de uma triste página da história».

«A verdade prevaleceu ante o primeiro ataque a meu governo e a mim. A verdade, mais uma vez, triunfará. Tenho convicção absoluta de que a Câmara dos Deputados encerrará esses últimos episódios de uma triste página de nossa história, em que mentiras e inverdades induziram a mídia e as redes sociais nestes últimos dias. A incoerência e a falsidade foram armas do cotidiano para o extermínio de reputações», afirmou.

«Graças aos áudios que tentaram esconder, mas que vieram a público acidentalmente, sabe-se que contra mim, armou-se conspiração de múltiplos propósitos. Conspiraram para deixar impunes os maiores criminosos confessos do Brasil, finalmente presos», afirmou o peemedebista.

A segunda denúncia contra Michel Temer deve ser lida no Plenário da Câmara nesta segunda-feira, 25.

Leia reportagem da Reuters sobre o assunto:

A denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução das investigações e organização criminosa deve ser lida no plenário da Câmara dos Deputados na próxima segunda-feira.

A leitura da denúncia é requisito necessário para a notificação do presidente, momento a partir do qual passará a contar o prazo para a apresentação da defesa à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Mas a peça precisa ser lida durante uma sessão, que só pode ser aberta com no mínimo 51 deputados na Casa. No início da tarde desta sexta-feira, aplicativo da Câmara que informa o quórum apontava seis deputados na Casa. Como há sessão deliberativa convocada para a manhã de terça-feira, é mais provável que haja o quórum de 51 deputados na segunda-feira.

Por ora, a denúncia encontra-se na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, onde está sendo processada e numerada. Quando for lida, a peça será encaminhada para a CCJ, órgão da Câmara a quem cabe formalmente a notificação. Uma vez notificado o presidente, passa a contar o prazo de dez sessões (do plenário da Câmara) para a apresentação da defesa de Temer.

Após a manifestação da defesa, passa correr, então, o prazo de cinco sessões (também do plenário) para que o deputado escolhido como relator do caso apresente um parecer.

O parecer é então votado pela CCJ, e depois, pelo plenário. A denúncia só tem continuidade se receber o apoio de 342 deputados –número equivalente a dois terços do plenário.

Brasil247


Brasil: una votación negativa en diputados pondría a Temer en la cuerda floja

El presidente de Brasil, Michel Temer, será sometido a una votación en la cámara de diputados de ese país, el próximo mes, en la que necesita dos tercios de los votos para aceptar la denuncia y suspenderlo por seis meses del cargo.

La mencionada denuncia se refiere a un acto de corrupción en el que habría incurrido el presidente que asumió tras el golpe de Estado que sufrió la presidenta electa democráticamente, Dilma Rousseff.

Temer hizo declaraciones en la que se trató de desligar de la denuncia, y dijo haber sido víctima de una «conspiración» que «forjó pruebas» para exponerlo.

Temer cargó contra el ex procurador general, Rodrigo Janot, encargado de la denuncia, y su principal acusador, el empresario corrupto confeso Joesley Batista, dueño del frigorífico JBS, el mayor productor mundial de proteína animal.

El gobernante será sometido el próximo mes a una votación en la Cámara de Diputados, que necesita dos tercios de los votos para aceptar la denuncia y suspenderlo por seis meses del cargo.

La corte suprema rechazó ayer por 10 votos contra 1 un pedido de Temer para suspender la denuncia de Janot.

Infonews

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