Marcharon en 30 ciudades en defensa de la democracia y contra el ajuste

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Primeiros atos da Frente Brasil Popular pelo país defenderam a Petrobras e a democracia

Na sua primeira manifestação de rua, a Frente Brasil Popular levou milhares de pessoas em diversas cidades pelo país, nesta sábado (3), no “Dia Nacional em defesa da democracia, da Petrobras e contra a política de ajuste fiscal”.

Pela manhã diversas capitais como Cuiabá (MT), Salvador (BA), São Paulo (SP), Maceió (AL), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e outras cidades do interior, como Campinas (SP) e Caxias do Sul (RS), realizaram mobilizações.

Diversos movimentos sociais e sindicais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Marcha Mundial das Mulheres, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Levante Popular da Juventude, e entre outras entidades, organizaram os protestos.

A Frente Brasil Popular foi lançada em setembro e visa a defesa da democracia e de um projeto democrático e popular; além de ser contra o ajuste fiscal e o Projeto de Lei 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que permite que a Petrobras não seja mais a única empresa operadora do Pré-sal.

Protestos pelo país

No Rio de Janeiro ocorreu o início dos protestos, ainda na sexta-feira (2) a noite. Cerca de 1 mil pessoas participaram do ato em frente à Igreja da Candelária, no Centro da cidade.

A mobilização em Belo Horizonte (MG) começou na pedreira Prado Lopes e depois seguiu para a Praça da Rodoviária, onde 10 mil pedaços de bolo foram distribuídos na rua, como comemoração ao aniversário da Petrobras. O encerramento foi na Praça Sete. Participam da mobilização mais de 50 entidades e organizações que compõem a Frente Brasil Popular em Minas Gerais. Segundo organizadores, a manifestação na capital mineira chegou a duas mil pessoas.

«Hoje é um dia histórico: são 62 anos da Petrobras. Estamos em luta nacional em defesa da democracia, do direito dos trabalhadores e das trabalhadoras, e contra o ajuste fiscal», explica Soniamara Maranhão, do MAB. Para Andréia Roseno, da Marcha Mundial das Mulheres, é «importante defender a Petrobras», pois isso significa a defesa da educação, da saúde, da vida das mulheres e da negritude.

Em Porto Alegre (RS), integrantes de movimentos populares, sindicatos e partidos iniciaram o ato no Largo Glênio Peres, no centro. A marcha foi até a torre simbólica da Petrobras, na Praça da Alfândega, no Centro. Segundo a organização, estão presentes cerca de 2 mil pessoas.

«Precisamos defender a democracia e evitar o golpe para evitar retrocessos políticos e sociais que tivemos no nosso pais. Queremos avançar e resistir contra todos os tipos de golpe, principalmente esse que querem dar a nos trabalhadores no congresso nacional», disse Guiomar Vidor, da CTB.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT) participou do ato na capital gaúcha e ressaltou: «A política tem que ser controlada pela sociedade, e não pelo Estado». Ele ainda enfatizou que «problemas da democracia se combatem com mais democracia» e chamou a população à luta.

Após lançamento da Frente Brasil Popular na cidade, militantes foram às ruas em ato na praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul (RS), com a participação de 150 pessoas.

Centenas de pessoas se uniram ao ato em defesa da Petrobras, da democracia e de outra política econômica em Curitiba (PR). Durante a concentração, manifestantes deram um abraço simbólico na Copel (Companhia Paranaense de Energia), empresa ameaçada de privatização. De lá, os militantes foram até a Boca Maldita, onde começou o ato da Frente Brasil Popular.

«Estamos organizados em diversos movimentos sociais para lutar pela soberania do Brasil. Para que os recursos do petróleo voltem para o povo brasileiro, para a saúde e para a educação. Não podemos no deixar influenciar por uma mídia que joga sujo e que quer desvalorizar a Petrobras», afirma Anacélie Azevedo, da direção do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina.

Em Recife (PE), o ato ocorreu na praça Derby. Em Maceió (AL), cerca de 200 pessoas participaram do protesto no Calçadão do Centro da capital. Os militantes seguiram em caminhada e dialogando com os trabalhadores do comércio pelas ruas do Centro. Em Cuiabá (MT), cerca de mil pessoas marcharam pelas ruas do centro da cidade.

Em Vitória (ES), cerca de 3 mil pessoas caminharam no ato do Colégio Normal rumo ao Seminário de Fátima, na zona oeste da cidade. Já na Paraíba, aproximadamente 800 pessoas se mobilizaram nas cidades de Cajazeiras e Cabedelo, onde a concentração aconteceu no Teatro da cidade e seguiu até o porto.

São Paulo

O último ato ocorreu na capital paulista, com a participação de cerca de 10 mil pessoas, de acordo com a organização. O protesto iniciou na frente da sede da Petrobras, na avenida Paulista, passou pelo Largo do São Francisco e terminou na Praça da Sé, no centro da cidade.

«Estamos aqui juntos, o movimento popular e o sindical, para defender a soberania do Brasil. Nós queremos que a Petrobras esteja sob o controle dos trabalhadores, porque são eles que precisam controlar a riqueza nacional. Para isso, sabemos também que é preciso mudar a política econômica do governo federal», afirmou Marcelo Buzzeto, do MST.

Segundo a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, a juventude marcou presença na manifestação para defender a estatal brasileira do petróleo. «Enfraquecendo a Petrobras, se enfraquece nossa soberania, se enfraquece a educação», afirmou.

“Esse é um ato dos trabalhadores e trabalhadoras, do movimento social, que acha errado que nós tenhamos que pagar pela crise. Nós queremos que a Dilma respeite o compromisso que ela firmou conosco durante as eleições”, apontou Edson Luiz, presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro).

“Hoje a Petrobras completa 62 anos e, novamente, ela está no centro da disputa política. E o que está por trás disso é o que é o Estado brasileiro. Qual a função do Estado? O Estado tem que estar voltado para o povo ou para poucos que só querem o lucro?”, questionou Cibele Vieira, do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo.

Brasil de Fato

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