Las protestas contra Rousseff congregaron menos manifestantes que en marzo último

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Manifestantes voltam às ruas em número menor em ato contra o governo

Protestos deste domingo tiveram menos participantes do que os atos do dia 15 de março

Os protestos contra o governo e pelo fim da corrupção convocados para hoje (12) por diversas organizações reuniram manifestantes em todas as regiões do país. Em todas as cidades, muitos manifestantes vestiram verde e amarelo e levaram bandeiras do Brasil aos protestos.

Entre as reivindicações, além dos pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, faixas e palavras de ordem pediam investigação de denúncias de corrupção, votação da reforma política e até o retorno dos militares ao poder.

O número de participantes das manifestações deste domingo foi menor que nos atos do dia 15 de março. Em Brasília, a manifestação de hoje reuniu aproximadamente 25 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, e transcorreu de forma pacífica. No primeiro ato, há menos de um mês, 45 mil foram às ruas na Esplanada dos Ministérios.

Em Goiânia, 2 mil pessoas participaram do protesto deste domingo na Praça Tamandaré, no setor oeste, segundo estimativas da PM. O número também é menor que o registrado pela corporação em março, de 60 mil participantes.

A PM do Paraná informou que 40 mil pessoas participaram da manifestação na região central de Curitiba, encerrada no começo da noite. Além da capital, os protestos reuniram 5 mil pessoas em Londrina e 1,2 mil em Foz do Iguaçu, além de outras cidades do interior. De acordo com a PM, o policiamento foi reforçado em todo o estado

Em Porto Alegre, a estimativa oficial da Brigada Militar é que 35 mil manifestantes tenham caminhado pelas ruas da capital em direção ao Parque Moinhos de Vento. Na manifestação de março, 100 mil participaram do ato contrário ao governo Dilma.

No Nordeste, houve protestos em capitais como Recife, Salvador, Maceió, Natal e Aracaju. Em João Pessoa, um trecho da Avenida Epitácio Pessoa próximo à orla foi interditado, e a PM informou que 300 pessoas participaram da manifestação, que terminou por volta de 18h. Nenhuma pessoa foi detida, de acordo com a corporação.

Em São Luís, aproximadamente 3 mil manifestantes se concentraram na Avenida Litorânea, segundo os organizadores do Movimento Brasil Livre. A PM contabilizou 400, que foram acompanhados por cerca de 20 policiais.

Em Manaus e em Belém, os protestos ocorreram durante a manhã. Na capital amazonense, a concentração na Praça do Congresso, no centro da capital, começou tímida por causa da chuva, segundo os organizadores. Às 11h, a PM do estado informou que havia 360 manifestantes. A expectativa da organização ter a adesão 10 mil pessoas.

O protesto em Belém reuniu cerca de 8 mil pessoas, segundo o coordenador do Movimento Brasil Livre no Pará Augusto César Silva. O grupo saiu do Mercado Ver-o-Peso em direção à Praça da República. De acordo com a PM, 3 mil pessoas participaram.

Também pela manhã, em Belo Horizonte, 6 mil pessoas se juntaram ao protesto contra o governo e pelo fim da corrupção, de acordo com a PM. A concentração ocorreu na Praça da Liberdade, e os manifestantes seguiram até a Praça da Estação, no centro da capital mineira. Na manifestação do dia 15 de março, 24 mil pessoas estiveram no local, também segundo a polícia.

Em São Paulo, a estimativa da PM estadual é que 275 mil pessoas tenham participado do protesto na Avenida Paulista. Na primeira manifestação, a PM informou que 1 milhão estiveram no local. De acordo com a corporação, o ato transcorreu sem incidentes até o começo da noite.

Também sem ocorrências, no Rio de Janeiro, a manifestação pelo fim da corrupção e pela saída da presidenta Dilma terminou por volta de 15h, de forma tranquila. Desde as 10h, havia manifestantes na Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana.

Até o começo da noite, o governo não se pronunciou sobre os protestos. No dia 15 de março, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, foram convocados para responder às críticas e anunciar medidas do governo para combater a corrupção.

Partidos de oposição se manifestaram sobre os protestos e se solidarizaram com as pessoas que foram às ruas contra o governo. Em nota, o PSDB criticou as medidas econômicas da presidenta Dilma Rousseff e disse que se une aos brasileiros que manifestaram “repúdio e indignação contra a corrupção sistêmica que envergonha o país”.

O Solidariedade informou que aproveitou as manifestações para recolher assinaturas no abaixo-assinado que pede o impeachment de Dilma. O presidente do partido, deputado Paulinho da Força (SP) disse que a oposição não pode ficar indiferente aos protestos e deve cobrar do governo as demandas apresentadas nas ruas.

