Brasil: fuerte consumo de energía provoca mega-apagón y afecta a once estados

360

Sobrecarga leva ONS a pedir que distribuidoras reduzam fornecimento de energia

O forte aumento do consumo de energia causado pelo elevado calor que atinge o país, assim como «restrições» na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, reduziu a frequência elétrica, ocasionando cortes em vários pontos, informou nesta segunda-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com isso, houve falta de luz em 11 estados – Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia – e no Distrito Federal (DF). Na capital paulista, duas estações do metrô chegaram a ser fechadas devido à falta de energia elétrica.

De acordo com o ONS, o problema começou no momento de pico de consumo às 14h55m.O órgão garantiu que havia folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN). Antes da confirmação do ONS, fontes do setor já afirmavam ao GLOBO que a falta de luz em pelo menos dez estados brasileiros, além do DF, foi provocada pelo consumo recorde de energia elétrica em função do forte calor e que o ONS determinara que distribuidoras reduzissem o fornecimento.

Segundo o ONS, na sequência, houve a «perda» de várias usinas geradoras: Angra I, Volta Grande, AmadorAguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, afrequência elétrica caiu a 59 Hz, quando o normal é 60 Hz, informou o operador em nota.

Para restabelecer a frequência elétrica às condições normais, o ONS explicou que adotou «medidas operativas» em conjunto com as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo o ONS, houve impacto em menos de 5% da carga do sistema. A partir das 15h45m, a situação foi totalmente normalizada. Nesta terça-feira, às 14h30m, o ONS se reunirá no Rio de Janeiro com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência.

O ONS, que gerencia a geração e distribuição de energia pelo SIN em todo o país, tem um mecanismo junto às distribuidoras de desligamento automático de carga seletivo, em caso de o consumo superar a capacidade da oferta.

Segundo um técnico, esse é um procedimento automático por meio de um dispositivo das distribuidoras que garante um esquema regional de alívio de carga. As distribuidoras já têm previamente selecionadas as regiões onde ocorrerá o corte em caso de esse dispositivo ser acionado, como ocorreu nesta segunda-feira. Com a iniciativa, o ONS está tentando preservar o corte de energia em locais com maior impacto social, ou seja, tentará manter o fornecimento para hospitais, escolas e transporte público, como metrô e trens.

– O forte calor que vem acontecendo levou a um forte consumo de energia, que chegou a bater recorde. O corte é uma espécie de defesa do sistema para evitar um blecaute generalizado – explicou o técnico.

Ainda não há informações, no entanto, sobre qual foi o consumo recorde que levou ao corte parcial de carga. O último recorde de pico de consumo na Região Sudeste ocorreu na semana passada, no dia 13, quando o consumo atingiu 51.295 megawatts (MW) médios. No dia 14, o recorde foi na Região Nordeste, com demanda no pico de 11.299 megawatts.

Segundo Mikio Kawai, diretor executivo da Safira Energia, o corte seletivo já era esperado pelo mercado devido à forte onda de calor nos principais mercados consumidores do país a partir do último fim de semana.

– E como hoje foi um dia útil, quando a carga aumenta, já era esperado. Se o calor continuar nessa magnitude, os cortes seletivos vão durar o verão inteiro. Não tem o que fazer. As chuvas no mês de janeiro estão apenas a 45% da média histórica – disse Mikio, destacando que há chances de haver racionamento neste ano.

NO RIO, MAIS DE MEIO MILHÃO SEM LUZ

No Rio, cerca de 580 mil clientes das duas distribuidoras que atendem o estado ficaram sem energia. A Light, distribuidora de energia no Rio, informou que a solicitação do ONS diz respeito a um «alívio de carga» necessário. Foram 400 mil consumidores afetados (10% da base de 4 milhões de clientes da companhia).

