Brasil: Sindicatos y movimientos sociales marchan en 26 estados “en defensa de Petrobras y la democracia” y opositores se movilizan por el “impeachment”
26 estados fazem hoje atos em defesa da Petrobras e democracia
Dois dias antes da manifestação que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), um ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 26 estados irá às ruas com o objetivo de defender os direitos trabalhistas, a reforma política, a democracia e a Petrobras. A manifestação acontecerá hoje, em Fortaleza, a partir das 8h30min, com concentração e caminhada até a Assembleia Legislativa do Ceará, no bairro Dionísio Torres.
Embora seja visto como um movimento pró-Dilma Rousseff, o secretário-geral da CUT-CE, Hélder Nogueira, afirma que o protesto faz parte de uma agenda nacional de luta das centrais sindicais e dos movimentos sociais. A expectativa da CUT é de que o ato reúna cerca de quatro mil pessoas. Hélder ressalta que o movimento será pacífico.
A Polícia Militar estará presente no ato com efetivo de cerca de 30 homens, conforme a assessoria da PM, para garantir o direito de ir e vir das pessoas. Ontem, o Ministério Público do Ceará recomendou ao comando-geral da PM que adotasse providências em relação à manifestação marcada para o domingo, 15, na Praça Portugal. O efetivo policial será o mesmo para ambos os protestos.
Ato unificado
O ato da CUT no Ceará integra passeatas e protestos marcados em 26 estados brasileiros. Apesar da proximidade com a manifestação nacional que pede o impeachment da presidente da República, os dirigentes da Central ressaltam que a data havia sido definida com antecedência.
A representante do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos no Ceará (Motu), Cineide Almeida, destaca que, entre as principais bandeiras do ato, estão a luta pela valorização da Petrobras e por uma reforma política democrática. O ato também pede a retiradas das medidas provisórias que alteram leis trabalhistas, a negociação da redução da jornada de trabalho e fim do fator previdenciário.
Em nota divulgada pela CUT, o presidente nacional do órgão, Vagner Freitas, diz que “os que pedem o impeachment da presidente não estão preocupados com os trabalhadores e com o Brasil, mas só com um terceiro turno das eleições”.
Sobre o fato de nos bastidores o ato ser chamado de “Blinda Dilma”, Hélder Nogueira ressalta que a relação estabelecida entre os atos da CUT e o governo do PT parte mais “de setores da mídia e das elites do que da classe trabalhadora”. Ele pontua que o partido surgiu no mesmo período em que a CUT e que o crescimento do ex-presidente Lula se deu dentro dos movimentos de esquerda. No entanto, frisa que a Central “nunca abriu mão do projeto de esquerda, independentemente de governo”.
SENADORES DE CINCO PARTIDOS UNIDOS EN PEDIDO POR RESPETAR URNAS
Nueve senadores de cinco partidos diferentes — Partido Democrático Trabalhista, Partido Socialista Brasileño, Partido Progresista, Partido popular Socialista y Partido Socialismo y Libertad (PDT, PSB, PP, PPS y PSOL) — divulgaron el jueves un manifiesto de apoyo al Ministerio Público Federal en sus acciones sobre la Operación Lava Jato y las denuncias de corrupción en caso Petrobras.
El Supremo Tribunal Federal (STF), debido al trabajo de la Policía Federal, la Justicia Federal y el Ministerio Público Federal, abrió una investigación contra 49 políticos, incluyendo los presidentes del Senado, Renan Calheiros, y de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha.
Los senadores Cristovam Buarque, Lasier Martins, Telmário Mota, Reguffe, Lídice da Mata, João Capiberibe, Ana Amélia Lemos, José Medeiros y Randolfe Rodrigues pidieron al STF «»rigor, celeridad y eficiencia en sus decisiones (…) condenando a los culpables y absolviendo a los inocentes». Además, pidieron aplicar la ley en forma «justa e implacable, sin privilegios, sin distorsiones».
En las vísperas de movimientos de protesta contra el Gobierno convocados en las principales ciudades del país, el grupo de senadores expresó «respeto integral a las determinaciones de la Constitución de Brasil, que emanan de una Constituyente soberana, democrática y ciudadana que estableció, en 1988, los fundamentos del Estado Democrático de Derecho anclado en la voluntad suprema del pueblo brasileño, consultado regularmente por el voto libre y secreto de más de 100 millones de electores».
Grupo de gerenciamento de crises vai acompanhar manifestação pelo impeachment de Dilma
A Procuradoria Geral de Justiça do Ceará (PGJ-CE) expediu portaria, nesta quarta-feira, 11, criando o Grupo Especial de Gerenciamento de Crises Sociais para acompanhar a manifestação do dia 15 de março, em Fortaleza. O evento pelo impechament da presidente Dilma Rousseff está marcado para as 10 horas da manhã, na Praça Portugal, e já conta com 49 mil participantes confirmados na página do Facebook.
Segundo o procurador-geral de Justiça responsável pela portaria, Ricardo Machado, informou que o objetivo é unificar o planejamento, a coordenação e a execução da atuação do Ministério Público nos eventos políticos e manifestações sociais de grande impacto. Ao todo, oito pessoas vão integrar o grupo, entre representantes da Secretaria Executiva das Promotorias de Justiça Criminais e do Centro de Apoio da Infância e da Juventude.
O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, da Execução Criminal e do Controle Externo da Atividade Policial (Caocrim), Humberto Ibiapina, está à frente da operação. “Vamos monitorar a manifestação para evitar que haja situação de arbitrariedade por parte de policiais. Além disso, tentaremos coibir atos de vandalismo por parte dos protestantes”, completa.
“O acompanhamento é necessário para solucionar conflitos surgidos em decorrência das manifestações populares. Assim, é possível propor medidas que evitem quaisquer episódios de violação de direitos”, frisa Ricardo Machado.
O arquiteto Paulo Angelim, um dos organizadores do evento em Fortaleza, afirma que o ‘’impeachment» está no título do evento, mas a finalidade da manifestação vai além. «Um dos maiores objetivos do evento é mudar a postura da sociedade em relação à política», disse.
Ações
Segundo a PGJ-CE, cabe ao Grupo Especial de Gerenciamento de Crises Sociais:
– interlocução com os poderes públicos, os órgãos do sistema de segurança pública e a sociedade; traçar estratégias conjuntas;
– promover o encaminhamento de expedientes;
– realizar o levantamento de todas as ocorrências registradas nas manifestações populares por meio de procedimento administrativo; assinar peças de investigação civil e criminal, peças administrativas, requisições, requerimentos, termos de ajustamento de conduta e peças processuais;
– tomar as providências legais pertinentes para realizar os encaminhamentos aos órgãos de execução do MPCE que tenham atribuição, bem como aos órgãos do sistema de segurança pública e de Justiça para os devidos fins.
O Povo