La CUT evaluará apoyar la propuesta de adelantar elecciones realizada por Dilma

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CUT pode passar a apoiar campanha de Dilma por plebiscito de nova eleição

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, defenderá nesta semana que a entidade reavalie sua posição e apoie publicamente uma cruzada da presidente afastada, Dilma Rousseff, por um plebiscito sobre a antecipação das eleições presidenciais.

A CUT deverá debater a proposta na reunião da executiva, no dia 5 de julho. Após conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freitas também decidiu procurar movimentos de esquerda favoráveis à medida.

Embora duvide do sucesso dessa articulação –e da reversão da tendência pró-impeachment de Dilma–, o sindicalista disse à Folha que proporá à central que reveja, assim como ele, sua decisão contrária ao plebiscito.

«A presidenta não pode ficar engessada. A CUT não vai defender o plebiscito no site. Mas, se essa é única esperança a que podemos nos apegar, vamos nela.»

Defensores do plebiscito, entre eles senadores pró-Dilma, argumentam que a petista poderia conquistar votos contrários ao impeachment no Senado caso acenasse com a ideia de antecipação da corrida presidencial.

Mesmo sem acreditar na salvação da petista, Freitas afirma que a defesa do plebiscito poderia constranger aqueles que chama de «golpista», colocando-os numa «sinuca de bico».

Segundo ele, o apoio ao plebiscito estaria condicionado a um movimento pró-reforma política. Para o dirigente sindical, movimentos de esquerda devem lutar por uma reforma política numa tentativa de qualificar os parlamentares. Parafraseando Lula, diz que hoje o Congresso reúne «mais de 300 picaretas».

«Acho que devemos fazer [a defesa do plebiscito], mesmo não acreditando nesse Congresso conservador, absolutamente clientelista que só olha para ele mesmo. A presidente tem que ter alternativas. Mas sei das dificuldades de se concretizar isso. O jogo da política é difícil.»

TERCEIRO TURNO

Freitas afirma não acreditar na volta de Dilma à Presidência –se isso ocorrer, diz, seu governo será inviabilizado por opositores.

«Dilma vai apanhar da mídia e dos conservadores do Congresso. Eles farão tudo para inviabilizá-la. O mandato dela sofreu boicote, desde o primeiro dia, de partidos políticos, do Judiciário e da mídia. Dilma assumiu num terceiro turno. Ela tem só 80 deputados.»

Ainda segundo o presidente da CUT, Lula dá sinais de que apoiará a movimentação de sua sucessora pelo plebiscito, ainda que não seja um arauto da proposta.

Essa estratégia será discutida nessa terça-feira (28) durante reunião entre a presidente afastada e os integrantes da Executiva Nacional do PT. O encontro deverá acontecer no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República e onde a petista segue despachando durante seu afastamento.

A programação foi mantida mesmo depois da operação de busca e apreensão realizada na quinta-feira (23) pela Polícia Federal na sede do partido, em São Paulo.

ARMAS

No ano passado, Freitas envolveu-se em polêmica ao dizer que movimentos sociais iriam às ruas «com arma na mão» para defender Dilma de tentativas de derrubá-la.

Depois, afirmou ter usado de linguagem figurada para se referir, na verdade, às «armas da classe trabalhadora»: «mobilização, ocupação das ruas e greve geral».

Folha de S. Paulo


Trabajadores brasileños respaldan propuesta de plebiscito

La Central Única de Trabajadores (CUT) de Brasil respalda la propuesta de plebiscito realizada por la presidenta Dilma Rousseff para convocar a una reforma política que pueda anticipar las elecciones presidenciales.

Así lo expresó el presidente de la CUT, Vagner Freitas, quien criticó que la mandataria se encuentre apartada de su cargo, por lo que aseguró que si la consulta es “la única esperanza” lo apoyarán.

Tras conversar con el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freitas anunció una reunión de la CUT prevista para el 5 de julio con el objetivo de discutir la propuesta de adelantar los comicios.

