Brasil: tras la salida del PMDB del gobierno, la oposición busca acelerar el proceso de impeachment

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Saída do PMDB do governo acirra debate sobre impeachment

A confirmação do rompimento do PMDB com o governo da presidenta Dilma Rousseff acirrou os debates em torno da governabilidade e do impeachment da presidenta. Para líderes da oposição, o afastamento reforça a crise política e aumenta as chances de afastamento de Dilma.

Em convenção que durou cerca de cinco minutos, o PMDB encerrou uma aliança de cerca de 14 anos com o PT. Para a oposição, o gesto abre caminho para outras legendas da base aliada abandonem o governo.

Um dos primeiros oposicionistas a comentar o fato, o presidente do PPS, Roberto Freire (SP), foi taxativo. “Esse é um sinal de que a debandada começou”, afirmou.

O oposicionista vê na atitude do partido uma espécie de senha para que o parlamento avance no processo de impedimento da presidenta Dilma. “A decisão do PMDB vai ajudar o país porque faz avançar o processo de impeachment e o Brasil precisa mais do que nunca resolver essa situação”, disse.

Um dia antes da decisão, a expectativa do rompimento do PMDB chegou a pelo menos dois partidos. O PSD, do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, anunciou que vai liberar a sua bancada, formada por 31 deputados, na votação do processo de impeachment.

O PP, que comanda o Ministério da Integração, com Gilberto Occhi, estuda liberar a bancada. Entretanto, parte dos deputados defende uma convenção para fechar uma posição a respeito da saída do governo e a favor do impedimento.

O deputado Jerônimo Goergen (RS) reuniu 22 assinaturas, dos 49 deputados, favoráveis ao rompimento. “Eu percebo que há todo o espaço no PP para fechar posição favorável ao impeachment”, disse.

A definição sobre a promoção da convenção será tomada amanhã durante reunião com o presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI). Os deputados favoráveis ao afastamento defendem que a data limite para a convenção ocorra antes da votação do processo de impeachment no plenário da Câmara. “Precisamos da convenção para resolver diferenças internas”, avaliou Goergen.

O líder do PT, Afonso Florence (BA), minimizou o impacto da saída do PMDB da base do governo. Para o petista, é preciso aguardar a movimentação dos setores do PMDB que continuam apoiando o governo.

“Nem todo o PMDB estava lá [na reunião], tem que esperar o resultado político dessa decisão de afastamento, porque há ministros e deputados que têm que se pronunciar”, disse.

Florence criticou o vice-presidente Michel Temer que, segundo ele, deixou de defender a legalidade do mandato de Dilma para entrar no barco do impeachment. “O vice-presidente Michel Temer foi eleito e, em vez de preservar o mandato popular, defende o impeachment que não tem crime de responsabilidade”, disse.

Perguntado se o partido adotará uma posição belicosa em relação a Temer, Florence negou. “Não é guerra contra Michel Temer, é a defesa da legalidade democrática, coisa que ele não faz”, afirmou o petista. Ele espera que a decisão de hoje não interfira na avaliação do partido com relação ao impedimento.

O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), criticou a decisão do PMDB, que classificou como fisiologista. “Em minha opinião, isso faz parte da saída Temer e nós entendemos isso como um golpe”, disse Valente para quem não há comprovação de que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) ironizou a saída do PMDB da base. «O PMDB está com a expectativa de, em vez de sete, ter 30 ministérios para distribuir. Só que o Michel Temer está sendo acusado na operação Lava Jato. As pedaladas fiscais, elementos fundamentais do impeachment foram feitas pelo governo do qual ele participa», afirmou.

Centro dos debates políticos dessa terça-feira, o PMDB disse que adotará uma posição de independência em relação ao governo. Logo após o anúncio do rompimento, o senador e vice-presidente do partido Romero Jucá (RR) disse: “O que for de interesse do governo e importante para o Brasil nós votaremos. Se for algo que nós não concordemos, nós diremos claramente; não teremos mais atrelamento à base do governo”.

Para o presidente da Fundação Ulisses Guimarães, Moreira Franco, o PMDB terá cautela e não irá se precipitar em definir uma posição na questão do impeachment. “não tem uma unidade como tivemos aqui hoje que permita tomar uma posição por aclamação e nós queremos que a posição represente todo o sentimento do povo brasileiro”, disse.

Ao avaliar o desembarque do PMDB, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), que desde julho do ano passado defendia o fim da aliança com o governo, disse que o partido carregava o ônus da aliança, sem participar da formulação das políticas econômicas e de outra natureza. “Não tem sentido o PMDB ficar sócio de ônus de um governo impopular, com medidas com as quais nós não concordamos”, disse.

