Brasil: Lula dice que el PT necesita renovar su dirigencia «con cabeza del siglo XXI»

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El ex presidente Luiz Inácio Lula da SIlva afirmó que su Partido de los Trabajadores (PT) necesita producir nuevos dirigentes con una «cabeza del siglo XXI» para reemplazar a su generación en la conducción política de la agrupación.

«El PT tiene que tener escuelas de base política, coraje para innovar como lo requiere el siglo XXI. No necesitamos tener apenas nuevos programas de gobierno, sino nuevos dirigentes, personas con la cabeza en el siglo XXI», dijo el ex mandatario en San Pablo.

La declaración fue hecha al lanzar la plataforma digital «El Brasil que el Pueblo Quiere» ante jóvenes. La iniciativa es un llamado a la población para presentar propuestas que sirvan al programa electoral del PT en las elecciones generales que el país celebrará el año que viene.

Lula es el único potencial candidato, según la última encuesta encargada por la Confederación Nacional del Transporte (CNT), divulgada el martes, en vencer en todos los escenarios de primera y segunda vuelta de los comicios del próximo año para suceder a Temer.

Télam


No século 21, PT e esquerda têm que ter coragem de inovar, diz Lula

O PT e a Fundação Perseu Abramo lançaram na manhã de hoje (21) a plataforma «Brasil que o Povo Quer», para ouvir e debater com a sociedade o processo de construção de um novo programa para o Brasil. A iniciativa é ancorada em uma base digital, aberta à participação da população, com debates transmitidos ao vivo pela internet, além de reuniões nos diretórios do PT. O lançamento do projeto contou com a participação de várias lideranças do partido, a começar de sua presidenta, Gleisi Hoffmann, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e representantes de inúmeras entidades do movimento social, como UNE, MST, MTST, CUT, entre outras.

“Fazer um chamamento à sociedade para que ela diga o Brasil que quer é a primeira demonstração de que o PT evoluiu e a esquerda evoluiu para compreender que o país não é nosso, nós é que somos do país”, resumiu Lula, sobre o significado da proposta. “Não vamos ter medo do que a população tem a falar”, pediu.

Em sua fala, comentou sobre a importância de o partido usar a plataforma para entender a evolução da sociedade e suas necessidades no mundo contemporâneo. “O PT está precisando produzir não apenas novos programas, mas novos dirigentes, gente com a cabeça no século 21”, disse.

Ele mencionou as questões das drogas, da religiosidade e da sexualidade como exemplos de temas que exigem abordagens mais avançadas pela legenda. “Não podemos aceitar o voto de um juiz que acha que a homossexualidade é coisa de psicólogo. Em nome da diversidade, a gente tem que ter coragem de dizer que uma pessoa é o que ela quer ser. Como a gente vai tratar a questão de drogas no país? Como se fosse caso de polícia? A gente vai ver jovens meninos negros e meninas da periferia e, porque é encontrada com um baseado, é presa e fica dois anos sem alguém pra liberar essa criança?”, disse. “O PT tem que ter coragem de dizer que não aceita que nenhuma religião tenha supremacia sobre a outra. O partido tem que assumir essas coisas porque, no século 21, a gente tem que ter coragem de inovar.”

Ele afirmou que, no mesmo momento em que se pronunciava, teve a ideia de propor reuniões com todas as instituições que trabalham com dependentes químicos, incluindo as igrejas católica, evangélica e terreiros de umbanda, para ajudar a desenvolver propostas.

Lula afirmou que a opinião das pessoas expressa por meio da plataforma Brasil que o Povo Quer vai servir ainda para esclarecer temas que são objeto de “confusão”, como as avaliações críticas ao seu modelo de governo, por ter incentivado o consumo. “Vejo as pessoas falarem em consumo como se fosse uma coisa nefasta. Eu não consigo ver produção sem consumo. O consumo é a base do desenvolvimento produtivo de qualquer lugar do mundo. Imagina fazer a Revolução Russa se não fosse pro povo consumir o que não consumia no tempo dos czares?”.

Para defender programas sociais e inclusivos de seu governo e o de Dilma Rousseff, ele usou a ironia. “Não tenho bronca de quem não entende as coisas. Como um jovem que mora na Avenida Paulista vai compreender o que significa o Luz para Todos?”, questionou, por exemplo. “Ele não sabe o que é viver com candeeiro. Aliás, não sabe nem o que é um candeeiro. Não fico chateado quando as pessoas não compreendem o valor do asfalto. Não sabe o que é sair para ir trabalhar pisando no barro. Quem mora aqui não tem noção do que é uma cisterna.”

“Desfaçatez mentirosa»

O ex-presidente avalia o atual momento pelo qual passa o país como “difícil, mas excepcional”. “As pessoas estão procurando alguma coisa, um caminho, precisam de alguém que ajude a procurar esse caminho. Estou convencido de que finalmente o PT acordou para o processo de criminalização que tentam fazer contra o partido.” Ele se referiu à célebre entrevista coletiva de Deltan Dallagnol em que o procurador da República “prova” que Lula é “comandante máximo” de um esquema de corrupção por meio do PowerPoint. “É a maior desfaçatez mentirosa contra o partido mais importante da América Latina, que mais fez inclusão social da história deste do país”, disse. “O crime do PT foi governar para o povo pobre.”

Para Lula, procuradores e investigadores do tipo de Dallagnol “são verdadeiros analfabetos políticos”. Sobre os processos pelos quais as denúncias são construídas, acrescentou: “A imprensa mente, a Polícia Federal faz inquérito mentiroso, o Ministério Público faz uma denúncia criminosa, e o juiz aceita. E depois eu que tenho que provar que não fiz”.

O ex-presidente ainda avisou: “Eles mexeram com quem não deveriam. Estão mexendo um político que não roubou, não tem medo deles e a única coisa que tem é a sua honra”.

Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad defendeu a retomada de “uma agenda forte na educação”, tal como desenvolvida nos governos Lula e Dilma, dos quais foi ministro da área. “Essa plataforma é importantíssima e vai revelar o desejo de que o processo libertário pela educação seja retomado com Lula presidente em 2019.”

Em rápida fala, Gleisi Hoffmann elogiou a iniciativa e comentou as prioridades do governo Michel Temer. “Fiquei abismada ao ver o orçamento da área social. Estão destruindo todo o sistema de seguridade do país.”

Rede Brasil Atual

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