Brasil: tras las protestas del domingo, la oposición retoma el pedido de destitución de Dilma
Oposición socialdemócrata insiste en impeachment de presidenta
El líder de la oposición en la Cámara de Diputados, el legislador Bruno Araújo, quiere que el Partido de la Social Democracia Brasileña, PSDB, acelere la formalización de un pedido de impeachment de la presidente Dilma Rousseff. El parlamentario aseguró que la bancada del PSDB comparte ese sentimiento, que será transmitido al presidente del partido, senador Aécio Neves, durante la reunión de la directiva partidaria que se llevará a cabo el martes 14 de abril en Brasilia. «Llegamos al límite de una insatisfacción clara y expresiva que debe ser construida, de forma legítima y dentro de las reglas constitucionales en forma de pedido de impeachment de la presidenta Dilma», dijo Araújo. El Fiscal General de la República, Rodrigo Janot, desestimó dos veces un pedido de la oposición para que la presidenta Dilma sea investigada. En el Congreso, el presidente de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, también archivó una solicitud de impeachment por considerarla «inconstitucional»
El líder de la oposición en la Cámara de Diputados, el legislador Bruno Araújo, quiere que el Partido de la Social Democracia Brasileña, PSDB, acelere la formalización de un pedido de impeachment de la presidente Dilma Rousseff.
El parlamentario aseguró que la bancada del PSDB comparte ese sentimiento, que será transmitido al presidente del partido, senador Aécio Neves, durante la reunión de la directiva partidaria que se llevará a cabo el martes 14 de abril en Brasilia.
«Llegamos al límite de una insatisfacción clara y expresiva que debe ser construida, de forma legítima y dentro de las reglas constitucionales en forma de pedido de impeachment de la presidenta Dilma», dijo Araújo. A juicio del parlamentario, el ex candidato presidencial Neves «escuchará de parte de un conjunto muy expresivo de la bancada federal que es hora de que el partido avance para formalizar un pedido de separación de la presidente del cargo, por todos los hechos que son de público conocimiento en Brasil».
«Y que no me venga el (oficialista Partido de los Trabajadores) PT a hablar de golpe, porque leí en la tribuna de la Cámara un pedido de impeachment firmado por (el ex diputado y ex presidente del PT, luego detenido) José Genoíno contra Fernando Henrique Cardoso; todos saben dónde está José Genoíno ahora y dónde está Fernando Henrique Cardoso», dijo el líder parlamentario del PSDB.
Según Araújo, la idea del impeachment se justifica con base en las delaciones premiadas en el ámbito de la operación «Lava Jato», que investiga la corrupción en la estatal Petrobras. Varios de los que participaron del supuesto esquema de cobro y pago de sobreprecios dicen que parte del dinero desviado era entregado al tesorero del PT, João Vaccari Neto.
Sin embargo, el Procurador General de la República, Rodrigo Janot, desestimó dos veces un pedido de la oposición para que la presidenta Dilma sea investigada. En el Congreso, el presidente de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, también archivó una solicitud de impeachment por considerarla «inconstitucional».
Araújo insiste en que hay elementos para que se abra un proceso «construido con responsabilidad» contra la mandataria, y que se discuta en el Parlamento.
Oposição e governoavaliam impacto dasmanifestações
Rousseff, incluindo pedidos de impeachment. Nesta sefgundafeira, um dia depois do segundo grande protesto, tucanos reclamaram da ausência do presidente do partido, Aécio Neves, nos protestos do último domingo, e consideraram que ele perdeu uma oportunidade de firmar sua liderança. Já o expresidente Fernando Henrique Cardoso disse que os partidos não podem instrumentalizar manifestações espontâneas e têm responsabilidades institucionais. O governo, por sua vez, diz que continua atento à pauta das ruas
Na reunião da coordenação política, com a presidente Dilma, o vice Michel Temer, e nove ministros, foi avaliado que a redução no número de manifestantes em relação aos atos de 15 de março reduz a pressão sobre o governo.
Entendemos que, desde junho de 2013, há um questionamento da forma como o modelo político brasileiro está organizado. Todos os poderes instituídos do Estado brasileiro estão sendo questionados. Mas vamos continuar atentos à pauta das manifestações — afirmou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.
Entendemos que, desde junho de 2013, há um questionamento da forma como o modelo político brasileiro está organizado. Todos os poderes instituídos do Estado brasileiro estão sendo questionados. Mas vamos continuar atentos à pauta das manifestações — afirmou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.
Setores do PSDB pretendem demonstrar seu desapontamento com Aécio, nesta terçafeira, na reunião da bancada federal com o líder tucano. O encontro, inicialmente previsto para tratar a reforma política, deve ter como pauta principal a atuação do PSDB a partir de agora, diante da insatisfação popular com o governo Dilma.
Na semana passada, Aécio consultou lideranças tucanas para saber se deveria participar da manifestação no último domingo, e a maioria o aconselhou a ir.
O PSDB tem que estar mais presente nas ruas porque as pessoas estão pedindo isso de forma mais efetiva — alega o deputado Antônio Imbassahy (PSDBBA).