Cunha disse que, na sua avaliação, a saída da base aliada não tem relação com o processo de impeachment. “O PMDB tinha que sair de qualquer maneira, havendo ou não impeachment”, afirmou.

Agencia Brasil

Salida del PMDB cierra el ataúd del gobierno, dice Aécio Neves

La salida del aliado Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB) de la coalición que respalda a la presidenta Dilma Rousseff cierra el cajón de la gestión del Partido de los Trabajadores al frente del gobierno federal, consideró el senador opositor Aécio Neves, quien señaló que su agrupación, el Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), está dispuesta a colaborar con una eventual administración liderada por el vicepresidente Michel Temer.

La anunciada ruptura del PMDB hizo más difícil la permanencia en el cargo de Dilma Rousseff, sometida a un proceso de destitución por el Congreso.

«El gobierno de Dilma se terminó. La salida del PMDB cierra la tapa del cajón de un gobierno moribundo que no tiene más condiciones mínimas para señalizar lo que todos queremos, que es recuperar el crecimiento, generar empleos, mejorar los indicadores sociales», consideró Aécio Neves en diálogo con periodistas extranjeros en Brasilia. “La salida del PMDB llevará a la salida de otras fuerzas partidarias», agregó.

Aécio, candidato derrotado en la elección presidencial del 2014 dijo que manifestó a Temer la disposición del PSDB a cooperar en caso de que Dilma sea apartada y agregó que ese respaldo no estará condicionado a la obtención de cargos.

«Nuestra alianza debe ser alrededor de un programa mínimo y de emergencia», dijo Aécio. «Estaremos dispuestos a construir un ambiente adecuado para que esa agenda de emergencia pueda ser implementada», concluyó.

Brasil 247

Saída do PMDB do governo deve acelerar impeachment, diz Alberto Goldman

O vice-presidente do PSDB e ex-governador de São Paulo Alberto Goldman disse que o desembarque do PMDB do governo Dilma Rousseff deverá acelerar o processo de saída da petista da Presidência da República, por meio do impeachment. E na sua avaliação, isso vai exigir de outros partidos, como o seu, responsabilidade com os rumos do País. «Temos de ter obrigação com o País, não com o Temer (Michel Temer, vice-presidente e que poderá assumir o comando no País se o impeachment se concretizar) ou com o PMDB», disse Goldman, em entrevista à reportagem.

Na sua opinião, o País vive um dos seus piores cenários, com deterioração em todos os campos. «Nem as mais pessimistas previsões que fazíamos chegam perto do que vivemos hoje no País, isso é muito triste. A saída do PMDB já era um destino previsto e inexorável, desde meados do ano passado isso já estava claro e o quadro só veio degringolando.»

Uma das preocupações do ex-governador é quanto ao cenário futuro do País. «Ainda não temos clareza do que virá no lugar, ainda mais porque as investigações (da Lava Jato) ainda estão em curso e muita coisa pode acontecer. Por isso é que os partidos interessados no bem maior devem se preocupar de maneira responsável com o País e a população, deixando outros interesses de lado.»

UOL

Grandes jornais publicam campanha publicitária da Fiesp apoiando o impeachment

Pelo menos quatro jornais de grande circulação nacional publicaram nesta terça-feira (29) uma campanha publicitária da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que defendia explicitamente o impeachment da presidenta Dilma Rouseff (PT).

O Estado de S. Paulo, a Folha de S.Paulo, o Valor Econômico e o Correio Braziliense exibiram em locais de destaque anúncios amarelos com o pedido de «Impeachment Já», sem a descrição de que se tratava de um informe publicitário.

No portal do Estadão, a frase se repetia acima da manchete da primeira página do site (foto). Já em sua versão impressa, a propaganda tomou cerca da metade de 14 páginas do primeiro caderno do jornal. De acordo com a tabela de anúncios do jornal, o valor para um anúncio em meia página custa R$ 180 mil. Este valor, em termos comparativos, é o equivalente ao que um jornalista ganha em cinco anos de trabalho, de acordo com o piso salarial em São Paulo.

“Consórcio”

Para Altamiro Borges, jornalista e integrante do Centro de Estudos da Mídias Alternativa Barão de Itararé (organização que luta pela democratização dos meios de comunicação), a compra de espaço publicitário para defender o impeachment revela uma relação mais profunda entre mídia e setores do empresariado.

“A mídia brasileira é partidarizada, com interesses de classe. É um duplo poder: político e econômico. Um casamento, para não dizer um pacto mafioso. É um consórcio que junta os barões da mídia, setores do empresariado brasileiro e setores do Judiciário e da Polícia Federal contra a democracia brasileira”, afirma Borges.

