Múltiples protestas de gremios y organizaciones sociales contra las reformas laborales de Temer
No AP, centrais sindicais fazem protestos contra reformas de Temer
Manifestantes realizam ato na tarde desta quinta-feira (29) no Centro de Macapá, contra propostas em discussão pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). A manifestação faz parte da agenda nacional de paralisação e mobilização das categorias.
O ato foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Amapá contra perda de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência. A manifestação conta com apoio dos movimentos Conlutas, Levante Popular e RUA, além de outras centrais sindicais, estudantes de escolas públicas e Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá (Sinsepeap).
De acordo com os organizadores, cerca de 1,5 mil pessoas estiveram presentes. A Polícia Militar fez estimativa de 500 manifestantes. O ato iniciou na Veiga Cabral por volta das 17h e percorreu as ruas do centro comercial.
Para a secretaria geral da CUT Amapá, Ivanéia Alves, o ato é em detrimento as possíveis alterações na legislação que tramitam no Senado Federal, entre elas a PEC 241, que cria um novo regime fiscal e congela os gastos públicos em 20 anos, a PL 257, que permite o arrocho salarial dos servidores públicos, a redução drástica dos concursos e a privatização de empresas estatais, e a PL 2567, que vai por um fim na exclusividade da Petrobrás na produção do pré-sal.
«O ato faz parte de uma agenda nacional de mobiliazção contra as reformas do governo Temer que ataca diretamente os diretos da classe trabalhadora (…) Como é o caso da PEC 241 que prevê o congelamento do orçamento, por 20 anos, e que vai ingessar principalmente os serviços públicos como saúde e educação. Isso é um ataque frontal a classe trabalhadora», disse.
O presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo, informou que a categoria de professores participou do protesto como forma de incluir os problemas enfrentados pela educação estadual, como o fim do contrato dos vigilantes, que resultou em invasões em escolas públicas. Outras pautas seriam a falta de merenda e a deficiência no transporte escolar.
«O Sinsepeap participa do ato que é uma pauta nacional nessas reformas políticas, no ensino médio, previdência, reforma administrativa. E também pautamos o arrocho do governo estadual que não consegue dá o mínimo de segurança para os profissionais de educação e para aquele que estuda. Não há merenda escolar, o transporte está deficitário, a demissão dos vigilantes, falta de atualização de salários dos serventes, merendeiros e profissionais da educação. Tirou os vigilantes, não colocou nova segurança, e professores e alunos sofrem violências toda semana, porque a escola é invadida.
O manifesto percorreu as ruas Cândido Mendes e São José e a Avenida Feliciano Coelho. Ao fim do percurso, o grupo se concentrou na Praça Veiga Cabral, onde iniciou o ato.
No Paraná, 30 mil metalúrgicos protestam contra cortes de direitos trabalhistas
Contra a retirada de direitos trabalhistas, pela democracia e pela construção de uma greve geral, cerca de 30 mil metalúrgicos cruzam os braços nesta quita-feira (29), no Paraná. A estimativa é da imprensa da Força Sindical, Central que congrega os sindicatos dos trabalhadores do ramo no estado.
A paralisação começou nas trocas de turno da madrugada de hoje e se mantém durante todo o dia. Ela ocorre em Curitiba e Região Metropolitana, Paranaguá, Cascavel, Maringá, Londrina, Guarapuava, Pato Branco e Irati, em pelo menos 14 fábricas espalhadas pelo Paraná. Na capital paranaense e na Região Metropolitana, trabalhadores da Volvo, Volkswagen, Renault, CNH, Bosch, WHB, Brafer, Aker Solutions, Trox, Perkins e Ibratec participam da mobilização.
Com o mote “Cortar Direitos Não Gera Emprego! Retomada da Economia Já!”, a ação é articulada nacionalmente e paralisa cerca de 600 mil trabalhadores. O movimento é organizado pelas Confederações, Federações e cerca de 500 Sindicatos de metalúrgicos do Brasil, ligados à Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
“Com essas paralisações, os trabalhadores mostram seu descontentamento com as propostas do governo que cortam direitos trabalhistas e sociais com a desculpa de que essas medidas acabarão com a crise», explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
Para o sindicalista, a retirada de direitos não é solução para os problemas econômicos, e sim a redução de juros, impostos mais baixos e fortalecimento da renda e do crédito para os trabalhadores. «Essas ações é que irão tirar o Brasil do buraco”, garante Butka.
Segundo a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), a paralisação nacional acontece em pelo menos 15 estados do país.
Mais de 50 atos contra Michel Temer acontecem entre quinta e sábado
Contra as medidas do presidente Michel Temer (PMDB), 52 manifestações acontecem em todo o país entre esta quinta-feira (29) e sábado (1º). Entre as principais pautas estão as reformas do ensino e da Previdência.
Entre as ações que acontecem nestes três dias estão debates sobre o ensino e questões trabalhistas e paralisações de vias públicas, greves e atividades culturais.
Para acompanhar todos os atos contra as medidas do presidente não eleito, a página Eventos Fora Temer monitora diariamente manifestações agendadas.