Brasil: tribunal electoral reinicia juicio que podría costarle el cargo a Temer

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Contexto Nodal
El diario O Globo reveló que, en una grabación, el presidente Michel Temer avaló la compra del silencio del ex jefe de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, para ocultar la corrupción en Petrobras. Cunha está condenado a 15 años de prisión por su participación en el caso de la petrolera estatal. La oposición pide la renuncia del mandatario y que se convoque a elecciones directas.

Brasil: en medio de la crisis, reinicia el juicio que puede hacer caer a Temer

El presidente de Brasil, Michel Temer, afronta desde hoy un juicio de tres días que podría acabar con su mandato, en medio de la grave crisis institucional que sacude al país.

El Tribunal Superior Electoral (TSE) juzgará formalmente por presuntos delitos de financiación ilegal a la fórmula ganadora de las elecciones presidenciales de 2014, compuesta por la expresidente Dilma Rousseff y Temer, entonces candidato a vicepresidente.

En caso de que la Corte declare culpable a la dupla Rousseff-Temer, la sentencia anularía el mandato del líder conservador, poco más de un año después del «impeachment» a su predecesora y en medio del grave escándalo de corrupción que lo golpea.

El proceso ya había sido aplazado en abril por la presentación de más testimonios. El TSE prevé ahora tres días para tratar el caso en cuatro sesiones.

La primera empieza esta tarde. Las siguientes están previstas para el miércoles y jueves a partir de la mañana.

Un posible desenlace del juicio en ese plazo es incierto. También se baraja un nuevo aplazamiento, ya que cualquiera de los siete jueces del TSE puede pedir otra prórroga para estudiar más pruebas. En ese caso, se dispondría una nueva vista más adelante.

La denuncia contra la fórmula electoral es antigua (la primera demanda se presentó en 2014), pero el proceso cobró ahora relevancia como posible salida a la actual crisis política.

Temer está desde hace casi tres semanas en el ojo del huracán por una denuncia de que participó en una trama de sobornos y se niega a dimitir, con su gobierno casi paralizado.

Varios sectores políticos y económicos, incluso algunos antes afines al presidente, piden ahora su renuncia.

Los adversarios de Temer ven el juicio ante el TSE como la llave para sacarlo del poder, mientras que sectores cercanos a él lo consideran una posible «salida elegante» para el líder conservador.

El TSE intentó deslindarse de las presiones. «No le cabe al TSE resolver la crisis política», aseguró el presidente de la corte, Gilmar Mendes.

En caso de que el TSE falle contra Temer, el Congreso tendría que elegir en una elección interna a un jefe de Estado interino hasta diciembre de 2018, cuando vence el mandato original de Rousseff.

El escándalo en torno a Temer se destapó el 17 de abril, cuando se dio a conocer una denuncia contra él del empresario Joesley Batista.

Batista, dueño del gigante del sector de la carne JBS, presentó entre otras pruebas una grabación de audio que hizo a escondidas de una conversación entre Temer y él, en la que el presidente parece avalar el pago de sobornos.

El empresario cooperó con la Justicia («delación premiada») para evitar ir él mismo a juicio, después de que JBS admitiera haber sobornado durante años a políticos.

El caso de Temer está enmarcado en «Lava Jato», una investigación sobre corrupción política que comenzó hace más de tres años inicialmente en la petrolera estatal Petrobras. La megacausa salpica en tanto a decenas de empresarios y políticos.

En tanto, la Policía Federal detuvo al exministro Henrique Eduardo Alves, aliado del presidente, acusado de corrupción ligada a la construcción de un estadio de la Copa del Mundo de 2014.

El exfuncionario del gobierno de Temer fue detenido sospechado de participar en el cobro de sobornos estimados en 77 millones de reales (24 millones de dólares) en la construcción del estadio Arena Las Dunas, en la ciudad de Natal.

La Justicia Federal del estado de Río Grande do Norte ordenó la prisión de Henrique Eduardo Alves basado en delaciones de exejecutivos de la constructora Odebrecht, pivote del escándalo investigado en la causa Lava Jato.

Las sospechas sobre la relación de Alves con Lava Jato eran conocidas en mayo de 2016 cuando Temer designó a Alves como ministro de Turismo, cargo al cual renunció en junio de ese año por nuevas revelaciones comprometedoras.

Alves pertenece al partido de Temer, el Partido Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), y fue un político articulado con el otrora poderoso Eduardo Cunha, expresidente de Diputados y ahora preso por su participación en Lava Jato.

La prisión de Alves ocurrió hoy por la mañana, hora local, tres días después de la detención de otro hombre allegado a Temer, Rodrigo Rocha Loures, del PMDB, alias el «hombre del maletín».

Rocha Loures fue filmado por la policía cuando transportaba dinero de sobornos pagados por el frigorífico JBS.

