Llega la calma a Espíritu Santo tras la huelga policial y la crisis de seguridad
Crise no Espírito Santo está ‘superada’, diz ministro da Defesa
Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a crise de segurança no Espírito Santo, que já deixou mais de 140 mortos, está «superada». Após reunião com o presidente Michel Temer e ministros neste domingo no Palácio do Jaburu, ele admitiu que a situação gera «desgaste» para o governo, mas garantiu que a população de Vitória já está tranquila e «indo à praia».
— Hoje, domingo, 100% daqueles que normalmente vão à praia, lá estão. A vida volta à normalidade na Grande Vitória — declarou o chefe da Defesa, que disse que o governo federal será «inflexível» com novos movimentos grevistas em contingente de segurança pública nos estados. 3.130 militares estão no Espírito Santo.
— Amanhã as escolas estarão funcionando, o comércio abre, como já abriu no sábado, o sistema de transporte coletivo deverá operar normalmente — disse, bancando o «resgate» da segurança capixaba.
Jungmann avaliou também que a tendência é um aumento «significativo» no número de policiais nas ruas do Espírito Santo, com o «declínio» da greve. Ele admitiu que a crise que já matou mais de 140 pessoas em nove dias gera «desgaste» para o governo.
Neste domingo — nono dia da onda de violência —, a secretaria de Segurança do Espírito Santo informou que 1.236 policiais se apresentaram no fim de semana. São policiais de folga, férias ou que deixaram os batalhões sem farda. Entretanto, boa parte desses agentes está sem uniforme e equipamentos e, por isso, não podem patrulhar as ruas. Apesar da apresentação, parte dos policiais militares é simpática à paralisação. Alguns contavam com a falta do uniforme para não trabalhar. O governo do Espírito Santo levou de helicóptero militares do Batalhão de Missões Especiais (BME, o equivalente ao Bope do Rio) para buscar suas fardas.
Questionado se os números estão superestimados, Jungmann jogou a responsabilidade para o governo capixaba.
— Essa será a regra em qualquer tipo de tentativa de se quebrar a ordem pública – declarou o ministro, na linha do que vem dizendo o presidente Michel Temer e seu auxiliar, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Nos últimos dias, eles vêm defendendo que a União mande militares para os estados «sempre que for necessário», com vistas a manter a «ordem».
Jungmann disse que acompanha a situação do Rio, e que a segurança do Carnaval — que começa em duas semanas — não está ameaçada. O ministro nega que há risco de que o movimento grevista se espalhe pelos estados. Segundo a Polícia Militar fluminense, há manifestações em frente a 27 batalhões neste domingo.
Foram ao Jaburu, residência oficial de Temer, os ministros da Defesa (Raul Jungmann), Justiça (José Levi do Amaral, interinamente), Gabinete de Segurança Institucional (Sérgio Etchegoyen), Moreira Franco (Secretaria Geral) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
Cerca de 900 policiais militares voltam ao trabalho no ES
Quase 900 policiais militares estão fazendo o patrulhamento das ruas do Espírito Santo neste domingo (12). Segundo a Secretaria estadual de Segurança Pública, são 250 na região metropolitana de Vitória, 275 no sul do estado, e 350 no norte, totalizando 875 agentes que atenderam à chamada do Comando-Geral da corporação. Caso não se apresentem, os PMs poderão sofrer punições administrativas.
Policiais de diferentes unidades, incluindo cavalaria e polícia ambiental, apresentaram-se diretamente nos locais determinados pela corporação sem passar pelos quartéis para evitar o bloqueio feito na entrada dos batalhões pelo movimento de mulheres acampadas há nove dias em protesto por melhorias salariais. A maior parte dos policiais que estão retornando são oficiais e praças que estavam de férias e de folga e que estão sendo convocados.
Na capital capixaba, grupos de policiais militares se apresentaram para trabalhar na Praça Oito, na região central, e na Rodoviária de Vitória, e fazer o patrulhamento dos municípios da região metropolitana.
Ontem (11) à noite, a Polícia Militar informou que 70 policiais foram retirados de helicóptero do Quartel do Comando-Geral, em Maruípe, na região central de Vitória. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, esses agentes queriam voltar ao trabalho e foram impedidos de sair pelo movimento das mulheres.