Siguen los cuestionamientos a Temer por el aumento de impuestos en los combustibles

586

Aumento de impostos balança apoio a Temer

Até semana passada indicadores econômicos jogavam a favor do governo Michel Temer (PMDB). Mas a decisão de aumentar impostos PIS/Confis pendeu a balança contra o presidente a pouco mais de uma semana de ter sua denúncia votada no plenário da Câmara dos Deputados.

Parte dos aliados defende que a medida foi um mal necessário. Outra ala, no entanto, criticou a resolução que considerou unilateral. No final do ano passado, com a base ainda sólida, Temer conseguiu aprovar a PEC do teto de gastos sob o argumento de equilibrar as contas e evitar a necessidade de aumento de carga tributária. O anúncio da elevação tributária chegou menos de oito meses depois da votação e desagradou.

“Foi feito no recesso parlamentar. O mais adequado seria o ministro ir a Câmara explicar, mostrar os números e a real necessidade. Com certeza causa um mal estar. Diante do momento da votação do dia 02 não sei se tem impacto direto, mas com certeza causa desconforto”, diz um dos vice-líderes do governo na Câmara, Domingos Neto (PSD).
O setor econômico iniciou as críticas do que pode vir a ser uma bola de neve. Com o aumento nos combustíveis, há chance de inflação geral de produtos que dependem de transporte rodoviário. No parlamento, aliados de outrora criticam a falta de comunicação do governo com a base, que está em recesso.

Doimingos Neto afirma ainda que a bancada de seu partido, que configura o Centrão, não ficou satisfeita com a mudança. Ele argumenta que cortes seriam mais apropriados para equilibrar as contas.

O aumento tributário também ecoou no Senado. “O governo superestimou as receitas para atender grandes corporações, aumentou a liberação de emendas parlamentares diante da uma denúncia em votação na Câmara dos Deputados e, na sequência, dobra o valor do PIS/Cofins sobre os combustíveis”, disse o senador Ronaldo Caiado (GO), do DEM, partido da base que apoiou o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).
Para os mais fiéis aliados, como o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), foram os entreves às reformas tributária e previdenciária que causaram essa situação. “O resultado é esse aumento de impostos não desejado, mas necessário”, avaliou.

Para o deputado Danilo Forte (PSB), a alta de imposto ainda é uma tentativa de cobrir rombos deixados pelo governo Dilma. “Não tinha outra alternativa senão esse aumento nos combustíveis que felizmente estavam com preços em queda”, afirma.

Na visão do oposicionista José Guimarães (PT-CE), o governo não conseguirá honrar a promessa de retomar o crescimento. “Se os deputados no dia 2 de agosto votarem pela não aceitação (da denúncia) vão dar um tiro no pé”, afirma.

O Povo


Após criticar aumento de imposto, presidente da Fiesp se reúne com Temer em São Paulo

Após criticar duramente a alta de impostos anunciada pelo governo na semana passada, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, se reuniu neste domingo (23) durante quatro horas com o presidente da República, Michel Temer.

Skaf deixou a residência de Temer no Alto de Pinheiros em São Paulo sem falar com a imprensa.

Na última quinta-feira (20), a Fiesp divulgou nota assinada por Skaf afirmando estar «indignada» com a decisão da equipe econômica de aumentar impostos para tentar cumprir a meta fiscal de 2017.

O governo elevou o PIS/Cofins sobre os combustíveis e espera arrecadar mais R$ 10 bilhões com a medida. A entidade criticou ainda o aumento de gastos do governo e afirmou que a alta dos tributos não vai resolver a crise, mas agravá-la ainda mais.

Skaf é do PMDB, mesmo partido de Temer. Ele chegou à residência do presidente por volta das 13h30 e saiu às 17h30.

Temer diz que população entenderá aumento de impostos dos combustíveis

Além de Paulo Skaf, Temer recebeu hoje o economista e ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, e seu advogado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. O advogado defende o presidente das acusações da delação da JBS. Recentemente ele declarou que Temer não cometeu crime e que a denúncia de corrupção passiva da Procuradoria-Geral da República é baseada em suposições.

A agenda de Temer neste domingo não previa compromissos.

R7

Más notas sobre el tema