Jornal Do Brasil

Qué le pasa a Brasil

Por Eric Nepomuceno

Brasil es, hoy, un país con un escenario económico grave y tenso, preocupante. Los agentes del mercado financiero, los especuladores de siempre, dicen que es un panorama crítico y caótico. No hay datos concretos para que se crea en esta versión. Pero para creer que se trata de un cuadro tenso y grave, hay muchos.

Brasil es un país dividido, que enfrenta una oleada de insatisfacción popular, amplia y hábilmente manipulada por los grandes conglomerados de comunicación, y blanco del oportunismo vulgar de una oposición que no tiene otro proyecto alternativo que pedir a gritos la renuncia o la destitución de una mandataria elegida por mayoría de votos hace cinco meses.

Es también un país dividido entre los beneficiados de siempre, que ahora reclaman la devolución de sus privilegios, y los ninguneados de siempre, que lograron subir al escenario del mercado de consumo y de un bienestar mínimo, y ahora exigen, con todo derecho, más y más.

El tránsito social que elevó, en los últimos doce años de gobierno del PT, a más de 40 millones de brasileños de la pobreza a una clase mínimamente media es motivo de críticas sonoras y severas. Dicen los privilegiados de siempre que no se trata de otra cosa que una banal maniobra populista, que costó miles de millones al Estado.

Es una reacción típica y previsible de una clase mezquina, que jamás admitió perder algo de lo mucho que tiene para que muchos que no tenían nada pudiesen tener algo.

Y, curiosa y paradójicamente, uno de los grandes nudos de Brasil es precisamente esa nueva clase media, que vio cómo la vida mejoró a lo largo de los últimos doce años, pero de la puerta de casa hacia adentro. Hacia afuera, en el mundo de lo cotidiano, todo sigue igual: la salud pública que no cura, humilla y mata; el transporte público que no transporta, tortura; la educación pública que no educa.

En suma: uno de los grandes nudos en que se metió Brasil es precisamente esa nueva clase social que fue llevada a las puertas del paraíso de la clase media, pero no logró entrar. Quedó en el umbral, luego de haber conocido parte de sus bondades, pero sin librarse del universo de maldades que atormentaban su vida anterior.

Si se logra olvidar por un instante todo el inmenso océano de actuales circunstancias vividas por Brasil –escándalos de corrupción, el agotamiento del sistema de financiación de campañas electorales, el colapso de los partidos políticos, la crisis terminal del llamado “presidencialismo de coalición”, que establece y consolida el chantaje y el canje de intereses menores como principio básico del quehacer político–, lo que se verá es un país en plena contradicción.

Hay un partido, el PT de Lula da Silva, agobiado frente al bombardeo de denuncias de corrupción. Y un gobierno, el de Dilma Rousseff, que parece inerte. Sin embargo, también existe sólido espacio para creer que, con lucidez y tiempo, se logrará salir del actual cuadro.

El problema es saber cuál será la herramienta mejor capacitada para corregir los equívocos de la política económica a lo largo de los últimos dos o tres años, bajo la primera presidencia de Dilma Rousseff. Y también saber cómo quitar de la piel del PT el sello de corrupción, para retomar el proyecto de crear un nuevo país.

El actual cuadro es motivado, de un lado, por una formidable y tremenda campaña de los grandes conglomerados de comunicación, que alienta el respaldo de una oposición que, a falta de propuestas concretas, se lanza al peligroso ejercicio del “cuanto peor, mejor”.

En ese mismo cuadro, pero del otro lado, están las conquistas logradas por el proyecto político que desde hace doce años preside el país. Y en ese punto hay que considerar un detalle delicado: el mismo proyecto que llevó a por lo menos 40 millones de personas –casi una Argentina entera– al mercado de consumo, a la clase media, ha sido incapaz de propiciar mejor transporte urbano, mejor educación, mejor sistema de salud, mejor seguridad pública.

Quizás el gran equívoco del proyecto de Lula y del PT haya sido no haberse precavido frente a un dato específico: al crear una nueva e inmensa clase media, creó un nuevo frente de reivindicaciones.

Los que ascendieron asumieron, muy rápidamente, las posiciones de las clases medias tradicionales, las mismas que los reniegan y siempre los renegaron. No se trata, de ninguna manera, de un caso de ingratitud: se trata de un caso de falta de previsión.

Una falla estratégica grave de quienes, al lanzar e implementar un plan de inclusión social de larguísimas dimensiones, creyeron que con esto bastaba.

No, no basta: además de heladeras y automóviles y televisores, hay que entregar al pueblo servicios públicos básicos y esenciales de calidad. Entre ellos, la concientización. La idea de qué es ser ciudadano.

O sea, el derecho de reclamar derechos legítimos sin dejarse manipular por quienes siempre se los negaron.

Eso es algo dramático y triste que se ve en Brasil: los ninguneados de siempre, que ahora son alguien, lado a lado con los que los ningunearon siempre, y siempre los ningunearán.

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