Ámbito


Em clima de incerteza, TSE retoma julgamento da chapa Dilma-Temer

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira, a partir das 19h, o julgamento que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer e afastar o presidente da República. Pela primeira vez, a corte eleitoral julga a cassação de uma chapa presidencial. A análise da ação ocorre em um momento de agravamento da crise política após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, que levou à abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Temer.

Para fazer garantir sua defesa, o presidente instalou um gabinete de crise, no 3.º andar do Palácio do Planalto, e, desde a delação, ampliou o núcleo que o assessora tanto na estratégia jurídica como na política.

O cenário político de agora é diverso do identificado há pouco menos de um mês, quando o governo confiava numa vitória na corte eleitoral. A perspectiva no Planalto era de placar favorável à tese do presidente de que é preciso separar as condutas dele e da ex-companheira de chapa. Diante disso, houve uma guinada na estratégia de protelar ao máximo o processo.

A delação de acionistas e executivos do grupo J&F – holding que inclui a JBS -, porém, revestiu de incertezas o julgamento no TSE – considerado sem precedentes na história do tribunal – e deixou o presidente acossado por uma investigação criminal, na qual é suspeito dos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e participação em organização criminosa.

Auxiliares do presidente diziam ontem que ninguém no Planalto tinha segurança sobre o voto de dois ministros recém-nomeados por Temer. Tanto Admar Gonzaga como Tarcísio Vieira deram sinais desencontrados nos últimos dias.

Na semana passada, sondagem informal do governo detectou vantagem para a tese da defesa de Temer. Mas a percepção é de que há grande volatilidade nas intenções de votos dos ministros da corte eleitoral.

Ao Estado, um ministro do governo avaliou, sob a condição de anonimato, que “ninguém sabe como é a cabeça de juiz” e que o Planalto aposta, “se tudo der errado”, na interrupção do julgamento por um pedido de vista (mais tempo para analisar o processo). Caso essa estratégia jurídica seja usada, Temer ganhará tempo, pois o julgamento acabará adiado. O pedido de vista pode ser feito por qualquer ministro após a leitura do voto do relator da ação, ministro Herman Benjamin.

Delações. As sessões do julgamento estão marcadas para até quinta-feira. Um dos pontos mais importantes a serem definidos é o que questiona se há validade jurídica incluir as delações da Odebrecht e do ex-marqueteiro do PT João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, na ação de cassação da chapa. A defesa de Dilma aponta que essas delações excederiam o “objeto inicial da denúncia”. A defesa de Temer passou a apoiar esta tese, em busca da salvação do mandato do presidente.

As revelações de executivos e ex-executivos da Odebrecht e do casal são consideradas cruciais para indicar a responsabilidade dos candidatos e o desequilíbrio nas eleições de 2014. Isso porque, além do caixa 2, os delatores falaram em compra de partidos para integrar a base da apoio do PT e PMDB.

No processo, proposto pelo PSDB em 2014, a chapa é acusada de prática de abuso de poder político e econômico.

Na sessão de ontem, após as sustentações orais, Herman Benjamin inicia a apresentação de seu voto. A praxe da corte eleitoral é começar com a votação das questões preliminares propostas pelas defesas para análise no plenário – e só depois delas entrar no mérito.

A defesa de Dilma apresentou cinco preliminares, e a de Temer, quatro. Todos os ministros votarão nas preliminares. Em seguida, começa a análise do mérito: se deve ou não ser cassada a chapa, se pode haver divisão e punição diferente entre a presidente eleita e o vice-presidente eleito.

A qualquer momento, as partes podem apresentar questões de ordem. Caso o TSE decida pela cassação da chapa Dilma-Temer, o que tornaria Dilma inelegível e retiraria o mandato de Temer, as defesas ainda poderão recorrer da decisão.

Ontem, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, afirmou que o governo está monitorando possíveis protestos durante o julgamento no TSE.

Estadao


DILMA SOBRE JULGAMENTO: ‘AGUARDEMOS A JUSTIÇA’

Em palestra na PUC de São Paulo sobre Estado de Exceção, a presidente deposta Dilma Rousseff respondeu, ao ser questionada sobre o julgamento que o TSE inicia nesta terça-feira 6 e que pode cassar a chapa vitoriosa das eleições de 2014: «Aguardemos a Justiça».

A declaração foi feita na noite desta segunda-feira 5, véspera do julgamento. Dilma deu a mesma resposta quando questionada sobre o possível afastamento de Michel Temer da presidência e sobre a possível perda de seus próprios direitos políticos.

Dilma também comentou, ao ser perguntada sobre como estaria a vida: «Difícil para todo mundo».

Brasil 247


Centrais marcam greve geral para dia 30; «governo colapsou», diz presidente da CTB

As centrais sindicais se reuniram na manhã desta segunda-feira (05) e convocam todas as suas bases para uma nova greve geral, que será realizada no dia 30 de junho. A data ainda deverá ser referendada pelas categorias. Entre os organizadores estão a Central Única de Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical, a CSP-Conlutas e outras associações sindicais.

