Brasil: Dilma convoca para este domingo reunión de urgencia con ministros y busca apoyo en el sector empresarial
Dilma reúne-se domingo com Temer e ministros da coordenação política
A presidenta Dilma Rousseff marcou para este domingo (9) à noite a reunião de coordenação política. O encontro, que costuma ocorrer todas as segundas-feiras, desta vez foi adiantado em decorrência da viagem que Dilma fará segunda-feira (10) a São Luís.
A reunião está marcada para as 19h, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Além do vice-presidente Michel Temer, participam ministros do governo de diferentes partidos, como tradicionalmente ocorre nas reuniões semanais promovidas pela presidenta.
Ontem (6) ela se encontrou com ministros do PT e pediu que reforçassem o papel de articulação com o Congresso Nacional que tem sido desempenhado por Temer.
Ministérios podem cair de 38 para 24 após reunião com Dilma
O governo federal deve diminuir o número atual de ministérios de 38 para 24 se o estudo de enxugamento de casas do Planalto vingar.
A informação é do blog do Lauro Jardim, da Revista VEJA.
O martelo não está 100% batido, mas essa possibilidade pode ser real depois da reunião marcada para as 19h de hoje (9) em Brasília, entre a Presidente Dilma Rousseff e os ministros.
O vice-presidente, Michel Temer, também estará presente.
Encontro geralmente feito às segundas-feiras, dessa vez Dilma decidiu adiá-lo para o fim de semana no Palácio da Alvorada, já que ela tem compromisso agendado em São Luís (MA) amanhã (10).
Na ocasião, ela entregará unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.
Em pauta, além da reforma ministerial, estará a atual tensão com a Câmara e os problemas com os aliados PDT e PTB.
Culpa
Em reunião urgente feita entre Dilma e ministros do PT na semana passada, foi pedido à presidente que ela reconhecesse em pronunciamento público os seus erros de gestão.
Isso poderia ajudar a conter a crise antes que ela se torne irreversível. Seria uma maneira de ajudar o governo a recuperar força antes dos protestos marcados em todo o Brasil para o próximo dia 16.
Presidenta buscará apoyo entre grandes empresarios
La presidenta Dilma Rousseff quiere reunir a los llamados «líderes del PIB» de Brasil -los mayores empresarios del país- para pedirles cooperación en un momento en que el gobierno enfrenta una fuerte crisis política y la mandataria suma índices mínimos de aprobación popular.
Ante los indicadores de debilidad en la economía, el Ejecutivo quiere tender puentes al capital como una tentativa de infuenciar al Congreso contra la aprobación de proyectos con fuerte impacto fiscal. Entre los nombres destacados estarían Rubens Ometto, de Cosan, Luiz Carlos Trabuco, de Bradesco, Jorge Gerdau, de Gerdau, y Abílio Diniz, de Brasil Foods.
La semana pasada Dilma convocó a 27 gobernadores a Brasilia para dar una imagen de cohesión política, similar a la que quire dar ahora en el frente económico. Ante los mandatarios regionales, la presidenta reiteró la importancia de la coorperación para retomar el crecimiento. «No niego las dificultades, pero imagino que tenemos todas las condiciones de superarlas y enfrentar desafíos; queremos construir las bases estruturales para un nuevo ciclo de desarrollo», aseguró.
Panelaço é registrado em 21 estados e DF durante programa do PT na televisão
Veiculado na noite desta quinta-feira, o programa partidário do PT — que mostrou a presidente Dilma Rousseff dizendo que «sabe suportar pressões e injustiças» —, foi alvo de protestos em todas as regiões do país. Apesar de o fim da inserção, que durou 10 minutos, ironizar os panelaços, moradores de diversas cidades brasileiras bateram panelas ao mesmo tempo em que a propaganda do partido era exibida na TV.
