Brasil: Temer viaja a China en busca de inversiones para un vasto plan de privatizaciones

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El presidente de Brasil, Michel Temer, viaja el martes a China con el objetivo de atraer inversiones para un vasto plan de privatizaciones y participar en una reunión del grupo BRICS de potencias emergentes.

«Esperamos que China se interese por participar en esas concesiones que haremos y pueda traer capital a Brasil. Para nosotros sería muy útil», afirmó Temer en una entrevista con la televisión estatal china CCTV.

La lista de más de 50 activos abarca puertos, aeropuertos -incluido el rentable terminal aéreo de Congonhas, en el estado de Sao Paulo-, licitaciones petroleras y gestión de loterías.

En el paquete figuran igualmente Eletrobras, la mayor empresa de energía de América Latina, y hasta la Casa de la Moneda, que imprime la divisa nacional y los pasaportes.

«Brasil es un destino seguro para inversiones chinas y un importante proveedor de alimentos e insumos para China, nuestro principal socio comercial», aseguró el lunes el portavoz de la presidencia, Alexandre Parola.

Temer, que viaja con una comitiva de ministros, legisladores y al menos 40 empresarios, se reunirá el viernes 1º de septiembre en Pekín con el presidente Xi Jinping y el primer ministro Li Keqiang. Está prevista la firma de acuerdos bilaterales en áreas de «infraestructura, salud, cultura y tecnología», informó Parola.

El sábado, participará en un Seminario Empresarial Brasil-China, con hombres de negocios chinos que ya realizaron inversiones o tienen interés en invertir en el país sudamericano, que busca abrir su economía para retomar el crecimiento, después de dos años de grave recesión.

Del 3 al 5 participará en Xiamen (este) en la IX cumbre de grupo BRICS (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica). Temer aprovechará dicha reunión para fomentar el comercio y captar inversiones entre los demás miembros del bloque, informó el gobierno.

China es, desde 2009, el principal socio comercial de Brasil. En 2016, el intercambio llegó a 58.497 millones de dólares, con un saldo de 11.769 millones favorable al país sudamericano, según datos del ministerio brasileño de Industria y Comercio Exterior (MDIC).

Brasil busca diversificar su pauta, dado que lo esencial de su facturación proviene de las exportaciones de soja (41% del total), de mineral de hierro (20,50%) y de aceites brutos de petróleo (11,12%), en tanto que sus importaciones tienen un fuerte componente de productos manufacturados e industriales.

El gobierno brasileño también busca inversores, después de haber lanzado este mes el mayor programa de privatizaciones en dos décadas.

Según las evaluaciones, el país podría recaudar de ese modo unos 40.000 millones de reales (12.700 millones de dólares) antes de fines de 2018, cuando debe concluir el mandato de Temer.

Los anuncios de inversiones despiertan resistencias y temores.

«¿Alguien en su sano juicio creerá que los chinos, que se están preparando para comprar el sector eléctrico brasileño, se preocuparán por la acción social en Brasil? Eso no existe, los chinos vendrán para ganar dinero», afirmó la semana pasada el coordinador del Colectivo nacional de trabajadores del Sector Eléctrico (CNE), Fernando Pereira.

El Nuevo Diario


Temer viaja nesta terça para a China em busca de interessados em concessões

O presidente Michel Temer viajará na manhã desta terça-feira (29) para a China. Ele aproveitará o período no exterior para buscar investidores interessados no pacote de concessões e privatizações anunciado pelo governo na semana passada.

Ao todo, Temer passará cerca de dez dias fora do Brasil. Na China, ele fará visita de Estado e se reunirá com empresários, em Pequim, além de participar da 9ª Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Xiamen.

No período em que Temer estiver na China, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), exercerá de forma interina a Presidência da República.

Busca por investidores

Ao conceder entrevista à TV estatal chinesa CCTV, Temer destacou que pretende aproveitar a viagem para apresentar o pacote de concessões e privatizações. Um dos exemplos citados pelo presidente foi a privatização da Eletrobras, estatal do setor elétrico.

«Esperamos que a China possa se interessar de participar desses eventos, dessas concessões que nós vamos fazer, para se trazer naturalmente capital para o Brasil», disse.

Na semana passada, o conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), órgão responsável pelas concessões no governo federal, aprovou uma lista com 57 ativos que podem ser ofertados à iniciativa privada.

Além da Eletrobras, entraram na relação do PPI, por exemplo, a Casa da Moeda, terminais portuários, rodovias, linhas de transmissão e aeroportos, entre os quais o de Congonhas (São Paulo).

Agenda

Em razão da distância entre o Brasil e China, e também das escalas previstas, Temer deverá desembarcar em Pequim somente na quinta (31).

No dia seguinte, se iniciará a programação oficial da visita de Estado. Além do encontro com o presidente da China, Xi Jinping, Temer se reunirá com o primeiro-ministro do país, Li Keqiang.

No sábado (2), o presidente participará do Seminário Empresarial Brasil-China, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Segundo o governo, participarão do seminário empresários chineses que «já investem ou têm interesse em investir no Brasil».

Um dia depois, Temer viajará para Xiamen, também na China, para a cúpula do Brics, que se estenderá até o dia 5 de setembro. Ao fim do encontro, o presidente retornará ao Brasil.

Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, no encontro do bloco, Temer pretende intensificar o «engajamento» nas atividades do Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2014 e operado pelos países do Brics. A intenção também é reforçar o pacote de concessões e privatizações.

Visita de Estado

Ainda de acordo com Alexandre Parola, a viagem de Temer à China também tem como objetivo ampliar a diversidade das exportações do Brasil para a China, além da busca por novos investimentos, especialmente na área de infraestrutura.

«Defesa do multilateralismo, resistência ao protecionismo e combate ao aquecimento global» também estão entre os temas a serem discutidos pelo presidente durante a visita de Estado.

Segundo Parola, está prevista a assinatura de acordos bilaterais entre Brasil e China em áreas como infraestrutura, saúde, cultura e tecnologia.

Eventual denúncia

A viagem de Temer à China acontece na mesma semana em que há a expectativa no mundo político de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, oferecer nova denúncia contra o presidente.

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Janot denunciou Temer em junho pelo crime de corrupção passiva, mas a acusação foi rejeitada pela maioria dos deputados e, com isso, o processo não seguiu para o Supremo Tribunal Federal.

Questionado sobre uma eventual nova denúncia, nesta segunda (28), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo está preparado para «enfrentar» a denúncia política e juridicamente.

«Se vier uma nova denúncia, por certo nós estaremos preparados para politicamente enfrentá-la, no que diz respeito ao campo político, e juridicamente enfrentá-la no campo jurídico», declarou Padilha na ocasião.

O Globo

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