Asimismo, destacó que el presidente debe tener alternativas, pese a las dificultades para alcanzarlas. “El juego de la política es difícil”, aseveró el presidente de la CUT.

En contexto

Las elecciones municipales previstas para octubre próximo en Brasil son vistas por el Partido de los Trabajadores (PT) como un frente de resistencia y de denuncia al golpe parlamentario instalado en el país.

El Directorio Nacional de la organización expresó que estos comicios se desarrollarán bajo la égida de un gobierno ilegítimo que golpeó a la presidenta Dilma Rousseff a través de un impeachment (juicio político) sin base legal.

Asimismo, el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva asegura que Brasil puede haber un plebiscito que convoque a una reforma política que pueda anticipar el proceso electoral, lo que podría traer «muchas cosas de aquí en adelante, muchas cosas y la sociedad está despierta».

Rousseff se vio obligada a separarse de su cargo por un período no mayor a 180 días, luego de que el Senado aprobara la ejecución de un juicio político en su contra con 55 votos a favor, 22 en contra y 1 abstención (de 78 de los 81 miembros del cuerpo colegiado).

En este período las autoridades brasileñas se encargarán de encontrar las pruebas que no fueron presentadas ni en la Cámara baja, ni en el Senado.

TeleSur


Comissão do Impeachment ouve esta semana últimos depoimentos da defesa de Dilma

Os últimos depoimentos de testemunhas de defesa da presidenta Dilma Rousseff e a entrega dos laudos de perícia sobre os documentos que embasam o processo vão marcar o início da semana no Senado Federal. Para esta segunda-feira (27) está prevista a entrega dos laudos. Na terça-feira (28), os senadores devem apresentar pedidos de esclarecimento sobre pareceres técnicos.

Também amanhã os membros da comissão ouvirão os depoimentos do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, hoje deputado Patrus Ananias (PT-MG), e dois ex-subordinados seus na equipe do ministério: a ex-secretária executiva Maria Fernanda Ramos Coelho e o ex-diretor do Departamento Financeiro, João Luiz Gaudagnin.

Na terça-feira será a vez dos senadores ouvirem os depoimentos dos ex-ministros da Defesa, Aldo Rebelo, e da Advocacia Geral da União, Luiz Inácio Adams, e ainda do representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Antônio Carlos Rebelo, para análise de créditos suplementares.

Os depoimentos terminarão na quarta-feira (29), com mais três testemunhas cujos nomes ainda não foram divulgados. Enquanto os depoimentos prosseguem, os peritos trabalharão para se manifestar sobre os pedidos de esclarecimentos dos senadores. Eles devem entregar as respostas na sexta-feira (1º).

A partir daí, começa a contar o prazo de 48 horas para os assistentes de defesa e acusação entregarem suas versões sobre a perícia, de modo que, na semana seguinte, seja possível realizar audiência com todos os envolvidos no trabalho.

Votações

No plenário, os senadores deverão concluir a votação do projeto de lei que atualiza a tabela do Supersimples, com análise de alguns destaques ao texto principal, que já foi aprovado na última semana.

Antes disso, os senadores precisarão destrancar a pauta votando a MP 713, que reduz o Imposto de Renda retido na fonte para remessas ao exterior de até R$ 20 mil e até isenta do imposto quando essas remessas forem para fins educacionais ou culturais.

Outra MP que tranca a pauta é a 714, que permite o capital estrangeiro sobre empresas aéreas brasileiras. O texto promete gerar debate e certa polêmica no plenário, porque os deputados retiraram o limite de 49% para participação estrangeira, o que, na prática, significa que as companhias poderão ser totalmente vendidas a empresas internacionais.

Há ainda a chance de que, se houver quórum e acordo, seja votada a proposta de emenda à Constituição (PEC) do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que estabelece o pagamento de adicional de periculosidade a agentes policiais. Pelo texto, receberiam o benefício os policiais federais, rodoviários federais, ferroviários federais, civis, militares, além dos bombeiros.

Outros temas podem entrar em pauta se forem definidos por acordo em reunião de líderes.

EBC

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