Logo no início do programa, já se ouvia um forte panelaço em Copacabana e Botafogo, bairros da Zona Sul do Rio. Também na Zona Sul, o barulho foi forte na Gávea, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico e Ipanema. No Humaitá, panelaço e buzinaços, com mais intensidade no momento da aparição da presidente Dilma, além de gritos contra a petista. Na Praça São Salvador, em Laranjeiras, houve panelaço e discussão entre críticos e defensores do governo Dilma. Também houve protestos no Centro da cidade, na Lapa, Bairro de Fátima e no Rio Comprido. O panelaço também chegou à Zona Norte do Rio. No Méier, na Tijuca e no Engenho de Dentro. No Grajaú, protestos e gritos de “Fora, Dilma”. Também houve panelaço em Niterói e São Gonçalo.
PROTESTO CHEGA À PERIFERIA DE SÃO PAULO
O protesto também foi forte em São Paulo, onde foram registrados panelaço em bairros como Pinheiros, Jardins, Pompéia, Itaim Bibi, além de Santa Cecília e Higienópolis. Em alguns bairros, as pessoas fizeram ainda buzinaços e piscaram as luzes das casas e apartamentos. Pela primeira vez, houve panelaço na periferia da Zona Norte da capital paulista: em Parque Edu Chaves, Jardim Brasil e Vila Sabrina.
O corretor de imóveis Celso Dacca, de 58 anos, morador de Higienópolis, bairro nobre de São Paulo onde houve panelaço, buzinaço e apitaço, além de gritos de «Fora, PT», criticou os petistas:
— O panelaço é uma forma de protesto contra um governo que criou um projeto de poder. O PT teve uma oportunidade histórica de fazer grandes reformas enquanto estava por cima. Perdeu uma grande chance de fazer uma reforma política, uma reforma administrativa para que este país vá pra frente. O projeto de poder levou o país à bancarrota — disse.
Segundo Dacca, este não é o primeiro protesto dele contra o governo federal. Eleitor do senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da última eleição, ele disse que já foi à Avenida Paulista no dia 15 de março e bateu panela contra o governo federal nos últimos pronunciamentos da presidente Dilma à nação.
— O governo enganou o povo. Está fazendo tudo o que disse que não faria na eleição — desabafou.
Em Curitiba, foram registrados protestos em vários pontos da cidade. Além de moradores batendo panelas, também se ouviram gritos de «Fora Dilma» e «Fora PT».
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Em Porto Alegre, houve panelaço em vários bairros. Também houve protesto nas cidades gaúchas de Santa Maria, na Zona Central do estado, e em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana.
Em Cuiabá, capital do Mato Grosso, o panelaço se espalhou por vários bairros da cidade durante os dez minutos do programa do PT. Assim como em outras cidades, em Cuiabá também foram registrados buzinaço e gritos contra o governo.
Os panelaços também aconteceram no Espírito Santo, em Mato Grosso do Sul, no Ceará, em Alagoas e no Pará.
Nas redes sociais, páginas críticas ao governo Dilma chamaram internautas a protestar de forma barulhenta no momento da exibição do programa petista na televisão. “Vamos tirar as panelas da gaveta e espancá-las espontaneamente em alto e bom som”, diz a descrição de um dos eventos no Facebook.
Com a prisão do ex-ministro José Dirceu na última segunda-feira, o PT já esperava novos panelaços durante a veiculação da propaganda. A presidente foi alvo de um panelaço em março, ao usar o pronunciamento pelo Dia Internacional da Mulher para pedir “paciência e compreensão” da população. Depois dessa reação, ela desistiu de discursar na televisão no Dia do Trabalho.
Nesta quinta-feira, a inserção do PT ironizou os panelaços:
— Nos últimos tempos, começaram a dar uma nova utilidade às panelas. A gente não tem nada contra isso. Só queremos lembrar que fomos o partido que mais encheu a panela dos brasileiros. Se tem gente que se encheu de nós, paciência, estamos disposto a ouvir, corrigir, melhorar. Mas com as panelas, vamos continuar fazendo o que a gente mais sabe: encher de comida e esperança. Esse é panelaço que gostamos de fazer pelo Brasil — afirmou o ator José de Abreu, que conduziu o programa.
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DATAFOLHA: GOVERNO DILMA TEM 71% DE REPROVAÇÃO
No momento em que o Planalto faz apelos à sociedade, à oposição e ao Congresso e o governo se vê às voltas de uma crise política onde até a base aliada ameaça abandonar o barco, uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra que a presidente Dilma Rousseff tem 71% de reprovação, superando assim as piores taxas registradas pelo ex-presidente Fernando Collor no cargo às vésperas de sofrer processo de impeachment, em 1992.