FH É CONTRA INSTRUMENTALIZAÇÃO
Em São Paulo, o expresidente Fernando Henrique Cardoso minimizou as críticas à oposição nos protestos de domingo. Lideranças de grupos como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua fizeram discursos cobrando de oposicionistas apoio ao impeachment da presidente.
O movimento tem sua dinâmica própria, não foi convocado pelos partidos. Os partidos têm uma responsabilidade institucional. É natural que os movimentos exijam mais, e os líderes políticos têm que mesurar, ver o que é possível fazer e o que não é — disse Fernando Henrique, após um debate sobre reforma política realizado em sua fundação.
Para o expresidente, é normal a “permanente tensão entre a rua e a instituição”.
Agora, se os partidos fossem para a rua, seria mais grave. Porque seria tentar instrumentalizar aquilo que não é instrumentalizável — argumentou.
Já há quem acredite, no PSDB, que o partido deve tomar a frente de um processo de impeachment.
O preço político poderia ser muito grave se parecesse que o PSDB se omitiu num momento como esse. Começamos a achar que a formalização de um processo de impeachment está madura. O PSDB foi muito cuidadoso e responsável, mas vai acontecer por alguém, e temos que definir o papel que teremos nisso. A maioria da população está pedindo impeachment. Os requisitos estão prontos, há vontade popular e fatos que substanciam com força uma peça jurídica bem construída — afirma o deputado Bruno Araújo (PSDB PE).
Interlocutores mais próximos a Aécio, porém, defendem um maior cuidado no tratamento do tema.
Você não vai tomar cafezinho na casa de quem não te convidou. Ele está sendo respeitoso e cuidadoso, porque a presença dele não é qualquer uma e pode dar margem de leitura de terceiro turno e partidarização. Aécio e as oposições vão abrir diálogo com esses movimentos para saber o que esperam das oposições — afirmou o deputado Marcus Pestana (PSDBMG).
Impeachment não é objetivo inicial, é consequência. Das três précondições, só uma está sendo atendida, que é o apoio popular. Não podemos ser voluntaristas, e Aécio não apoiará nenhuma aventura autoritária. Impeachment fora dos marcos constitucionais seria golpismo. A substância jurídica ainda não está configurada, isso vai depender da CPI da Petrobras e dos desdobramentos da LavaJato — afirmou o mineiro.
O Movimento Brasil Livre anunciou ontem que organiza uma marcha de São Paulo a Brasília para entregar uma “carta com reivindicações aos três Poderes”. A saída, diz um dos líderes do grupo, Kim Kataguiri, de 19 anos, será na sextafeira. A previsão de chegada é o dia 20 de maio.
O portavoz do Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul, Rafael Bandeira, chamou de “neuróticos e alucinados” os grupos a favor da volta dos militares ao poder por meio de uma intervenção constitucional. Segundo Bandeira, o grupo não integra as mobilizações pelo impeachment de Dilma, lideradas pelo MBL e pelo Vem Pra Rua.
Protestos são “manifestação democrática”, diz ministro da Comunicação Social
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que o governo considera os protestos ocorridos neste domingo (12) uma “manifestação democrática” e que está atento às reivindicações apresentadas pelos cidadãos que foram às ruas.
Pela segunda vez em menos de um mês, milhares de pessoas protestaram em cidades de todas as regiões do país contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e pelo fim da corrupção, entre outras causas. Segundo cálculos dos organizadores e das polícias militares estaduais, as manifestações de ontem foram menores que as do dia 15 de março.
“O governo está atento à pauta das mobilizações. O governo continua governando, mas considerando as manifestações como uma manifestação democrática do nosso país. O governo, como já disse, respeita uma manifestação dessa dimensão. É uma expressão importante da democracia brasileira”, disse o ministro, após se reunir com assessores de comunicação do governo.
Perguntado sobre os resultados da pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, segundo a qual 63% dos brasileiros querem o impeachment da presidenta Dilma, Edinho Silva disse que o descontentamento em relação aos políticos atinge todas as esferas do poder, expressado desde as manifestações de junho de 2013.
“Todos os poderes instituídos do Estado brasileiro certamente estão sendo questionados, a imensa maioria das prefeituras, dos governos de estados, dos legislativos. É claro que temos a responsabilidade, por sermos o governo central, mas o mais importante é que possamos entender o sentimento das ruas e trabalhar para aprimorar cada vez mais o Estado da sociedade civil”, ponderou.
Responsável pela comunicação do governo, Silva disse que a estratégia para melhorar os índices de aprovação da gestão Dilma será a aproximação com a sociedade para ouvir mais as demandas da população. “A sociedade civil quer participar mais da vida política no nosso país, a sociedade quer mais instrumentos de fiscalização”, ressaltou.
No encontro o ministro reuniu os assessores de comunicação do governo federal para discutir estratégias conjuntas para todas as pastas. “Foi uma reunião para que possamos unificar a forma de trabalho de toda a comunicação do governo. Preciso conhecer a estrutura de cada ministério, quero saber o que cada ministério está organizando para fazer a informação chegar de forma mais eficiente ao cidadão”, disse Silva, que está no governo desde o fim de março.
Segundo Edinho Silva, “informar os feitos do governo não é nenhuma benesse, é uma obrigação», porque o que o governo faz é com dinheiro público, e «o cidadão tem que saber aquilo que acontece com o seu dinheiro”.