Brasil: gremios preparan nueva huelga general y se crea un frente parlamentario por elecciones directas
Centrais farão nova greve geral contra reformas no final de junho
As centrais sindicais aprovaram nesta segunda-feira (29) a realização de uma nova greve geral, contra as reformas e o governo Temer, no final de junho, em data a ser definida, mas que ficará entre os dias 26 e 30 do mês que vem. Embora alguns defendam 48 horas, o mais provável é que seja escolhido apenas um dia. A decisão deve sair na próxima segunda-feira (5), quando os dirigentes voltarão a se reunir, em São Paulo. Eles prometem um movimento mais amplo que o registrado em 28 de abril.
Na tarde de ontem, representantes de nove centrais se reuniram na sede da CTB, na região central de São Paulo, para avaliar a marcha a Brasília na semana passada e definir as próximas ações contra as reformas. Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, foi «o movimento mais forte e solidário da última década», mesmo com ações de possíveis infiltrados durante o ato na capital federal. «Não podemos perder esse foco», afirmou, ainda antes do final da reunião, referindo-se à tramitação das reformas da Previdência, na Câmara, e trabalhista, no Senado.
«Para nós, tudo começa e termina nas reformas, que têm rejeição de 90% da população», reforçou o diretor executivo da CUT Julio Turra. Além da manutenção do «Fora Temer», a preocupação é impedir a tramitação das propostas no Congresso, mesmo com uma possível saída do presidente, que poderia ser substituído em uma eleição indireta. «Aos olhos do mercado, Temer perdeu credibilidade», avalia Turra. Por isso, as centrais, ainda que não de forma unânime, defendem eleições diretas.
A data exata da greve deve acompanhar o calendário das reformas no Congresso. «O consenso é que será maior que a de 28 de abril», disse o dirigente cutista.
Para o presidente da CSB, Antonio Neto, o ato de Brasília mostrou que as centrais estão articuladas e unidas. «Foi uma das maiores manifestações que Brasília já viu», afirmou. Segundo ele, este é o momento de mostrar quem tem «compromisso com a história do Brasil».
O secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, disse que os sindicalistas repudiam «a atitude da polícia e de pessoas infiltradas naquele movimento (de Brasília), que originou aquela praça de guerra». Segundo ele, as centrais estudam acionar a Polícia Militar do Distrito Federal por causa do tumulto.
Além da nova greve, os sindicalistas mantêm as manifestações nas bases eleitorais de deputados e senadores. Algumas centrais deverão fazer ato diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça (6), data prevista para o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
O projeto da reforma trabalhista (PLC 38) é o primeiro item da pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (30), a partir das 10h. Na semana passada, a sessão terminou com briga entre parlamentares. O presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), deu como lido o relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e concedeu vista coletiva, o que permite a votação do projeto. A oposição contesta. Duas senadoras, Gleisi Hoffman (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), apresentaram questões de ordem contra a tramitação.
OPOSIÇÃO CRIA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DAS DIRETAS JÁ
Partidos de oposição ao governo Michel Temer (PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede) criaram nesta segunda-feira 29 a Frente Parlamentar Mista Pelas Diretas Já.
Na interpretação dos parlamentares, que se reuniram para discutir a iniciativa, a luta por eleições diretas para a escolha do substituto de Temer e contra as reformas trabalhista e da Previdência unifica todas as legendas.
Segundo o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), a Frente é fundamental para impulsionar o movimento contrário à escolha de um novo presidente por eleições indiretas, via Congresso. «Temer deve renunciar, pois já não tem condições de governar e está envolvido até o pescoço em denúncias de corrupção e de obstrução da Justiça. O País, para voltar a crescer e gerar empregos, precisa de um presidente legítimo, eleito pelo povo», afirmou.
O líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que a Frente será oficialmente lançada no Congresso na próxima semana. «É uma frente suprapartidária que reforça o movimento em curso na sociedade civil por eleições Diretas Já», disse. Ele observou que o entendimento é de que cabe à sociedade civil organizada o protagonismo da luta pelas Diretas Já. «É preciso organizar atos e manifestações em todo o País em favor das eleições diretas», disse.
Participaram da reunião nesta segunda os presidentes do PT, Rui Falcão; do PDT, Carlos Lupi; do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE); e do PSOL, Luís Araújo. Representando a Rede, estavam Bazileu Margarido e José Gustavo. O PSB foi representado pelo senador João Capiberibe (PSB/AP), cujo gabinete sediou o encontro.