A Ampla, distribuidora de energia em Niterói e em parte do interior do Estado do Rio, também confirmou que a empresa foi obrigada a cortar parte do fornecimento de energia. Segundo a empresa, o corte feito a pedido do ONS foi de cerca de 100 megawatts. Cerca de 180 mil consumidores ficaram sem luz (6,4% do total de consumidores). A interrupção teve início às 14h55m e foi sendo normalizada gradativamente, encerrando-se às 15h55m. Treze municípios (São Gonçalo, Saquarema, Petrópolis, Cabo Frio, Araruama, Campos dos Goytacazes, Iguaba, Mangaratiba, Duque de Caxias, Niterói, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e Itaboraí) da área de concessão da companhia tiveram o serviço afetado.

A AES Eletropaulo foi a primeira distribuidora a atribuir a queda de energia em algumas regiões de São Paulo à determinação do ONS de reduzir em 700 megawatts a distribuição de energia. Esse montante representa 10% do que a empresa distribui na capital e Grande São Paulo (20,1 milhões de pessoas). Segundo a companhia, o corte foi feito no início da tarde. Após reclamações de interrupções no fornecimento de energia, notificaram o ONS e, às 15h50m, foram autorizados a liberar a carga total, ou seja, retornando os 700 megawatts à rede de distribuição. Não há informações, até o momento, sobre o número de bairros e clientes afetados.

A Cemig, responsável pela distribuição de energia em Minas Gerais, também confirmou o pedido de redução do fornecimento de carga.

A Copel, do Paraná, confirmou a falta de luz, mas informou que o apagão foi rápido. Em seu perfil no Twitter, a distribuidora informa que 300 mil clientes foram afetados pelo corte de carga realizado pelo ONS. O corte ocorreu às 14h54m, mas durou apenas 30 minutos e o fornecimento já está normalizado. Segundo a empresa, 320 MW de carga do sistema elétrico do Paraná, o equivalente a 6% da carga da Copel ficaram fora do sistema. Em dias normais, a distribuidora afirma que a carga é de 5.400 MW para atender a 393 municípios do estado.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) informou que desligou oito subestações no Distrito Federal: Samambaia, Brazlândia. PAD/DF, Planaltina, São José, Vale do Amanhecer, São Sebastião e Sobradinho. Em nota, a empresa informou que o ONS solicitou redução de 113 megawatts do sistema.

Segundo a CEB, 154.654 mil unidades consumidoras ficaram sem energia de 15h às 15h40. Em outras 2.346 unidades, atendidas pelas subestações PAD/DF e São José, o corte foi entre às 15h e 17h. No total, a CEB conta com 980.969 mil unidades consumidoras.

EM SP, FALTA DE ENERGIA AFETA TRANSPORTE

O consórcio que administra a Linha 4 do Metrô, a Via Quatro, informou que uma falha elétrica atingiu, pouco após as 14h30, a circulação de trens nas estações Luz e República, que estão paralisadas. O trajeto entre a Paulista e o Butantã não foi afetado. As demais estações da mesma linha (Paulista, Fradique Coutinho, Faria Lima, Pinheiros, e Butantan) operam normalmente.

Entre os bairros atingidos por cortes de energia estão Alphaville, na Grande São Paulo, Itaim, A região da Avenida Faria Lima, Vila Mariana, Jaçanã e Luz.

Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), as demais linhas da cidade estão operando normalmente. A Linha Amarela 4 é a única concedida à iniciativa privada.

A Eletrobras afirmou que suas distribuidoras não foram afetadas pelo corte de luz sofrido hoje no país por pico de consumo. Suas distribuidoras no Piauí, Rondônia, Acre Amazonas, Alagoas e Roraima não sofreram corte no fornecimento.

FALTA DE LUZ FOI ASSUNTO NAS REDES SOCIAIS

O corte de energia que atingem diversas áreas de estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste (Goiás) é um dos principais assuntos nas redes sociais na tarde desta segunda-feira.

RIO, SÃO PAULO E BRASÍLIA – O forte aumento do consumo de energia causado pelo elevado calor que atinge o país, assim como «restrições» na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, reduziu a frequência elétrica, ocasionando cortes em vários pontos, informou nesta segunda-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com isso, houve falta de luz em 11 estados – Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia – e no Distrito Federal (DF). Na capital paulista, duas estações do metrô chegaram a ser fechadas devido à falta de energia elétrica.

