Brasil: Dilma agradece el apoyo a líderes de la región y critica la política exterior de Temer
Dilma agradece apoyo de Samper y gobiernos de la región
En una nota titulada «El mundo está preocupado por el golpe en Brasil», la suspendida presidenta Dilma Rousseff agradeció las muestras de solidaridad que le han llegado desde gobiernos de la región, y cuestionó la nueva política exterior, comandada por el canciller José Serra.
A continuación el texto de la nota:
«En el intento de justificar el ataque al estado democrático de derecho conducido por partidos políticos, empresarios, oligopolios de la información y corporaciones, el Ministerio Interino de Relaciones Exteriores de Brasil emitió comunicados crticando a los gobiernos latinoamericanos y al Secretario General de la Unasur, Ernesto Samper, por denunciar el golpe parlamentario que apartó a Dilma Rousseff de la Presidencia de la República.
La reacción de gobiernos extranjeros y de importantes sectores de la opinión pública mundial, entre ellos el Secretario General de la OEA, expresa la indignación internacional frente a la farsa jurídica que sucedió aquí. Al mismo tiempo revela la preocupación de que esas prácticas, travestidas de legalidad, se puedan contagiar por otras partes del mundo, especialmente en América Latina, promoviendo la desestabilización de gobiernos legítimos y revirtiendo las grandes conquistas sociales y democráticas alcanzadas los últimos 15 años.
Fuerzas partidarias como las que pretenden ahora conducir la política externa brasileña –tradicionalmente sumisas a las grandes potencias–, no tienen autoridad política o moral para invocar el principio de soberanía, sobretodo cuando han incurrido de forma recurrente en injerencia en asuntos internos de otros países de la región.
Gobiernos y pueblos de América Latina están también preocupados con las amenazas recurrentes del nuevo ministro (Canciller) contra el Mercosur, y con su disposición de establecer acuerdos económicos y comerciales profundamente lesivos al interés nacional.
Fieles y agradecidos a la solidaridad que estamos recibiendo del mundo entero, nos sentimos más fortalecidos en nuestra disposición de resistir al golpe que se pretende consumar con nuestra democracia».
Comunicado de la cancilleria brasileña: Declarações do governo de El Salvador sobre a situação interna no Brasil
O Ministério das Relações Exteriores tomou conhecimento das manifestações do governo de El Salvador sobre o processo político brasileiro e de sua decisão de suspender contatos oficiais com o Brasil, que revelam amplo e profundo desconhecimento sobre a Constituição e a legislação brasileiras, sobre o rito aplicável em processos de impedimento e sobre o pleno funcionamento das normas e instituições democráticas no país.
Causam especial estranheza tantos equívocos, uma vez que El Salvador mantém intensas relações econômicas com o Brasil e é o maior beneficiário de cooperação técnica brasileira em toda a América Central.
Por isso tudo o governo brasileiro espera que o governo de El Salvador reconsidere sua posição, com base em avaliação objetiva e factual da realidade, e em respeito às instituições brasileiras e aos princípios que têm regido as relações entre os dois países.
Ministério das Relaçoes Exteriores
Tras críticas, Temer elige a una mujer para comandar el BNDES
Tras enfrentar críticas por no haber designado a ninguna mujer en su gabinete de ministros, el presidente interino Michel Temer escogió a la economista María Silvia Bastos Marques para la presidencia del estatal Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social, BNDES.
La concocatoria a Bastos fue hecha este lunes (16), y la economista aceptó asumir el cargo. La economista fue directora del BNDES, presidenta de la Compañía Siderúrgica Nacional y Secretaria de Finanzas del gobierno municipal de Río de Janeiro.
Desde el cargo, Bastos comandará toda el área de financiamiento de inversiones productivas que el gobierno hace a través del BNDES.
Temer cria grupo com centrais para discutir reforma da Previdência em 30 dias
O presidente interino Michel Temer decidiu ontem (16) criar um grupo de trabalho com as centrais sindicais para apresentar, em 30 dias, uma proposta sobre a reforma da Previdência. Cada entidade terá dois representantes no colegiado, que terá a primeira reunião na próxima quarta-feira (18).
