Ministros de Comercio de Argentina y Brasil analizan alianza con países del Pacífico

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Los gobiernos de Argentina y Brasil trabajaron sobre la agenda bilateral de comercio y producción con el eje puesto en acelerar el proceso de integración del Mercosur con la Alianza del Pacífico y las negociaciones con la Unión Europea para un acuerdo de asociación, ante el escenario proteccionista planteado por el nuevo gobierno de Estados Unidos.

Las reuniones de trabajo, que comenzaron este lunes y culminaron ayer en Brasilia, estuvieron encabezadas por los ministros argentino de Producción, Francisco Cabrera, y brasileño de Industria, Comercio Exterior y Servicios, Marcos Pereira, quienes coincidieron en la urgencia de acelerar la integración regional y abrir al Mercosur a los mercados de la Unión Europea, Japón, Canadá y otros, ante lo que consideraron la amenaza del «regreso del proteccionismo».

«Queremos fortalecer la relación con Brasil y dar un salto cualitativo para lograr una mayor integración. Y a su vez salir al mundo en una alianza estratégica del Mercosur», ya que para abrir el bloque a otras economías «hay que ser más creíbles ante el mundo», señaló Cabrera al concluir esta tarde la primera jornada de la III Reunión de la Comisión Bilateral de Producción y Comercio.

El ministro precisó que si el Mercosur logra establecer una plataforma sólida como bloque podrá concretar «negociaciones exitosas», actualmente en curso, con la Unión Europea, Japón, Canadá y la Asociación Europea de Libre Comercio -Suiza, Liechtenstein, Noruega e Islandia-, conocida como EFTA por su sigla en inglés.

«En un momento en el cual el mundo asiste al retorno del proteccionismo, es imperioso fortalecer la integración regional. Brasil y Argentina tienen un rol de liderazgo en el Mercosur, principalmente, en el fortalecimiento de la dimensión comercial del bloque y la ampliación de la red de acuerdos internacionales», coincidió Pereira, quien alertó ante lo que consideró el «regreso del proteccionismo» a partir del gobierno de Donald Trump en Estados Unidos.

Al respecto, el ministerio brasileño de Industria indicó en un comunicado que el presidente Michel Temer orientó a su gabinete «a buscar una agenda con los países de la zona Pacífico».

Pereira precisó que el jefe de Estado instó a los ministros a que junto Argentina, que ejerce la presidencia protémpore del Mercosur este semestre, «se trabaje en una agenda de diálogo con los países del Pacífico, teniendo en cuenta la postura del presidente Trump, y que podamos ampliar el diálogo con otros jugadores como Canadá Japón y paises del EFTA».

Gaceta Mercantil


Brasil e Argentina querem “estreitar laços” com países do Pacífico

Pouco mais de uma semana depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado a ordem executiva para iniciar a saída do país da Parceria Transpacífico (Trans-Pacif Partnership – TPP, na sigla em inglês), o Brasil e a Argentina anunciaram ontem (31) que pretendem “estreitar os laços” com o Japão, o Canadá e países do Pacífico.

Após um encontro bilateral entre os ministros da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira, e da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, o secretário brasileiro de Comércio Exterior, Abrão Neto, afirmou que o Brasil pretende aproveitar a “conjuntura” para negociar acordos com os países que compõem a TPP: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.

Segundo Abrão Neto, o Brasil vai aproveitar as mudanças no cenário internacional para aprofundar a aproximação com países da Aliança do Pacífico, que em alguns casos já está avançada. “Temos uma negociação entre Brasil e México, que já caminha para a sexta rodada de encontros e, além disso, temos negociações, sobretudo em temas não-tarifários, como serviços, compras e investimentos, com Chile, Colômbia e Peru.”

Conforme noticiado ontem pela Agência Brasil, apesar de muitos analistas considerarem que a Parceria Transpacífico não resistiria à saída dos Estados Unidos do acordo, os outros países do grupo começaram a se articular para a manutenção do tratado com novas perspectivas.

União Europeia

No encontro de ontem, Brasil e Argentina também decidiram priorizar as negociações já em andamento com a União Europeia (UE) e a Associação Europeia de Livre Comércio. O secretário de Comércio do Ministério de Produção da Argentina, Miguel Braun, negou que os argentinos tenham uma posição “mais restritiva” na negociação com a UE. De acordo com Braun, será feita uma oferta comum ao bloco pelos países do Mercosul.

Ele disse que a oferta será positiva para as nossas economias e constituirá uma grande oportunidade para que ambos os países se acertam economicamente com um dos blocos comerciais mais importantes do mundo. «Estamos trabalhando de maneira muito coordenada com o Brasil, o Uruguai e o Paraguai para que o acordo saia da melhor maneira possível para todos os países.”

Acordo de cooperação

Brasil e Argentina firmaram nesta terça-feira acordo de cooperação técnica que contará com US$ 250 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para execução de um “plano de ação” que irá identificar gargalos na relação comercial dos dois países. O objetivo é mapear todos os procedimentos e exigências existentes no comércio bilateral e apresentar recomendações para reduzir a burocracia e facilitar as transações, explicou Abrão Neto.

A Argentina é o terceiro principal parceiro comercial do Brasil e o segundo principal destino de exportações de manufaturados brasileiros. No próximo dia 7, o presidente argentino, Mauricio Macri, fará uma visita de Estado ao Brasil e terá uma reunião com o presidente Michel Temer.

Será a primeira visita oficial de Macri ao Brasil desde que Temer assumiu a Presidência da República, em 31 de agosto do ano passado. Temer, por sua vez, visitou Buenos Aires em outubro.

Agencia Brasil

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