Corrupción en Petrobras: allanan la casa del senador y expresidente Collor de Mello
POLICÍA REQUISA CASAS DE EX PRESIDENTE COLLOR POR CASO LAVA JATO
Denominada Operación Politeia, término de La República, de Platón, que alude a una ciudad perfecta, en la que la ética prevalece sobre la corrupción, la Policía Federal de Brasil y el Ministerio Público Federal (MPF) cumplieron este martes 53 órdenes de requisa e incautación de documentos, incluso en residencias del ex presidente y actual senador Fernando Collor de Mello y del jefe del Partido Progresista, el senador Ciro Nogueira.
Las órdenes son referentes a seis procesos instaurados en el Supremo Tribunal Federal (STF), la máxima corte de justicia de Brasil, y fueron cumplidas en Brasilia y en seis estados del país: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro y Sao Paulo.
Ordenadas por los jueces del STF Teori Zawascki, Celso de Mello y Ricardo Lewandowski, la policía informó que las requisas se hicieron en residencias de los investigados, así como en sus oficinas de trabajo, sedes de empresas, bufetes de abogados y organismos públicos.
El objetivo de la operación es evitar la destrucción de pruebas de delitos como lavado de dinero, evasión de divisas, fraude en licitaciones, formación de banda para delinquir, entre otros cargos.
Se realizaron requisas en residencias de Collor tanto en Brasilia como en el estado del que es oriundo, Alagoas, así como en la empresa de su familia TV Gazeta, ubicado en ese distrito situado en el Noreste de Brasil.
El ex mandatario dijo que el operativo policial fue «invasivo y arbitrario» y tuvo el objetivo de «incomodarlo», y aseguró además que Brasil vive tiempos en que «el Estado policial busca imponerse en menoscabo de las garantías individuales». Varios autos de lujo fueron retirados de una de sus residencias.
El ex presidente Collor fue citado en la delación del cambista Alberto Youssef como uno de los beneficiarios de desvíos de recursos de la petrolera estatal Petrobras. Nogueira, así como Collor en tanto, fue citado por otro delator del Laja Jato, el dueño de la constructora UTC, Ricardo Pessoa, quien afirmó que pago a los dos políticos -20 millones y 2 millones de reales, respectivamente- a cambio de influencias para hacer negocios en la subsidiaria de Petrobras BR Distribuidora.
El abogado de Nogueira, el reconocido penalista Antonio Carlos de Almeida Castro dijo que la requisa era innecesaria ya que el senador estaba a disposición de la justicia. Collor siempre ha negado su participación en ese esquema que defraudó a Petrobras.
QUEJAS DEL SENADO
El operativo policial, que también alcanzó al senador Fernando Bezerra, fue calificado como un «abuso de autoridad» y una «ilegalidad» por el abogado del Senado, Alberto Cascais, para quien la policía invadió las casas de los legisladores.
En la Casa da Dinda, que Collor usó como residencia cuando ocupó la presidencia y está ubicada en una zona residencial de Brasilia – el Lago Norte- fueron secuestrados un Porsche, una Ferrari y un Lamborghini.
Además de estos tres automóviles de lujo, en el balance total de la operación, la policía dijo que incautó otros cinco vehículos, 4 millones de reales en efectivo, dos obras de arte, joyas, relojes, documentos, discos duros, 45.000 dólares y 24.500 euros.
A Lava Jato avança contra Collor e políticos do PP
Agentes da Polícia Federal estiveram no apartamento funcional do senador Fernando Collor (PTB-AL), em uma quadra da Asa Sul, no centro da capital federal. Os policiais deixaram o local com um malote, que pode conter documentos em posse do político. A ação é resultado de uma operação conjunta com o Ministério Público Federal, tem outros 53 mandados de busca e apreensão e faz parte da nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Politeia. Além do senador, são alvos de busca simultânea, em sete estados, ex-ministros do governo Dilma Rousseff e políticos do PP.
Os policiais federais também cumpriram mandado de busca e apreensão na Casa da Dinda, residência que foi usada por Collor na época em que era presidente da República, onde foram apreendidos três carros de luxo – uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche – que foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Os agentes realizaram ainda investigações nas residências do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), em Brasília, na do ex-ministro e ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA), na Bahia, e na do ex-ministro e senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Outros alvos foram as casas do ex-deputado João Pizzolati (PP).
Em Brasília, a PF informou, inclusive, ter feito buscas nas residências do advogado Thiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, e do sócio dele, Luciano Araújo. O objetivo da operação seria evitar a destruição de provas e documentos que comprovem o envolvimento dos investigados.
Na capital alagoana até mesmo a sede da TV Gazeta, afiliada da TV Globo, teve de receber os agentes da Polícia Federal. A razão é que Collor é um dos principais acionistas da emissora. Entre as empresas, a BR Distribuidora foi alvo de um dos mandatos, assim como seus diretores José Zonis e Luiz Cláudio Caseira Sanches. Cerca de 250 policiais federais participam da ação em todo o país.
No Senado
A Polícia do Senado Federal questionou a ação no apartamento de Collor. O diretor da Polícia do Senado, Pedro Carvalho, confirmou que a ação foi no apartamento de Collor e disse que não foi apresentado mandado. “Nós chegamos aqui, fomos impedidos de entrar em uma residência oficial do Senado Federal. Volto a dizer que não nos foi apresentado um mandado de busca e apreensão, nenhum dos membros que estavam aqui se identificou para a gente”, disse o diretor.
No perfil do senador Fernando Collor (PTB-AL), na rede social Facebook, foi divulgada uma nota sobre a operação. “A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”. O texto diz ainda que o senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal por duas vezes e que o depoimento foi desmarcado.