Brasil: exgerente de Petrobras declara que el PT recibió sobornos por casi U$S 200 millones y citan a su tesorero

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Delator diz que PT recebeu propina de até US$ 200 milhões; partido nega

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse, em depoimento de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF), em novembro do ano passado, que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu propina em nome do partido em 90 contratos da Petrobras, num total entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. Em nota oficial, o partido reiterou que recebe apenas doações legais, que são declaradas à Justiça Eleitoral, e prometeu processar seus acusadores “pelas mentiras proferidas contra o PT”.

As declarações de Barusco foram divulgadas após decisão do juiz federal Sérgio Moro, que retirou o sigilo das investigações da nona fase da Operação Lava Jato, iniciada hoje (5). Para estimar a quantia, o ex-gerente se baseou no valor que recebeu, US$ 50 milhões. Segundo ele, Vaccari começou a operar o esquema a partir do momento em que assumiu o cargo de tesoureiro do partido. Desde então, disse Barusco, o tesoureiro foi responsável por operar os recebimentos por parte do PT.

Barusco confirmou no depoimento que ele e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras entre 2003 e 2013, recebiam propina para facilitar que empresas assinassem contratos de grande porte com a estatal, como os da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Sobre o depoimento de Barusco, a assessoria de imprensa do PT divulgou nota oficial em que reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral.

«As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de ‘delação premiada’, que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT”, diz ainda a nota.

Em nota, oO advogado de João Vaccari Neto, Luiz Flávio Borges D’Urso, também contestou as acusações de Barusco. Segundo a nota, Vaccari “há muito ansiava pela oportunidade de prestar os esclarecimentos que nesta data foram apresentados à Polícia Federal, para, de forma cabal, demonstrar as inúmeras impropriedades publicadas pela imprensa nos últimos meses, envolvendo seu nome”.

A defesa do tesoureiro do PT reitera, na nota, que o partido «não tem caixa 2, nem conta no exterior, não recebe doações em dinheiro – somente recebe contribuições legais ao partido, em absoluta conformidade com a lei, sempre prestando as respectivas contas às autoridades competentes”.

O advogado de Vaccari garante que ele “permanece à disposição das autoridades para prestar todos e quaisquer esclarecimentos, e que sua condução coercitiva, desta data, entendeu-se desnecessária, pois bastaria intimá-lo, que o Sr. Vaccari comparece e presta todas as informações solicitadas, colaborando com as investigações da Operação Lava Jato, como sempre o fez”.

Barusco também afirmou que a ex-presidenta da Petrobras Graça Foster e Ildo Sauer, ambos ex-diretores de Gás e Energia, não tinham conhecimento dos desvios porque «não havia espaço para conversar isso» com eles.

O tesoureiro foi conduzido hoje de manhã à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo para esclarecer a acusação de delatores de que atuava na cobrança de propina e de doações legais para o partido.

Em nota divulgada no site do PT, Vaccari disse que todos os questionamentos dos delegados foram respondidos. «Todas as perguntas feitas pelo delegado foram esclarecidas. Respondi a tudo com transparência, lisura e total tranquilidade.”

EBC

Por caso Lava Jato, policía federal interroga a tesorero del PT

La Policía Federal de Brasil lanzó el jueves una nueva etapa de la llamada Operación Lava Jato, que desmanteló una red de corrupción integrada por ejecutivos de empresas constructoras y políticos que defraudó a la estatal Petrobras y en la que participaron activamente ex directores de la petrolera, en un escándalo que conmueve desde el año pasado a la política y la economía del país.

La nueva fase incluyó el traslado a una comisaría para tomarle declaración al tesorero del oficialista Partido de los Trabajadores (PT) Joao Vaccari Neto. El tesorero permaneció unas tres horas en una sede policial en Sao Paulo, prestó declaración y después se retiró en un taxi sin hacer declaraciones.

El operativo fue llevado a cabo por 200 policías federales y 25 agentes del ente recaudador de impuestos, la Receita Federal, quienes cumplieron 62 órdenes judiciales, entre ellas una de detención preventiva, tres de detención temporal y 18 de demora coercitiva, que, según la legislación local, establece el traslado obligatorio de los denunciados a una comisaría para que les sea tomada una declaración.

El operativo se llevó a cabo en los estados de Sao Paulo, Río de Janeiro, Bahía y Santa Catarina y fue bautizado como «My Way». El ex gerente Petrobras Pedro Barusco, quien confesó haber recibido desde la década de 1990 sobornos por casi 100 millones de dólares, se refiere con el título de la canción de Frank Sinatra al ex director de Servicios de Petrobras Renato Duque.

La Policía Federal dijo en una nota que los involucrados podrán responder por los delitos de fraude en licitación, corrupción activa, lavado de dinero y asociación para delinquir.

La etapa anterior del operativo había sido realizada en enero, con la detención del ex director del área Internacional de Petrobras Nestor Cerveró.

Otros detenidos en el caso son el cambista Alberto Youssef, un ex contrabandista de productos electrónicos y el ex director de Abastecimiento de Petrobras Paulo Roberto Costa. Ambos se acogieron a programas de delación premiada para reducir sus condenas.

Algunas de las principales constructoras de Brasil, como Camargo Correa y OAS, tienen altos ejecutivos detenidos por el caso.

Brasil 247

Petrobras define nome de presidente e de nova diretoria nesta sexta-feira

O governo federal tem até esta sexta-feira (6) para anunciar o nome do novo presidente da Petrobras. Graça Foster confirmou sua saída na quarta-feira, juntamente com mais cinco diretores.

A Petrobras informou que as renúncias valerão a partir de sexta-feira (6), dia em que o Conselho de Administração vai se reunir para eleger os novos membros. A informação foi transmitida à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quarta-feira (4) para esclarecimento sobre mudanças na administração.

O comunicado diz ainda que, além de Graça Foster, renunciaram o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Almir Guilherme Barbassa; o diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli; o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza; o diretor de Gás e Energia, José Alcides Santoro; e o diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, José Antônio de Figueiredo.

As especulações em torno dos nomes que vão assumir a função nesse difícil momento da empresa crescem a cada dia. Entre os mais cotados estão José Carlos Grubisich, ex-Grupo Braskem, Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, Rodolfo Landim, ex-OGX, e Murilo Ferreira, presidente da Vale.

Confira a trajetória de cada um deles:

José Carlos Grubisich – Engenheiro químico e pecuarista, já esteve à frente da ETH Bioenergia e presidiu por dez anos a Braskem. Atualmente preside a Eldorado Celulose, do Grupo JBS.

Henrique Meirelles – É ex-presidente do Banco Central do Brasil. Permaneceu no cargo entre 2003 e 2011, sendo sucedido por Alexandre Tombini. Em 2002 candidatou-se pelo PSDB a deputado federal por Goiás, tendo sido o candidato mais votado neste Estado. Não chegou a ocupar a cadeira de deputado federal, pois aceitou o cargo de presidente do Banco Central do Brasil. Em 2009 filiou-se ao PMDB.

Rodolfo Landim – É ex-diretor de exploração da Petrobras. Foi também presidente da BR Distribuidora. Deixou a Petrobras para criar a MMX e a OGX, do empresário Eike Batista.

Murilo Ferreira – Presidente da Vale. Administrador de Empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Ferreira ingressou na Vale em 1998. Antes disso, passou pela Albras, fabricante também de alumínio, e ainda pela própria Vale, na época em que era estatal.

Jornal do Brasil

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