Brasil: los sindicatos bancarios cumplen dos semanas de paro nacional en reclamo de mejoras salariales

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Sem acordo, bancários chegam a 14º dia de greve e organizam manifestação

Sem avançar nas negociações, cerca 60 mil bancários seguem para o 14º dia de greve nesta segunda-feira (19), em São Paulo, Osasco e região. Os trabalhadores afirmam que as empresas sentaram duas vezes para negociar, mas não houve nenhuma proposta.

Ao portal dos SPBancários, a secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiados de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, afirmou que os bancos não levam a sério o movimento organizado dos trabalhadores e afirma que a culpa da continuidade das greves é exclusiva dos empresários do setor.

“[Os bancos] Por duas vezes vieram à mesa para dizer ao Comando Nacional dos Bancários que não tinham nenhuma proposta a apresentar”, explicou a secretária-geral.

Desde o dia 9 de agosto, quando os bancários entregaram suas reivindicações, foram realizadas oito rodadas de negociação. A greve iniciou no dia 5 desse mês.

Manifestação

Os trabalhadores vão às ruas nesta segunda para protestar contra os bancos e denunciar à população que “a culpa é dos banqueiros”, como sugere o slogan da greve.

O ato acontece em São Paulo e tem concentração às 17h na Rua São Bento, em frente à sede do Sindicato dos Bancários.

Exigências

O site SPbancários listou os 10 principais motivos que levaram os bancários à paralização, confira:

1 – Empregos: só neste ano, os bancos extinguiram quase 8 mil postos de trabalho e se recusaram a negociar qualquer proteção aos empregos bancários.

2 – Perdas salariais: o reajuste proposto pelos banqueiros nem mesmo repõe a inflação.

3 – Abono não é remuneração: o abono proposto pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) é pago apenas uma vez e não incide nas férias, 13º salário, FGTS, vales, auxílios e previdência.

4 – O setor mais lucrativo: segundo a consultoria Economatica, entre 25 setores pesquisados, os bancos foram os que mais lucraram no 1º trimestre do ano.

5 – PLR: BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander, que compõem a mesa de negociação, ignoraram a reivindicação dos bancários e, apesar de terem chegado a R$ 29,7 bilhões de lucro, querem manter a mesma regra de 2015 para a Participação nos Lucros e Resultados.

6 – Vale-refeição na licença-maternidade: mesmo que signifique pouco para os bancos, que têm subsídio de 40% no valor, disseram não a essa reivindicação que seria de grande importância para as mães bancárias.

7 – Vida de bancário não é moleza: assédio moral, cobrança por metas, adoecimento, sobrecarga de trabalho, terceirização. Os bancos não fizeram nenhuma proposta para melhorar as condições de trabalho.

8 – Desigualdade entre homens e mulheres: mesmo representando um setor onde mulheres ganham em média 22,1% a menos que homens, e encontram mais dificuldades na ascensão da carreira, a Fenaban mais uma vez quer adiar este debate para uma mesa temática.

9 – Auxílio-creche/babá: bancos querem reajustar em 6,5% o valor atual de R$ 337, que iria para R$ 359. Porém, creches públicas não dão conta e empresas, por lei, têm de disponibilizar ou pagar creche para filhos dos funcionários. A reivindicação da categoria é que o valor seja de R$ 880.

10 – Responsabilidade social: no momento que o Brasil atravessa, o setor mais lucrativo do país deveria contratar mais funcionários e injetar dinheiro na economia a partir da justa valorização dos seus trabalhadores. E não o contrário, como os bancos insistem em fazer.

Brasil de Fato


Huelga de bancarios en Brasil alcanza récord de agencias paralizadas

La huelga de los bancarios en Brasil alcanzó un récord con más de 13 mil agencias paralizadas en todo el país, anunció la Confederación Nacional de los Trabajadores del Ramo Financiero (Contraf).

En este decimocuarto día de paro, la adhesión al movimiento se mostró todavía más fuerte, indicó la agrupación gremial en su sitio web.

Estos números -agregó- reflejan la insatisfacción de los bancarios ante el desprecio de la Federación Nacional de los Bancos (Fenaban), que hasta el momento no presentó una nueva propuesta que atienda las necesidades del sector.

Los trabajadores en paro reclaman un reajuste salarial de alrededor de 15 por ciento para poder cubrir la tasa inflacionaria registrada en el mes de agosto, que fue de 9,62 por ciento, y tener un incremento de alrededor de cuatro por ciento en el salario real.

También demandan un abono adicional de tres mil 300 reales (unos mil dólares estadounidenses), así como poner fin a las metas abusivas, al asedio moral y sexual, y a la tercerización del sector.

Ante la intransigencia de la Fenaban la huelga va a continuar creciendo, aseguró el presidente de la Contraf, Roberto von der Osten, quien insistió en que los banqueros actúan con total desconsideración al tratar de imponer a los trabajadores una pérdida del 2,39 por ciento de sus salarios y negarse a atender las demás reivindicaciones.

Los beneficios de los cinco mayores bancos de Brasil (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander y Caixa) en el primer semestre de este año rebasaron los 29 mil millones de reales (más de nueve mil 100 millones de dólares), sin embargo, fueron recortados casi ocho mil puestos de trabajo, dijeron fuentes sindicales.

Prensa Latina

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