Ele também lembra o papel específico cumprido pela federação na história política do Brasil: “É lamentável a postura da Fiesp. É importante lembrar que esta entidade foi uma das patrocinadoras do golpe de 64 e que vários integrantes da diretoria da entidade faziam questão de participar de sessões de tortura no Doi-Codi [Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna] e no Dops [Departamento de Ordem Política e Social]”.

A Fiesp, segundo Borges, estaria repetindo seu comportamento. “Skaf [presidente da Fiesp] deveria esclarecer quem paga aquela sede na Paulista. Porque se aquela sede é paga pelo Sistema S, ele está utilizando irregularmente aquele espaço como biombo de golpistas, utilizando letreiro [em defesa do impeachment] e alimentando fascistas na rua no acampamento”, diz. Ele lembra que a entidade patronal, sustentada por dinheiro de caráter tributário, serviu filé mignon a manifestantes de direita que ocuparam a avenida Paulista com apoio da Polícia Militar entre os dias 15 e 18 deste mês.

“Essa conversa de a mídia ser independente, objetiva e imparcial é papo para enganar trouxa. O Estadão nasceu patrocinado por vinte e poucos fazendeiros, alguns escravocatas. A mídia nunca teve nada de imparcial nem de neutra. Nesse momento de golpe, isso fica mais evidente. Imagine se o MST tentasse acampar em frente à Fiesp, o que a Globo ia falar”, finaliza o jornalista.

Outro lado

As redações da Folha, do Estadão, do Correio e do Valor foram contatadas pela reportagem para esclarecer se esta publicidade não afetaria sua credibilidade, mas nenhuma retornou até o fechamento da edição desta matéria. Procurada, a Fiesp também não se posicionou até o momento.

O Brasil de Fato também entrou em contato com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que não respondeu, e com a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), que, por meio de sua diretoria de comunicação, afirmou que “não iria se manifestar”.

Brasil de Fato

Empresarios exigen definiciones para «día después» de impeachment

El presidente de la Confederación Nacional de la Industria (CNI), Robson Andrade, dijo este martes (29) que la presidenta Dilma Rousseff está perdiendo la legitimidad para promover los cambios necesarios para el país, y afirmó que su preocupación no reside en la velocidad del proceso de impeachment, sino en el día después.

A diferencia de la poderosa Federación de Industrias del Estado de Sao Paulo, Fiesp, la CNI -de ámbito nacional- evitó tomar partido a favor o en contra de la actual mandataria. Pero su presidente advirtió que la situación actual del país es de «caos total, descrédito, desánimo. Uno no cree en nada más. Me acuesto y me despierto escuchando malas noticias».

Según Andrade, el proceso de impeachment en la Cámara de Diputados insumirá entre 30 y 40 días, y si Dilma no es destituida debe respetarse su mandato. «Si el Congreso Nacional le da el derecho de continuar en el poder, es porque también le concede el derecho de conducir los cambios necesarios en el país. Lo importante es que construyamos un proyecto para salir de la crisis», dijo el empresario.

Sobre un eventual nuevo gobierno conducido por el actual vicepresidente, Michel Temer, el dirigente dijo que tendrá que reaccionar de forma rápida. «Si no se toman medidas drásticas continuaremos de la misma forma». Andrade pidió la reforma del sistema de seguridad social, flexibilización de los derechos laborales y la reestructuración de la deuda de los estados. «Si no, seguiremos viendo al país desangrarse; hay que tener coraje para cambiar». Los aspectos mencionados por Andrade coinciden con los contemplados en el programa de gobierno del PMDB de Temer. La reforma de la seguridad social es defendida por la presidenta Dilma, pero tuvo la oposición parlamentaria del PT, PMDB y del opositor PSDB.

El empresario estima que el país vive «una crisis ética, con falta de legitimidad y problemas que nos restan el orgullo de ser brasileños».

Brasil 247

Dilma cancela viagem que faria aos Estados Unidos

A presidenta Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria nesta semana para Washington, nos Estados Unidos, onde participaria da Cúpula de Segurança Nuclear. O encontro ocorre nas próximas quinta (31) e sexta-feiras (1), e o embarque da presidente estava previsto para a manhã de quinta. A equipe de suporte que sempre viaja antes da presidenta não embarcou ontem, e hoje recebeu o aviso de que não haveria mais a agenda.

Caso Dilma participasse do compromisso, para o qual são esperados outros chefes de Estado, o vice-presidente Michel Temer assumiria a Presidência, como é praxe nas viagens internacionais do presidente da República.

Nesta quarta-feira, o PMDB decidiu romper com o governo federal, em uma decisão tomada por aclamação no encontro do Diretório Nacional do Partido, que durou menos de cinco minutos. O partido também decidiu que os seis demais ministros do partido deverão deixar os cargos. Ontem, Henrique Eduardo Alves deixou o comando do ministério do Turismo.

Jornal do Brasil

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