Brasil: apoyado por una multitud, Lula declaró por 5 horas ante el juez del Lava Jato

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‘Não solicitei, não recebi, não paguei e não tenho nenhum tríplex’, diz Lula

Ricardo Brandt, Julia Affonso, Fausto Macedo, Luiz Vassalo e Bruno Ribeiro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ao juiz federal Sérgio, nesta quarta-feira, 10, que chegou a visitar o tríplex no Guarujá (SP), mas que não solicitou nem recebeu o imóvel. O ex-presidente admitiu que visitou o apartamento 164-A, do Edifício Solaris, que seria propina do esquema alvo da Operação Lava Jato, paga pela OAS.

“A verdade e o seguinte: não solicitei, não recebi, não paguei e não tenho nenhum tríplex”, afirmou Lula, em seu primeiro momento frente a frente com o juiz da Lava Jato, em Curitiba.

“Dr, deixa eu lhe dizer uma coisa. Se tem alguém que quer a verdade sobre mim, sou eu mesmo. Quando chegar o processo do sítio em Atibaia, terei o imenso prazer de estar aqui respondendo a verdade absoluta sobre aquilo. Agora, acho que é importante resolver o problema do triplex. Porque o Ministério Público fez uma acusação, eu diria, baseada em denúncia de imprensa.”

Moro perguntou se Lula tinha desistido do tríplex depois que ele visitou o imóvel. “O senhor decidiu que não ia ficar com esse primeiro tríplex já na primeira visita que o senhor fez em fevereiro de 2014?.”

“Foi isso. E repeti o que falei aqui três vezes Nunca solicitei e nunca recebi apartamento. Imagino que o Ministério Público vai na hora que for falar apresentar as provas. Eles devem ter pelo menos algum documento que prove o direito jurídico de propriedade para dizer que é meu o apartamento.”

A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira por meio do triplex 164-A no Edifício Solaris, no Guarujá (SP), e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016. O petista é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção.

Moro aceitou a denúncia em 20 de setembro de 2016.

Triplex. O Edifício Solaris era da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT. Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi presidente da Bancoop.

A ex-primeira-dama Marisa Letícia (morta em 2017) assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu ‘uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico’, atual Solaris, em abril de 2005.

Em 2009, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa.

Segundo a defesa de Lula, a ex-primeira-dama não exerceu a opção de compra após a OAS assumir o imóvel. Em 2015, Marisa Letícia pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento.

Bens. A Lava Jato afirma que a OAS pagou durante cinco anos pelo aluguel de dez guarda-móveis usados para armazenar parte da mudança do ex-presidente Lula quando o petista deixou o Palácio do Planalto no segundo mandato. A empreiteira desembolsou entre janeiro de 2011 a janeiro de 2016, R$ 1,3 milhão pelos contêineres, ao custo mensal de R$ 22.536,84 cada.

Toda negociação com a transportadora Granero teria sido intermediada pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que indicou a OAS como pagante com o argumento de que a empreiteira é uma “apoiadora do Instituto Lula.” Para investigadores da Lava Jato, os fatos demonstram “fortes indícios de pagamentos dissimulados” pela OAS em favor de Lula. Isso porque o contrato se destinava a “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda”, mas na verdade os guarda-móveis atendiam a Lula.

Estadão


Lula: Nunca tuve tantas ganas de ser presidente de Brasil como ahora

«Tengo ganas de hacer las cosas bien y probar que la élite brasileña no tiene las habilidades para arreglar este país», afirmó el exmandatario, Luiz Inácio Lula da Silva.

«Estoy vivo y me estoy preparando para volver a ser presidente de Brasil. Quiero continuar mereciendo la confianza del pueblo brasileño», expresó el expresidente y líder del Partido de los Trabajadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva.

«Tengo ganas de hacer las cosas bien y probar que la élite brasileña no tiene las habilidades para arreglar este país», afirmó el exmandatario frente a una multitud conformada por distintos movimientos sociales y sindicales de Brasil.

Lula da Silva presentó una declaración durante cuatro horas en los juzgados federales de la ciudad de Curitibia, en el sur de Brasil, por la supuesta propiedad de un apartamento en el balneario paulista de Guarujá que figura en los registros a nombre de la constructora OAS.

«Desde el fondo de mi corazón digo que si cometí algún error no quiero ser juzgado por la justicia, yo quiero que el pueblo brasileño me juzgue», aseguró el exmandatario.

Da Silva, que esperaba que la parte acusadora «tuviera una factura» que lo vinculara con el pago del apartamento, afirmó: «Hoy yo pensé que mis acusadores, después de dos años de persecución, iban a mostrar algún tipo de documento, un escrito que probara que yo hice el pago por ese apartamento que dicen es mío».

