La producción de la industria brasileña tuvo la mayor caída desde el 2003, arrastrada por la automotriz
La producción de la industria brasileña tuvo una caída de 8,3% en 2015, peor desempeño del indicador desde 2003, cuando empezó la actual serie histórica, según el oficial Instituto Brasileño de Geografía y Estadística, IBGE.
La caída de la producción de automotores fue decisiva para el resultado, que acumula dos años consecutivos de baja: en 2014 el sector industrial redujo su producción en 3 por ciento.
El año pasado, la recesión no sólo afectó a la industria automotriz; según el IBGE, de los 805 productos a los que se les hizo seguimiento, 78,3% tuvieron baja de producción.
Analistas resaltan la reducción de inversiones de la estatal Petrobras -y de sus contratistas investigadas por pago de sobornos- como uno de los factores que enfriaron la economía brasileña en 2015.
Automotores tuvo una caída de 25,9% en la producción, seguida de productos electrónicos y ópticos (-30%), máquinas y equipos (-14,6%) y productos derivados del petróleo y biocombustibes (-5,9%). La única suba del año fue del sector extractivo (petróleo y mineral de hierro), cuya producción subió 3,9 por ciento.
Produção industrial recua (-0,7%) em dezembro e fecha 2015 em queda (-8,3%)
Dezembro 2015 / Novembro 2015
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-0,7%
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Dezembro 2015 / Dezembro 2014
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-11,9%
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Acumulado em 2015
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-8,3%
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Acumulado em 12 meses
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-8,3%
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Média móvel trimestral
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-1,2%
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Em dezembro de 2015, a indústria recuou (-0,7%) em relação a novembro, na série
com ajuste sazonal. Frente a dezembro de 2014, a indústria também caiu (-11,9%).
No acumulado do ano, o setor industrial mostrou o maior recuo (-8,3%) da série, iniciada em 2003. Já o acumulado em 12 meses teve sua maior queda (-8,3%)
desde novembro de 2009 (-9,4%).
A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pode ser acessada aqui.
Em dezembro de 2015, a indústria prossegue com o quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só no sétimo resultado negativo consecutivo em relação ao mês imediatamente anterior (maior sequência de quedas da série histórica), mas também no predomínio de taxas negativas em dezembro, quando a maior parte das atividades pesquisadas reduziu a produção. Com isso, a indústria encontra-se 19,5% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, os sinais de menor intensidade da atividade industrial ficam evidenciados pela média móvel trimestral (-1,2%), que manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.
Brasil – Dezembro de 2015
Grandes Categorias Econômicas |
Variação (%) | |||
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Dezembro 2015/ Novembro 2015* |
Dezembro 2015/ Dezembro 2014 |
Acumulado Janeiro-Dezembro |
Acumulado nos Últimos 12 Meses |
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Indústria Geral |
-0,7
|
-11,9
|
-8,3
|
-8,3
|
Bens de Capital |
-8,2
|
-31,9
|
-25,5
|
-25,5
|
Bens Intermediários |
0,7
|
-11,4
|
-5,2
|
-5,2
|
Bens de Consumo |
1,0
|
-8,4
|
-9,4
|
-9,4
|
Duráveis |
9,4
|
-24,7
|
-18,7
|
-18,7
|
Semiduráveis e não Duráveis |
0,3
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-4,2
|
-6,7
|
-6,7
|
*Série com ajuste sazonal
No confronto com dezembro de 2014, o setor industrial mostrou seu vigésimo segundo resultado negativo consecutivo. Com isso, no fechamento de 2015, a indústria também assinalou a queda (-8,3%) mais intensa da série histórica, iniciada em 2003, com predomínio de taxas negativas entre as grandes categorias econômicas e as atividades pesquisadas. Destacam-se os recuos nos setores de bens de capital e bens de consumo duráveis.
Essa perda de dinamismo também fica evidente na análise semestral. A indústria teve comportamento negativo ao longo de 2015, com aumento na intensidade de queda na passagem do primeiro semestre (-5,9%) para o segundo (-10,5%), contra iguais períodos do ano anterior. Entre as grandes categorias econômicas, também houve quedas e as mais intensas foram em bens de capital (de -19,8% no primeiro semestre para –31,2% no segundo) e bens de consumo duráveis (de -14,1% para -23,2%), especialmente pela redução na produção de bens de capital para equipamentos de transporte (de -25,7% para -35,9%), na primeira, e de automóveis (de -14,5% para -24,3%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (de -2,7% para -7,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (de -6,5% para -6,8%) também recuaram entre os dois períodos.