Diante do agravamento da crise no governo, após a divulgação das denúncias contra o presidente golpista, Michel Temer (PMDB), a expectativa é de que essa paralisação supere a greve geral do dia 28 de abril, como comenta o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, em conversa com o Brasil de Fato. Ele ressalta ainda que «o governo Temer é um colapso total, chegou ao fundo do poço e parece que não consegue mais levantar da sepultura».

Os objetivos da greve é a luta contra as reformas trabalhista e Previdenciária. A nova bandeira estabelecida é a defesa das Diretas Já e o #ForaTemer se mantém como norte da mobilização: «A cada delação o Brasil vai aprofundando o seu grave quadro de instabilidade, é recorrente a necessidade de ganhar as ruas!» completa Araújo.

Além da data da greve geral, as entidades divulgaram um calendário de lutas que envolve a convocação de plenárias, assembleias e reuniões por todo o Brasil, a produção de um jornal unificado, o esquenta  para a greve geral com atos e panfletagens das centrais sindicais, e a paralisação em si, que está datada para 30 de junho.

A nota na íntegra você confere a seguir:

As Centrais Sindicais convocam a classe trabalhadora para um calendário de luta e nova GREVE GERAL dia 30 de junho.

As centrais sindicais, (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CSB e A Pública- Central do Servidor), convocam todas as suas bases para o calendário de luta e indicam uma nova GREVE GERAL dia 30 de junho.

As centrais sindicais irão colocar força total na mobilização da greve em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária, contra a terceirização indiscriminada e pelo #ForaTemer.

Dentro do calendário de luta, as centrais também convocam para o dia 20 de junho – O Esquenta Greve Geral, um dia de mobilização nacional pela convocação da greve geral.

Ficou definido também a produção de jornal unificado para a ampla mobilização da sociedade. E ficou agendada nova reunião para organização da greve geral para o dia 07 de junho de 2017, às 10h na sede do DIEESE.

Agenda

– 06 a 23 de junho: Convocação de plenárias, assembleias e reuniões, em todo o Brasil, para a construção da GREVE GERAL.

– Dia 20 de junho: Esquenta greve geral com atos e panfletagens das centrais sindicais;

– 30 de junho: GREVE GERAL.

Brasil de Fato


MOVIMENTOS CRIAM FRENTE AMPLA PELAS DIRETAS JÁ

Mais de 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, criaram nesta segunda-feira 5, em Brasília, a «Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já». O movimento, que é suprapartidário, será lançado oficialmente no Congresso em um ato na próxima quarta-feira 7.

A iniciativa é mais uma demonstração de que a população quer a saída de Michel Temer do poder e escolher o novo presidente da República. Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta segunda-feira 5 apontou que 85% dos brasileiros querem a cassação de Temer e 89% defendem eleições diretas.

Neste domingo 4, um ato pelas diretas reuniu artistas de diversos gêneros musicais e uma multidão de 100 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo. Confira a nota divulgada sobre o lançamento da Frente:

CRIADA A FRENTE AMPLA NACIONAL EM DEFESA DAS DIRETAS JÁ

Reunindo mais de 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, conformou-se neste dia 5 de Junho, em Brasília, a «Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já», cujas resoluções seguem em anexo, juntamente com a nota abaixo.

NOTA

Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a legitimidade para seguir na presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, nesta primera-feira materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e as políticas públicas, além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

Assinam:

Frente Brasil Popular – FBP

Frente Povo Sem Medo – FPSM

Centra Única dos Trabalhadores – CUT

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

Associação das Mulheres Brasileira – AMB

Associação Nacional de Pós Graduandos – ANPG

Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA

Brigadas Populares

Central dos Movimentos Populares – CMP

Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

Central Pública

Centro de Atendimento Multiprofissional – CAMP

Coletivo Quem Luta Educa/MG

Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB – CBJP

Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE

Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG

Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB

Conselho Federal de Economia – CONFECON

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC

FASE Nacional

Fora do Eixo / Mídia Ninja

Fórum de Lutas 29 de abril/PR

Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

Frente de Juristas pela Democracia

Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

Central Intersindical – INTERSINDICAL

Juntos

Koinonia

Levante Popular da Juventude

Marcha Mundial das Mulheres – MMM

Movimento Camponês Popular – MCP

Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST

Movimento Humanos Direitos – MHUD

Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia – MNCCD

Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM

Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS

Partido Comunista do Brasil – PC do B

Partido dos Trabalhadores – PT

Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

Partido Socialista Brasileiro – PSB

Pastoral Popular Luterana

Rede Ecumênica da Juventude – REJU

Rua Juventude Anticapitalista – RUA

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

União Brasileira de Mulheres – UBM

União da Juventude Socialista – UJS

União Geral dos Trabalhadores – UGT

União Nacional dos Estudantes – UNE

Brasil 247

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