Lula: «La palabra soborno fue inventada por empresarios y fiscales para inculpar a políticos»

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Lula: la palabra soborno es un invento para culpar a políticos

El expresidente de Brasil, Lula da Silva, aseguró este lunes que la palabra “soborno” es un invento de empresarios y fiscales de ese país para culpar a la clase política.

«La palabra soborno es una palabra que fue inventada por los empresarios para intentar inculpar a los políticos… o por el Ministerio Público (la Fiscalía); por todo lo que leo en la prensa todas las campañas en Brasil se hicieron con donaciones de empresarios», afirmó el exmandatario en una entrevista a la Radio Tiradentes, del Estado de Amazonas.

«Todos piden dinero al empresario, todos, toda la vida, desde que fue proclamada la República, la diferencia es que ahora transformaron donaciones en sobornos, entonces todo quedó como algo delictivo», agregó.

Asimismo, opinó que si un candidato rinde cuentas a la Justicia Electoral sobre las donaciones y sus cuentas son aprobadas no debe señalarse a nadie, sin embargo, consideró la necesidad de cambiar la forma como se financian las campañas electorales en su país.

«Si los políticos no tienen la valentía de cambiar la legislación electoral, crear un fondo de financiamiento de campaña para que no sean dependientes de empresarios Brasil no tendrá solución», aseveró.

Al Partido de los Trabajadores (PT) de Lula y a la gran mayoría de partidos políticos de Brasil los acusan de haberse financiado de forma irregular con donaciones ilícitas pertenencientes a grandes empresas, como las constructoras Odebrecht y OAS.

Lula fue condenado el 12 de julio a nueve años y medio de cárcel por supuestamente haber recibido un apartamento en Guarujá (estado de São Paulo) como forma de soborno por parte de la empresa OAS. El líder del PT insistió en su inocencia durante la entrevista de este lunes y aseguró que fue condenado sin pruebas.

De igual forma, calificó de inmoral e ilegal el «impeachment» que apartó a Dilma Rousseff de su cargo y agregó que una parte de la élite brasileña no sabe convivir con la democracia.

Telesur


Lula diz que propina foi ‘inventada’ por empresários e pelo MP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, 24, que a palavra «propina» foi «inventada» por empresários e pelo Ministério Público para «tentarem culpar os políticos». Segundo o petista, todos os políticos, «desde que foi proclamada a República», sempre usaram doações empresariais nas campanhas.

«A palavra propina foi inventada pelos empresários para tentarem culpar os políticos. Ou pelo Ministério Público. Por tudo o que leio na imprensa, todas as campanhas do Brasil sempre foram feitas (com financiamento de empresas)», disse o ex-presidente em entrevista à rádio Tiradentes do Amazonas, transmitida ao vivo pelo Facebook de Lula. «A diferença é que agora transformaram as doações em propina, então tudo ficou criminoso».

O petista defendeu, ainda, a criação do fundo público eleitoral, em discussão na Câmara. «Se os políticos não tiverem coragem de mudar a legislação eleitoral, de criar um fundo de financiamento de campanha para que não fiquem mais dependentes de empresário, o Brasil não vai ter jeito», disse.

Sem falar diretamente em caixa 2, Lula disse que o candidato que prestou contas à Justiça Eleitoral sobre doações empresariais, e elas foram aprovadas, não teria culpa.

«Quando o empresário deu o dinheiro, certamente ele não disse ‘vou te dar o dinheiro, mas é propina’. Se ele avisasse e o candidato aceitasse, deveria ser preso, o empresário e o candidato», disse o ex-presidente, que questionou: «Se ele (empresário) deu dinheiro, o candidato colocou na prestação de conta e a Justiça Eleitoral aprovou, que culpa tem esse candidato?»

O ex-presidente voltou a negar que soubesse de casos de corrupção dentro do partido. «Tem muitas coisas que acontecem dentro da sua casa, na sala do lado do seu trabalho, e você nao sabe. Você não é obrigado a saber», disse.

Condenado a 9 anos e meio de prisão pelo juiz Sérgio Moro e com seus bens bloqueados a pedido do magistrado, Lula afirmou que irá recorrer das decisões em segunda instância. «Vamos ver se desmontamos isso», disse o petista, que voltou a chamar o processo de mentiroso e a culpar a participação da imprensa. «Seria muito mais barato para o Brasil se eles tivessem acreditado quando eu disse que o apartamento não era meu».

Na entrevista, Lula voltou a criticar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas criticou o segundo mandato da petista que, segundo ele, veio após uma «campanha muito nervosa e muito radicalizada».

«Depois das eleições, a gente percebeu que a Dilma fez algumas coisas que não estavam no discurso que agradou tanto a esquerda para lhe apoiar em 2014. Começamos a ter um problema de queda das pesquisas da opinião publica, queda da economia e queda do emprego, até que veio o impeachment da companheira Dilma, que foi uma coisa ilegal», disse.

Para o petista, «foi triste ver tantos amigos da Dilma» votarem pelo impeachment, o que chamou de um «erro histórico» com o País. Disse, ainda, que nas próximas eleições pediu para que o partido atuasse de forma separada de outras siglas, para demarcar o discurso.

«Nessas eleições agora, pedi para o PT saísse separado, para demarcar nosso discurso. Porque senão dá a impressão de que está todo mundo na mesma bacia e não é verdade. É preciso que a gente mostre a diferença política nesse momento. Acho que o Zé Ricardo (candidato do PT para o governo do Amazonas, José Ricardo Wendling) vai fazer isso com muita competência».

Estadao

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