Aumenta el número de mujeres que lideran investigaciones científicas en Brasil

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Cresce o número de mulheres que lideram pesquisas científicas no Brasil

O número de mulheres pesquisadoras cresceu 11% nas últimas duas décadas no Brasil. Hoje, elas já são responsáveis por 49% dos artigos científicos. Essa porcentagem ultrapassa até a frente de países como o Canadá, Reino Unido e a França, segundo o relatório Gender in the Global Research Landscape (Gênero no Cenário Global de Pesquisa, em tradução livre).

Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), entre os 5 mil professores e pós graduandos, 2,56 mil são mulheres. Nos campi da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara e Rio Claro, as mulheres representam pouco mais de 46%.

Nos campi da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos e Pirassununga, elas são minoria entre os pesquisadores, são mais de 2,1 mil homens e apenas 1,4 mil mulheres.

Universo “masculino”

No decorrer da história os homens dominaram a autoria das publicações científicas. Atualmente esse cenário começa a mudar. O problema para algumas das mulheres que fazem parte do mundo acadêmico é que ainda sim esse universo é masculinizado.

A doutora Débora Milori foi a primeira pesquisadora mulher da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na unidade de instrumentação em São Carlos (SP). Hoje, ela coordena o laboratório de óptica e fotônica.

“Tão grave quando a discriminação é o fato de que esse universo é construído totalmente em cima de uma realidade masculina, sem levar em conta a singularidade, somos indivíduos biologicamente diferentes, e as diferenças tem que ser respeitadas”, ressaltou Débora.

Teto de Vidro

Outro problema que precisa ser vencido é a baixa participação das mulheres nos altos cargos das universidades.

“O fenômeno do teto de vidro é uma metáfora que se usa para representar a segregação vertical das mulheres no mundo da ciência, elas estão presentes, mas assim como no mundo corporativo quando se atinge um determinado ‘teto ’é mais difícil elas prosseguirem”, disse a pesquisadora e professora da UFSCar Cristina Hayashi.

“Ciência Que Elas Fazem”

Há um mês, a professora Thaís Jordão do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e as alunas do campus da USP de São Carlos criaram o grupo “Ciência Que Elas Fazem”, como forma de divulgar o nome das mulheres na ciência.

“Existe um movimento na USP que é o seguinte ‘lugar de mulher é onde ela quiser’, então o projeto se alinha com o pensamento, mas mais com o teor de divulgação, porque poucas pesquisadoras são reconhecidas”, explicou Thaís Jordão.

Oglobo

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