De acordo com o ONS, o problema começou no momento de pico de consumo às 14h55m.O órgão garantiu que havia folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN). Antes da confirmação do ONS, fontes do setor já afirmavam ao GLOBO que a falta de luz em pelo menos dez estados brasileiros, além do DF, foi provocada pelo consumo recorde de energia elétrica em função do forte calor e que o ONS determinara que distribuidoras reduzissem o fornecimento.

Segundo o ONS, na sequência, houve a «perda» de várias usinas geradoras: Angra I, Volta Grande, AmadorAguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, afrequência elétrica caiu a 59 Hz, quando o normal é 60 Hz, informou o operador em nota.

Para restabelecer a frequência elétrica às condições normais, o ONS explicou que adotou «medidas operativas» em conjunto com as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo o ONS, houve impacto em menos de 5% da carga do sistema. A partir das 15h45m, a situação foi totalmente normalizada. Nesta terça-feira, às 14h30m, o ONS se reunirá no Rio de Janeiro com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência.
Veja Também

Aneel define ‘bandeira vermelha’ para todo o país, e custo de energia elétrica sobe
Lobão reconhece que crise no setor elétrico poderá sobrar para o consumidor
Bandeiras tarifárias deverão estrear com custo máximo em janeiro
Presidente da CCEE vê revisão extraordinária de tarifas e térmicas ainda ligadas em 2015
Distribuidoras de energia vão apresentar pedido de revisão extraordinária de tarifas em janeiro

O ONS, que gerencia a geração e distribuição de energia pelo SIN em todo o país, tem um mecanismo junto às distribuidoras de desligamento automático de carga seletivo, em caso de o consumo superar a capacidade da oferta.

Segundo um técnico, esse é um procedimento automático por meio de um dispositivo das distribuidoras que garante um esquema regional de alívio de carga. As distribuidoras já têm previamente selecionadas as regiões onde ocorrerá o corte em caso de esse dispositivo ser acionado, como ocorreu nesta segunda-feira. Com a iniciativa, o ONS está tentando preservar o corte de energia em locais com maior impacto social, ou seja, tentará manter o fornecimento para hospitais, escolas e transporte público, como metrô e trens.

– O forte calor que vem acontecendo levou a um forte consumo de energia, que chegou a bater recorde. O corte é uma espécie de defesa do sistema para evitar um blecaute generalizado – explicou o técnico.

Ainda não há informações, no entanto, sobre qual foi o consumo recorde que levou ao corte parcial de carga. O último recorde de pico de consumo na Região Sudeste ocorreu na semana passada, no dia 13, quando o consumo atingiu 51.295 megawatts (MW) médios. No dia 14, o recorde foi na Região Nordeste, com demanda no pico de 11.299 megawatts.

Segundo Mikio Kawai, diretor executivo da Safira Energia, o corte seletivo já era esperado pelo mercado devido à forte onda de calor nos principais mercados consumidores do país a partir do último fim de semana.

– E como hoje foi um dia útil, quando a carga aumenta, já era esperado. Se o calor continuar nessa magnitude, os cortes seletivos vão durar o verão inteiro. Não tem o que fazer. As chuvas no mês de janeiro estão apenas a 45% da média histórica – disse Mikio, destacando que há chances de haver racionamento neste ano.

NO RIO, MAIS DE MEIO MILHÃO SEM LUZ

No Rio, cerca de 580 mil clientes das duas distribuidoras que atendem o estado ficaram sem energia. A Light, distribuidora de energia no Rio, informou que a solicitação do ONS diz respeito a um «alívio de carga» necessário. Foram 400 mil consumidores afetados (10% da base de 4 milhões de clientes da companhia).