Em dezembro de 2015, a produção industrial nacional recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, sétimo resultado negativo seguido, acumulando nesse período perda de 8,7%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 11,9% em dezembro de 2015, vigésima segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, os índices do setor industrial foram negativos tanto para o fechamento do quarto trimestre de 2015 (-11,8%) como para o acumulado no segundo semestre do ano (-10,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. No índice acumulado em 2015, a atividade industrial recuou 8,3% frente a igual período do ano anterior, redução mais elevada da série histórica iniciada em 2003. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (-8,3%) em dezembro de 2015, teve sua maior queda desde novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).
Indústria recuou (-0,7%) na série com ajuste sazonal
A redução de 0,7% da atividade industrial na passagem de novembro para dezembro teve quedas em treze dos vinte e quatro ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas vieram de máquinas e equipamentos (-8,3%), bebidas (-8,4%), metalurgia (-5,0%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,5%), com o primeiro acentuando o ritmo de queda verificado no mês anterior (-2,0%); o segundo apontando três meses de resultados negativos consecutivos e acumulando nesse período redução de 9,8%; o terceiro eliminando a expansão de 1,5% acumulada de outubro e novembro; e o último voltando a recuar após ligeiro acréscimo de 0,1% no mês anterior.
Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,6%), de produtos de metal (-4,5%), de produtos têxteis (-9,1%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,5%) e de produtos de madeira (-5,6%). Com exceção da última atividade que cresceu 0,8% no mês anterior, as demais também recuaram em novembro último: -0,6%, -0,4%, -0,5% e -3,2%, respectivamente. Por outro lado, entre os dez ramos em alta nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global vieram de produtos alimentícios (2,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (12,2%) e celulose, papel e produtos de papel (5,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a novembro, bens de capital, ao recuar 8,2%, mostrou o único resultado negativo em dezembro de 2015, com a queda mais acentuada desde dezembro de 2014 (-9,7%) e o terceiro resultado negativo consecutivo, com perda acumulada de 12,6% nesse período. Por outro lado, os demais segmentos apontaram taxas positivas nesse mês, com bens de consumo duráveis, ao avançar 9,4%, registrando a expansão mais elevada e interrompendo quatro meses consecutivos de queda na produção que acumularam redução de 18,1%. Os setores produtores de bens intermediários (0,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,3%) assinalaram os avanços mais moderados nesse mês, com o primeiro eliminando pequena parte da perda de 10,7% observada entre fevereiro e novembro de 2015; e o segundo intensificando a taxa positiva verificada no mês anterior (0,2%), após recuo de 0,8% em outubro último.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria recuou (-1,2%) no trimestre encerrado em dezembro de 2015 e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-4,3%) mostrou a queda mais acentuada nesse mês e permaneceu com a sequência de taxas negativas iniciada em outubro de 2014, acumulando (-36,5%) nesse período.
Indústria recuou (-11,9%) em relação a dezembro de 2014
Em relação a dezembro de 2014, o setor industrial mostrou queda de 11,9% em dezembro de 2015, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, em 24 dos 26 ramos, em 68 dos 79 grupos e 76,0% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-30,9%) exerceu a maior influência negativa sobre a indústria, pressionada, em grande parte, pela redução na produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, caminhões, autopeças e carrocerias para ônibus e caminhões.
Outras contribuições negativas relevantes sobre a atividade industrial foram: indústrias extrativas (-11,5%), máquinas e equipamentos (-25,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,6%), metalurgia (-14,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-37,1%), produtos de metal (-19,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-22,3%), produtos de minerais não-metálicos (-15,3%), bebidas (-11,1%), outros produtos químicos (-7,5%), produtos de borracha e material plástico (-12,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-18,4%) e de outros equipamentos de transporte (-22,0%). Por outro lado, ainda na comparação com dezembro de 2014, produtos alimentícios (4,4%) e celulose, papel e produtos de papel (2,6%) foram as duas atividades que aumentaram a produção nesse mês.
Ainda no confronto com dezembro de 2014, bens de capital (-31,9%) e bens de consumo duráveis (-24,7%) assinalaram, em dezembro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-11,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-4,2%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-11,9%).