«Iré a cuantas audiencias tenga que ir, declararé cuantas veces sea necesario porque si hay un brasileño, si hay un ser humano que busca la verdad soy yo», manifestó el exmandatario que agradeció profundamente el apoyo mostrado por «cada mujer, cada niño, cada movimiento» reunido en Curitibia.

«Yo les dije que mi relación con ustedes es una relación diferente a la que tienen los políticos con sus electores. Mi relación con ustedes es de compañeros de lucha, que viven un proceso de país, que han compartido un proceso de luchas», expresó da Silva.

Telesur


Manifestantes se reúnem em ato pró-Lula na região central de Curitiba

Militantes do MST, de centrais sindicais e de caravanas de vários Estados estão reunidos na manhã desta quarta (10) na praça Santos Andrade, região central de Curitiba, em ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo representantes da Frente Brasil Popular, uma das organizadoras do ato, cerca de 30 mil manifestantes estão na praça –a maior parte, oriunda de um acampamento montado nos fundos da rodoviária. A Polícia Militar ainda não deu uma estimativa de público.
Por volta de meio-dia, parlamentares petistas começaram a chegar ao ato– no palco, foi anunciado que a ex-presidente Dilma Rousseff será uma das convidadas.
Parte da comitiva que recebeu Lula no aeroporto Afonso Pena, mais cedo, a deputada federal Maria do Rosário (PT-SP) afirmou que o petista «está muito tranquilo» sobre o depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, a partir das 14h.

«Recebemos Lula no aeroporto. Ele está muito tranquilo, dizendo que está apenas cumprindo uma das responsabilidades como cidadão –não aceitaremos que ele seja tratado com desrespeito. Lula é vítima de uma perseguição», defendeu a

deputada.
Para Maria do Rosário, a militância hoje de apoio ao petista representa «uma dívida» com Lula. «Dívida pelo acesso à casa própria e às universidades», justificou.

Juiz do DF manda suspender atividades do Instituto Lula; entidade não foi notificada

Na véspera do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal de primeira instância Sergio Moro, que acontece nesta quarta-feira (10), a Justiça Federal do Distrito Federal divulgou a determinação de suspender as atividades do Instituto Lula. A decisão, tornada pública nesta nesta terça-feira (9), foi no tomada no último dia 5 pelo juiz substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Ricardo Augusto Soares Leite. Em resposta, a entidade afirma que «até agora, o Instituto não foi notificado oficialmente da decisão do juiz e seus advogados averiguarão as medidas cabíveis assim que tiverem o teor da decisão».

No documento da 10ª Vara Federal, foi apontado que, pelo teor do depoimento dado por Lula à Justiça, verificou-se que a sede do instituto pode ter sido «instrumento ou pelo menos local de encontro para a perpretação de vários ilícitos criminais». A decisão foi tomada no âmbito da ação penal em que o ex-presidente é acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato.

Como divulgado pela imprensa, a diretoria da 10ª Vara enviou apenas nesta terça a carta precatória para que a Justiça Federal de São Paulo cumpra a decisão. A Superintendência da Polícia Federal em São Paulo deverá prestar informações sobre o cumprimento da ordem no prazo de três dias após o conhecimento da decisão.

Leia a nota do Instituto Lula sobre a decisão do juiz substituto Ricardo Leite:

Nota: Instituto Lula tem histórico de 26 anos dedicados à transformação social

São Paulo, 9 de maio de 2017

O Instituto Lula, desde sua primeira fase, tem uma história de 26 anos dedicados a apoiar a transformação da sociedade brasileira, superar a desigualdade, promover o desenvolvimento e apoiar a construção da democracia no Brasil e no mundo. Na mesma casa onde funciona há mais de duas décadas nasceram projetos como o «Fome Zero» e o «Projeto Moradia», que mais tarde se consolidariam em políticas públicas no governo do ex-presidente Lula, como o “Fome Zero“, o “Bolsa Família“, o “Programa Minha Casa, Minha Vida“, o “Programa Luz Para Todos“ e o “Projovem“.

Em agosto de 2011, o Instituto Cidadania passou a se chamar Instituto Lula e continuou funcionando no mesmo endereço. Como Instituto Lula, promoveu debates públicos dentro e fora do país, reuniu estudiosos, acadêmicos, sindicalistas, empresários, jovens, religiosos, embaixadores, artistas, técnicos e produtores culturais, ativistas de redes sociais, blogueiros, jornalistas, representantes de movimentos sociais, de ONGs e dirigentes, além de autoridades e governantes do Brasil e de muitos outros países. O Instituto compartilhou sua produção com a sociedade em eventos, publicações e com ferramentas de educação e pesquisa como o Memorial da Democracia e o Brasil da Mudança.

Até agora, o Instituto não foi notificado oficialmente da decisão do juiz e seus advogados averiguarão as medidas cabíveis assim que tiverem o teor da decisão.

Brasil de Fato

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