A Ampla, distribuidora de energia em Niterói e em parte do interior do Estado do Rio, também confirmou que a empresa foi obrigada a cortar parte do fornecimento de energia. Segundo a empresa, o corte feito a pedido do ONS foi de cerca de 100 megawatts. Cerca de 180 mil consumidores ficaram sem luz (6,4% do total de consumidores). A interrupção teve início às 14h55m e foi sendo normalizada gradativamente, encerrando-se às 15h55m. Treze municípios (São Gonçalo, Saquarema, Petrópolis, Cabo Frio, Araruama, Campos dos Goytacazes, Iguaba, Mangaratiba, Duque de Caxias, Niterói, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e Itaboraí) da área de concessão da companhia tiveram o serviço afetado.

A AES Eletropaulo foi a primeira distribuidora a atribuir a queda de energia em algumas regiões de São Paulo à determinação do ONS de reduzir em 700 megawatts a distribuição de energia. Esse montante representa 10% do que a empresa distribui na capital e Grande São Paulo (20,1 milhões de pessoas). Segundo a companhia, o corte foi feito no início da tarde. Após reclamações de interrupções no fornecimento de energia, notificaram o ONS e, às 15h50m, foram autorizados a liberar a carga total, ou seja, retornando os 700 megawatts à rede de distribuição. Não há informações, até o momento, sobre o número de bairros e clientes afetados.

A Cemig, responsável pela distribuição de energia em Minas Gerais, também confirmou o pedido de redução do fornecimento de carga.

A Copel, do Paraná, confirmou a falta de luz, mas informou que o apagão foi rápido. Em seu perfil no Twitter, a distribuidora informa que 300 mil clientes foram afetados pelo corte de carga realizado pelo ONS. O corte ocorreu às 14h54m, mas durou apenas 30 minutos e o fornecimento já está normalizado. Segundo a empresa, 320 MW de carga do sistema elétrico do Paraná, o equivalente a 6% da carga da Copel ficaram fora do sistema. Em dias normais, a distribuidora afirma que a carga é de 5.400 MW para atender a 393 municípios do estado.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) informou que desligou oito subestações no Distrito Federal: Samambaia, Brazlândia. PAD/DF, Planaltina, São José, Vale do Amanhecer, São Sebastião e Sobradinho. Em nota, a empresa informou que o ONS solicitou redução de 113 megawatts do sistema.

Segundo a CEB, 154.654 mil unidades consumidoras ficaram sem energia de 15h às 15h40. Em outras 2.346 unidades, atendidas pelas subestações PAD/DF e São José, o corte foi entre às 15h e 17h. No total, a CEB conta com 980.969 mil unidades consumidoras.

EM SP, FALTA DE ENERGIA AFETA TRANSPORTE

O consórcio que administra a Linha 4 do Metrô, a Via Quatro, informou que uma falha elétrica atingiu, pouco após as 14h30, a circulação de trens nas estações Luz e República, que estão paralisadas. O trajeto entre a Paulista e o Butantã não foi afetado. As demais estações da mesma linha (Paulista, Fradique Coutinho, Faria Lima, Pinheiros, e Butantan) operam normalmente.

Entre os bairros atingidos por cortes de energia estão Alphaville, na Grande São Paulo, Itaim, A região da Avenida Faria Lima, Vila Mariana, Jaçanã e Luz.

Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), as demais linhas da cidade estão operando normalmente. A Linha Amarela 4 é a única concedida à iniciativa privada.

A Eletrobras afirmou que suas distribuidoras não foram afetadas pelo corte de luz sofrido hoje no país por pico de consumo. Suas distribuidoras no Piauí, Rondônia, Acre Amazonas, Alagoas e Roraima não sofreram corte no fornecimento.

FALTA DE LUZ FOI ASSUNTO NAS REDES SOCIAIS

O corte de energia que atingem diversas áreas de estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste (Goiás) é um dos principais assuntos nas redes sociais na tarde desta segunda-feira.

Algumas distribuidoras também utilizaram as redes para informar seus clientes a respeito do assunto.

O Globo

Más notas sobre el tema