La universidad brasileña de Campinas es la mejor de Latinoamérica, según ranking
¿Cuáles son las mejores universidades de América Latina en 2017?
La revista británica Times Higher Education publicó su ránking de las mejores universidades de Latinoamérica, la cual es encabezada por universidades de Brasil y Chile. En la lista no aparece ninguna institución peruana.
La Universidad de Campinas (Unicamp) subió al primer lugar, que el año pasado ocupó la Universidad de Sao Paulo, hoy en la segunda ubicación. La publicación destaca que el cambio se dio gracias «a su fuerte actuación en términos de influencia en la investigación y ganancias en la industria».
Dominio brasileño. Brasil domina el ránking con 23 de los 81 puestos. Sin embargo, solo 18 de estas entre los primeros 50 a diferencia de las 23 del año pasado. En general, 20 universidades de este país cedieron posiciones.
EL TOP 20
1. Universidad de Campinas (Brasil)
2. Universidad de Sao Paulo (Brasil)
3. Universidad Católica de Chile
4. Universidad de Chile
5. Universidad de Los Andes (Colombia)
6. Instituto Tecnologício y de Estudios Superiores (México)
7. Universidad Federal de Sao Paulo (Brasil)
8. Universidad Federal de Rio de Janeiro (Brasil)
9. Universidad Católica de Rio de Janeiro (Brasil)
10. Universidad Autónoma de México
11. Universidad Federal de Minas Gerais (Brasil)
12. Universidad Estatal Paulista (Brasil)
13. Universidad de Concepción (Chile)
14. Universidad Federal ABC (Brasil)
15. Universidad Federal de Santa Catarina (Brasil)
16. Universidad Católica de Río Grande de Sur (Brasil)
17. Universidad de Antioquía (Brasil)
18. Universidad Federal de San Carlos (Brasil)
19. Universidad de Brasilia (Brasil)
20. Universidad Nacional de Colombia
20. Universidad Católica de Valparaiso (Chile)
Según Marcelo Knobel, rector de la Unicamp, el liderazgo de su universidad se debe a las mejoras a largo plazo que han implementado a su estrategia de investigación y a sus esfuerzos en transferencia de conocimientos en los últimos 15 años. Pese al éxito, también advirtió que pasan dificultades económicas por la crisis económica del país.
Unicamp supera USP e lidera ranking de universidades da América Latina
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aparece como a melhor da América Latina em 2017 segundo um dos principais rankings internacionais de universidades, o THE (Times Higher Education).
A instituição superou a USP (Universidade de São Paulo), líder no ano passado –é a primeira vez que ela é ultrapassada por outra entidade brasileira em uma classificação internacional.
A pontuação das duas foi bastante parecida, mas a estadual de Campinas se saiu melhor em dois dos cinco indicadores: citações de artigos científicos e transferência de tecnologia.
Além destes dois critérios, são avaliados ainda ensino, pesquisa e perfil internacional. Essas cinco dimensões são compostas pela junção, ao todo, de 13 índices (veja o ranking das 50 melhores ao final).
A edição 2017 do THE com foco na América Latina foi divulgado nesta quinta-feira (20). Essa é a segunda vez que a publicação, que é britânica, faz o levantamento apenas com instituições de ensino e pesquisa da região.
«Considero fantástico ver duas universidades de qualidade internacional competirem pelo prestígio de ser a principal instituição brasileira no ranking», afirma Phil Baty, editor dos rankings Times Higher Education, no material de divulgação da publicação. «Estas duas universidades tão diferentes representam a diversidade e a excelência no setor do ensino superior do Brasil.»
Para o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, o reconhecimento é resultado de esforços acumulados. «É resultado de um trabalho que a universidade vem fazendo com relação à pesquisa, internacionalização e inovação. Ficamos contentes», diz.
«A colocação das três universidades paulistas [incluindo a Unesp, que perdeu uma posição e ficou em 12º] mostram o sucesso do modelo paulista de ensino superior. É importante que a sociedade saiba da importância que a universidade pública e gratuita tem para o desenvolvimento da sociedade.»
As três estaduais contam com autonomia financeira e são financiadas por parcela fixa do ICMS (Impostos sobre Circulação de Mercadoria e Serviços). Desde 2014, enfrentam dificuldades nas contas, com a folha de pagamento consumindo praticamente a totalidade dos repasses.
Knobel afirma que há risco de a crise afetar o desempenho das universidades no futuro, mas a solidez dos projetos trazem segurança. «Temos que lidar com anos de recuperação, mas temos capital humano consolidado que vai permitir passar por esses momentos.» Fundada em 1966, a Unicamp soma 26,9 mil alunos.
Além das duas estaduais, há outras três brasileiras no «top 10». A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) ficou em 7º lugar, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), em 8º, e a PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), em 9º.
O Brasil figura com 18 instituições entre as 50 mais bem colocadas, o maior grupo entre os países da região. Porém perdeu espaço na lista: em 2016, eram 23 brasileiras. Ao todo, 20 caíram no ranking –muitas até melhoraram suas pontuações, mas ficaram para trás considerando-se o avanço das instituições estrangeiras. Entre as 81 listadas, 32 são brasileiras.
«O Brasil gasta mais em pesquisa e desenvolvimento do que os outros países da região, mas seu investimento é baixo para os padrões internacionais. Apesar do nível alto da produtividade das suas pesquisas, a proporção gasta especificamente com o ensino superior é menor do que a da Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai. Os salários dos pesquisadores também são muito baixos para os padrões internacionais e estão entre os mais baixos da região», afirma Phil Baty, do THE.
O Chile desafia a liderança do Brasil com 15 universidades entre as 50 melhores, 11 a mais do que no ano passado. A terceira melhor instituição da América Latina neste ano é a PUC-Chile (Pontifícia Universidade Católica do Chile), seguida da Universidade do Chile.
A Colômbia possui cinco entre as 50 melhores. A Universidade dos Andes subiu cinco posições e aparece agora em 5º lugar.
Questionada na noite de quarta-feira (19), a reitoria da USP não se posicionou sobre a lista até a publicação desta reportagem. Na última edição principal do THE, que leva em conta universidades de todo mundo, a USP ficou em primeiro na América Latina.
A liderança da USP também aparece em outras publicações internacionais, como um outro levantamento da THE sobre reputação acadêmica e nos rankings QS.