La presidenta Dilma Rousseff manifestó el lunes sentirse «indignada» con la apertura de una investigación contra el ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sospechas de tráfico de influencia internacional y en Brasil a favor de la gigante constructora Odebrecht.
En la reunión de ministros que presidió el lunes, la mandataria pidió a sus colaboradores que hagan una defensa enfática del ex jefe de Estado en este momento de dificultades, reportó Folha de S. Paulo.
La investigación fue abierta por un cuestionado fiscal: Valtan Timbó, de la Procuraduría del Distrito Federal.
El fiscal abrió la causa pese a que la fiscal titular, Mirella Aguiar, había afirmado que no había indicios para una investigación, sino apenas relatos «desprovistos de soporte probatorio suficiente».
Dilma, en la reunión, preguntó: «En el mundo, reyes, príncipes, presidentes y ex presidentes defienden las empresas e intereses nacionales. En Brasil, ¿Quieren decir que esto es un delito?».
El Instituto Lula rebatió las acusaciones del Ministerio Público y pidió al Consejo Nacional del Ministerio Público suspender la investigación que el ex mandatario calificó como «irregular».
Primeiro-ministro de Portugal desmente matéria de ‘O Globo’ contra Lula
O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, desmentiu ontem matéria do jornal O Globo, publicada no domingo, sobre suposto lobby do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da construtora Odebrecht. «O ex-presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para nenhuma empresa brasileira», afirmou o primeiro-ministro à imprensa portuguesa.
«Para ser uma coisa que toda a gente perceba direitinho, é assim. Não me veio dizer: há aqui uma empresa que eu gostava que o senhor, se pudesse, desse ali um jeitinho. Isso não aconteceu. E nem aconteceria, estou eu convencido, nem da parte dele, nem da minha parte», afirmou também o primeiro-ministro português.
A expressão “meter uma cunha” a que Coelho se refere significa em Portugal “fazer lobby” e se fosse dita por aqui daria margem a interpretações ambíguas em razão de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vir atuando em sua gestão com mão pesada em favor dos interesses conservadores. Não demoraria para que “meter uma cunha” por aqui ganhasse muitos significados sobre o comportamento pouco democrático do presidente da Câmara.
De acordo com a reportagem do jornal, o pedido de Lula em favor da Odebrecht teria relação com a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), de Portugal. Em nota divulgada ontem, a assessoria de imprensa do Instituto Lula acusou o jornal da família Marinho de omitir informações sobre o assunto. “O jornal O Globo não se atenta aos fatos e faz distorções para prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”