Na pesquisa anterior, divulgada na terceira semana de junho, 65% dos entrevistados avaliaram o governo Dilma como ruim ou péssimo.
Oposição defende nova eleição presidencial para tirar o país da crise
Lideranças do PSDB e do Democratas vieram a público nesta quinta-feira para anunciar que, assim como a presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer também não teria legitimidade para unificar o país nesse momento de grave crise política e econômica. Em nome dos dois partidos, os líderes Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) defenderam que somente uma nova eleição, através do voto popular, poderia legitimar um novo presidente para tirar o país da crise.
Em resposta ao chamamento do vice-presidente Temer de que é preciso se encontrar alguém que possa unir o País, estamos dizendo da nossa convicção de que só se encontrará essa pessoa através de uma eleição direta, com a legitimidade do voto popular. Só através do voto em torno de um projeto de salvação nacional se criará o ambiente para sair dessa grave crise — disse o líder Cássio Cunha Lima.
Os líderes disseram que a intenção é que a sociedade passe a discutir essa possibilidade, e vão propor que os líderes da manifestação de rua do dia 16 de agosto incluam a defesa de novas eleições na pauta de reivindicações. Dizem que o povo é o principal ator dessa cena.
— Quando o vice Michel Temer diz que é preciso encontrar alguém que seja capaz de unificar o País, ele está dizendo que a presidente Dilma não pode mais fazer isso. E nós estamos propondo que só uma nova eleição pode legitimar essa pessoa — completou o líder Carlos Sampaio.
Para os líderes da oposição, é preciso rejeitar a articulação da cúpula peemedebista e de outros políticos, para envolver o PSDB e Democratas em um projeto de sustentação pós-impeachment. A aposta é no julgamento da ação de impugnação da chapa Dilma/Temer, marcada para setembro, no TSE. Para o líder Ronaldo Caiado, as declarações de Michel Temer, apesar de ser ele um democrata, foram a assinatura do atestado de óbito da presidente Dilma Rousseff.
— Só existe uma pessoa capaz de unificar o país nesse momento, a pessoa que emergir das urnas, em nova eleição direta. Hoje não tem como acordos de cúpulas partidárias ungir alguém para tirar o país da crise política e de enorme instabilidade na sociedade — disse Caiado.
— Não será com acordo e conchavos fechados dentro dos muros do Congresso e da política que vamos dar legitimidade a essa pessoa. Do contrário, estaremos apenas adiando o desdobramento de uma crise que se avizinha, dar sobrevida a um paciente terminal — disse Cássio Cunha Lima.
Mais cedo, em outra entrevista, Aécio Neves disse que Cássio e Sampaio anunciariam a resposta a Temer. Ele confirmou o jantar com Renan e outros senadores tucanos e peemedebistas na casa de Tasso Jereissatti, na noite de terça-feira. Mas disse que, como oposição, tiveram uma conversa civilizada, discutindo com cautela os cenários da crise. Mas concordou que a presidente Dilma não tem mais condições de continuar.
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— A presidente Dilma e o PT perderam a capacidade de governar. Infelizmente ela não governa mais o Brasil — disse Aécio.
Em caso de impeachment e posse de Temer, dizem os tucanos, a crise seria apenas adiada. Com a criação desse movimento para que a sociedade discuta uma nova eleição como única alternativa para resolver a crise, os líderes da oposição dão uma resposta pública também as sondagens feitas por lideranças do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que iniciou conversas com o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), sobre um eventual acordo para apoiar um plano de salvação econômica num possível cenário pós-impeachment.
A avaliação dos tucanos e democratas é que nos discursos de Temer, ontem e hoje, ele se coloca desde já como a pessoa que será capaz de fazer a transição num cenário pós-impeachment, como o ex-presidente Itamar Franco, com o apoio da oposição. Mas dizem que a situação, hoje, não é a mesma do impeachment de Fernando Collor, por causa da crise política e econômica.