Brasil: miles de manifestantes protestan en San Pablo por el cierre de escuelas

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Pessoas de todo o estado protestam contra fechamento de escolas em SP

Pais, alunos, professores ocuparam a região central da capital paulista em uma manifestação contra o projeto de reorganização das escolas, anunciado pelo governo Alckmin (PSDB). Organizadores estimam um total de 20 mil manifestantes.

Entre as pautas da mobilização estão a “defesa do ensino público e a luta contra o fechamento de escolas”. A manifestação foi iniciada na Praça da República e se dirigiu até a Praça da Sé.

Críticas

Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), contesta os possíveis efeitos do projeto do governo. «Esse projeto não tem nenhuma medida pedagógica. O secretário [da Educação] está tentando conter recursos em uma pasta que já sofre contenção, com baixos salários, escolas mal equipadas e escolas superlotadas», disse.

O sindicato estima que 162 escolas serão fechadas e ate 20 mil professores poderao perder o emprego.

Karina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), também criticou a ideia de “reorganização”. » A decisão unilateral do governo, fará com que se distancie mais as moradias do local das escolas».

Presença

Pessoas de diversas regiões do estado vieram para a manifestação. Maria Conceição, mãe de três alunos do ensino médio, diz que está no ato por causa das filhas. Ela enfrentou 7 horas de viagem, vinda da cidade de Penapólis, no interior do estado.

«Eles vão fechar a escola onde meus filhos estudam e eu não quero isso, porque é uma boa escola», ela ainda comentou a história de outras mães que passam pelo mesmo caso que ela: » tem mãe que trabalham o dia inteiro e os filhos vão de ônibus pra escola em segurança, mas querem mudar pra uma escola que ninguém conhece, assim fica difícil.»

Hoje, suas filhas levam somente 10 minutos para chegar até a atual escola, já a alternativa mais próxima está a pelo menos 40 minutos de onde moram.

Casos

A escola Lais Amaral Vicente, na cidade de Guarulhos, passa por um momento delicado. O colégio está na lista dos ameaçados de fechamento. A situação, entretanto, é ainda mais delicada: no mesmo bairro serão inauguradas moradias populares da CDHU e são esperadas ao menos 350 famílias.

Apenas com os habitantes atuais, serão mais de 800 alunos matriculados que serão remanejados para 3 colégios que estão a pelo menos 1,5 km de distância.

A estudante Mayara, de 15 anos, demonstra preocupação . A escola para qual ela será transferida fica a mais de 3km de sua casa, e ela conta que o trajeto é perigoso: «no caminho tem avenidas, a gente corre o risco de atropelamentos e assaltos».

Vitórias

Flávia Bischain, professora de sociologia da escola Martin Dammy, no bairro da Brasilândia, lembra que sua escola estava sendo ameaçada de fechar, mas que a organização e manifestação de seus alunos ajudou que o colégio saísse, até o momento, da lista de possível fechamento.

«Como a gente realizou uma série de manifestações e a comunidade está contra a reorganização, a diretoria de ensino recuou e disse que irá repensar o nosso caso», relata Flávia. A professora afirma estar na rua porque a solução dos problemas em outras localidades ainda é necessária.

Continuidade

A PM afirmou que 5 mil pessoas estavam presentes nesta terça-feira (20). Um novo ato contra o fechamento de escolas está sendo organizado para o dia 29 de outubro.

Brasil De Fato

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