O setor de bens de capital (-31,9%) teve a vigésima segunda taxa negativa consecutiva, com queda mais intensa que a de novembro (-31,1%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 32,9% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), caminhões, ônibus e reboques e semirreboques. As demais quedas foram em bens de capital para fins industriais (-20,4%), de uso misto
(-40,1%), agrícola (-32,7%), para construção (-48,7%) e para energia elétrica (-20,7%).
O segmento de bens de consumo duráveis (-24,7%) teve o vigésimo segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas menos intenso do que o verificado no mês anterior (-28,9%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-24,1%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (-26,9%) e da “linha marrom” (-22,6%), influenciados, em grande parte, por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-39,3%), de móveis (-19,5%) e do grupamento de outros eletrodomésticos (-21,7%).
Ainda no confronto com dezembro de 2015, a produção de bens intermediários (-11,4%) teve a vigésima primeira taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde maio de 2009
(-12,7%). Esse resultado foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-11,5%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-30,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,3%), de metalurgia (-14,1%), de produtos de minerais não-metálicos (-15,3%), de produtos de metal (-18,1%), de outros produtos químicos (-7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-12,2%), de produtos têxteis (-23,3%) e de máquinas e equipamentos
(-14,3%). Já as pressões positivas foram registradas por produtos alimentícios (12,5%) e celulose, papel e produtos de papel (3,2%). Também ocorreram reduções nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-21,6%), com a vigésima segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa da série histórica, e de embalagens (-4,1%), que marcou o décimo segundo recuo seguido na comparação com igual mês do ano anterior.
A queda em bens de consumo semi e não-duráveis (-4,2%) em dezembro de 2015 foi a décima quarta taxa negativa consecutiva nessa comparação, mas foi menos intensa que em julho (-9,1%), agosto (-7,2%), setembro (-7,3%), outubro (-7,6%) e novembro (-5,1%). O desempenho nesse mês se deve aos recuos em semiduráveis (-16,3%), não-duráveis
(-8,9%) e alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,9%). Por outro lado, o subsetor de carburantes (12,2%) teve o único resultado positivo na categoria, impulsionado pela maior fabricação de álcool etílico.
Indústria recuou (-11,8%) no quarto trimestre de 2015
Ao recuar 11,8% no quarto trimestre de 2015, a indústria teve a sétima taxa negativa consecutiva nesse confronto e a queda mais acentuada desde abril-junho de 2009 (-11,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A redução no ritmo da indústria, do terceiro (-9,3%) para o quarto trimestre de 2015 (-11,8%) se deu em três das quatro grandes categorias econômicas, com bens de consumo duráveis (de -18,9% para
-27,6%) apontando a principal perda entre os dois períodos, influenciada, em grande parte, pela fabricação de automóveis (de -18,9% para -29,9%) e de eletrodomésticos (de -20,9% para -25,2%). Os segmentos de bens intermediários (de -5,8% para -9,6%) e bens de capital (de -30,5% para -32,0%) também tiveram quedas maiores, com o primeiro pressionado pelo menor ritmo no setor extrativo (de 3,5% para -7,3%), e o segundo permanecendo como a principal queda desde o terceiro trimestre de 2014. Já o setor bens de consumo semi e não-duráveis reduziu a magnitude da queda (de -7,8% para -5,8%) entre os dois períodos, mas manteve-se recuando pelo quinto trimestre consecutivo.
No acumulado do ano, indústria também recuou (-8,3%)
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 8,3%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 25 dos 26 ramos, 71 dos 79 grupos e 78,3% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,9%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 97% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, autopeças, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus e caminhões.
Outras quedas importantes na indústria vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30,0%), máquinas e equipamentos (-14,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-8,9%), produtos de metal
(-11,4%), produtos alimentícios (-2,3%), produtos de borracha e material plástico (-9,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,2%), produtos de minerais não-metálicos (-7,8%), outros produtos químicos (-4,9%), vestuário e acessórios (-10,8%) e produtos têxteis (-14,6%). Por outro lado, a única influência positiva foi observada em indústrias extrativas (3,9%).
Entre as grandes categorias econômicas, resultados para os doze meses de 2015 mostraram menor dinamismo para bens de capital (-25,5%) e bens de consumo duráveis (-18,7%), especialmente com a redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-30,7%), na primeira, e de automóveis (-19,4%) e eletrodomésticos (-22,1%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-6,7%) e de bens intermediários (-5,2%) também acumularam taxas negativas no ano, com o primeiro registrando recuo abaixo da magnitude observada na média nacional (-8,3%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.