Embora tenham se manifestado reticentes a mudanças na aposentadoria, sindicalistas que participaram de reunião hoje com Temer se comprometeram a procurar soluções junto com o governo. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não participaram do encontro por serem contrárias ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, disse que as entidades podem até ser convencidas pelo governo, mas a posição inicial do setor é que não é necessária uma reforma na Previdência. “Achamos que não precisa, posso dizer com toda tranquilidade. Quando foi feita a 85/95 progressivo, já foi feita a maldade [nova fórmula de cálculo das aposentadorias]. Em 2026, ninguém mais no Brasil se aposentará com 65 anos (homem) e com 60 anos (mulher). É repetir o erro de novo. Aliás, todas mexidas da Previdência mexeram sempre com o todo dos trabalhadores.”
Alternativas
Na opinião das centrais sindicais, há alternativas de financiamento para a Previdência que não seja a mudança na idade dos trabalhadores para ter direito ao benefício, como o aumento da arrecadação por meio da formalização do trabalho e a criação de impostos por meio da legalização dos jogos de azar.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (SD-SP), disse que Temer está disposto a negociar para resolver o problema. “Do nosso ponto de vista, esse acordo não pode tirar direitos. Direitos adquiridos não podem ser mexidos, não aceitaremos nenhuma retirada de direitos de quem está no mercado de trabalho. Mudança para quem vai entrar no mercado de trabalho, nós podemos discutir. [Ele] espera que em 30 dias chegue em um acordo. Se não chegar, ele pode adiar um pouco mais.”
Após o encontro, o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, disse que vai tentar sensibilizar as demais centrais a participar dos debates, porque, segundo ele, Michel Temer disse não querer deixar como legado a retirada de direitos dos trabalhadores.
“Este diálogo é fundamental. Querendo ou não querendo, está aí o governo colocado. Se não houver um debate profundo, quem vai sair prejudicado são todos os trabalhadores. Eles que estão pagando com o desemprego. Não podemos ter situação de impedimento do diálogo para que a gente possa solucionar a crise mais grave que a gente tem que é a do desemprego”, disse Patah.
Logo do governo Temer usa bandeira dos anos 1960
O logotipo do governo de Michel Temer se baseia em uma versão desatualizada da bandeira do Brasil, que vigorou entre 1960 a 1968. Na marca, a esfera que flutua em cima da palavra «Brasil» tem apenas 22 estrelas, quantidade que aparecia na bandeira durante parte da Quarta República (1946-1964) e da ditadura militar (1964-1985).
A versão usada atual tem 27 estrelas, que representam todos os Estados e o Distrito Federal.
Na esfera da gestão Temer, não estão simbolizados o Acre, que passou a aparecer a partir de 1968, e os Estados Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins, que só entraram na versão de 1992. Nessa última mudança, a estrela que representava o extinto Estado da Guanabara passou a simbolizar o Mato Grosso do Sul.
As estrelas estão na posição em que estavam no céu do Rio de Janeiro na manhã de 15 de novembro de 1889, data da proclamação da República.
O logo traz ainda a lema da bandeira «Ordem e progresso», que virou slogan do governo Temer. A expressão tem origem no positivismo –escola filosófica e religiosa fundada por Auguste Comte (1798-1857).
A fórmula sagrada do movimento positivista, descrita pelo filósofo francês, é: «O amor por princípio, a ordem por base, e o progresso por fim».
A quantidade de estrelas no logo não é o único aceno ao passado, já que a marca foi considerada conservadora por designers. O gradiente azulado e as formas tridimensionais lembram especialistas dos contornos criados pelo designer Hans Donner, criador da identidade visual da TV Globo da década de 1970.
A Folha não conseguiu entrar em contato com o publicitário Elsinho Mouco, responsável pela identidade visual do governo do presidente interino, até a publicação deste texto.
Os trabalhos foram feitos pela agência de Mouco sem contrato com a administração federal. Ele afirma pretende doar oficialmente o logo e estima que a peça custaria por volta de R$ 100 mil se fosse produzida por uma agência de publicidade.