Estiveram presentes, também, os senadores Lídice da Mata (PSB-BA); Acir Gurgacz (PDT-RO); Vanessa Graziotin (PCdoB-AM); Paulo Rocha (PT-PA)e José Pimentel (PT-CE) , o tesoureiro do PT, Márcio Macedo, além de Zarattini e Guimarães.
Parlasur expresa preocupación por situación institucional de Brasil
El Parlamento del Mercado Común del Sur (Parlasur) expresó hoy su preocupación por la grave situación institucional que vive Brasil y rechazó la militarización y la represión violenta a las manifestaciones pacíficas de los movimientos sociales.
En una declaración divulgada aquí al término de la sesión ordinaria del Legislativo del Mercosur, los parlamentarios manifestaron que la situación que atraviesa el gigante sudamericano ‘genera incertidumbre política y social’ no solo allí, sino en toda la región y en el bloque de integración.
El Parlasur exhortó a que los problemas se resuelvan sin injerencia y que, en ejercicio de su soberanía, el pueblo brasileño decida.
Los legisladores del Mercado Común del Sur (Mercosur) apoyaron los pronunciamientos recientes de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos y de las Naciones Unidas, así como de la Oficina Regional para América del Sur del Alto Comisionado de la ONU para los derechos humanos.
De igual manera, encomendaron a la Comisión de Ciudadanía y Derechos Humanos a realizar el seguimiento de la ‘crisis institucional, política y social en Brasil’ e informar de la situación al plenario del Parlamento del Mercosur.
Por su parte, la sesión ordinaria del Parlasur, a propuesta de los venezolanos Luis Emilio Rondón, Oscar Ronderos y José Gregorio Correa, declaró su apoyo para que la Mesa Directiva visite Venezuela a fin de constatar el estado de situación y continuar con los esfuerzos por establecer un diálogo entre gobierno y oposición.
El brasileño Arlindo Chinaglia preside ese órgano y lo integran, además, los vicepresidente Jorge Taiana (Argentina); Tomás Bittar (Paraguay); Daniel Caggiani (Uruguay) y Luis Emilio Rondón (Venezuela).
Declaración del Parlasur sobre la situación institucional en Brasil
Frente Brasil Popular presenta propuesta para salir de la crisis política y económica
Las organizaciones sociales ligadas al Frente Brasil Popular lanzaron, este lunes (29), la propuesta de un plan de emergencia para que Brasil pueda salir de la crisis política y económica en la que está sumergido desde el impeachment de la ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).
Llamado Plan Popular de Emergencia, la idea es debatir y presentar una salida factible a la sociedad brasileña para el restablecimiento del orden democrático en el país y buscar soluciones concretas que ayuden a Brasil a salir de la crisis económica y ampliar los derechos sociales y laborales.
El objetivo, según las organizaciones que componen el Frente, es el restablecimiento del “orden constitucional democrático, defender la soberanía nacional, enfrentar la crisis económica, revertir el desmonte del Estado y salvar las conquistas históricas del pueblo trabajador”, dice parte del texto.
Para el Frente Brasil Popular, el primer paso para que el programa se realice es la salida del presidente golpista, Michel Temer (PMDB) y la anticipación de las elecciones presidenciales para 2017, para que la propia población pueda escoger su representante en el Poder Ejecutivo.
Las organizaciones también resaltan la necesidad de convocar una Asamblea Nacional Constituyente para refundar el Estado de derecho y establecer reformas estructurales que garanticen una mayor participación popular en el sistema político brasileiro.
“Se trata de implementar un proyecto nacional de desarrollo que tenga por objeto fortalecer la economía nacional, el desarrollo autónomo y soberano, enfrentar la desigualdad de renta, de fortuna y de patrimonio como ejes fundamentales para la reconstrucción de la economía brasileira, para la recomposición del mercado interno de masas, de la industria nacional, de la salud financiera del Estado y de la soberanía nacional, un modelo social basado en el bienestar y en la democracia”, destaca otra parte del texto.
El documento también apunta la necesidad de la implementación inmediata de ese plan de emergencia que, entre otros puntos también coloca la urgente necesidad de reformar el sistema tributario, reanudación de políticas vinculadas a la reforma agraria, la garantía y el perfeccionamiento del derecho a la salud, educación, cultura y vivienda y la vuelta a una política externa basada en la soberanía nacional.
Clic aquí para descargar el Plan Popular de Emergencia completo, en español.